Marcus André Melo
Folha
Como o presidente e o governador serão afetados eleitoralmente pela calamidade no Rio Grande do Sul? Um exemplo ilustra a questão. O sucesso de Herbert Hoover, que liderou com grande visibilidade a resposta do governo federal à “enchente do século”, do rio Mississipi, levou-o a se tornar candidato nas eleições presidenciais americanas de 1928.
No entanto, nas áreas afetadas ele perdeu algo como 10% dos votos, segundo o estudo Disasters and elections.
EMOÇÕES NEGATIVAS – A literatura sobre eleições e desastres naturais (que discuti na coluna aqui) divide-se em duas explicações rivais. A primeira afirma que eles geram emoções negativas que levam a uma punição nas eleições. Este argumento (conhecido como “retrospecção cega”) foi desenvolvido em trabalho clássico sobre efeitos de ataques de tubarão.
Os eleitores punem governantes por eventos externos aleatórios, pelos quais eles não são responsáveis. Aconteceu com Hoover.
O argumento rival é que esta punição é racional, não emotiva. E nem sempre negativa. Os desastres criam para o eleitorado uma “janela de atenção” sobre os governantes, que em situações ordinárias não recebem escrutínio. Sob esta régua mais severa, e com mais atenção sobre o desempenho, a avaliação dos governantes tende a ser negativa.
E AS EXCEÇÕES? – Há, contudo, exceções. A “janela” revela o “tipo real” de governante. Quando a expectativa quanto ao seu desempenho é baixa e ele(a) surpreende, o desastre alavanca a popularidade. E vice-versa: quando é alta, a frustração cobrará o preço.
Mas o impacto das ações varia conforme sua natureza preventiva ou mitigadora. Utilizando uma base de dados cobrindo 3.141 condados e 26 programas federais de prevenção de catástrofes nos EUA, por 16 anos, Healy e Malhotra mostram que o eleitorado premia os presidentes pelas ações pós desastres, mas não por aquelas voltadas para a prevenção. Isto contrabalança o efeito negativo.
Cria-se perversamente incentivos, portanto, para ações mitigadoras mas não para preventivas. Embora a despesa pós evento seja estimada em até 15 vezes a da prevenção.
AMBOS PUNIDOS? – As ações de um governador serão julgadas comparativamente às do presidente, como mostraram Gasper e Reeves. Se este rejeita pedido de ajuda do primeiro, ele será punido e o governador premiado. Mas a tendência é que ambos sejam punidos.
Matheus Silva Cunha, em tese de doutorado em ciência política, sob minha orientação na UFPE, mostrou em estudo experimental que a transferência de responsabilidade após desastres naturais para outros atores também pode sair pela culatra.
As estratégias narrativas utilizadas pelos atores políticos importam, pois os eleitores punem políticos que adotam estratégias oportunistas de transferência de culpa.
Governo gasta quase o triplo com impactos de desastres do que em prevenção…
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2024/05/13/gasto-governo-desastres-prevencao.htm?cmpid=copiaecola
8 anos da Rainha da Corrupção
20 anos da Quadrilha do Ladrão.
40 anos da Quadrilha Coveira em São Paulo…
Está ai o gravissimo problema das enchentes…
Boa tarde amigão, o “Exofrado” e o Salles, não entram na tua lista?
Um abração,
José Luis
Amigão,
Tem vários para por na lista
Sarney
Collor
Itamar
Temer
Bolsonaro……
de 1985 só desgraça com o Páis.
Descendo ladeira abaixo sem freio…
Grande Abraço
🤗
Desastres naturais sempre ocorreram e continuarão a ocorrer. Os agentes políticos têm uma parcela de culpa sim. Pois, não fiscalizam sobre as áreas de risco e permitem construções nesses locais.
O problema é o seguinte, caos e desordem mantem enquanto soluções DESEMPREGAM CANALHAS CORRUPTOS!
Soluções, dificultam a ascenção do tido “salva-dor”, vulgo Anticristo!
Por que jornalista e analistas têm tanta dificuldade em ler a realidade.? O gaúchos estão putos com quem está tentando lucrar com o desastre e não com o desastre em si.
Ao invés de ficarem “putos”, o que não está sendo evidenciado nos relatos dos gaúchos resgatados, deveriam se concentrar no esforço de reconstrução.
Quem está nessa condição de putabilidade, são os prefeitos, loucos pelo envio de verbas, conforme vi na televisão, o prefeito de Farroupilha, apopletico e virulento, reclamando que recebeu só 300 mil. Queria 10 milhões. Patético.
No Rio de Janeiro, numa tragédia terrível na Região Serrana, uma enchente que matou e desbarrancou quase tudo, ao ponto de Nova Friburgo, a praça principal sumiu. Só se via a cruz da Igreja
Pois bem, os recursos chegaram para os prefeitos.
Os prefeitos de Petrópolis e de Nova Friburgo foram afastados, denunciados por desvios de verbas oriundas da catástrofe.
Por essa razão, agora, os órgãos de controle devem ficar atentos, principalmente o TCU.