Caos no Rio, com uma megaoperação policial que já causou 64 mortos

Rio vive cenário de guerra: CV lança bombas por drone; operação tem ao menos 20 mortos - Portal Nosso Dia

Acossado, o CV respondeu utilizando drones com bombas

 

Carlos Newton

O governador Cláudio Castro admite que Estado teve ultrapassada sua capacidade de combater o crime e lamentou que pedidos de blindados das Forças Armadas foram negados. Mas integrantes do governo Lula rebatem Castro e negam que pedidos de colaboração tenham sido rejeitados

Os criminosos do Comando Vermelho usaram drones para lançar bombas durante a megaoperação. Entre mortos e feridos há pessoas inocentes, atingidas nos confrontos.

RIO PARADO – Em consequência da investida policial contra o Comando Vermelho, vias importantes tiveram interdições intermitentes, e transportes sofrem alterações

O Aeroporto Internacional do Galeão, na Zona Norte do Rio, segue funcionando normalmente, mas há interdições provocadas por criminosos nas vias de acesso ao terminal. Quem desembarca na cidade tem medo de deixar o aeroporto.

A microempresária Patrícia Nogueira, que voltava de férias com o marido e o filho de 4 anos em um voo de Curitiba, desembarcou no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) por volta das 14h30 e decidiu permanecer no terminal, sem condições de se deslocar.

PARA ONDE? – “Chegaram a me oferecer um táxi, mas vou pegar um táxi para onde?” — questionou Patrícia, moradora da Zona Sudeste, entrevistada pelo O Globo.

Ela relatou que, após esperar com a família na praça de alimentação, tentou se hospedar no hotel do aeroporto, mas o local já estava lotado por outros passageiros que também optaram por aguardar no próprio terminal até que a situação nas ruas fosse normalizada.

A Polícia Civil atualizou há pouco os principais números da megaoperação realizada no Complexo do Alemão e na Pena, na Zona Norte do Rio. Há informações de que ainda há confrontos em uma zona de mata da região.

DELEGADO MORTO – Até o final da tarde, foram registradas 64 mortes (de pessoas tratadas como suspeitas pela polícia), sendo 4 delas de policiais. Entre os mortos está um delegado. Há também 9 policiais feridos.

Foram apreendidos 75 fuzis com criminosos. Houve também 81 prisões.

Com poucos ônibus rodando no Rio, após as repercussões da megaoperação policial no Alemão, por conta de bloqueios em várias partes da cidade, quem busca transporte rodoviário no Centro tem dificuldades.

SEM CONDUÇÃO – Em frente ao terminal da Presidente Vargas, centenas de pessoas aguardam. Uma delas é a auxiliar administrativo Flávia Melo, se 47 anos. Ela conta estar no ponto desde às 16h aguardando um ônibus para Del Castilho, na Zona Norte. Flávia disse que o trem e o metrô, que seriam uma opção, estão cheios. Ela pensou na moto de aplicativo, mas os preços dinâmicos dispararam com a alta demanda.

— Tentei o trem e o metrô, mas tá muito cheio. O carro e a moto de aplicativo estão com valores altos. Uma corrida tá dando R$ 53. O jeito é esperar o ônibus. Costumo pegar as linhas 298, 292 ou 302, mas não passou nenhum desde às 16h. Estou há 40 minutos aqui — afirmou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
– As informações são de O Globo, que revelam uma guerra civil, não declarada. Durante décadas, as autoridades deixaram o crime crescer, com a cumplicidade da Justiça, inclusive do Supremo, basta lembrar a soltura de André do Rap, um dos líderes do PCC, que está foragido há cinco anos. Agora, é preciso enfrentar as facções e milícias, mas ninguém sabe o que fazer. Brizola e Darcy Ribeiro construíram escolas. Os demais preferiram erguer presídios… (C.N.)

15 thoughts on “Caos no Rio, com uma megaoperação policial que já causou 64 mortos

  1. Não poderá acabar, ironicamente, sendo a ‘deixa’ que esperavam os States para incluir o país na operação que executam no mar do Caribe e Pacífico?

    • As falas de Flávio Bolsonaro são óbvias.

      A cegueira política de Gleisi Roitman e dos irmãos Marinho tentam abafar o que não pode ser escondido.

