Pedro do Coutto
O governo Lula da Silva tem prazo até o próximo dia 31 deste mês para enviar ao Congresso o projeto de orçamento federal para o exercício de 2024 que deve ser 3% maior do que o que se encontra em vigor este ano pois a lei estabelece o reajuste automático de acordo com a inflação do IBGE.
O importante para o projeto do ministro Fernando Haddad de déficit zero no próximo ano é que a proposta orçamentária deixe de ser uma peça de ficção como tem acontecido através do tempo e se enquadre numa realidade financeira mais rígida e efetiva. Não é tarefa fácil, inclusive porque todos devemos levar em conta que a população do país de um ano para outro reúne cerca de mais duas milhões de pessoas.
PAGAMENTO DE JUROS – Além disso, tornando a ficção uma realidade irremovível, basta dizer que o pagamento de juros agora de 13,25% ao ano, taxa Selic, para rolar a dívida interna de R$ 6 trilhões, não é considerado uma despesa no chamado desempenho primário das contas públicas. Assim, vamos considerar que o esforço para pagar os juros da dívida é algo que atravessa o tempo como se ele não existisse e pesasse nos dispêndios públicos.
Com esse aspecto pouco comentado pelos especialistas na matéria econômica, devemos chegar todos à conclusão de que o ficcionismo vai permanecer, pois não existe a menor possibilidade de o Brasil poder liquidar R$ 6 trilhões resgatando os títulos do Tesouro corrigidos anualmente pela Selic. Assim permanecerá oculta a verdadeira realidade do orçamento por um artifício que pertence ao estoque acumulado pelo ministro Delfim Netto nos governos Costa e Silva e Garrastazu Médici.
Delfim era o czar absoluto das finanças e depois do governo Médici foi embaixador em Paris e se elegeu deputado federal. Representava as correntes conservadoras que lideravam a Fiesp. Não tinha interesse algum num processo de redistribuição de renda. Pelo contrário, defendeu a tese de que primeiro teria que se fazer crescer o bolo para depois dividir os pedaços. A população brasileira está aguardando até hoje o fatiamento. Foi o grande manipulador da realidade.
APRECIAÇÃO- O déficit primário, ou superávit, dependendo das contas, de qualquer forma não refletia e nem reflete a realidade econômica brasileira. E continuará assim, acredito que pelo menos por mais um ou dois séculos. Mas essa é outra questão.O fato é que os números orçamentários são muito bons de serem apreciados no papel ou nas telas dos computadores, pois existe um déficit social que vai muito além das escalas de qualquer orçamento.
O ponto máximo do déficit social acumulado está na fome diária de 30 milhões de homens e mulheres, na falta de saneamento, nos becos das favelas, nos esgotos a céu aberto, na falta de água potável e também na incerteza de milhões de famílias se vão ter ou não condições de se alimentar no dia seguinte.
REPETIÇÃO – O Orçamento do país apresenta-se permanentemente incompleto. O que será elaborado agora pelo ministro Fernando Haddad vai inevitavelmente repetir o drama das peças anteriores. Estará essencialmente fora da realidade porque não acredito que na escala das contas públicas apareça a despesa decorrente dos juros que desabam sobre a sociedade, mas que não tem culpa alguma do déficit gigantesco produzido no tempo.
Como o país não possui recursos para sequer pagar os juros anuais, a saída vem sendo emitir mais títulos para lastreá-los e daí a importância para os bancos, para os fundos de investimento e para os fundos de pensão das estatais a taxa da Selic que remunera as detentores do capital e tributa de forma agora direta a população brasileira. A reportagem sobre o tema é de Idiana Tomazelli e Thiago Resende, Folha de S. Paulo deste domingo.
É muita desculpa do jornalista militante para justificar o inchaço estatal, que redunda no aumento da dívida, promovido descaradamente pelo governo do narcotraficante Lula. Sobrou até para o Delfim e o Medici, mas o Lula da Silva, o Lula … ah! esse é o ladrão de estimação do Pedro do Coutto.
Máquina com baixíssima eficiência, muita dissipação, desperdício de energia DE TRIBUTAR
Delfin, o Kissinger tupiniquim!
Pérola do Atlântico..?
