Dora Kramer
Folha
Dizem que o presidente Luiz Inácio da Silva não é mais o mesmo. Depende do ponto de referência. A mim soa muito parecido com o figurino pré-Lulinha paz e amor feito sob medida para ultrapassar a barreira de três derrotas e ganhar a eleição de 2002.
A zanga que distribui a torto e a direito agora lembra o personagem criado por Laerte Coutinho para o jornal dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP) na década de 1980. João Ferrador, sempre amofinado, cobrava dos patrões condições dignas de trabalho com o bordão “hoje eu não tô bom”.
TUDO MUDOU – Quando do ressurgimento do movimento sindical, na descendência da ditadura e a partir das greves do ABC, fazia todo sentido. Atualmente, no mundo muito diferente e sendo o reclamante presidente da República, não mais.
Nos palanques e reuniões oficiais, Lula tem assumido essa feição. Nunca está “bom”. Principalmente quando as coisas não vão bem. Espalha broncas e denota irritação com os auxiliares.
Contraria, assim, uma regra que a gente, ou boa parte de nós, aprendeu em casa: no destratar para cima, a depender das circunstâncias, está liberado mau trato; para baixo, nunca. É falta da educação, para não dizer falha de caráter.
EXISTEM RISCOS – Mais que isso. No caso de um político com necessidades objetivas de composição, tal braveza é contraproducente. Enrola o autor. Quando faz isso com ministros, o presidente conta com a impossibilidade funcional de reação.
Mas, se atinge aliados partidários, o buraco fica muito mais em cima. No frustrante 1º de Maio, Lula disse que a eleição será uma guerra contra adversários que, no âmbito federal, compõem a sua base de apoio e ocupam ministérios.
Tratados como inimigos, estrilaram, ameaçaram adotar o mesmo critério de confronto no Congresso quanto aos interesses do governo; e o que ganhou Lula com isso? Nada, a não ser a impressão de que foge da reta da colisão porque não assume o BO da má articulação, transferindo a culpa ao alheio.
Ele sempre foi assim.
Eu ganhei!
Nós empata!
Cê perdeu!
Será que um dia a ficha caírá para a classe intelectual?
Parece que caiu, para a Dora Kramer. Será?
Está é sua realidade, Cara sem cultura, arrogante e sem nenhuma empatia. Vai acabar sozinho e vai afogar sua solidão na maldita da cachaça
Ele não tem culpa de nada, é outra “entidade” que fez e faz as cagadas!
Pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto.
Assim cantava um cancioneiro antigo, mas ninguém mais lembrava do dito, e assim o pau continuou e continuará torto para todo o sempre.
Otários, são os que acham que o pau ainda pode ser “desentortado”.
Erraram redondamente e agora andam por ai com cara de cachorro que esta cagando na chuva.
Do comentário eu só mudaria o local onde o cachorro defecava, “Os otários andam por aí com cara de cachorro que cagava na porta da basílica.
Cagar em porta de catedrais dá mais status que cagar na chuva.