Carlos Newton
Este primeiro ano do novo governo Lula da Silva foi particularmente proveitoso para a Organização Globo, que nos quatro anos da gestão de Jair Bolsonaro teve contestado seu poder político e econômico, com redução dos repasses das generosas verbas publicitárias do governo federal e de suas estatais.
Durante o governo Bolsonaro, a Record esteve na frente: entre 2019 e 2022, recebeu 272,2 milhões de reais em propaganda do Planalto contra 263,6 milhões de reais da Globo e 232,2 milhões de reais do SBT.
GLOBO PRIVILEGIADA – Com a volta de Lula ao poder, a situação se inverteu e a Globo voltou ao primeiro lugar de forma hegemônica, com seus repasses aumentando 20% no período de janeiro a outubro, superando amplamente a soma do faturamento de todos os demais 21 grupos de mídia listados na Secretaria de Comunicação do Planalto.
Ou seja, o Planalto agora destina verbas à Globo como se ela concentrasse permanentemente 60% da audiência, uma premissa que absolutamente não é verdadeira, muito pelo contrário, mais parece a Piada do Ano.
Assim, Bolsonaro errou ao privilegiar Record e STB, e agora Lula erra ao superdimensionar injustificadamente a audiência da Globo, Aliás, em 2023 a generosidade do Planalto com os irmãos Marinho foi ainda maior, levando-se em conta outros repasses para mídia impressa, internet e rádio, assim como a publicidade paga pelas estatais do governo federal.
SUPREMO APOIA – Além de apoiada pelo governo federal, a Organização Globo também recebeu em 2023 o providencial amparo do Supremo Tribunal Federal, justamente quando se avolumavam centenas de processos trabalhistas milionários, movidos por atores, diretores, jornalistas, técnicos etc., que tinham contratos pejotizados.
Este ardiloso sistema, que cria falsas pessoas juridicas, aliviava a Globo do pagamento de 20% da folha salarial ao INSS e reduzia o lucro operacional para pagar menos Imposto de Renda, além de evitar pagamento de FGTS, décimo terceiro salário, adicional de férias e outros compromissos.
A Segunda Turma do Supremo, ao julgar o caso de um médico pejotizado, considerou válida a situação. Depois, a primeira Turma fez o mesmo, unificando a jurisprudência e legalizando a fraude fiscal que tanto prejuízo trouxe e traz aos cofres públicos.
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P.S. 1 – É por isso que o apresentador do Jornal Nacional, William Homer, esforça-se tanto para apoiar incondicionalmente o Planalto e o Supremo. Ele diz que seu telejornal é destinado a espectadores como Homer Simpson, mas deveria se envergonhar disso, porque é apenas uma falsa justificativa para conseguir lavar as mãos em meio à imundície, como faria Poncio Pilatos.
P.S. 2 – Nos dois artigos que escrevi sobre os milagres contábeis da Organização Globo, deixei de mencionar o impressionante desempenho de uma das empresas dos filhos de Roberto Marinho, a GME Marketing Esportivo Ltda. Em apenas quatro meses, o patrimônio líquido desta desconhecida ex-microempresa valorizou-se em mais de R$ 300 milhões, conforme consta nas páginas 2 e 3 do parecer da consultoria Planenge. E outro dia li que a Promotoria Distrital de Nova York ainda não deu por concluída a investigação denominada “Fifagate”, sobre corrupção no futebol, que envolvia diretamente a Globo. O intermediador dos irmãos Marinho, conhecido como J. Hawilla, já morreu, mas deixou um passado de glórias. Vamos aguardar, portanto. (C.N.)
Senhor Carlos Newton , porque as três esferas ( prefeitos , governadores e presidentes da república ) de sucessivos governos dão a fundo perdido rios de dinheiro público á essas concessionárias de ” radiodifusão ” , que são públicas , portanto têm obrigação de divulgar e veicular matérias de interesse público gratuitamente , conforme previsão constitucional .
É o quarto poder
Fontelles dizia: “Não. O MP não é o quarto poder”.
Caros senhores, colaboradores e administradores da Tribuna da Internet,
Sinto que é oportuno o momento de deixar de externar minhas ideias neste canal de comunicação.
Percebo que, nesses meus 85 anos de idade, procurei dar a melhor contribuição que me foi possível para o debate necessário à edificação da democracia.
Agradeço ao Sr. Carlos Newton, pelo costumeiro carinho, estendendo igual gratidão aos diversos amigos que aqui conquistei.
E peço sinceras escusas àqueles que, no curso do debate, tomaram como ofensivas ou desairosas as minhas palavras. Em que pese o calor do debate, nunca foi a minha intensão desferir farpas contra meus contraditores.
Espero que o ano de 2024 seja, para os que aqui permanecem, de profícua produtividade no campo das ideias… e que seja sempre feito com urbanidade, civilidade e respeito.
Sua decisão é inaceitável, querido amigo Nélio Jacob. Não podemos deixar de ler seus comentários.
O desentendimento entre polemistas é uma coisa natural, fácil de acontecer. O importante, porém, é a troca de ideias a busca de soluções para os desafios de nossas vidas.
Em nome da legião de amigos que você fez aqui na Tribuna da Internet, nesses anos de convívio, peço-lhe que continue a participar do nosso blog.
Digo que o blog é nosso, porque é uma verdade. O blog é de quem nele escreve e dele participa. Eu apenas faço a organização e a edição de matérias e artigos.
Assim, peço-lhe que não me cause essa grave deceoção logo no primeiro dia do ano. Até porque acredito que não mereço pagar pelos erros alheios, com os quais jamais concordei.
E vamos em frente, sempre juntos.
Forte abraço e um Ano Novo de Saúde, Paz e Prosperidade.
Do amigo
CN
Caro Carlos Newton, agradeço imensamente pelo carinho… Não há palavras capazes de ilustrar minha alegria de ter dado, ainda que mínima, minha contribuição à Tribuna.
Não se sinta, de modo algum, decepcionado… Minha decisão parte de uma série de fatores, notadamente em razão de um projeto antigo, o qual desejo retomar; sendo a questão das ofensas apenas o despertador que me fez acordar para a necessidade de parar.
Sim! Estaremos juntos e sempre em frente… e eu continuarei vibrando positivamente pelo sucesso da TI.
Um grande e fraternal abraço!
Estimado amigo Nélio Jacob,
Peço-lhe, em nome da legião de amigos e admiradores que você fez aqui na Tribuna, que não deixe de participar dos debates.
Precisamos de você,
CN
Caro amigo CN, não se preocupe estarei aqui, sempre que for possível.
Um forte abraço fraterno.