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Mauro Cid não fez uma delação premiada, apenas embromação
Rafael Moraes Moura
O Globo
Peça central das investigações de uma trama golpista para impedir a posse do presidente Lula, o tenente-coronel Mauro Cid rebateu nesta terça-feira (29) as duras críticas que recebeu do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e acusou a PGR de tentar descartá-lo e violar “o princípio da lealdade processual” ao criticar os benefícios acertados em sua delação.
Nas alegações finais enviadas ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro rebate o parecer enviado há duas semanas por Gonet, para quem a omissão de “fatos graves” e a adoção de uma “narrativa seletiva” por parte de Mauro Cid provocou “prejuízos relevantes ao interesse público”, o que exige uma “criteriosa ponderação” quanto à concessão de eventuais benefícios ao militar.
MANTER O POSTO – O delator também pediu a Moraes que seja absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ou condenado a uma pena inferior a dois anos de prisão, em um esforço para manter o posto e a patente e não correr o risco de ser expulso das Forças Armadas.
“A colaboração de Mauro Cid conferiu densidade, narrativa interna e autenticidade a diversos aspectos estruturais da organização criminosa”, rebate a defesa de Cid, criticando a postura de Gonet de promover uma “tentativa absurda de desqualificação da colaboração”.
“Mesmo diante de omissões pontuais levantadas pela acusação, que se deram por absoluto desconhecimento das eventuais ações planejadas, Mauro Cid jamais retirou sua adesão ao acordo ou se insurgiu contra sua validade. Ao contrário, reafirmou a espontaneidade e voluntariedade de sua decisão diversas vezes perante a Polícia Federal e essa Corte, acompanhado de defensores técnicos”, sustenta a defesa do delator.
AMBIGUIDADE – Gonet criticou a “ambiguidade do comportamento” do delator e os depoimentos “superficiais” sobre sua própria atuação na trama para impedir a posse do presidente Lula.
“Em um Estado Democrático de Direito, aquele que decide falar a verdade — especialmente quando isso lhe custa a reputação, a carreira, a segurança e o vínculo com os círculos de poder — deve ser protegido, e não descartado, como quer a PGR”, dizem os advogados do militar.
A defesa de Cid enviou na noite desta terça-feira as alegações finais no âmbito da ação penal na qual ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Walter Braga Netto e outros cinco réus são acusados de integrar o “núcleo crucial” da trama golpista. Eles podem ser condenados por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e deterioração de patrimônio tombado.
DELAÇÃO PREMIADA – Em 2023, Mauro Cid fechou acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, homologado por Moraes, com uma cláusula que previa perdão judicial ou pena privativa de liberdade não superior a dois anos. Em tese, todos os crimes imputados a Cid podem levar a uma condenação de 43 anos de prisão.
Para o time jurídico de Cid, a PGR “em um linha muito tênue entre a realidade e a deslealdade processual, utiliza-se de todas as informações e provas colhidas a partir da colaboração premiada, ancorado nela a base de toda a sua acusação, sustentando, ao final da instrução em suas razões, que o Colaborador não merece o prêmio ajustado no acordo, uma vez que ele ‘resistiu ao reconhecimento de sua efetiva participação nos eventos sob investigação’, como se um dos termos acordados, exigisse e obrigasse o colaborar confessar crimes para obter seus benefícios, ainda que deles não tivesse qualquer participação”.
Na avaliação de Gonet, a redução da pena para o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro deve ser fixada em “patamar mínimo” – com a diminuição de apenas ⅓ da pena. Na prática, o parecer de Gonet pavimentou o caminho para Cid perder posto e patente no âmbito da Justiça Militar, caso a posição da PGR seja acolhida pelo Supremo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Mauro Cid fez uma delação fantasiosa que não leva sequer a provas circunstanciais. Em termos de provas materiais, conforme exige a lei, não há nada, rigorosamente nada, apenas o desejo de expulsar Lula do poder, o que não pode ser classificado de crime, porque é sentimento acalentado pela maioria dos brasileiros. Mauro Cid devia perder o prêmio da delação, que não vale um dólar furado. (C.N.)
