Zambelli na berlinda: CCJ decide futuro da deputada presa na Itália

Deputada é alvo de um procedimento interno na CCJ

Luísa Marzullo
O Globo

A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) presta depoimento nesta quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, em processo que pode resultar na cassação de seu mandato. A sessão desta manhã ocorre em meio à prisão da parlamentar, que está detida na Itália e aguarda o resultado do pedido de sua extradição para o Brasil.

Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal por participação na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com auxílio do hacker Walter Delgatti. De acordo com a acusação, ela buscava adulterar documentos oficiais, incluindo a emissão de um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Após a condenação, o STF encaminhou à Câmara o pedido de perda de mandato da deputada.

PARECER – O caso passou a tramitar na CCJ sob relatoria do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR). O colegiado já ouviu Delgatti e o perito Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no TSE. Agora, é a vez de Zambelli ser escutada antes da apresentação do parecer, que será submetido à comissão e, em seguida, ao plenário da Casa.

Antes do pedido de cassação, a deputada havia solicitado uma licença de 127 dias do mandato, concedida pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Desde então, sua cadeira é ocupada pelo suplente Coronel Tadeu (PL-SP). Fora do Brasil, ela teve a prisão decretada pelo STF e permanece sob custódia das autoridades italianas, aguardando decisão sobre um eventual processo de extradição.

A votação na CCJ marcará uma etapa decisiva do caso. Caberá, no entanto, ao plenário da Câmara dar a palavra final sobre a cassação, que exige maioria absoluta para ser confirmada.

5 thoughts on “Zambelli na berlinda: CCJ decide futuro da deputada presa na Itália

  1. O feliz ‘esbarrão’ de Lula em Laranjão e a desilusão bolsonarista

    O ‘agradável encontro de Laranjão e Lula’ causou uma grande tristeza no clã Bolsonaro, nos bolsonaristas e bolsotários em geral, que se sentiram como se Laranjão tivesse dado descarga e lançado todos eles no esgoto.

  2. “Tratamento agradável” de Laranjão a Barba no rápido encontro

    Laranjão costuma tratar babacas que mal conhece de forma “expontânea” desde quando era corretor de imóveis. É uma lábia de vendedor.

    Fez o mesmo lá atrás com o ex-mito, que passou adiante a fake News de que Laranjão era um grande amigo seu, quando na verdade Laranjão nem sabia exatamente quem o ex-mito era.

  3. Mudança dos ventos no Congresso

    Com o ex-mito não candidato, o Laranjão abraçando Barba e a volta da esquerda às ruas, deputados e senadores começam já a farejar como ‘bom negócio’ (eleitoralmente) a cassação de zabela e bananinha.

  4. Estão insistindo que o confronto com Trump, logo, com a Nova Ordem Mundial advinda da quarta Revolução Industrial (infraestrutura – lembremos Marx) é menos importante que as ideologias em jogo (superestrutura).

    Trump deu um xeque-mate mortal nas pretensões eleitoreiras do Lula. Elogiou o pândego, esfriando o bó, clamando por paz e chamou-o pro diálogo, ou seja, para quem tem dificuldade de ler o real, tirou das suas mãos a justificativa idiota, kô, de que os EUA não querem diálogo.

    Os adoradores do pândego insistem em não ver que Lula é um sujeito em profundo estado de decadência moral, civilizacional, temporal e diplomática. O cara toma uma cacetado nos cornos e a patuléia jornalística daqui, acompanhada pelos gênios imbecilizados declaram vitória antecipada do pândego por nocaute.

    Quem tem dará garantias inconstitucionais ao lawfare totalitário da Organização Petista, a caminho da nepalização? O STF, sem o qual caia por terra o projeto de 30 anos do PT no poder, controlando o Ministério Público, STF e humilhando as Forças Armadas.

    Trump sabe que derrotando o STF, derruba as garantias do regime.

    Tudo indica que, diferentemente do Irã, – em que o poder político dos medievais, bárbaros, misóginos, homofóbicos e antissemitas aiatolás, dos quais Painho é amiguinho de ideologia -, em que foram mantidos no poder, este parece não ser o caso do brasil.

    Quebrar a coluna vertebral do STF é tirar as bases autoritárias, as colunas que seguram o totalitarismo antidemocrático do projeto neoludita, reacionário, atrasado, sem qualquer objetivo ou projeto de país, que não seja reeleger a múmia.

    Sem analisar a infraestrutura, fica mesmo muito difícil compreender a superestrutura, que está absolutamente frágil e inconstante como as nuvens.

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