Legendas acirram disputas por prefeituras; uma preliminar para as eleições de 2026

Charge do Cazo (Arquivo do Google)

Charge do Cazo (Arquivo do Google)

Pedro do Coutto

Reportagem de O Globo deste domingo focaliza os esforços dos partidos para a disputa das prefeituras do país em outubro deste ano.  Os partidos aliados do presidente Lula da Silva cresceram, em média, três vezes mais rápido nos municípios do Nordeste do que nas outras regiões do país.

Um levantamento do jornal, baseado em dados do Tribunal Superior Eleitoral, revela que prefeitos eleitos em 2020 por partidos de oposição têm migrado para legendas que apoiaram o retorno de Lula ao Palácio do Planalto.

RECUPERAÇÃO – O próprio PT, por exemplo, tinha visto uma redução no número de prefeituras sob seu comando nos últimos anos, mas conseguiu recuperar algumas após a eleição de Lula. Mas vale destacar que as eleições municipais dependem dos candidatos que vão disputar as prefeituras. O envolvimento das siglas partidárias não têm o mesmo peso que o dos candidatos que se destacam junto ao eleitorado.

As prefeituras têm o seu peso, sobretudo a de São Paulo, onde Guilherme Boulos, Ricardo Nunes e Tábata Amaral concorrem ao pleito. Pesquisa recente do Datafolha revelou que Guilherme Boulos e Ricardo Nunes lideram a corrida eleitoral de 2024 para a Prefeitura de São Paulo, acentuando um equilíbrio entre Guilherme Boulos e Ricardo Nunes. A deputada Tábata Amaral aparece em terceiro lugar com oito pontos.

POLARIZAÇÃO – O embate evidentemente mantém a polarização atual.O equilíbrio na cidade de São Paulo é um fato positivo para o bolsonarismo, uma vez que a capital do estado sempre registrou vantagem para o PT nos confrontos ocorridos. Nas eleições para a Presidência da República em 2022, Bolsonaro obteve grande vantagem no estado, mas perdeu para Lula na capital.

Lula, sob outro prisma, obtém uma vantagem para Boulos, mas é preciso considerar que ele possui os instrumentos da máquina na mão. O confronto político, portanto, esquentou novamente.Outras capitais, como o Rio de Janeiro, têm grande importância no xadrez político, mas nenhuma com peso maior do que a cidade de São Paulo, palco de embate entre lulistas e bolsonaristas.

Interessante verificar o roteiro dos índices dentro da área municipal. De qualquer forma, é uma disputa interessante a ser vista para as prefeituras neste ano, e que certamente terão um reflexo  como uma preliminar das eleições de 2026, não só as que vão se travar pela Presidência da República, mas também pelos governos estaduais.

6 thoughts on “Legendas acirram disputas por prefeituras; uma preliminar para as eleições de 2026

  1. As eleições vão mostrar o quanto o povo aprova ou não o governo do Stalinácio, nem o fato do governador ou o prefeito serem aliado do Stalinácio conta. O desapontamento com o Dilmo 3 fez a turma da “Cartinha da Democracia” começar a pensar a mudar de lado, agora veem que o bolsonarismo não é tão ruim assim.

  2. Não o total, acho que existem 30 partidos legalizados e vários com pedidos de legalização. Já imaginou se cada um desses partidos lançasse um candidato. Esse País é uma piada

  3. A disputa entre Boulos e Ricardo Nunes será acirrada no segundo turno.
    Pedro do Coutto, fez a análise nua e cria, sem paixões e idolatria.
    O eleitor da capital, pensará no presidente Lula e votará no Boulos.
    O prefeito Ricardo Nunes, que herdou o mandato de Bruno Covas, não tem o carisma dele, portanto, depende do governador Tarcísio para ter alguma chance.
    Tabata Amaral do PSB e Datena do PSDB vão disputar o terceiro lugar. É o que está posto agora, por enquanto, porque tudo pode mudar, caso o imponderável da vida faça a sua surpresa.

    Antes do advento do Bolsonarismo perverso e cruel, que emergiu a partir de 2018, as duas forças políticas, que se alternavam no Poder era o PSDB e o PT. Éramos felizes e não sabíamos.

    Um novo grupo, entrou nesse jogo, uma casa a mais para a Direita, praticamente transformando o PSDB em Partido nanico, legenda do baixo clero.

    São essas duas forças políticas antagônicas, que vão disputar o controle da maior capital do país, São Paulo.

    Bolsonaro, sem mandato, mas, ainda com uma ampla plateia de seguidores, vai apoiar Nunes, desde que o vice prefeito seja o homem indicado por ele. No entanto, não é certo a transferência de votos do Bolsonarismo para o candidato do MDB. Seria bom, se fosse automático, mas, não é. O eleitor avalia o prefeito pela ótica da gestão da cidade, o dia- a- dia, os acertos e os erros, enfim, a melhoria na qualidade de vida do cidadão contribuinte eleitor. Portanto, disputas nacionais, Ideologia, polarização, não conta na hora de escolher o prefeito da cidade. Há diferenças brutais, quando está em jogo as eleições para governador e Presidente da República .

    Bem, vamos ver o que acontece em outubro. Surpresas e até zebras estão no radar. É possível? Sim, tudo pode acontecer.

  4. Essa eleição municipal de 2024, marca um processo , que faz parte da própria vida: nasce, cresce e depois morre.
    Me refiro, a descida para o inferno, do MDB depois PMDB e agora MDB novamente.

    Acompanho o Partido de Ulisses Guimarães desde a época da Ditadura Militar. A intentona de 1964 criou dois Partidos imitando os EUA, Republicanos e Democratas. Os generais golpistas criaram a ARENA ( Aliança Renovadora Nacional) e o MDB ( Movimento Democrático Brasileiro).

    Era o Partido do SIM e o Partido do SIM Senhor.
    Somente no Rio de Janeiro, o MDB comandado pelo governador Chagas Freitas vencia as eleições estaduais e os três senadores.

    Quando o pêndulo mudou e o MDB venceu na maioria dos Estados, menos o de Sergipe, o presidente Ernesto Geisel, criou os senadores biônicos para obtenção de maioria no Congresso.

    Bem e hoje? Hoje, o MDB está atrás do PL, do PT, do União Brasil e do PSD. O MDB está morrendo politicamente, se tornou um moribundo dando as mãos ao PSDB, assim como o abraço dos afogados. Triste fim, esse do MDB.

    O que diria o timoneiro das Diretas Já, o saudoso Ulisses Guimarães, vendo seu Partido em São Paulo, precisando do apoio do ogro golpista, Jair Bolsonaro e do governador carreirista, Tarcísio de Freitas, um homem inconfiável, truculento e falso, que irá fiz que vai continuar no Partido Republicano, ora que vai migrar para o PL para ficar juntinho do Bolsonaro. Pois bem, o MDB do Prefeito de SP, Ricardo Nunes para se reeleger está pendurado na escada de Bolsonaro e de Tarcísio. O MDB de São Paulo se encontra em uma sinuca de bico.
    E o MDB nacional, minguado, assiste a tudo, impassível.

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