
Além das falhas institucionais, há o peso simbólico da exclusão
Pedro do Coutto
O Brasil vive um paradoxo inquietante. Enquanto o desemprego e a fome recuam, a população em situação de rua cresce de forma alarmante, como revelou matéria de O Globo.
É a face mais visível — e ao mesmo tempo mais ignorada — de uma desigualdade que não se resolve com números positivos na economia. Por trás das comemorações oficiais e das manchetes otimistas, há uma massa crescente de brasileiros que permanecem fora do alcance de qualquer política efetiva, sem teto, sem renda e, sobretudo, sem visibilidade.
SALTO – De acordo com dados do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua (OBPopRua/UFMG), o número de pessoas vivendo nas ruas saltou de cerca de 261 mil, em dezembro de 2023, para 327 mil em dezembro de 2024 — um aumento de 25% em apenas um ano.
Em 2025, o contingente já ultrapassa 335 mil pessoas, segundo a Agência Brasil. Esses números desafiam a lógica convencional que associa crescimento econômico e geração de empregos à redução da pobreza extrema. O fenômeno é mais complexo: não se trata apenas de renda, mas de exclusão estrutural.
Boa parte dessa explosão pode ser explicada, em parte, pela melhoria na coleta de dados — mais pessoas estão sendo registradas no CadÚnico. Mas a subnotificação continua enorme, e a invisibilidade institucional ainda predomina. A maioria dos que vivem nas ruas sequer figura em cadastros públicos, e muitos municípios não realizam busca ativa regular.
REGIÃO SUDESTE – O perfil predominante é o de homens negros, com baixa escolaridade, renda inferior a R$ 109 por mês e, em muitos casos, com algum tipo de deficiência. Mais de 60% estão concentrados na região Sudeste, com destaque para o estado de São Paulo, que sozinho responde por quase metade da população de rua do país.
Essa realidade expõe as limitações de uma leitura puramente macroeconômica. O PIB pode subir, o desemprego pode cair, mas os benefícios da recuperação raramente chegam aos mais vulneráveis. A precarização do trabalho, os vínculos temporários e a informalidade empurram milhares para a beira do abismo, onde uma demissão, uma doença ou uma ruptura familiar bastam para transformar a casa em calçada.
A política habitacional, por sua vez, segue tímida e desarticulada. Programas de moradia popular e requalificação de imóveis ociosos — fundamentais para conter a espiral da exclusão — não têm escala nem integração com as políticas sociais.
GARGALOS – A Política Nacional para a População em Situação de Rua, embora formalmente existente, patina na prática. O Plano Ruas Visíveis, lançado em 2023 com o objetivo de coordenar ações interministeriais, enfrenta gargalos de governança, falta de recursos e baixa adesão municipal.
O pacto federativo brasileiro é desigual: cidades com orçamentos exíguos não conseguem manter abrigos, centros de referência ou programas de reinserção social. O resultado é um sistema assistencialista fragmentado, que oferece acolhimento temporário, mas não perspectiva de recomeço.
Além das falhas institucionais, há o peso simbólico da exclusão. A sociedade urbana brasileira tende a invisibilizar o morador de rua, transformando o drama social em questão de “ordem pública”. A chamada “arquitetura hostil” — pedras sob viadutos, bancos inclinados, cercas e grades — é a tradução física dessa rejeição.
CRIMINALIZAÇÃO – O gesto do padre Júlio Lancellotti, ao demolir uma dessas barreiras em 2021, simbolizou a luta contra a criminalização da pobreza. Mesmo após a aprovação da “Lei Padre Júlio Lancellotti”, que proíbe tais práticas, o preconceito permanece entranhado: para muitos, a presença do pobre incomoda mais do que a sua miséria.
Politicamente, o crescimento da população de rua representa uma fissura na narrativa governamental de reconstrução social. É o dado incômodo que os discursos oficiais evitam: como celebrar o retorno do emprego e o recuo da fome enquanto milhares dormem ao relento?
Essa contradição corrói a legitimidade de qualquer projeto de país que se pretenda inclusivo. E, ironicamente, trata-se de um problema que tem pouco peso eleitoral — os que vivem nas ruas não votam, não aparecem em pesquisas de opinião, não organizam lobbies. São, portanto, a minoria mais esquecida do Brasil.
MEDIDAS PALIATIVAS – Para enfrentar esse abismo, não bastam medidas paliativas. O país precisa de um censo nacional padronizado que mensure o fenômeno com precisão; de políticas habitacionais que priorizem o princípio do housing first — moradia antes de tudo —; de coordenação intersetorial entre habitação, saúde, educação e assistência social; e de fortalecimento dos municípios, que são a linha de frente da exclusão.
É essencial também incluir os próprios movimentos de pessoas em situação de rua na formulação das políticas, sob pena de perpetuar soluções que apenas mascaram o problema. Mais que estatísticas, estamos diante de uma crise de humanidade. Cada pessoa que dorme sob uma marquise representa o fracasso de um Estado que se diz democrático, mas que não garante o direito básico a um teto.
