Deu no g1
Após o Exército de Israel entrar em Rafah e ocupar parte da cidade, o Hamas recorreu nesta terça-feira (7) aos Estados Unidos na tentativa de conter a operação israelense em Gaza. O grupo terrorista disse que pediu a Washington que faça pressão para que o governo israelense desista de ocupar Rafah, a cidade no extremo sul da Faixa de Gaza considerada o último refúgio para cerca de 1,5 milhão de palestinos que fugiram de bombardeios no território palestino.
Também nesta terça, Israel afirmou que tomou o controle do lado palestino da travessia de Rafah, que faz fronteira com o Egito. Tanques israelenses bloquearam a passagem, segundo a agência de notícias Reuters.
CESSAR-FOGO – A ocupação acontece no momento em que o Hamas disse ter aceitado uma proposta de cessar-fogo e de devolução de reféns. O governo israelense afirmou que enviará ainda nesta terça uma delegação ao Cairo para avaliar o texto, mas já adiantou discordar do grupo terrorista em vários pontos.
Na segunda-feira (6), as Forças de Defesa de Israel (FDI) haviam ordenado que pessoas da região leste da cidade de Rafah deixassem suas casas. A evacuação dos refugiados fazia parte da “preparação para uma operação terrestre na região”, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, em inglês), Daniel Hagari.
O Exército israelense também fechou a passagem de Kerem Shalom, no sul de Gaza, que fica na tríplice fronteira entre Gaza, Israel e Egito.
AJUDA É CORTADA – Integrantes de ONGs que atuam no local disseram à Reuters que o fluxo de ajuda humanitária, que chegava ao território exclusivamente via Egito, está interrompido.
O local é considerado o último refúgio para cerca de 1,5 milhão de palestinos de todas as regiões da Faixa de Gaza que tiveram que abandonar suas casas e migrar para o sul por conta da guerra — a campanha militar israelense iniciou ataques ao norte do território e seguiu ao sul.
Israel afirma que Rafah, no extremo sul de Gaza, é o último bastião do Hamas e, portanto, o último front de batalha para completar sua guerra contra o grupo terrorista.
ENTRADA E SAÍDA – Desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro de 2023, a cidade serviu como o principal ponto de comunicação de Gaza com o restante do mundo.
Rafah tem servido como a porta de entrada da maior parte da ajuda humanitária para os palestinos, e foi ponto saída dos estrangeiros que estavam em Gaza e recebiam autorização para deixar o território — além de reféns libertados pelo Hamas durante o cessar-fogo de novembro de 2023.
Com o avanço da guerra, Rafah começou a receber muitos refugiados e viu sua população explodir de cerca de 280 mil pessoas para 1,5 milhão, que se alocaram provisoriamente em tendas.
ÚLTIMO REFÚGIO – Por meio de um comunicado nas redes sociais, Israel pediu para que os moradores deixem a região leste de Rafah e se dirijam a Al-Mawasi, uma cidade vizinha, também na Faixa de Gaza, onde Israel disse ter criado uma zona humanitária com hospitais de campanha, tendas, alimentos e água.
O governo local, controlado pelo Hamas, afirmou que as tropas israelenses fizeram nesta segunda-feira os primeiros bombardeios à cidade, na parte leste.
Há semanas, as Forças Armadas de Israel vêm preparando a entrada em Rafah, onde Israel afirma que o Hamas tem seu último reduto dentro da Faixa de Gaza. No entanto, a cidade, na fronteira com o Egito, é também o último refúgio para palestinos que fugiram de suas cidades no norte, no centro e até no sul do país ao longo da guerra.
CESSAR-FOGO – O grupo terrorista Hamas afirmou na segunda-feira que aceitou uma proposta de cessar-fogo elaborada pelo Egito e Catar –os dois países trabalham na mediação do conflito.
De acordo com a agência Reuters, uma autoridade de Israel afirmou que os termos da proposta foram suavizados pelo Egito e que Tel Aviv não pode aceitá-lo. Ele disse que, aparentemente, o Hamas teria aceitado o cessar-fogo para que os israelenses sejam vistos como a parte que se recusa a chegar a um acordo.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel afirmou que o país está ainda estudando como vai responder à proposta, mas que por ora eles vão seguir operando na Faixa de Gaza.
O gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que a proposta do Egito e do Catar está “longe das demandas essenciais de Israel”, mas que mesmo assim enviará negociadores ao Cairo para continuar as conversas.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Há, concretamente, uma esperança de paz, mas Netanyahu pode boicotá-la, caso insista em bombardear Rafah em plena negociação. É lamentável e desanimador. (C.N.)
Faz lembrar uma força colocando um anzol no queixi de quem na marra fará a limpeza da belugerante e assassina “escória”!
….queixa/beligerante….
O Hamas usa a população palestina como escudo e não devolvem os prisioneiros israelitas.
Isso é quere paz?
Netanyahu é o malvadinho e o líder do Hamas é o bonzinho?
Assistimos a mais um episódio do seriado ” O FIM DO MUNDO ESTÁ PRÓXIMO”! Para um certo tipo de gente não existe bem, mau, fraternidade etc. Desconfio que já exista um planeta pronto para receber aqueles que terão condições de “escapar” da TERRA! Os mais antigos já diziam: QUANTA INSANIDADE!