Tarcísio e Zema abrem conversas sobre formar uma chapa contra Lula em 2026

Tarcísio é o nome mais forte da direita em 2026, diz Zema

Tarcísio é o nome mais forte da direita em 2026, diz Zema

Thiago Prado
O Globo

Na semana passada, quando ainda não havia a cadeirada histórica de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB), os jornalistas Octavio Guedes e Fabio Zanini atribuíram a três “Ts” o avanço de Ricardo Nunes (MDB) nas pesquisas. Ambos falaram em TV e Tarcísio de Freitas, mas definiram a terceira letra de forma diferente. Na GloboNews, Guedes destacou a tropa de Nunes, ou seja, a máquina de vereadores e obras ligada à prefeitura de São Paulo. Na Folha, Zanini falou sobre o conceito “Tchau, Bolsonaro” e os benefícios para o emedebista de não aparecer na campanha eleitoral tão vinculado ao ex-presidente.

Hoje vamos falar sobre o primeiro T, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que entrou de cabeça na campanha pela reeleição do prefeito da capital de olho na disputa de 2026. Por mais que negue a intenção de ser candidato a presidente contra Lula daqui a dois anos, todos os seus movimentos miram a possibilidade de lançar-se ao Planalto. Em julho, ouvi os donos dos seis dos maiores institutos de pesquisa sobre o projeto Tarcísio presidente e eles divergiram sobre a hipótese de ele abandonar a reeleição.

TARCÍSIO-GEMA – No início do mês, o presidente do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, esteve no Rio acompanhado de Romeu Zema, em mais uma etapa das viagens que ambos estão fazendo pelo Brasil para nacionalizar a imagem do governador de Minas Gerais. Em um restaurante peruano ao lado do Copacabana Palace, Ribeiro me confirmou a informação publicada pelo jornalista Robson Bonin, da coluna Radar, de que há uma articulação pela chapa Tarcísio-Zema no grupo de governadores de Sul e Sudeste, que se reuniu pela última vez na casa do senador Ciro Nogueira.

Nascido em Santa Catarina, estado-símbolo da direita brasileira atualmente, o presidente do Novo admite que não liga mais para a relação que fazem do partido com o bolsonarismo. “Parei de me incomodar com isso”, admite Ribeiro, lembrando que essa agenda era de João Amoêdo, que o antecedeu no comando da sigla.

E como convencer o bolsonarismo de que a chapa “café com leite” (referência ao protagonismo político de lideranças de São Paulo e Minas Gerais entre 1898 e 1930 na República Velha) é uma boa ideia? O presidente do Novo lembra os números de 2022: Bolsonaro ficou a 2,13 milhões de votos de diferença de Lula no país, sendo que nas 853 cidades mineiras a margem da vitória do petista foi de apenas 40.650 eleitores. “Fazer a virada em Minas com o apoio de Zema é garantir a vitória da direita”, afirma Ribeiro.

JÁ EM CURSO – Pela construção da chapa, apurei depois que o Novo está disposto a retirar a pré-candidatura ao governo do professor Matheus Simões, vice de Zema, para apoiar o senador bolsonarista Cleitinho Azevedo, do Republicanos. A relação com a família do parlamentar já existe. Desde o ano passado, o prefeito da cidade de Divinópolis, Gleidson Azevedo, irmão de Cleitinho, é filiado ao Novo.

Na última sexta-feira, a desorganização da esquerda na estratégica Minas Gerais foi tema do podcast A Hora, dos jornalistas José Roberto de Toledo e Thais Bilenky. É justamente por isso que a direita está animada para virar o jogo no estado tão relevante para as vitórias presidenciais do PT no século. “Rodrigo Pacheco, colocado como candidato a governador pelo Lula, não tem mostrado muito apetite para essa disputa”, disse Bilenky. “Dá para entender. Ele foi eleito como senador anti-Dilma, ou seja, com voto antipetista. É uma contradição”, completou Toledo.

Terminei a conversa com o presidente do Novo pedindo informações sobre Bernardinho, o candidato-fetiche da Zona Sul do Rio, cuja candidatura pelo partido é sempre especulada, entra ano, sai ano. “Falei para ele que 2026 é a última chance”, concluiu.

E BARBOSA? – A propósito, sobre candidatos-fetiche, a Veja de 6 de setembro publicou uma matéria sobre o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, mirando a Presidência da República em 2026.

“O roteiro prevê que as conversas com as legendas sejam intensificadas desde já”, diz a reportagem.

