Matheus Teixeira
Folha
O presidente Lula (PT) rebateu nesta terça-feira (30) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que ele falou uma “grande asneira” ao afirmar que a operação da Polícia Federal foi uma perseguição. Em entrevista à rádio CBN Recife, Lula afirmou que a polícia “não pode exorbitar em fazer pirotecnia” e precisa respeitar a presunção de inocência de investigados, o que ele diz não ter tido direito quando foi alvo de investigações na Lava Jato.
“Todo mundo sabe, tanto PF quanto MP [Ministério Público], quer investigar, investigue, mas não faça show pirotécnico, não fique divulgando nome da pessoa antes de ter prova concreta, não fique destruindo imagem das pessoas antes de investigar”, disse.
DEMITIR MORETTI – Lula também disse que deixará o diretor-adjunto da Abin, Alessandro Moretti, se defender no cargo, mas que, se acusações da PF forem verdadeiras, não haverá “clima” para ele seguir no governo.
Moretti foi citado na operação da polícia que mirou o chefe da agência durante o governo Bolsonaro, Alexandre Ramagem (PL-RJ), sob suspeita de um esquema de arapongagem na montagem da chamada “Abin paralela”.
Na ação policial da semana passada contra Ramagem, que atualmente é deputado federal, a PF diz que o atual número dois da agência teria afirmado que a apuração sobre o caso tinha “fundo político e iria passar”. Moretti é delegado da PF. No pedido, a entidade diz que a postura de Moretti não é a esperada de um delegado que, até dezembro de 2022, ocupava a função de diretor de Inteligência da Polícia Federal.
MAIS INVESTIGAÇÃO – Lula, porém, afirmou que não se pode ler “apenas a manchete do jornal” e ponderou. “Antes de você fazer simplesmente a condenação, é importante investigar corretamente”, declarou.
Na entrevista desta terça-feira, Lula demonstrou insegurança em relação à Abin. “A gente nunca está seguro”, disse. No entanto, afirmou que confia no diretor-geral do órgão, Luiz Fernando Corrêa.
“O companheiro que indiquei para ser diretor-geral da Abin é companheiro que foi meu diretor geral da PF entre 2007 e 2010, é pessoa que tenho muita confiança e por isso chamei, já que não conhecia ninguém dentro da Abin. E ele montou a equipe dele e dentro da equipe tem cidadão que está sendo acusado que mantinha ligação com Ramagem, que é ex-presidente da Abin do governo passado”, resumiu.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Lula tem razão. A Polícia Federal faz pirotecnia, incentivada pelo ministro Alexandre de Moraes, que conduz o inquérito do fim do mundo, que não acaba nunca e onde cabe tudo. É preciso trabalhar com menos sensacionalismo e com mais responsabilidade. Vamos ver se atendem ao presidente. (C.N.)
Amanhã, desconfiaráo da própria sombra, pra pagar as trairagens, conforme:
https://youtu.be/gvN_wFbvixw?si=E1-9X4Gv7WWn0kRv
Diante do vídeo, pergunta-se:
Quem sendo traira, trabalha para quem?
Intimidação
Para o deputado e delegado federal Sanderson (PL-RS), a ação “a mando do [ministro] Alexandre de Moraes”, do Supremo Tribunal Federal, tenta “constranger e intimidar cidadãos e apoiadores de Bolsonaro”. (Coluna Cláudio Humberto, Diário do Poder, 30.01.2024).
Surra omitida
A operação da PF contra Carlos Bolsonaro, ontem, fez desaparecer ou reduziu muito a repercussão da “surra” de audiência do ex-presidente. (Coluna Cláudio Humberto, Diário do Poder, 30.01.2024).
Agências de férias
Ativistas devem ter amanhecido hoje com a boca torta, após mentirem muito nas “notícias” sobre a caçada aos Bolsonaro. De “fuga pelo mar” a “computador da Abin apreendido com Carlos Bolsonaro”, teve de tudo. Só não teve “agências verificadoras” apontando fake news. (Coluna Cláudio Humberto, Diário do Poder, 30.01.2024).
Mas sabe-se, definitivamente, que a PF age sempre a mando da turma de plantão no Planalto.
Na sanha de querer mostrar serviço para o Stalinácio, o ministro gordola e o cabeça de ovo a PF só dá mancada, é uma atrás da outra, será que um dia para?