Creditar credibilidade jurídica a uma Corte que assassinou a Lava Jato, a maior operação anti-corrupção, quiça do mundo, dá no que vemos: um dos seus membros, e, quem sabe, se estenda à sua maioria, considerado, justamente, partícipe de um tribunal de exceção.
Ou alguém duvida que se esqueceu desta ignomínia jurídica e que, embora não citada diretamente, não esteja na base das decisões dos EUA.
E não foram decisões pessoais, mas institucionais.
Tem muito mai fogo debaixo deta cinza.
A não citação de Lula nas decisões dos EUA, mostra sua insignificância de quem terceirizou esta função, abrindo mão de governar para quem tem muito menos condição de o fazer.
É um mero office-boy do Eixo Ditatorial, abandonado até por este.
Reeleger esta múmia é condenar o Brasil a ter mais algumas décadas de atraso econômico e tecnológico.
Neoludita, vê a Quarta Revolução Tecnológica como coisa do demônio.
Só pode ser da “esquerda progressista”.
Tem que ser ligeiro igual ao Palocci
Brasileiro tem memória curta
Em fevereiro de 2025, o ministro Dias Toffoli, do STF, anulou todos os atos processuais da Lava Jato contra Palocci, declarando a nulidade das ações. Antes disso, em abril de 2024 a Justiça Federal já havia liberado seis imóveis e cinco veículos de sua propriedade que estavam bloqueados desde 2017.
Não se iludam, o Eixo Democrático jamais permitirá uma plataforma do Eixo Ditatorial aqui no Ocidente, como a Organização Petista gostaria de transformar o Brasil, não pelo aceitável pragmatismo das relações internacionais, mas por concepções ideológicas absolutamente reacionárias, atrasadas e sem qualquer compromisso em dinamizar nosso potencial geopolítico.
Trata-se de um dogma religioso supersticioso denominado “combare do imperialismo norte-americano”, cujo objetivo é terceirizar sua total inapetência de administrar o Estado e gerir a nossa Economia.
Verme asquerosa, inútil, adoradora de um farsante elevado à condição de herói, sanguessuga da Indústria da Miséria.
Infelizmente quando se “está tudo dominado” internamente, as soluções só podem ser externas, ainda que não no campo prático, mas moral.
E, ao que parece, a pilantragem está disposta a destruir o país pra defender seus interesses escusos.
Esta bagaça não vai dar certo.
O que está em jogo:
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/trump-anuncia-investimento-de-mais-de-us-90-bi-em-ia/
Este tal Alexandre de Moraes, para quem Lula terceirizou o Governo, achando que fosse um super-homem, é um medíocre que não sabe de nada.
Trata-se de um megalomaníco delirante esquizoide.
Too late!
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/moraes-manda-presidio-explicar-denuncia-de-maus-tratos-a-filipe-martins/
Too late!
https://www.bbmbolsa.com.br/noticias/visto-de-moraes-cancelado-contato-de-embaixadora-brasileira-foi-recusado-pelos-eua/
Qualquer delação só deveria valer, caso forem encontradas provas que corroborem o que foi delatado.
O conteúdo é o que prepondera, .gerando desespero em defensores do ex-mito.
Ironicamente , esse mesmo STF que limpou a barra de Jair Bolsonaro , seus filhos e comparsas mediantes acordos” espúrios ” com alguns juízes desse mesmo STF hoje demonizados , suspendendo todas investigações , processos por crimes de contrabando de armas via Mangaratiba -RJ , rachadinhas , milícias e trafico de drogas , impedindo que o juir Marcelo Bretas os trancafiassem, sendo que hoje demonstram tamanha ingratidão aos seus salvadores e protetores do STF de então , comprovando que na famíglia mafiosa ” BOLSONARO ” a traição é uma regra e virtude .