Pressão nos bastidores para retirar apoio à CPI do Master no Senado

União Brasil e Progressistas (PP) oficializam federação partidária - União  Brasil

Nogueira (PP) e Rueda (União) tentam desmontar a CPI

Rafael Moraes Moura
O Globo

Antes mesmo de ser oficialmente instalada, a CPI do Banco Master já é alvo da pressão e movimentação nos bastidores do Senado. Dois parlamentares que haviam endossado o requerimento de abertura decidiram, ao longo dos últimos dias, retirar a assinatura de apoio: Carlos Viana (Podemos-MG) e Cleitinho (Republicanos-MG). E a lista de desistentes ainda pode aumentar.

Procurada pela equipe da coluna, a assessoria de Cleitinho alegou que o senador “preferiu focar na CPI do INSS”. Disse, ainda, que ele não conhece Vorcaro. Já Viana não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.

COMPRA DE AÇÕES – O pano de fundo da CPI, capitaneada pelo senador Izalci Lucas (PL-DF), é a controversa compra de ações do Master pelo BRB, banco estatal de Brasília, que está na mira do Ministério Público e provocou mal-estar na cúpula do governo do Distrito Federal, conforme informou o blog.

O negócio está sendo feito sob as bênçãos do presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira, do Piauí, e do presidente do União Brasil, ex-deputado Antonio Rueda, do Acre, que são próximos de Vorcaro.

Mesmo com o recuo de Viana e Cleitinho, restam a assinatura de 27 senadores – de partidos como PL, Novo, PDT, Podemos, PSD, Republicanos, MDB, PT e até do União Brasil (Sergio Moro e Márcio Bittar) – justamente o número mínimo exigido para a instalação CPI no Senado.

MAIS APOIO – Izalci, porém, alega não ter protocolado o pedido de CPI ainda porque pretende angariar mais apoio, para ter uma “gordura” caso mais parlamentares desistam de apoiar a criação do colegiado – o que já é considerado provável nos bastidores da Casa por conta das sinalizações de alguns senadores.

No requerimento de instalação da comissão, Izalci aponta que a aquisição pelo BRB “levanta preocupações sobre o uso inadequado de recursos públicos para resgatar uma instituição privada em dificuldades”.

A CPI pretende investigar detalhadamente os balanços do Master, os relatórios de supervisão do Banco Central e da CVM, além dos termos da negociação com o BRB, “buscando identificar omissões específicas e avaliar a adequação das normas vigentes”.

SABER A VERDADE – “A população quer — e merece — a verdade sobre esse assunto e espera que os parlamentares correspondam esses anseios legítimos por transparência”, afirmou o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que também apoia a CPI.

De acordo com os comunicados feitos pelo BRB, o banco estatal de Brasília pagará R$ 2 bilhões por 58% do patrimônio líquido do Master.

O negócio ainda está sujeito à aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade.

2 thoughts on “Pressão nos bastidores para retirar apoio à CPI do Master no Senado

  1. O Brasil / Só Vai Moralizar Seus Valores em uma Sociedade / Quando a Lava Jato Voltar a Operar Dentro do Poder Judiciário Brasileiro. que Saudade de Ver a Lava Jato Prendendo os Grandes Tubarões de Dinheiro Público. Obs; [ Guardai – Vos de Praticar Vossos Atos de Justiça Diante dos Homem / a Graça do Senhor Jesus Cristo Seja com Todos / Amém ].

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