A guerra não acabou! O que acabou foi a Palestina, que entregou 53% de Gaza

Trump pede indulto para Netanyahu em ações judiciais abertas em Israel | Jornal de Brasília

Trump e Netanyahu comemoram a tomada de 53% de Gaza

Carlos Newton

Entramos na Era Trump. É uma viagem programada pelos especialistas norte-americanos em marketing político, que são os mais avançados do mundo. Para eles, a derrota de Donald Trump na eleição de 2020 foi totalmente inesperada, um verdadeiro ponto fora da curva, porque a estratégia política era acertadíssima e o lema “Fazer a América Grande de Novo” continuava funcionando.

Em 2020, Donald manteve o slogan, mas faltaram-lhe votos para superar Joe Biden, porque os republicanos pouco tinham feito para fortalecer a América no primeiro mandato.

Não havia o complemento necessário a exibir na campanha de reeleição em termos de “Grande de novo”, e surgiram muitas matérias escandalosas envolvendo Trump e roubando-lhe indispensáveis votos dos conservadores.

PROMESSAS A CUMPRIR – Quatro anos depois, em 2024, a campanha dos republicanos novamente encheu-se de grandes promessas, em termos econômicos, sociais e até militares.

Trump então anunciou que terminaria de construir o muro entre os Estados Unidos e o México — promessa que repete desde 2016. Além disso, disse que promoveria a maior deportação do mundo, expulsando todos os imigrantes ilegais. Na economia, prometeu aumentar as tarifas sobre importações, incrementar a produção de energia americana e reduzir imposto de rendas de setores trabalhistas.

A busca por votos também o levou a fazer promessas para públicos específicos, incluindo a eliminação de impostos de renda em alguns setores. Mas era tudo conversa fiada. Ao final de seu primeiro ano de  governo, no mandato atual, já se vê que Trump manteve a regra de cumprir poucas promessas, pois praticamente limitou-se ao tarifaço.

É SORTUDO – Trump não tem educação nem caráter. Em compensação, exibe uma sorte de fazer inveja ao personagem Gastão, o primo do Pato Donald. Seu tarifaço, por exemplo, agrada ao eleitor americano, mas pode ser um tiro no pé, caso motive a aproximação do grupo Brics e da União Europeia, e tudo indica que isso vai acontecer, com o agravamento da tensão comercial entre China e Estados Unidos, em crise que se iniciou semana passada.

O caso de Gaza é semelhante. No momento, parece uma vitória milagrosa. Mais para frente ficará claro que os dirigentes palestinos fizeram um acordo Caracu altamente lesivo para os interesses de seu povo.

Quem vai pagar os US$ 40 bilhões e os juros para reconstruir a cidade? Trump e seus amigos vão liderar o consórcio de empreiteiros? Em que século será enfim formado o Estado palestino, com governo próprio?

INGENUIDADE – É preciso ser muito ingênuo para acreditar em Trump e em Netanyahu. Sozinhos ou juntos, isso não interessa, são cidadãos eternamente suspeitos.

Como aceitar essa estratégia diplomática de trucidar os inimigos indefesos, bombardeando até escolas, hospitais e unidades internacionais de assistência médica e social, para depois devolver os escombros a eles, visando a cobrar generosos juros pelos gastos de reconstrução?

Das 216 nações existentes no mundo, apenas 99 têm PIB superior a US$ 40 bilhões. Os outros 117 países estão abaixo desse valor.

Antes da guerra, a chamada Palestina, formada pela Faixa de Gaza e pela Cisjordânia, tinha PIB de apenas US$ 19 bilhões. E agora, aonde vai arranjar US$ 40 bilhões para reconstruir Gaza, sem falar nos juros que serão cobrados?

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P.S.
Desculpem a franqueza. A gente vê o carnaval na mídia, os festejos de criminosos como Trump e Netanyahu, que não são Mahatma Gandhi nem Nelson Mandela… E logo percebe que não foi a guerra que acabou. Na verdade, a própria Palestina é que não existe mais. Era um dos países de maior crescimento no mundo e hoje existem apenas escombros. Israel não tem mais o que destruir, precisa gastar menos em armas para poder organizar a ocupação de 53% das terras de Gaza, que agora passam a integrar o território de Israel, até que haja a independência da Palestina na terra do nunca jamais. (C.N.).

