Denise Rothenburg
Correio Braziliense
Ao traçar o cenário de 2024 para um grupo de parlamentares na Frente Parlamentar do Empreendedorismo, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, fez um alerta para o governo. Em especial, ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, que planeja trazer crescimento econômico via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com investimentos públicos, como se tentou fazer no governo Dilma Rousseff.
“Achar que vai crescer com investimento público, a gente não consegue fazer isso”, disse Campos Neto.
INVESTIMENTO PRIVADO – O presidente do Banco Central assinalou que, dos 19% investidos no Brasil, o setor privado contribui com 17% e o setor público com apenas 2%.
“Temos que fazer o dever de casa. Importante passar a mensagem de consolidação do arcabouço fiscal”, afirmou.
Obviamente, o presidente do BC não citou nem o PAC nem Rui Costa. Mas, para os parlamentares bons entendedores da política presentes à palestra de Campos Neto, o recado tem nome e endereço.
HADDAD (AINDA) TEM LASTRO – Os operadores do mercado financeiro veem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como a personalidade de destaque do governo, conforme detecta a nova pesquisa da Fatto Inteligência Política. O segundo destaque vai para o secretário especial da Reforma Tributária, Bernard Appy.
Se tiver juízo, o PT precisa apoiar mais decididamente o seu ministro da Fazenda. Afinal, o mercado não fecha com o governo para o que der e vier, mas apoia Haddad.
Pelos dados da pesquisa, Lula, neste primeiro ano, não conseguiu obter a confiança total dos agentes financeiros.
“HADDAD (AINDA) TEM LASTRO,”
Vai ser um “pesar”, para o Brasil!
Também pudera , mais de 60% do ” orçamento geral – PIB ” , são canalizados automaticamente para pagar somente os juros da tal dívida interna , da qual ninguém quer saber se é nociva ao país ou não , ao se negarem a audita-lá , a qual se transformou em tabu , mas não abrem mão de irrigar a iniciativa privada com o pouco das migalhas que sobram aos governantes para atender minimamente as necessidades do Estado Nacional.
O sr. José Carlo acertou.
É verdade que os juros altos fazem com que se tire do Orçamento centenas de bilhões de reais, é dinheiro suado do povo. Isso tem uma finalidade, travar o país que só interessa ao mercado financeiro. É a bolha que vive a maioria dos economistas.
Jose Carlos, não precisamos nem voltar aos tempos da “Rainha de France”, no início do Plano Real, quando os juros estavam a 45% ao ano.
Basta darmos uma olhadinha para o este ano, quando em uma inflação de 5(cinco) % ao ano, o BC, mantinha uma SELIC de 13,75%.
Só em Pindorama se aceita um disparate deste.
PS: Malditos entreguistas do sangue do povo brasileiro.
“Dendos”, em:
https://www.resistir.info/crise/katasonov_06dez23.html
Chamam de investimento privado a compra de empresas lucrativas a preço de banana.
Se o governo não investir em obras, não gera empregos que faz aumentar o consumo, sem o qual não haverá progresso, o Brasil continuará travado como vem há décadas.
O que se podia esperar de um presidente do Banco Central autônomo com um bolsonarista dentro de um governo progressista?