Camila Turtelli e Jeniffer Gularte
O Globo
No momento em que o governo tenta melhorar a relação com representantes do agronegócio, majoritariamente alinhados ao bolsonarismo, a declaração em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou parlamentares ligados ao setor à “raposa cuidando do galinheiro” voltou a acirrar a tensão com a bancada ruralista e dificultar o ambiente no Congresso.
O grupo, que reúne mais de 300 deputados e senadores, a maioria absoluta do Congresso, tem sido uma pedra no sapato do petista no Legislativo e promete se alinhar à oposição para impor novas derrotas ao Palácio do Planalto.
RELAÇÃO TUMULTUADA – Na avaliação de parlamentares, a declaração de Lula evidenciou que, apesar de gestos de aproximação, como o apoio do governo ao projeto que facilita o uso de agrotóxicos no país, chamado de PL do Veneno por ambientalistas, a relação do Executivo com representantes do agronegócio no Congresso continua tumultuada.
A comparação foi feita por Lula durante discurso na Cúpula do Clima (COP-28), em Dubai. Ele usou termos pejorativos ao comentar a apreciação do marco temporal das terras indígenas pelo Congresso. O presidente vetou a maior parte do projeto, aprovado em setembro pelo Senado, mas já dá como certa a derrubada da sua decisão pelo Congresso.
A proposta, impulsionada pela bancada ruralista, estipula que os povos indígenas têm direito a ocupar apenas territórios onde já estavam ou que reivindicavam antes da promulgação da Constituição de 1988.
CONTROVÉRSIAS – Lideranças indígenas contestam o entendimento e afirmam que ele ameaça a sobrevivência de comunidades e a preservação de florestas. O Supremo Tribunal Federal (STF) já considerou a tese inconstitucional, mas deverá ser novamente provocado caso o Congresso derrube o veto de Lula, nesta quinta-feira.
“A gente tem que se preparar para entender o seguinte: ou nós construímos uma força democrática capaz de ganhar o Poder Legislativo, o Poder Executivo, e fazer a transformação que vocês querem, ou nós vamos ver o que aconteceu com o marco temporal. Querer que uma raposa tome conta do nosso galinheiro é acreditar demais” — disse o presidente em discurso na cúpula internacional, no sábado.
A reação da bancada ruralista veio um dia depois, no domingo, com uma nota dura na qual acusa o petista de “criminalização da produção rural no Brasil”. “
QUIS AGRADAR… – Para integrantes do governo, o discurso de Lula foi uma tentativa de afagar indígenas e ambientalistas durante a COP-28 diante de sinais difusos de sua gestão em relação às pautas voltadas à preservação do meio ambiente. Entre eles, o apoio ao PL dos Agrotóxicos, aprovado no Senado com amplo apoio governista.
No Ministério da Agricultura, apesar de admitirem certo exagero na fala de Lula, a avaliação interna é que ela foi feita em um ambiente direcionado, em um evento ambiental, com foco para ecoar neste segmento e impactar positivamente na imagem do Brasil no exterior.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, é quem tem feito a ponte do governo com os ruralistas e já expôs sua divergência com o presidente em relação ao marco temporal. Senador licenciado, Fávaro ainda avalia se irá reassumir o mandato para votar pela derrubada do veto de Lula.
DERRUBADA DO VETO – O próprio Planalto não tem se empenhado para reverter a provável derrubada do veto. Como mostrou O Globo, após construir um acordo com a oposição para viabilizar a votação da Reforma Tributária em novembro, o governo passou a admitir a derrubada dos vetos do marco temporal.
No discurso em Dubai, o presidente também pediu que a ministra Sonia Guajajara (Povos Indígenas) usasse sua simpatia para “tentar convencer os caras” (parlamentares) a não derrubarem seu veto.
Para membros do governo, a aprovação do projeto do marco temporal pelo Congresso com amplo apoio se deu em grande parte também pela falta de articulação do próprio Ministério dos Povos Indígenas, que se manteve distante das negociações. Uma das críticas à ministra é que ela cumpria agenda fora do Brasil na semana da votação pelo Senado. Procurada, ela não se manifestou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Se Lula da Silva falasse “menas” e trabalhasse mais, talvez as coisas melhorassem. Aliás, só estão melhorando na visão do novo IBGE de Márcio Pochmann, que já conseguiu acabar com o desemprego, segundo os jornalistas amestrados do Jornal Nacional. Mas essa nova estatística deixa muitas dúvidas, porque, quando o desemprego cai, a produção automaticamente cresce, a arrecadação tributária sobe, a receita da previdência aumenta, o PIB se eleva e a economia se estabiliza, e tudo isso ainda está longe de acontecer. A conclusão é de que Pochmann é mesmo mestre em estatísticas. (C.N.)
Déjà-Vu.
Estatística é a arte que tortura os números até que confessem o que é pedido.
10 razões para o Senado rejeitar Flávio Dino
Por Deltan Dallagnhol
https://twitter.com/deltanmd/status/1731734719723680225
A meu ver, isso é o esperneio desesperado de Dallagnol.
O CNJ está fazendo uma correição na 13ª vara de Curitiba e quer saber onde foi parar os R$2,5 bilhões dos contratos de leniência e centenas de obras de arte e joias.
Flávio Dino atende sobejamente toda a exigência constitucional para ser indicado ministro do STF
Quem tem medo de Flávio Dino? Fazer justiça não é perseguição.
Sr. Newton
Com esse “Jênio ” das Estatísticas o Petralha Ecomunista com certeza vai mudar esses dados referente a pobreza no Páis…
A nova estatística vai mudar os valores da pobreza, os 14,00 reais o “pobre” vai virar “multi-milionário”….
Pobreza e desigualdade
106 milhões de brasileiros sobrevivem com menos de R$ 14 por dia
O 2º ano da pandemia foi marcado por empobrecimento recorde dos brasileiros, segundo dados da PNAD Contínua de 2021
Sr. Newton
A rede não perdoa , está tudo gravado…
Hoje esse jornazista amestrado doente é mais um Aspone de Comunicação ligado ao Partido Totalitário…..
Depois de inventar a classe média dos R$ 300, PT está prestes a declarar oficialmente o fim da miséria que, a rigor, já não existia. Veja como e por quê
Desde que chegou ao poder, o PT vem se dedicando, com a preciosa colaboração teórica dos chamados “economistas da pobreza”, a erradicar a miséria por decreto. Dilma está a um passo de declarar o Brasi…
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/reinaldo/depois-de-inventar-a-classe-media-dos-r-300-pt-esta-prestes-a-declarar-oficialmente-o-fim-da-miseria-que-a-rigor-ja-nao-existia-veja-como-e-por-que