Um país que se orgulha de ter superado a fome não pode tolerar que milhares vivam sem casa, sem identidade e sem esperança. A rua, afinal, é o espelho da sociedade: quanto mais gente vive nela, mais ela reflete as desigualdades que insistimos em não enxergar.
É uma balela a tal “política social” do Lula. Trata-se de uma mera compra de votos dos famélicos pelas esmolas estatais, que se alimentam da extorsão da Sociedade por impostos aviltantes.
Já houve pessoas dignas na Organização Petista, como Hélio Bicudo, que se desiludiu com as engalobações travestidas de políticas públicas:
https://www.youtube.com/watch?v=RCH_kS1qCrk
Ora, não se tira milhões da pobreza efetivamente sem desenvolvimento econômico sustentado.
Office-boy da Ditadura Chinesa, o Lula, não pode de forma alguma fazer como ela, que tirou 800 milhões da miséria, não com esmolas, mas as incorporando ao processo de produção e distribuição da riqueza, possibilitando que saíssem de sua miséria material e mobilizando seus potenciais humanos. O que não significa que seja um entusiasmado admirador do regime chinês como o decano Gilmar Mendes.
É que, não só a China, mas Singapura, países que saíram mais recentemente da miséria, começaram por defenestrar a corrupção, limpando o Estado dos abutres.
Já por aqui o que assistimos é uma constitucionalização e apologia da corrupção, que tem feito verdadeiros heróis nacionais e que levou, inclusive, o descondenado Lula à Presidência,numa enorme mal exemplo.
Como a China limpou o terreno para que pudesse desenvolver-se efetivamente e tornar-se a segunda Economia? Metendo centenas de milhares de corruptos na cadeia, com, inclusive pena de morte e prisão perpétua.
Enquanto houver favelas, pessoas morando em condições subumanas, dependentes de esmolas eleitoreiras estatais, falar em desenvolvimento humano e socioeconômico é engalobação de farsantes como o Lula.
A limpeza do Estado dos criminosos, assaltantes do povo (aqui tornados heróis nacionais) na China:
https://www.google.com/search?q=chna+corrup%C3%A7%C3%A3o&client=firefox-b-d&sca_esv=827bd599c16e32c5&ei=TVPtaMu8KrWf1sQP0OrKuQ4&ved=0ahUKEwiLl_Hi9KGQAxW1j5UCHVC1MucQ4dUDCBA&oq=chna+corrup%C3%A7%C3%A3o&gs_lp=Egxnd3Mtd2l6LXNlcnAiEGNobmEgY29ycnVww6fDo29IAFAAWABwAHgBkAEAmAEAoAEAqgEAuAEMyAEAmAIAoAIAmAMA4gMFEgExIECSBwCgBwCyBwC4BwDCBwDIBwA&sclient=gws-wiz-serp
A limpezza promovida em Singapura.
https://www.ibadeinstituto.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=272&catid=8&Itemid=101
Onde há corrupção, zero chance pra o desenvolvimento sustentado efetivo.
Infelizmente é o caso do Brasil, onde a corrupção, como sistema de governo, é quase unanimidade.
A Economia Estatal das oligarquias cleptopatrimonialistas se locupleta com a extração da mais valia absolutíssima da Indústria da Miséria e Atrasos Socioeconômico e Tecnológico.
Mais um mandato do reacionário e neoludita Lula, que está na Era da Pedra Lascada, e podemos colocar mais uns 20 anos nos nossos já 50 de atraso.
Nos EUA, a população de rua é até maior.
Só havendo reindustrialização e maiores investimentos em P&D para temos tecnologia própria e assim começarmos a sair da armadilha da renda média. Mas é muito difícil. precisaríamos de um plano de longo prazo e que todos trabalhassem em objetivos comuns.
“Nesta prontidão, sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim!”
Em 1933, Noel Rosa já ‘cantava’ essa mesma situação que nunca melhora, na canção “Filosofia”, dele e André Filho.
Pedro do Coutto, mergulhou na raiz de um dos mais trágicos problemas brasileiros: a Desigualdade Social.
O fosso que delimita os ricos dos pobres se aprofundou ao longo do tempo. Trata-se de uma chaga nacional. Principalmente, conforme assinala o mestre Pedro, a quantidade dos moradores de rua de São Paulo, supera a soma dos moradores dos Estados, o que atesta a profunda desigualdade social no Estado mais rico da Federação.
No Rio de Janeiro, o aumento dos moradores de Rua nos bairros, aumentou absurdamente.
O Congresso não ajuda em nada para reduzir o drama de brasileiros largados a própria sorte, dormindo em marquises nas condições mais desumanas possíveis.
A medida que o tempo passa, sem nenhuma medida do Estado para ajudar essa gente tão sofrida, a depressão, as doenças e a loucura, transformam esses brasileiros em várias da sociedade.
Que fazer? Executivo e Congresso precisam se unir para resolver o mais rápido possível, essa chaga nacional.
Os tais programas sociais da Organização Petista, não passam se esmolas eleitoreiras, que não desenvolvem os potenciais humanos, antes, pelo contrário, mantém grande parte da população na miséria material e humana.
