Ninguém está a salvo da espada da Justiça que Trump sonha possuir

Trump faz dancinha com espada em evento; veja vídeo - 21/01/2025 - Mundo -  Folha

Trump sonha em fazer retroceder o relógio da História

Demétrio Magnoli

Trump declarou, vezes sem conta, sua tórrida paixão por tarifas. Celebremente, selecionou “tarifas” como sua palavra predileta, para depois corrigir-se colocando-a atrás de “Deus” e “amor”. Na visão dele, tarifas desempenham três funções distintas. A Tarifa-Bolsonaro, de 50%, anunciada contra o Brasil, enquadra-se na terceira família.

Nas suas versões de esquerda e direita, o populismo econômico destina-se a impulsionar o consumo, angariar popularidade e colher triunfos eleitorais. No fim, o resultado é sempre a explosão da dívida pública. Pela esquerda, caso do Brasil, sob o dístico “gasto é vida”, os gastos públicos crescem além das possibilidades de aumento da arrecadação tributária. Pela direita, ao estilo de Trump, sob o lema de que “redução de impostos é vida”, comprime-se a receita tributária a patamares inferiores às necessidades orçamentárias.

RELÓGIO DA HISTÓRIA – A primeira função das tarifas de Trump é compensar a redução de impostos. O presidente imagina retroceder o relógio da história até o final do século 19, quando as taxas sobre importações representaram a fonte principal de arrecadação do governo dos EUA.

Não funcionará: mesmo sob políticas suicidas de cortes de despesas, o Estado contemporâneo precisa arrecadar muito mais do que proporcionariam as tarifas alfandegárias.

A Lei de Tarifas de 1890, proposta por William McKinley, um herói de Trump, aumentou para 50% as taxas alfandegárias médias dos EUA. A ideia era proteger a manufatura nacional, estimulando a expansão industrial do país. Na época, funcionou –como, mais tarde, a substituição de importações aceleraria a industrialização do Brasil.

OUTRA UTOPIA – A segunda função das tarifas de Trump é provocar um renascimento manufatureiro dos EUA. Trata-se, também, de uma utopia reacionária. Atualmente, as grandes empresas assentam seus negócios em cadeias produtivas internacionalizadas, tirando proveito das vantagens comparativas de diversas economias nacionais.

As tarifas de Trump tendem a inflacionar a economia doméstica sem restaurar os parques manufatureiros devastados pela história.

“AMERICA FIRST” —a guerra tarifária orienta-se tanto contra adversários como contra aliados geopolíticos dos EUA. Em princípio, ninguém está a salvo da espada erguida pela Casa Branca. Contudo, a terceira função das tarifas é castigar governos que tornam-se alvos da ira sagrada de Trump. A Tarifa-Bolsonaro pertence a essa família de sanções ideológicas.

Lula tagarela à vontade sobre soberania nacional, mas só a respeita quando lhe convém. Já declarou apoio a candidatos estrangeiros, fez campanha para Hugo Chávez e, há pouco, exibiu-se na mansão onde Cristina Kirchner cumpre prisão domiciliar reivindicando a libertação da ex-presidente.

Não teria o direito moral de exigir de Trump respeito à Justiça brasileira enquanto insurge-se contra sentenças judiciais argentinas.

SOBERANIA – Mas a Tarifa-Bolsonaro situa-se num pavilhão superior de interferência na soberania nacional. De fato, trata o Brasil como uma ditadura que emprega o sistema judicial para violar direitos humanos.

Diante dela, Lula tem o dever de enrolar-se na bandeira auriverde e enfrentar a ameaça.

De quebra, beneficia-se politicamente da submissão canina de Tarcísio de Freitas aos interesses de Bolsonaro que, à vista de todos, contrariam diretamente o interesse nacional.

4 thoughts on “Ninguém está a salvo da espada da Justiça que Trump sonha possuir

    • A hora é agora, para saber quem é o ex-mito na fila do pão

      O que conta, no momento, é se o ex-mito terá apoio expressivo. Caso não tenha, poderá ser página virada no folhetim.

