
Charge do Lane (Arquivo Google)
Vicente Limongi Netto
Autoridades do Judiciário e do Legislativo, que deveriam dar exemplo de civilidade, de zelar pelo Brasil, pelo bem estar e segurança dos brasileiros, brigam e se agridem entre si, lutando por mais poder. Acentuada podridão humana. Agressões entre togados e engravatados deslustram a vida pública. Enquanto isso, o governo perde, de goleada, a guerra contra o crime.
Bandidos debocham dos policiais. Desfilam tranquilos, fortemente armados. Matam, sem trégua, inocentes, crianças, adultos e idosos. O Brasil virou refém da bandidagem. O povo, por sua vez, está cansado de falatórios cansativos, de firulas verbais que não intimidam os criminosos. A insegurança é avassaladora. Deixam famílias assustadas e temerosas. Até quando, Santo Deus?
HÁ CONIVÊNCIA – No enfático texto “Uma sociedade conivente” (Correio Braziliense – 08/10), a jornalista Ana Dubeux luta contra o silêncio covarde. Repudia a sordidez e a mesquinharia da desprezível “corja branca”, empenhada em vencer todas as batalhas. Hipócritas e patrulheiros venais, dominados pelo ódio, que não permitem o crescimento, pessoal e profissional de outras pessoas. Camarilha que desrespeita a constituição, travestida de dona da verdade.
Dubeux repele acomodações que prejudicam o bem-estar e o crescimento coletivo da sociedade. A jornalista salienta, emocionada, que apesar do jogo sujo dos éticos e isentos de meia pataca, atravancando sonhos alheios, “em tempo, depois de muito sofrimento imposto, as minorias perseguidas e as mulheres estão levantando suas bandeiras e celebrando suas conquistas. Não sem dor, não sem ameaça, não sem ofensa. Ainda assim, crescem. E continuarão crescendo”.
ESQUECIMENTOS – Matéria longa da Constituição, no boletim Destaques da Semana, da Associação Brasileira de Imprensa( ABI), sem nenhuma citação-exaltação ao relator-geral da constituinte, Bernardo Cabral, ex-presidente da OAB Nacional, depois senador e ministro da justiça. É lamentável, tremendo desaforo, jornalismo ruim, uma abissal injustiça. mais ainda porque, pelo que sei, Bernardo Cabral é sócio da ABI há décadas. Francamente.
Outro esquecidinho, inigualável fazedor de média, é o novo presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso. O ministro Barroso incensa Lula e Fernando Henrique Cardoso como grandes democratas, e esquece de citar o ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Foi ele que tirou o Brasil das amarras do atraso. Deixou leis que permanecem úteis aos brasileiros. O próprio FHC, em entrevista ao canal Consultor Jurídico, no ano passado, afirmou que o plano econômico do governo Collor foi essencial para a incrementação do Plano Real. Mas Barroso esqueceu…