16 thoughts on “A guerra não acabou! O que acabou foi a Palestina, que entregou 53% de Gaza

  1. Mendonça bloqueia R$ 389 milhões de sindicato ligado a irmão de Lula…..

    “”Segundo a PGR, há suspeita de lavagem de dinheiro

    . A Procuradoria-Geral da República afirmou que as investigações da PF revelaram movimentações financeiras atípicas do Sindnapi para pessoas físicas e jurídicas ligadas ao seu corpo diretivo, “em atos típicos de lavagem de dinheiro”. O UOL procurou o Sindnapi e Frei Chico. O espaço segue aberto para manifestação…

    Sr; Newton

    389 milhões nas contas de um Sindicato do Crime.?

    È assim que eles defendem os trabalhadores.?

    • “Na verdade, a própria Palestina é que não existe mais. Era um dos países de maior crescimento no mundo”

      FAKE NEWS

      Vivem de esmolas dos países ricos do golfo . Só pode ser a famosa piada do ano .

  2. O que restarå aos inconformados de ambos os lados?
    Atrairão dirigente externa consequente dizimação(Armagedon) e a “projetada”, khazariana e pretensamente livre “terra arrazada”!!!

  3. Quem acabou com a Palestina?
    Foi quem acabou com a Democracia por lá, impôs um regime de terror sobre o povo palestino, que foi usado como bucha de canhão dos terroristas, invadiu Israel, cometendo aquela barbárie estranhamente esquecida pelos antissemitas, o Hamas.

    Ora, colocar a culpa em que veio depois, Netanyahu e Trump, é inverter o devir histórico. Em guerras não se discute se o mandatário é de direita, centro ou esquerda, nem os preconceitos daí advindos, trata-se de defesa dos interesses dos países.

    Ou alguém acha que um extremista de esquerda, forte opositor do Netanyahu vai querer que ele deixe o Hamas o exterminar? Trata-se de um reducionismo ideológico totalmente apartado da realidade, inclusive do básico: viver.

    Parece que alguns setores queriam que Israel ficasse impassível do genocídio de seu povo, estatutariamente determinado pelo grupo terrorista medieval. Venham e nos aniquile, do rio ao mar.

    Israel e Trump fizeram a coisa certa: aniquilaram as bases do terrorismo do Hamas, detonando com o Irã, aniquilando suas lideranças, pela força mesmo. Se perderam a guerra da propaganda que buscava passar a imagem do Hamas como um grupo de escoteiros bonzinhos, e o conseguiram em parte, com a tal “esquerda progressista” dando vazão pro seu antissemitismo importado do nazismo, colocando um bando de reacionários medievais e bárbaros nas ruas.
    É importante frisar que a tal “esquerda progressista”, não tá nem aí pro povo sudanês, as crianças ucranianas e os católicos nigerianos. Seu humanismo seletivo é fruto de sua hipocrisia.

    Ademais rangem os dentes por terem perdido uma causa pra defender seus interesses extemporâneos, reducionista e pilantras.

    Quanto à reconstrução não será feita pelas empreiteiras amigas do Lula, que perderão a oportunidade de fazer uma versão up da Lava Jato.

    • Situados em sua realidade paralela metafísica setores antissemitas queriam que o povo israelense bebesse ideologia, e se contrapusessem ao Netanyahu, deixando que o Hamas os exterminasse.

      Trata-se de sério desvio do fundamental: o instinto de sobrevivência, que supera qualquer idiotice ideológico-doutrinária. queriam mártires que se contrapusessem ao mandatário de direita. Ora!

      Se os membros do STF não são a encarnação da Pátria, um mandatário, seja de centro, direita ou esquerda, quando lança-se numa guerra legitima de autodefesa.

