Leslie Leitão, Henrique Coelho, Raoni Alves
TV Globo e g1 Rio
A morte de um chefe da milícia provocou um caos na Zona Oeste do Rio na tarde desta segunda-feira (23). Ao menos 24 ônibus foram queimados a mando de criminosos na região. Outros veículos e pneus também foram incendiados, fechando diversas vias.
Segundo as primeiras informações, os ataques são em represália à morte do sobrinho do miliciano Zinho, na comunidade Três Pontes.
NÚMERO 2 – Matheus da Silva Rezende, conhecido como Teteu e Faustão, era apontado como o número 2 na hierarquia da milícia comandada pelo tio, e foi morto durante uma troca de tiros com a Polícia Civil.
Segundo a MobiRio, empresa pública que opera o sistema BRT, no corredor Transoeste estavam circulando, por volta das 16h, apenas as linhas 13 (Alvorada x Mato Alto – Expressso), 25 (Alvorada x Mato Alto – Parador) e 22 (Jd. Oceânico x Alvorada – Parador).
O Centro de Operações Rio (COR-Rio) informou que o primeiro ônibus que pegou fogo estava na Rua Felipe Cardoso, na altura do BRT Cajueiros, em Santa Cruz.
FAMÍLIA DO CRIME – Faustão morreu após ser baleado em uma troca de tiros com agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Polinter.
O miliciano é o terceiro da família a morrer em confrontos com a Polícia Civil do Rio. Em 2017, outro tio dele, Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, morreu em operação da Delegacia de Homicídios da Capital.
Em 2021, mais um tio, Wellington da Silva Braga, o Ecko, morreu depois de reagir à prisão em uma casa em Paciência, na Zona Oeste do Rio. Depois disso, seu irmão, Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, assumiu a maior milícia do Rio.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Nada de novo no front ocidental. A milícia surge e ganha espaço quando o Estado se omite e não se faz presente. Acontece no Brasil e em outros países subdesenvolvidos. No Rio e nas demais grandes cidades, existem bairro ricos, de classe média, de classe média baixa e os guetos, com as favelas e comunidades dominadas pelas milícias e pelo narcotráfico. Enquanto houver riqueza total em meio à miséria absoluta, nada mudará. (C.N.)
Terror in Rio, em plena luz do dia, nos guetos da milícia carioca
Sr. Newton
O Páis vai ferver em “violência”.
Nossa Faixa de Gaza Brasileira não deve nada a outra Faixa de Gaza…
Mais parece um recado das milícias. Será que estão enraizadas entre as forças legais?
Dizem que em SP houve um acordo, talvez informal, para por fim a atentados semelhantes pelo PCC.
Mas concordo com CN, enquanto tivermos esses bolsões de miséria, a situação dificilmente mudará.
É só cumprimento de uma letra antiga: “Tá tudo dominado”… Até quando? Tem jeito? Com a palavra os doutos de sempre…
Lógico que tem jeito
Mas quem se interessa, como diz nosso Editor-Chefe….
Há algum tempo disse: as milícias, para os moradores das comunidades, eram piores que o narcotráfico e agora está sendo pior para os governos dos Estados. Mais de 30 transportes queimados, é a demonstração do poder das milícias.
Com o governo Bolsonaro e a flexibilização da venda de armas, o tráfico e a milícia ficaram mais fortes.
Foram 30 decretos desde 2019 para facilitar o acesso às armas.
Nunca vi no Brasil tantos colecionadores, caçadores e atiradores esportivos que somam um total de 431.137 com registro de armas.
Só nos primeiro 6 meses de 2023, foram apreendidas 3.259 armas ilegais. Hoje deve ser muito mais.
As milícias dominam a maioria das comunidades da Zona Oeste e tem a colaboração camuflada de agentes públicos, o que torna mais difícil de combate-la.
Só Polícia Federal tem condições de combater o narcotráfico e em especial as milícias, devido ao ponto que chegaram. É isso que o governo federal está fazendo.