Julio Wiziack e Diego Felix
Folha
A Gol informou à Corte de Falências de Nova York (EUA) que deve US$ 222 milhões (cerca de R$ 1,1 bilhão) ao Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) em tarifas de navegação —por serviços como comunicação em voo e uso de equipamentos para pouso decolagem quando não há visibilidade devido ao mau tempo.
A informação, confirmada pela Força Aérea Brasileira (FAB), mostra que a companhia aérea mentiu ao Painel S.A. quando, há duas semanas, negou ter dívidas decorrentes das referidas tarifas.
HAVIA SIGILO – Na ocasião, o Decea disse que havia pendências das companhias aéreas, mas se negou a revelar o nome das empresas, por estarem protegidas por sigilo. Como antecipou a coluna, a companhia entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA, onde busca a reestruturação de sua dívida, de cerca de R$ 20 bilhões.
Com a recuperação judicial, a lista de credores se tornou pública e a coluna questionou a Gol novamente. Via assessoria, a empresa não se explicou e disse que “segue cumprindo todos seus acordos com o Decea e que se mantém próxima a todos os seus fornecedores”.
Agora. por meio da FAB, o Decea informa que as dívidas se referem à cobrança da Tarifa de Uso das Comunicações e dos Auxílios à Navegação Aérea em Rota (TAN), da Tarifa de Uso das Comunicações e dos Auxílios-Rádio à Navegação Aérea em Área de Controle de Aproximação (TAT-APP) e da Tarifa de Uso das Comunicações e dos Auxílios-Rádio à Navegação Aérea em Área de Controle de Aeródromo (TAT-ADR).
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Mentir ou omitir informações à Justiça, aqui na filial Brazil, faz parte da normalidade, mas na matriz USA é considerado crime. Assim, a Gol começa mal em seu processo de recuperação judicial, que antigamente se chamava “concordata”. (C.N.)
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