      É muito fácil pra quem não teve sua vida em risco clamar por defesa de ideologias, muito das vezes fruto de mero preconceito, sem qualquer base fática.

      • … Se os membros do STF não são a encarnação da Pátria, um mandatário, seja de centro, direita ou esquerda, quando se lança numa guerra legítima de autodefesa, representa, não a si e sua ideologia, mas a Pátria, a Nação, o país, seu povo, sua soberania e o próprio direito à vida de seu povo.

      • Ideologias metafísicas binaristas reducionistas extemporâneas retroutópicas (direita e esquerda) são incapazes de nos levar a compreendermos a complexa e milenar realidade do Oriente Médio

  4. Exercício metafísico simples pra comprender o bó. Imagina que alienígenas viessem invadir o Brasil, para exterminar com seu povo. Os bolsonaristas quereriam morrer porque quem iria segurar a onda é o Lula?

    Não se come ideologia, notadamente as reacionárias e retroutópicas.

    Isto é coisa da tal “esquerda progressita”, cuja causa é uma mercadoria capitalista selvagem, tanto que a tal Greta trocou a causa ambiental pela do “apoio ao povo palestino”, absolutamente inócua, porém muito mais lucrativa.

    Venhamos e convenhamos.

  5. Resumo da ópera.

    Querem que o povo palestino clamem pelo seu extermínio, porque Trump e Netanyahu são de direita, logo incapazes e impossiblitados metafisicamente de contraporem-se ao genocído dos judeus e a eliminação do Estado Israelense.

    Ora, bolas!

    Vivemos tempos de reducionismo binarista metafísico absolutamente limitante.

  6. “Na verdade, a própria Palestina é que não existe mais. Era um dos países de maior crescimento no mundo”

    FAKE NEWS

    Vivem de esmolas dos países ricos do golfo . Só pode ser a famosa piada do ano .

  7. É bom conhecer a historia da criação de Israel:

    “Embora os Estados Unidos apoiassem a Declaração Balfour de 1917, que favorecia o estabelecimento de um lar nacional judaico na Palestina, o presidente Franklin D. Roosevelt garantiu aos árabes em 1945 que os Estados Unidos não interviriam sem consultar tanto os judeus quanto os árabes daquela região. Os britânicos, que detinham um mandato colonial na Palestina até maio de 1948, opunham-se tanto à criação de um Estado judeu quanto de um Estado árabe na Palestina, bem como à imigração ilimitada de refugiados judeus para a região. A Grã-Bretanha queria preservar boas relações com os árabes para proteger seus interesses políticos e econômicos vitais na Palestina.”

    Os Estados àrabes nunca aceitaram a divisão da Palestina em dois Estados, proposta pela ONU (resolução 181), pois achavam que a decisão caberia somente ao povo que lá vivia e ainda consideravam a divisão injusta aos palestinos árabes. . Mesmo assim, o acordo foi aprovado apesar da rejeição dos países árabes.

    Em 1948, após a criação do Estado de Israel, ocorreu a guerra entre os países Árabes e Israel. E aí ocorreu o evento denominado Nabka que se aprofundou desde então. E os judeus que pelo acordo da ONU ficariam com 53% do território palestino, então colônia da Grã-Bretanha,.já em 1949 possuíam 78% do território original, à custa de métodos violentos de ocupação.

    Hoje, Israel quanto ocupa do território original? E o objetivo, 100%?

    Um Estado Palestino seria a solução? Acho que Israel não aceitará, pois colide com o objetivo. E os meios para isso são aumentar as pressões que sufocam o que resta da população palestina árabe, a qual por desespero, até elege radicais para seu governo, como ocorreu com o Hamas em 2006.

    • José, bom ver um comentário sensato depois de tantas balelas ditas sobre esse post.
      E não se pode confundir um direito legítimo de defesa – embora nem sempre sobre territórios que foram tomados à força do outro lado – com o genocídio deliberado provocado em Gaza que atingiu quarenta vezes mais do que as vítimas que queriam vingar. e destruiu toda a infraestrutura da região.

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