A conferir se tantas novidades estarão disponíveis como opção nas urnas daqui a dois anos.

12 thoughts on “Tarcísio e Zema abrem conversas sobre formar uma chapa contra Lula em 2026

  1. Sr. Newton

    O Banco Central deu mais uma paulada na cabeça do Cachaceiro do Guarujá..

    Estão se lixando para o que despeja pela sua boca fétida e podre de cachaça…

    Até o petralha indicado pela Quadrilha votou a favor….

    “..Banco Central eleva taxa básica de juros e Selic vai a 10,75% ao ano..””

    Veja o que disse os Especialistas de Plantão.:

    “…Selic deve entrar em 2025 acima de 11% e ficar lá por bom tempo, dizem economistas

    Analistas dizem que questão fiscal ainda é principal preocupação, e governo precisa dar mais ênfase a cortes de gastos…””

    Aquele abraço…

  2. Só descarada compra diária de apoio político mantém um presidente fraco no cargo

    O presidente só se sustenta no cargo – nesse sistema político – com distribuição diária de dinheiro público: bolsa família, para uma grande maioria da população; verbas para parlamentares etc., através do orçamento secreto; isenções e desonerações tributárias, para agronegócios, grandes empresas e igrejas etc.; e por aí vai.

    Não fosse isso, já teria sido espanado do cargo.

  3. Se o Barba ainda não tiver completado sua desgraçada agenda e mesmo diante da comoção contrária geral, a “Máfia Khazariana” saberá como prorrogar seu mandato até os conclusos miseráveis estertores económicos dos brasileiros!
    Os fins justificam os corruptos e apátridas meios, visando o Brasil, um ESMOLER sul americano!

  4. Lula, está a aplicar vários “ashi barai” em sua já longa missão como “Agente Barba” e sendo enlaçados tem como missão viabilizar o quê pretensamente credita-de como antagónico à seus próprios patrões!
    Em suma: A “Máfia Khazariana” usa e embate paises, enquanto faz avançar a maré de seus representativo “ESCUDO VERMELHO”, utilizando incautos e propositados e multilaterais agentes colaboracionistas, visando essa enrustida “grande idéia”!
    “”Capítulo IX”
    “De nós promana o terror que tudo invade (3). Temos a nosso serviço homens de todas as opiniões, de todas as doutrinas; restauradores de monarquias, demagogos, socialistas e comunistas (4) e toda uma espécie de utopistas; atrelamos o mundo inteiro ao nosso carro: cada qual MULTILATERALMENTE mina(AUTO-SABOTA) do seu lado os derradeiros restos do poder, esforçando-se por derrubar tudo o que ainda se mantém de pé. Todos os Estados sofrem com essas perturbações, pedem calma e desejam a tudo sacrificar pela paz; mas nós não lhes daremos a paz, embora não consideremos nosso Governo Supremo, aberto e humildemente.

    O povo se põe a gritar que é necessário resolver a questão social por meio do acordo internacional. A divisão do povo em partidos pôs todos esses partidos à nossa disposição, porque para sustentar sua luta de emulação é preciso dinheiro e nós é que temos todo o dinheiro.” https://www.islam-radio.net/protocols/indexpo.htm

  5. Diario do Poder- Coluna Claudio Humberto.
    Falta de quórum cancela reunião-factóide de Lula
    Foi principalmente a falta de quórum que fez Lula pender a amarelar e desistir da reunião com governadores que pretendia realizar nesta quinta-feira (19) sobre os incêndios, boa parte deles em áreas da União. Na quarta (17), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, foi designado para ligar e convidar os governadores para a reunião. Os poucos que sinalizavam aceitar o convite cobraram ali mesmo, por telefone, a antecipação de medidas concretas ou se o evento era só pose para foto.
    Jogada esperta
    Com a reunião, Lula tentaria dividir com os governadores o desgaste político de sua própria omissão, do seu desleixo e sua demora em agir.
    Terceirizando culpa
    Governadores também estão revoltados com a tentativa malandra do PT e do governo Lula de culpar as vítimas: os produtores rurais.
    Ouvidos moucos
    Ao perceber também o risco de ouvir poucas e boas contra a omissão do seu governo, Lula jogou a toalha e alegou “agenda incompatível”.
    Voz do povo
    Corre em Minas Gerais a suspeita de que o governo Lula tem interesse na degradação das terras afetadas pelos incêndios. Desconfiam os mineiros que a jogada seria destinar a área devastada à reforma agrária.

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