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Única esperança de Bolsonaro é a anistia pelo Congresso
Rayanderson Guerra
Estadão
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi denunciado nesta terça-feira, 18, pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes. Entre eles estão abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Caso Bolsonaro seja condenado pelo Supremo pelos cinco crimes, incluindo o de golpe de Estado, abolição violenta ao Estado Democrático de Direito e organização criminosa, ele pode pegar mais de 43 anos de prisão, mas pena máxima é de 30 anos:
CINCO CRIMES – Organização criminosa: com pena de 3 a 8 anos que pode ser aumentada para 17 anos com agravantes citados na denúncia;
Abolição violenta do estado democrático de direito: pena de 4 a 8 anos;
Golpe de Estado: pena de 4 a 12 anos;
Dano qualificado com uso de violência e grave ameaça: pena de 6 meses a 3 anos;
Deterioração de patrimônio tombado: pena de 1 a 3 anos.
TRAMITAÇÃO – A denúncia contra Bolsonaro foi encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. O caminho natural é que a denúncia seja apreciada pela Primeira Turma do tribunal composta por Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, atual presidente, Flávio Dino e Luiz Fux.
Em dezembro de 2023, o STF acolheu uma proposta do ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, e restabeleceu a competência das Turmas para processar e julgar ações penais (APs) contra autoridades com foro no Tribunal, como é o caso de Bolsonaro.
As alterações no Regimento Interno do STF visam “racionalizar a distribuição dos processos criminais e reduzir a sobrecarga do Plenário”.
DIZ BOLSONARO – As investigações mostram que o planejamento da ruptura democrática, contou com reuniões com a cúpula das Forças Armadas, rascunhos de minutas golpistas, planilha com detalhes do golpe, minuta de ‘gabinete de crise’ que seria instalado após a ruptura e até o plano de envenenamento de Lula e de eliminar Moraes à bomba.
O ex-presidente tem dado declarações tentando desconstruir a tese sustentada pela Polícia Federal (PF) e pela PGR de que ele liderou uma organização criminosa para se manter no poder após perder as eleições de 2022.
No dia 25 de novembro do ano passado, Bolsonaro afirmou que estudou “todas as medidas possíveis dentro das quatro linhas” para impedir a posse de Lula, mas que, da parte dele, diz, “nunca houve discussão de golpe”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Pelo andar da carruagem, Bolsonaro será condenado pelo Supremo. Sua única esperança é a anistia que deve ser votada no Congresso ainda este ano. Daqui até lá, haja Rivotril e Lexotan!!! (C.N.)