PF apura se o general Etchegoyen atuou na compra do equipamento-espião da Abin

Sérgio Etchegoyen – Wikipédia, a enciclopédia livre

Etchegoyen era ministro do GSI na época da aquisição

Guilherme Amado e Thalys Alcântara
Metrópoles

A Polícia Federal quer saber se o general Sérgio Etchegoyen, que foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional de Michel Temer, sabia da compra pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) do equipamento para monitoramento de alvos por meio de geolocalização.

A ferramenta foi comprada no fim do governo Temer, e usada de maneira ilegal, segundo a PF, no governo Bolsonaro. A PF quer saber se Etchegoyen sabia do uso que seria feito, e se o equipamento começou a ser utilizado no governo Temer.

PAI DO OFICIAL – Edson Izycki, pai do oficial Eduardo Arthur Izycki, da Abin, que foi preso e demitido, é dono de uma empresa que tentou contrato com o Exército Brasileiro. Eduardo Arthur foi investigado internamente por causa dessa empresa no nome do pai e teria chantageado colegas para não ser demitido.

O oficial da Abin foi preso nesta sexta-feira (20/10) pela Polícia Federal (PF), em uma operação sobre um esquema de espionagem ilegal. A empresa Icciber Segurança Cibernética, do pai de Eduardo, tentou contrato com o Exército em 2018, para prestar um serviço na área de soluções de exploração cibernética e web intelligence, justamente áreas de atuação de Eduardo dentro da Abin.

PROCESSO ADMINISTRATIVO – Por causa dessa situação, Eduardo passou a responder a um processo administrativo dentro da Abin.

Ele estava prestes a ser demitido e teria tentado reverter essa situação ameaçando colegas de vazar a existência de um esquema de espionagem ilegal dos celulares de autoridades, segundo a PF.

A Polícia Federal deflagrou a Operação Última Milha para investigar o uso indevido de sistema de geolocalização de celulares sem autorização da Justiça por servidores da Abin.

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