Lula devia falar menos, para não criar dificuldades ao seu próprio governo

O presidente Lula durante durante a oferenda floral no Chile

Lula vaiado numa cerimônia esta segunda-feira, no Chile

Hélio Schwartsman
Folha

Relações internacionais são um terreno difícil. Elas são o que de mais perto existe do estado de natureza hobbesiano. Sem um poder central que a todos submeta, cada Estado é mais ou menos livre para agir como quiser com seus homólogos. As principais limitações são a força militar de outros países; acordos internacionais, cuja imposição, porém, é fraca; e, no caso de democracias, a repercussão política que as ações do dirigente possam ter para o público interno.

A resultante disso costuma ser uma política externa pragmática (interesses) com algum tempero moral.

ESTILO PRÓPRIO – Diplomatas não são nem padres, que julgam os atos de seus fiéis só por sua dimensão moral, nem milicianos, que não têm constrangimento em extrair por ameaça ou força o que desejam de seus clientes.

Se não faz sentido para um país deixar de comerciar com a China porque ela é uma notória violadora de direitos humanos, tampouco dá para fechar os olhos para todo e qualquer abuso cometido por nação ou governante amigos.

O Brasil não poderia ter sido o primeiro país a gritar “fraude” para as fraudes perpetradas por Nicolás Maduro nas eleições venezuelanas. Não seria verossímil, dadas as ligações históricas entre Lula e o chavismo, nem prático.

MAIS SUTILEZA – Se Brasília quer conservar alguma capacidade de influência diante de Caracas, precisa atuar com sutileza. Não seria vexaminoso para o Itamaraty cobrar as atas das seções eleitorais antes de caracterizar o pleito como fraudulento.

O problema é que Lula, mais uma vez, atropelou a diplomacia profissional. Falando de improviso, ele praticamente “legalizou” a fraude de Maduro. E o petista é reincidente nessa matéria. Ele também coonestou precipitadamente a reeleição de Ahmadinejad no Irã em 2009, outro pleito repleto de suspeitas. Pega mal para alguém que foi eleito para salvar a democracia no Brasil.

Lula faria um favor a si mesmo se conseguisse segurar a própria língua.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Se não falasse tantas asneiras, o presidente Lula da Silva não teria sido alvo de mais vaias do qe aplausos durante cerimônia no Chile na manhã desta segunda-feira. O caso se deu na Praça da Cidadania, onde depositou flores junto ao monumento ao libertador Bernardo O’Higgins. (C.N.)

4 thoughts on “Lula devia falar menos, para não criar dificuldades ao seu próprio governo

  1. Há “dendos”, em:
    “A Abolição do Gênero e a Vindoura Perseguição aos Cristãos.”

    “Os cristãos parecem estar alheios ao conjunto de forças sinistras que trabalham contra eles. A cabala luciferiana que está implementando a Nova Ordem Mundial está impondo um sistema de valores e de moralidade que é profundamente anticristão. O plano inclui a abolição do gênero. Eles sabem que isto lhes dará uma plataforma extremamente poderosa, a partir da qual poderão transformar os cristãos em alvos de uma perseguição. Separe um tempo para estudar e compreender o que eles estão fazendo, pois isto irá afetá-lo e à sua família, quer você goste ou não. [56 KB] Transferido em 13/8 https://www.espada.eti.br/transgenero-14.asp

  2. Em boca fechada não entra mosca, dizia o grande filósofo Bídas, aquele que ia tirar as subidas e deixar só as descidas.
    Também já se dizia que o peixe morre é pela boca

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