A eterna confusão poética entre o amor verdadeiro e o falso

Veredas da Língua: DANTE MILANO – POEMASPaulo Peres
Poemas & Canções

O poeta Dante Milano (1899-1991), nascido em Petrópolis (RJ), é um dos poetas representativos da terceira geração do Modernismo. Em “Poema do Falso Amor”, Milano mostra a diferença entre o falso e o verdadeiro amor, para questionar: Qual dos dois é o verdadeiro?

POEMA DO FALSO AMOR
Dante Milano

O falso amor imita o verdadeiro
Com tanta perfeição que a diferença
Existente entre o falso e o verdadeiro
É nula. O falso amor é verdadeiro
E o verdadeiro falso. A diferença
Onde está? Qual dos dois é o verdadeiro?

Se o verdadeiro amor pode ser falso
E o falso ser o verdadeiro amor,
Isto faz crer que todo amor é falso
Ou crer que é verdadeiro todo amor.
Ó verdadeiro Amor, pensam que és falso!
Pensam que és verdadeiro, ó falso Amor!

1 thoughts on “A eterna confusão poética entre o amor verdadeiro e o falso

  1. Que me perdoem os que não concordam, mas a poesia, além de expressar beleza, deve conter também sabedoria explícita ou implícita.

    Não faz muito tempo foi publicado, aqui neste espaço, um poema em que o autor se tornava pedra para falar com as formigas! Sim, podemos fazer a pedra falar, mas num mundo do faz-de-conta.
    O poema do dia usa falácias para inferir logicamente que um amor verdadeiro pode ser falso e o falso verdadeiro! Além de ser pouco intelectual, não chega a nenhuma conclusão racional.
    Desculpem-me, tinha que falar.

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