  1. XÔ GUERRA TRIBAL, primitiva, permanente e insana por poder, dinheiro, vantagens e privilégios, sem limite$, xô polarização politiqueira nefasta, xô aparelhamento partidário, ideológico e religioso das instituições que tanto infernizam, enlouquecem e infelicitam a boa, pacífica e sadia convivência social entre irmãos, parafernália essa operada à moda todos os bônus para os seus operadores e o resto que se dane com os ônus. NEM LULA, NEM BOLSONARO e nem os puxadinhos dos me$mo$, basta de “quanto pior, melhor”, chega dos me$mo$, fantasiados de direita, esquerda e centro, oposição e situação, com as suas 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª… vias, cheias de blá-blá-blá, gogó e trololó, porém vazias de borogodó, ou seja, vazias de projeto novo e alternativo de política e de nação capaz de gerar as mudanças de verdade, sérias, estruturais e profundas no estado, na política e na vida da população, que se fazem necessárias há muito tempo. QUE VENHA AGORA, E DORAVANTE, ENTÃO E PORTANTO, A DEMOCRACIA DIRETA, COM MERITOCRACIA E DEUS NA CAUSA, no bojo da mega solução, via evolução, alicerçada na boa-fé, no bom senso, na ética, na verdade, na honestidade, na empatia e na Justiça, para o bem do Brasil, da Política, do Mundo e da Humanidade, para que de fato, todos e todas, possamos ser isto sim AMIGOS PARA SEMPRE. O problema é como combinar isso com a imprensa falada, escrita e televisionada, mancomunada com partidos, pesquisas, capital velhaco e, sobretudo, de rabo preso com o negócio bilionário representado pela dita-cuja plutocracia putrefata com jeitão de cleptocracia e ares fétidos de bandidocracia, fantasiada de democracia apenas para ludibriar a total freguesia, enquanto farsa urdida pelo capital velhaco, que já foi longe demais, no Brasil há 135 anos, copiada mal e porcamente dos EUA, conjunto da obras esse que perfaz o establishment dominante que, infelizmente, mente desbragadamente para manter tudo como dantes no velho quartel de Abrante$, perfazendo assim uma uma espécie labirinto, ou beco sem saída, ou um nó górdio, em especial para as mentes conscientes da realidade política brasileira, ou seja, para os que ainda sonham com a possível libertação munida de projeto próprio, novo e alternativo de política e de nação, como parece ser o caso dos eleitores que ante a ausência do projeto libertador e do candidato, dos sonhos, na cena eleitoral, que de fato já existem no Brasil há cerca de 35 anos, têm optado nas últimas eleições pela abstenção e pelos votos em branco e nulos que, aliás, em números de eleitores, já superam os candidatos impostos pela ditadura partidária, manejada pelos donos de partidos, arvorados em donos do monopólio eleitoral que deveria ser do povo, organizado em estado, em sendo a democracia o poder e governo do povo para o povo, como constatado pela Democracia Direta, com Meritocracia e Deus na Causa que precisa avocar o que é seu por Direito, naturalmente, como propõe a Revolução Pacífica do Leão que mostra o possível novo caminho para o necessário novo Brasil de verdade, porque a libertação é necessária, porque evoluir é preciso e, sobretudo, porque em sã consciência ninguém aguenta mais o continuísmo da mesmice dos me$mo$, mas isso as pesquisa$ e os veículos de enganação patrocinados pelo vil metal não mostram, pelo contrário, escondem, escamoteiam, camuflam e manipulam a realidade como ela realmente é, fato esse que só aparece na boca das urnas e confirmado após as eleições, no frigir dos ovos, ipso fato ela$, ele$ e o conjunto da obra da plutocracia putrefata deixam tudo a desejar… https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2025/07/17/nao-ha-candidato-dos-sonhos-no-bufe-da-sucessao-revela-quaest.htm?fbclid=IwY2xjawLnFtxleHRuA2FlbQIxMQABHpPDoBKUGyEe2-5xf0MlxNe8o8FSAeHmn-8rM89Fi7ITKY03HZMhbodCSKwC_aem_9ar1MHM_GkPp0BrpGCFYaA

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