      Ainda tentarão capitalizar politicamente a crise do Rio que vem de longa data, de descaso e de nenhuma atitude concreta na segurança pública.

      Nessa bobagem de direita e esquerda muito se fala e nada se faz.

      Só as vidas perdidas e a viabilidade de uma belíssima e promissora cidade, de um riquíssimo e promissor país, é que não têm volta.

  2. Décadas de abandono na SEGURANÇA.

    Um Estado gigante, perdulário, riquíssimo em extorsão, que não oferece o mínimo de segurança perde a razão de existir.

    A Justiça é uma piada de mau gosto.

    E a Organização Terrorista Comando Vermelho aterroriza os moradores do Rio de Janeiro.

    Três da tarde virou horário de pico, com trabalhadores desesperados e se debatendo na Central do Brasil lotada, depois de terem sido liberados por seus patrões, com diversas vias importantes interditadas.

    Entrar e sair do Rio de Janeiro é uma operação de altíssimo risco, seja por rodovia ou por via aérea no campo minado que é o caminho até o Galeão.

    Décadas de desgovernos que alimentaram o crescimento de facções criminosas que já foram bem menores.

    Agora, ninguém combate o Comando Vermelho se não for em todos os Estados da Federação.

    O combate precisa ser nacional. Já passou e muito da hora de um enfrentamento sério a essas organizações narcoterroristas.

    Vastos territórios do Brasil estão dominados por esses Estados paralelos.

    Cada Estado da Federação fatiado entre organizações que dividem o Brasil em zonas, capitanias hereditárias do crime organizado.

    O mesmo Comando Vermelho que aterrorizou nos anos 1990, em 2006, em 2010, agora muito mais forte, inclusive geográfica, estratégica e financeiramente, controla o Ceará e diversos Estados transformados em infernos na Terra.

    Quando o caudilho que nos governou por uma era de sucessivas décadas de defesa de bandidos se for deste planeta, herdaremos um Haiti, um Afeganistão.

    Não foi à toa que o Rio perdeu feio a sede do Pan de 2031 para Assunção.

  3. O governador está em campanha ao Senado. Operação desastrosa, que envergonha o Brasil. A criminalidade não se combate com matança como Israel faz em Gaza.
    O uso de inteligência, estratégia e asfixia econômica do Comando Vermelho, prendendo as lideranças e retomando os territórios perdidos para os criminosos

  4. É bom conhecer a historia do nascimento das favelas. A abolição dos escravos, a destruição de cortiços, combatentes que não tiveram as moradias prometidas. Enfim, desde os fins dos anos de 1800, a situação de precariedade nesses morros que circundam o RJ, locais que de pobreza que propiciam o surgimento de grupos criminosos, com o tempo, só pioram. Dá para mudar? Muito difícil e exige um investimento enorme de longo prazo.

    • Mais e mais Rios de Janeiro estão sendo criados.

      Ceará com CV, RN com Sindicato do Crime, o entorno de Brasília totalmente abandonado e com favelização veloz e profissional em esquemas de invasões de propriedades e arrastões.

      A imagem do Rio de Janeiro é o que tentam varrer para debaixo do tapete e que atinge o Brasil inteiro.

      Há uma indústria da insegurança pública (em referência à indústria da seca), de políticos que jamais querem resolvê-la ou fazer o mínimo de concreto nesse sentido.

      No final, somos comandados por bandidos crueis e sanguinários, seja em Brasília ou aqui.

    • Caro José Vidal … Boa noite!

      Sou nascido em Nilópolis – Baixada Fluminense.

      Em agosto de 1969 fui trabalhar em SP e lá não tinha uma só favela – tinha as chamadas cabeças de porco … várias pessoas num mesmo andar e com cozinha e banheiros coletivos.

      Nas fazendas se tinha a meia, em que o fazendeiro permetia ao meeiro morar e plantar e se dividia a colheita. Acontece que alguns conseguiram usucapião e se passou a ter o boia-fria.

      Também houve a mecanização rural e os seus trabalhadores mudaram para as cidades.

      Nos EUA, Europa e Japão seus governos incentivam o agro – porém, exigem que mantenham seus trabalhadores no campo … por isso que lá não existem favelas.

      Saudações.