Esta abutre sobrevive da Indústria da Miséria, e jamais irá atacar o subdesenvolvimento efetivamente. antes detona com o agronegócio que segura a onda e quer meter taxa e censura nas empresas de ponta da tecnologia, ao invés de buscar nelas a transferência de know-how.
Lula é um reacionário, em processo avançado de decadência moral, civilizacional e temporal, estacionado na Idade da Pedra Lascada.
A situação da desiguladade social no Brasil, malgrado os famigerados “programas sociais” da organiaçao Petista.
Fonte: DeepSeek
De acordo com o relatório “World Inequality Report 2022” (que utiliza dados até 2021, os mais consolidados para comparação global), o Brasil segue como um dos países mais desiguais do mundo.
Ranking de Desigualdade de Renda: O Brasil consistentemente figura entre os 10 primeiros no ranking dos países com maior desigualdade de renda. Em algumas medições, está atrás apenas de nações como África do Sul, Moçambique e outros países com contextos socioeconômicos extremamente frágeis.
A Concentração no Topo: O relatório mostra que os 10% mais ricos da população brasileira concentram cerca de 59% da renda total do país. Já a metade mais pobre da população fica com apenas 10% da renda total. Essa disparidade é um dos retratos mais claros do abismo social brasileiro.
Além da Renda: A Desigualdade de Riqueza
A situação fica ainda mais dramática quando se analisa a riqueza (patrimônio, bens, aplicações financeiras), e não apenas a renda mensal. O Brasil é um celeiro de bilionários, e a concentração de capital é extrema. Segundo a Forbes, o país tem dezenas de bilionários, cuja fortuna combinada equivale a uma fatia significativa do PIB nacional. Enquanto isso, milhões de brasileiros não têm sequer uma reserva de emergência.
Comentário Final: Duas Velocidades
Portanto, a narrativa sobre a desigualdade no Brasil tem duas camadas. A primeira é de otimismo cauteloso: as políticas de distribuição de renda e a recuperação do mercado de trabalho estão, de fato, funcionando e melhorando a vida dos mais pobres.
A segunda camada, porém, é de alerta máximo. A estrutura social brasileira permanece profundamente hierárquica e injusta. A melhora no Gini é fundamental, mas não é suficiente para tirar o país do pódio mundial da desigualdade. O desafio que se coloca para os próximos anos é transformar essa distribuição de renda inicial em uma verdadeira inclusão produtiva, com educação de qualidade, acesso a serviços públicos universais e reformas estruturais (tributária é a principal) que ataquem a concentração de riqueza no topo.
O Brasil está se movendo, mas a uma velocidade muito diferente para quem está no andar de cima e para quem está na base do prédio. A tarefa civilizatória de reduzir esse abismo continua sendo a mais urgente de todas.
Não é possível que existe alguém que acredita nessa balela de melhorias, acabou a fome e blá blá blá!! pelo amor de Deus, nos poupe desse discurso!!
A concentraçao de renda via corrupção pela burguesia cleptoptatrimonialista amiguinha da Organização Petista:
https://epoca.globo.com/tempo/noticia/2016/03/7-bilionarios-afetados-pela-lava-jato-tem-patrimonio-total-de-r-288-bilhoes.html
A constitucionaliação da corrupção, extração da mais valia absolutíssima pelas oligarquias patrimonialistas.
https://www.cartacapital.com.br/politica/apos-decisao-de-toffoli-juiz-anula-acordo-e-manda-devolver-dinheiro-a-delator-da-lava-jato/
Lula, a maior farsa da História, admitindo que a miséria é fundamental pra manutenção de sua Organização no Governo.
https://www.youtube.com/watch?v=kNFd1DVTVZM
O “obvio ululante”, aquele do Nelson Rodrigues, neste caso é de simples entendimento.
Os desempregados, estão se transformando rapidamente em moradores de rua.
Só isso, seu Pedro do Coutto,simples assim.
O “socialismo” lulático, é esmoleiro, não resolve o cerne do problema, só empurra com a barriga.
Eu atualmente não acredito muito nessas estatísticas. na Argentina, no antigo governo o IBGE deles manipulava as estatísticas
Puxa, o sujeito descobriu que é mais fácil torturar número do que pessoas.
Sr. Pedro
Cinco mandatos da Facção Criminosa Vulgar do psicopata mitomaniaco Narcola e ainda tem pessoas morando nas ruas……
A tão prometida Noruega, Finlândia, Dinamarca, Japão, Suécia, Suiça está muito mas muito distante da realidade brasileira….
aquele abraço
“Se, ao final do meu mandato, todos os brasileiros tiverem a possibilidade de tomar café da manhã, almoçar e jantar, terei cumprido a missão da minha vida”
Lula: Quando terminar meu mandato, não teremos mais ninguém passando fome no Brasil… ”
“Lula chora ao dizer que sua prioridade será acabar com a fome..””
‘Meu desafio agora é fazer de 2025 o ano da melhor colheita …