Guarujá, reduto do PCC, já é chamado de ‘pólvora do Atlântico’, diz polícia
https://noticias.uol.com.br/colunas/josmar-jozino/2023/08/07/guaruja-reduto-do-pcc-ja-e-chamado-de-polvora-do-atlantico-diz-policia.htm
Os riscos da ozonioterapia, sancionada por Lula
A prática, que acaba de ganhar lei própria no país, já estava regulamentada por vários conselhos de profissionais de saúde, mas é criticada por médicos, que alegam falta de evidências científicas para o uso terapêutico dela.
https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/os-riscos-da-ozonioterapia-sancionada-por-lula,c699f17133a20c054b8ce905f0f839b2fs57r3gv.html?utm_source=clipboard
Pedro do Couto é um craque, inquestionável. É o Pelé do jornalismo analítico.
Seus artigos são verdadeiras aulas magnas.
Pedro do Couto, sabe tudo sobre juros, déficit primário, Orçamento, inflação, taxa Selic. E ainda mais, trata os assuntos de forma simples e imparcial, como se estivesse na sala de aula. Torna-se impossível não entender seus artigos diários. Como diria Kant, o filósofo alemão, a falta de entendimento dos arrazoados de Pedro do Couto é uma “impossibilidade prática”.
No entanto, até às flores do campo não são iguais entre si, portanto, entendo as críticas injustas direcionadas a Pedro do Couto e imputo isso a polarização ideológica, que vem causando divisão no país, a ponto de suscitar até ideias separatistas, como as proferidas pelo pior governador de Minas de todos os tempos, o Romeu Zema. Zema não gosta nem dos mineiros. Basta observar como o governador trata os professores de Minas Gerais, que entraram em greve pleiteando a reposição salarial nos níveis inflacionários e o governador mandou a Polícia Militar jogar spray de pimenta e bater com cassetetes nos professores grevistas, enquanto ele pediu aos deputados estaduais para votarem o aumento absurdo do salário do governador, acima de 100%.
Esse mesmo governador, recentemente se referiu a um lema de Benito Mussolini, o fascista italiano. Não foi a toa esse comentário.
Zema vem dando declarações na linha utilizada por Bolsonaro. A Direita demonstra cabalmente, que não aprendeu com a derrota nas eleições de 2022.
Romeu Zema está com ódio dos nordestinos, porque o Mito de Zema sofreu uma derrota fragorosa no Nordeste. Talvez esse político, que desonra os mineiros, achava que Bolsonaro eleito agora em 2022, o apoiaria na eleição de 2026. Zema desconhece, que Bolsonaro não coloca azeitona na empada de ninguém. O candidato a sucessão de Bolsonaro é o filho senador, Flávio Bolsonaro.
Nem Zema nem Tarcísio, a bola da vez é o filho 01.
Então, não adianta cacarejar para o espólio de votos de Bolsonaro, que não confia em político nenhum. Se ele, Bolsonaro, conseguir transferir os votos que recebeu em 2018 e 2022, ele colocará na conta do filho Flávio. Por que? Porque se um candidato apoiado por Bolsonaro vencer as eleições, se tornará o novo cacique da tribo Bolsonarista e o Bolsonaro já não valerá mais nada no cenário político.
Então, não adianta o Zema fazer essas declarações preconceituosas e separatistas, como:
“vaca que dá mais leite, tem que receber mais do que vaquinha preguiçosa”.
Zema é carta fora do baralho presidencial, porque faz muito tempo, que Minas não elegeu políticos habilidosos, ambíguos e com conhecimento das regiões nacionais. Romeu Zema é um político primário, como são, Eduardo Paes e Cláudio Castro, prefeito da capital do Rio de Janeiro e governador do Estado do Rio de Janeiro, que também são primários de dar dó.
Enquanto isso, São Paulo vai nadando de braçada rumo ao sucesso econômico.
O déficit nominal deveria ser parte importante para analisar as contas públicas pois é o que expressa realmente a situação fiscal do país
Mas a mídia e economistas dão muito mais relevância ao resultado primário do governo.
Porém se houver superávit primário, este não garante que haverá diminuição do endividamento do país. Ao contrário, caso os juros reais estiverem muito altos, a dívida aumentará.
Para que a dívida real diminua, só se houver um superávit extraordinário, juntamente com juros reais muito baixos.
E se houver um grande crescimento do PIB, pode ser que a dívida relativa ao mesmo diminua, como já aconteceu. Mas a dívida real continuará crescendo.