  5. Entretanto, o combate ao crime não basta, o Estado tem que estar presente nos territórios ocupados pelos criminosos e impedir o tráfico e o comércio do gaz, das TV a cabo, aluguéis de casas e apartamentos, que hoje rendem mais do que vender cocaína e maconha.

    Passei hoje pelo Rio das Pedras, Muzema, Tijuquinha e Itanhangá em direção a Barra. Qual a razão das avenidas tão estreitas mão e contramão. Só em Rio das Pedras, o prefeito Paes duplicou e mais nada. Por dentro da comunidade o caos urbano, uma cidade sem lei, sem Estado e sem Município.
    Duas Clínicas da Família, nenhum Hospital e dois CIEPS. Um em petição de miséria, quase abandonado e o outro em bom estado.

    Nenhum governador e nenhum prefeito, construiu um CIEP para contar a história, só porque foi Leonel Brizola o governador que fez tudo sair do papel, com o apoio de Darcy Ribeiro e Oscar Niyemeyer.
    Vou citar os gestores do Rio, que odeiam escolas e professores. Garotinho, Marcelo Alencar, Rosinha, Cabral, Pezão, Witzel e Castro. No âmbito municipal todos eles e o atual, Eduardo Paes, que odeia escolas públicas e servidores públicos, portanto, é o pior de tudo, pasmem, vai piorar quando ele conseguir o mandato de governador em 2026, ao que tudo indica, pois tem o apoio de Lula, de Bolsonaro e do Malafaia.

    Será preciso muita oração para salvar o Rio de Janeiro

    • A “Mãe da Impunidade”, não permite soluções advindas de seus “estatutariamente” arregimentados alçados e LOCUPLETOS mas tão somente cacarejar o ôvo não posto, enquanto geram caos e desordem!
      Obedecem uma KHAZARIANA agenda!

  6. https://www.espada.eti.br/jose.asp
    “José, o segundo em comando no Egito dos Faraós, advertido a respeito de uma fome vindoura, preparou estoques de grãos para alimentar o povo durante a crise. Quando a fome chegou ao país, o povo foi até José para comprar mantimento. Uma transação simples foi efetuada: os cidadãos usaram a moeda nacional para comprar o trigo.

    Nos versos 14 e 15 vemos um acontecimento incomum. Após vender o trigo, José intencionalmente reteve o dinheiro, evitando que ele entrasse em circulação novamente na economia nacional. O resultado foi a catástrofe previsível para a população: crise econômica.

    De acordo com a versão Corrigida e Fiel da tradução de João Ferreira de Almeida, “acabou o dinheiro”, o Egito experimentou uma deflação intencional, patrocinada pelo governo no meio de uma calamidade natural. O dinheiro sumiu.

    Precisando comer para viver, o que os cidadãos fizeram? Eles trouxeram o gado que tinham em troca dos grãos (versos 16-17). Como uma sociedade agrária, o gado representava a base industrial daquele povo. Portanto, colocando esse poder nas mãos do governo, a atividade comercial da população foi efetivamente abolida.”
    PS. Pergunta-se aos desavisados: Quem está “escondendo”, ou seja: À mando, “tirando” de circulação bilhoes?

  7. Estou vendo a hora de uma rebelião a nível nacional.

    Com essas facções controlando todos os Estados da Federação, têm tudo para demonstrar força.

    O mais grave é que o Judiciário tem todos os meios para congelar e transferir todos os recursos financeiros.

    O Estado brasileiro é poderosíssimo.

    Mas é negligente e infiltrado por essas facções.

    Tudo é procrastinado durante décadas: onde está a Polícia Ostensiva da União mesmo?

    A Força Nacional de Segurança é um cobertor curto.

    A GLO é o extremo desvio por desespero.

    Deveriam todas as forças do Estado atuarem juntas e com inteligência.

  8. A escalada da barbárie deixou no RJ 64 mortos. Lembrando que a segunda ação policial mais letal tinha sido a do Jacarezinho, em 2021 e a terceira, a da Penha, em 2022, todas ações sob o governo de Claudio Castro, o mesmo que saqueou o RIOPREVIDÊNCIA, razão pela qual, o funcionalismo público do estado está há 4 anos sem reajuste salarial.

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