José Carlos Werneck
Esclarecendo a confusão danada feita por um “ilustre causídico”, quando ocupava a tribuna do Supremo Tribunal Federal, “O “Príncipe” é o livro mais conhecido do florentino Nicolau Maquiavel e foi completamente escrito em 1513, apesar de ter sido publicado postumamente, em 1532.
Já “O Pequeno Príncipe”, do francês Antoine de Saint-Exupéry, é um livro repleto de poesia e filosofia, que se tornou folclórico no Brasil por ser citado como o preferido das candidatas ao concurso de miss, sem que nenhuma delas o tenha lido.
São obras imortais, marcos da civilização.
TRATADO POLÍTICO – “O Príncipe” é um tratado sobre política, que teve origem com a união de Juliano de Médici e do papa Leão X, quando Maquiavel viu a possibilidade de um príncipe finalmente unificar a Itália e defendê-la contra os estrangeiros, apesar de dedicar a obra a Lourenço II de Médici, mais jovem, de forma a estimulá-lo a realizar esta empreitada.
Porém, existe uma outra versão sobre a origem da obra, dizendo que ele a teria escrito em uma tentativa de obter favores dos Médici, contudo ambas as versões não são excludentes.
O “Príncipe”é dividido em 26 capítulos. No início apresenta os tipos de principado existentes e expõe as características de cada um deles. A partir daí, defende a necessidade do príncipe de basear suas forças em exércitos próprios, não em mercenários e, após tratar do governo propriamente dito e dos motivos por trás da fraqueza dos Estados italianos, conclui a obra fazendo uma exortação a que um novo príncipe conquiste e liberte a Itália.
DISSE MAQUIAVEL – Em uma carta ao amigo Francesco Vettori, datada de 10 de dezembro de 1513, Maquiavel comenta sobre seus escritos:
“E como Dante diz que não se faz ciência sem registrar o que se aprende, eu tenho anotado tudo nas conversas que me parece essencial, e compus um pequeno livro chamado “De Principatus”, onde investigo profundamente o quanto posso cogitar desse assunto, debatendo o que é um principado, que tipos de principado existem, como são conquistados, mantidos, e como se perdem.
Mais de 500 anos depois, o escritor virou personagem da própria obra, que é considerada cada vez mais maquiavélica.
O QUE VOCÊ SABE SOBRE A SUA AVÓ MATERNA?
Esta senhora é muito importante para você.
Por quê?
Uma vez que ela é essencial na transferência de informações e programas de genética. Acontece que, quando ela estava grávida de sua mãe, o feto já tinha os ovócitos formados.
E esses ovócitos vão deixar os 400 óvulos que sua mãe terá durante sua vida reprodutiva. Um desses óvulos tomará o seu nome.
Portanto, este óvulo carrega informação da avó.
Mas, quais as informações que você quer dizer?
Por tudo o que a avó viveu, sentiu e como ela viveu. Se era o momento adequado para ter filhos, se desejava a gravidez ou não, se ela estava protegida por seu marido, quais foram seus amores, conflitos de identidade, etc.
Quais as necessidades biológicas da tua avó que não estavam satisfeitas durante a gravidez de tua mãe. Tudo isto e muito mais é a informação que está impressa em todas as células do feto. Então você pega da avó informações de quando ela estava grávida de sua mãe.
Você já ouviu falar que a genética às vezes pula uma geração?
Pois é exatamente isso.
Do óvulo que foi gerada, você leva informação da avó materna.
Mas, porque da avó e não do avô?
Porque a avó coloca o óvulo e o avô, espermatozoide. E, o óvulo contem parte da informação genética mitocondrial, o que é na membrana da célula. Enquanto o avô, as informações mitocondriais estão na cauda do espermatozoide, e como você sabe, no momento da fecundação, a cauda é deixada de fora.
Na mitocôndria é onde estão registradas as informações em nível de programas que se herdam. Foi uma grande descoberta. Ao tornar-se consciente da vida da minha avó materna, percebi que muitos dos meus medos eram medos delas. E compreendi sua vida, honrando-a, eu podia me sentir “magicamente” livre de muitas coisas que estavam me impedindo de avançar, pois era como uma energia estagnada que não fluía.”
– Autoria Desconhecida
PS. Resta a pergunta: Donde provém genéticamente os “rabos”, imprescindíveis passaportes para ser “alçado”?
Ambas são obras fascinantes escritas quando a ausência das redes sociais digitais poupavam a humanidade de ser bombardeada pela evacuação constante de influenciadores midiáticos.