Lula faz o que pode para agradar o povo, menos governar
Dora Kramer
Folha
Governos são o que são na percepção do público, a despeito da versão que oferecem de si. Percebidos como bons ou maus, na avaliação final pesam os resultados. Daí que propaganda tem valor, mas não segura em alta a popularidade de presidentes.
O ministro da Comunicação Social, Sidônio Palmeira, discorda. Em recente entrevista ao jornal O Globo, manifestou a certeza de que, comunicando melhor, “tudo se ajeita”.
EX-COMPANHEIROS – Não é o que pensam antigos conselheiros de Luiz Inácio da Silva (PT), como João Santana, marqueteiro de viradas vitoriosas, e José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil e ainda influente no PT. Ambos, há poucas semanas, analisaram a cena em publicações na imprensa.
Na opinião deles, a situação requer mais que boa comunicação, pois falta levar em conta as circunstâncias atuais. Na visão de Santana, são mais complicadas que nos primeiros governos petistas: radicalização política, redes sociais, influência dos evangélicos, conjuntura mundial adversa, Congresso poderoso e cansaço em relação à figura de Lula, que se traduz em “sensação de déjà-vu”.
Para João Santana, o presidente precisa diversificar a agenda. Deixar Jair Bolsonaro um pouco de lado e enfrentar temas como segurança pública, jornada de trabalho, supersalários, taxação de grandes fortunas e Imposto de Renda. “Só economia e comunicação é pauta equivocada”, considera.
MAIOR PRIORIDADE – José Dirceu não entra nesse juízo de valor, mas também defende a diversificação de abordagens, com segurança como prioridade. Meio ambiente (incluindo a COP30 e a prevenção de desastres climáticos), tecnologia, educação, resposta efetiva ao aumento dos preços e Imposto de Renda são os temas sugeridos.
Na política, o ex-ministro acha que Lula deveria se aproximar do centro, reforçar a interlocução com gente desse campo, tornar real o conceito de frente ampla e enfrentar o avanço das emendas parlamentares sobre o Orçamento.
São palpites de colaboradores que em outros tempos tiveram sobre Lula a influência que os atuais conselheiros não têm.
Apenas matérias para encobrir a desgraça contra aposentados e pensionistas. Desvio de R$ 6,3 bi.
Sempre “jornalistas” e “pautas” quando surgem revelações reiteradas de práticas criminosas desse “governo” contra a população trabalhadora.
Como a fraude funcionava?
“O esquema envolvia associações de classe. Elas cobravam um valor de aposentados e pensionistas para a realização de serviços como assessoria jurídica ou convênios com academias e planos de saúde. Esse dinheiro podia ser descontado diretamente da folha de pagamento dos beneficiários, desde que houvesse o consentimento explícito. Essas entidades também precisavam assinar um ACT (Acordo de Cooperação Técnica) com o INSS. Uma medida provisória de 2019 tentou regulamentar o arranjo ao estabelecer uma revisão periódica dos descontos em vigor, mas o Congresso derrubou as normas em 2022, após pressão do setor.”
Quem foi o presidente em 2019 que tentou por ordem no puteiro, mas foi vencido pelo Congresso?
Outras pautas – também – escondidas pela imprensa “amestrada”, que também atende pro “porca”:
PS: onde anda o General Dias? Imagens existem dele dentro do Palácio do Planalto orientando pessoas no 8 de janeiro.
PS.01: Mourão foi vice de Bolsonaro, mas se encontra incólume quando ao “golpe do batom” de 8 de janeiro. Que coisa…
PS.02: Collor foi punido (preso) antes da análise do plenário dos “supremos”.
PS.:03. O Código de Processo Civil proíbe expressamente a citação de doentes graves, dispositivo que foi ignorado por Moraes.
Todas as pautas nessa ordem ou em qualquer outra (existem centenas). De nada adianta. Quem manda no país é o ativismo político judicial em conluio com um Governo impopular e corrupto.
Diante desse caos segue valendo a opinião de CAPISTRANO DE ABREU, sobre a Constituição Federal e os dois artigos que nela deveriam constar:
“Artigo 1º – Todo brasileiro deve ter vergonha na cara.”
“Artigo 2º – Revogam-se as disposições em contrário.”
Acertou na veia!
Resumindo dona Dora: trabalhar e produzir bons resultados do governo para o país e para o povo, nem pensar. O importante é embromar.
Isso Dom Curro sabe mais que a Dora, embromar.