Dora Kramer
Folha
De verdade a direita nem a esquerda têm interesse na pacificação dos ânimos na política. Pelo simples fato de que a moderação não é eleitoralmente sexy. Políticos se movem ao ritmo da demanda dos que lhes dão votos e estes não se mostram inclinados a aderir à calmaria celebrada na teoria, mas na prática rejeitada.
As pesquisas comprovam. Em dezembro, o Datafolha mostrou que com erros e acertos, derrotas e vitórias de um lado e de outro, 90% dos eleitores de Luiz Inácio da Silva e de Jair Bolsonaro continuam apegados às escolhas de 2022.
TRÊS FACÇÕES – Nesse universo, 30% declaram-se petistas convictos, 25% estão com Bolsonaro e não abrem, 10% se dizem mais próximos do petismo e 7% transitam na área de influência do bolsonarismo. Os ditos neutros, os menosprezados “isentões”, somam 21%.
Como se vê, sobra pouco espaço à conciliação que, diga-se, não significa o abandono de convicções, mas disposição para ouvir, compreender, tomar decisões racionais e, sobretudo, não fazer do adversário um inimigo a ser dizimado.
Passado um ano da demonstração de unidade nacional no 8 de janeiro de 2023, o ambiente de harmonia democrática se desfez e assim ficou ao longo do período, ao fim do qual a cisão se expressou nas ausências do ato de ontem.
USO POLÍTICO – A intolerância dos oposicionistas foi diretamente proporcional ao sectarismo dos governistas e a intenção de reviver aquela união com caráter de adesão a um projeto político-eleitoral-partidário específico.
Nenhum dos dois lados dá chance ao centro que, desprovido de sex appeal em sua essência, tampouco faz a sua parte no esforço da conquista. Segue como sujeito oculto das vitórias e derrotas eleitorais. Serve para decidir — Lula não teria vencido sem a ajuda dos chamados neutros, e não tem tido força para caminhar com as próprias pernas.
Aos chefes das torcidas interessa mantê-las mobilizadas. enquanto pregam a união de todos desde que seja em torno de si.
Sr. Newton
Por falar na “pacificação” do Maior Ladrão que o Mundo Já Viu (Palavras do Padre)., veja como está o Equador com suas Organizações Criminosas tocando o terror da população.
Chegaram ao ponto de invadir um estúdio de Televisão..
È um aviso para os “jornazistas-fasci-nazi-comuna doentes daqui,
Presidente do Equador decreta estado de “conflito armado interno”
Medida permite intervenção do Exército e da Polícia; país enfrenta onda de violência após fuga de líder de facção criminosa…
https://www.poder360.com.br/internacional/presidente-do-equador-decreta-estado-de-conflito-armado-interno/
Ao falar de esquerda X direita, apontando o governo lulla/alckmin como se de esquerda fosse – Dora Kramer revela:
ingenuidade
má-fé
ou trata todos os leitores como Simpsons tupiniquins?
… até porque a jornalista sabe muitíssimo bem que a equipe econômica é guiada por Haddad, teleguiado do neoliberal Marcos Lisboa que integrou o primeiro e segundo governos lulla.
(Recordando: Marcos Lisboa é figura elogiadissíma por Delfin Neto, czar da economia da ditadura milico-servil.)
Engraçado, muito falam em polarização, como se tal fato fosse inédito.
É só rever a historia prá ver que o fenômeno sempre existiu. Ele só reverberou muito mais com o progresso (ou retrocesso) das comunicações, as quais fizeram aflorar sentimentos antes escondidos.
O comportamento contido escondia a atitude. Com as redes sociais essa contradição desapareceu.
Encontradas as “digitais”, do “evento”, em:
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=pfbid033k5MJQFc4pKBQ9XdpT1hgeJ4QWDs87AZRdYJ6QgKd7y4GgoyPbLy9bNSBKLbPKKNl&id=100002475765956&mibextid=Nif5oz
Fazer “pacificação” com o ladrão imundo e cachaceiro está realmente fora de qualquer questão.
É mais do que óbvio que não interessa ao Stalinácio e muito menos ao imbrochável que triunfe no Brasil o “governo do amor”, pois se isto acontecer o perigo do aparecimento de uma terceira via se torna realidade, coisa que ambos não querem ver nem pintada de ouro. É o horror daqui para frente.