Mais de 65 milhões de brasileiros estão fora da força de trabalho, aponta IBGE

Parcela da população inclui diferentes perfis

Deu no Terra

Enquanto a taxa de desemprego no Brasil é amplamente discutida nos noticiários, um outro dado chama atenção e revela uma realidade ainda mais complexa: mais de 65 milhões de brasileiros estão fora da força de trabalho. Isso significa que, embora tenham idade para trabalhar (14 anos ou mais), essas pessoas não estão empregadas nem procuram emprego — e, portanto, não entram na conta oficial do desemprego.

É importante destacar que o desemprego, ou melhor, a “desocupação”, como define o IBGE, não inclui todos os que estão sem trabalho. Apenas são considerados desempregados aqueles que não trabalham, estão disponíveis e tomaram alguma providência efetiva para conseguir emprego nos últimos 30 dias.

DESAFIO – Esse cenário dos 65 milhões fora da força de trabalho representa um desafio estrutural para o país. Entre os motivos estão a falta de oportunidades formais, barreiras sociais como o cuidado com filhos ou dependentes, dificuldades de mobilidade e até a informalidade, que muitas vezes abriga pessoas em situação vulnerável sem registro ou proteção trabalhista.

Outro ponto crítico é que, entre essas milhões de pessoas, muitas vivem à margem do mercado formal e da política pública de emprego. Em tempos de crise econômica, juros altos e baixa confiança, crescer a força de trabalho ativa e ocupada torna-se ainda mais difícil.

POLÍTICAS PÚBLICAS – Compreender quem está fora da força de trabalho é essencial para desenvolver políticas públicas de emprego mais inclusivas, que vão além da criação de vagas e avancem sobre as desigualdades de gênero, idade, território e escolaridade.

Segundo os dados do IBGE para o 2º trimestre de 2025, o Brasil possui 102,3 milhões de pessoas ocupadas, ou seja, trabalhando em alguma atividade remunerada. Já os desocupados, que estão sem trabalho mas em busca de uma ocupação, somam 6,3 milhões de pessoas.

Além disso, 65,5 milhões de brasileiros estão fora da força de trabalho, o que inclui estudantes, donas de casa, aposentados, entre outros que não estão procurando emprego. Por fim, 38,6 milhões de pessoas estão abaixo da idade mínima para trabalhar (menores de 14 anos), e portanto não fazem parte da população economicamente ativa.

11 thoughts on “Mais de 65 milhões de brasileiros estão fora da força de trabalho, aponta IBGE

  1. O Lula tanto queria exportar seus “programas sociais”, que não passam da extração da mais valia absolutíssima da Indústria da Miséria.

    Nenhum país sério quis preservar seus miseráveis eternamente assim, num beco sem saída, sem qualquer possibilidade de explorarem seus potenciais humanos. Antes, se embotam sócio-polítco-economico-eleitoralmente. Tornam-se cidadãos de quinta categoria.

    Hélio Bicudo já avisara:

    https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&sca_esv=7a3965c0a183f446&sxsrf=AE3TifM_aG3cJTJVG57A-82yUxamKtgBbQ:1758591913684&udm=7&fbs=AIIjpHydJdUtNKrM02hj0s4nbm4yz2OIO8EWX9DX1JDOVfANVg6Sh_lKDjgvwZnNaD_Hs0S98Du38BZH9LK8YNLN5LXJWn7OcHoiNbEahMwKZARy_i9o2rPLkcLkwvNH7dU97QeEFPjwuNzXAA4Qy6bv7ZOpXYLI0ZuQuI0lMprJCPJDxzfXKZbZi2pnHkcmbHlf3HVuV1C5xX4-sP4VutK6uMpegGGXtA&q=helio+bicudo+bolsa+fam%C3%ADlia&sa=X&ved=2ahUKEwjFv8ey4e2PAxXOBrkGHaBZCywQtKgLegQIFBAB&biw=1366&bih=643&dpr=1#fpstate=ive&vld=cid:8101acde,vid:dNs4D1HN3kk,st:0

    • O pior não é isso…

      A Facção Criminosa Vulgar com o Pai da Enrolação estão há 5 mandatos, e não conseguiram resolver esse problema…

      Por isso que a Facção tem de ser chamada por Fábrica de Miséria….

      fui….

  2. Quantas pessoas trabalham informalmente, sem registro algum? São uma grande parte desses 65 milhões. Aliás, a reportagem coloca a população economicamente ativa como aqueles cidadãos acima de 14 anos.

    Qual o limite da idade? Inclui pessoas vom idade avançada? Os incapacitados para trabalhar?

    Bem, tirando essas dúvidas, por exemplo, uma diarista ou uma pessoa que faz bicos são invisíveis, pois não são cadastrados, nem para empregos informais. Significa que tais pessoas não contribuem com nada para obter benefícios sociais no presente ou futuro.

    Tirando os aposentados e outros com incapacidade para trabalhar, sobrariam ainda mais de trinta milhões de brasileiros nessa condição. É um problema grande para o futuro.

    Temos o BPC, cujo programa concede um SM para quem tem mais de 65 anos (sem renda familiar suficiente) ou tem incapacidade física. O valor desse benefício está crescendo muito e em alguns municípios ultrapassa o valor gasto com o salário família. Como resolver a questão? Lembro que o governo tentou alguma regulamentação desse benefício, mas foi duramente criticado pela oposição.

    E também muitos dos beneficiários do bolsa família fazem outros bicos para aumentar sua renda, sem qualquer registro formal. Coisa muito difícil de fiscalizar. .

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