Lula mostra ao mundo que deseja preservar Amazônia, explorando potencial econômico 

Lula definiu com clareza sua política para a Amazônia

Bruno Boghossian
Folha

A sabotagem ambiental de Jair Bolsonaro deu a Lula uma vantagem e uma desvantagem. Bastou restabelecer padrões de preservação para entregar resultados e tirar o país da classe de pária. Por outro lado, o contraste criou sobre o governo uma pressão por metas ambiciosas que não estão na agenda do presidente.

A Cúpula da Amazônia teve um certo gosto de frustração para grupos que defendem a adoção de obrigações ambientais rigorosas pelos países da região. O documento final do encontro deixou de fora uma proposta de corte acelerado na exploração de petróleo e amenizou um compromisso de desmatamento zero.

PUXANDO O FREIO – O Brasil ajudou a puxar o freio. O governo recusou a ideia de barrar a extração de petróleo na Amazônia (para manter vivos os planos da Petrobras) e aderiu a um vocabulário mais tímido sobre a redução do desmatamento (para proteger países pobres que não cumpririam a meta).

O encontro deu a Lula um palco para se apresentar como líder de um movimento político pela preservação da floresta, mas o petista também aproveitou para traçar os limites e contornos mais nítidos até aqui de seu compromisso ambiental.

O presidente sustentou posições que sugerem uma flexibilidade maior do que algumas expectativas de rigor ambiental depositadas sobre o governo. O petista deu destaque à atividade econômica na Amazônia e disse que a região deve ser “um espaço para geração de riqueza para o povo, não um santuário”.

ATIVIDADE ECONÔMICA – A mensagem central é que o governo defende regras sérias para preservação, mas não vai abrir mão de certos interesses na exploração da economia regional.

Lula já aplicou esse modelo ao deixar a porta aberta para a exploração de petróleo na Foz do Amazonas e ao criticar exigências ambientais acrescentadas pela União Europeia nas negociações com o Mercosul.

Ainda que tenha atualizado sua plataforma ambiental, o histórico mostra o peso dado pelo petista à atividade econômica. As margens que ele desenha vão balizar decisões deste governo e também os conflitos inevitáveis em torno do tema.

6 thoughts on “Lula mostra ao mundo que deseja preservar Amazônia, explorando potencial econômico 

  1. “Dendos”, em:
    “Palavras Ardilosas e a Arte de Mentir Para a Humanidade.”
    Autor: Jeremy James, Irlanda, 17/6/2018.

    “Na tradução Almeida de Romanos 1:18 — “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.” — a palavra “detém” significa “não deixam sair” ou “suprimem”. https://www.espada.eti.br/ardilosas.asp

    • Do mesmo artigo:
      “Sustentabilidade — A Elite desde então passou a utilizar outra palavra ardilosa para justificar seu plano draconiano de controlar nosso “meio ambiente” — isto é, o mundo que Deus criou. A palavra é sustentabilidade. Todas as atividades humanas têm “impacto” sobre o meio ambiente, eles dizem, e todos os “impactos” têm efeitos que precisam ser controlados. Eles promovem tolices como o Efeito Borloleta e a Teoria do Centésimo Macaco para criar a impressão que a menor mudança pode ter implicações de longo alcance para o mundo como um todo. Eles alegam que existem agora tantas pessoas no “planeta” que a engenharia social de longo alcance é imperativa; caso contrário, o impacto de uma atividade aparentemente inocente poderia sair fora de controle e causar danos ao nosso meio ambiente.

      O único modo de lidar com essa suposta ameaça é garantir que todas as atividades humanas se conformem com o princípio da sustentabilidade. Se um programa ou atividade é sustentável, ou não, é algo que será decidido por uma equipe de especialistas. Em resumo, por agentes-procuradores indicados pelo Estado.”

  2. Depois da ozônioterapia Lula ficou ainda mais ininteligível, ao que parece, levantando propostas estranhas. Será que ele está querendo penhorar a Amazônia em favor dos gringos, ou extorquí-lo$ no grito e no blefe ?

  3. Não sei da politica amazônica do Barba, mas sei um pouco do jornalismo amestrado.
    Se os ricaços derem mole o Loola refloresta a Europa toda, os deserto do Atacama, Saara e Neguev que se cuidem.
    Bolsonaro desvirginou as virgens florestas amazônicas e o cirurgião plástico do reflorestamento vai restaurar tudo, se duvidarem ele ressuscita o Mar Morto que Bolsonaro assassinou.
    Loola é o cara, ainda mais caro.

  4. Presidentes deixam Lula na mão e desfalcam Cúpula da Amazônia
    O petista voltou a atacar o ex-presidente Jair Bolsonaro, sem apresentar provas
    Lula afirmou que, a “cooperação na Amazônia é urgente”.
    O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, cancelou sua participação na Cúpula da Amazônia, evento que reúne os oito representantes dos países signatários da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA): Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana, Equador, Peru, Suriname e Venezuela.
    O ditador e amigo do presidente Lula (PT) era esperado na capital paraense, Belém, onde é realizada a reunião nesta terça-feira (8) e confirmou o “bolo” ao petista no Twitter, alegando que foi por recomendação médica.
    “Por recomendação médica, em decorrência de uma Otite Média que tenho, fui obrigado a suspender minha agenda pública”, declarou.
    Com a ausência de Maduro, Delcy Rodríguez, vice-presidente da Venezuela, representa o país na cúpula. Além do venezuelano, o presidente do Equador, Guillermo Lasso; e do Suriname, Chan Santokhi, também não vieram ao encontro.
    Durante o evento, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, defendeu uma posição crítica ao uso de combustíveis fósseis e à exploração de petróleo na área da Amazônia, classificando de “negacionismo” medidas adotadas no sentido oposto. O colombiano destacou ainda que “as forças progressistas deveriam estar sintonizadas com a ciência”.
    A posição colombiana ocorre em meio à controvérsia brasileira sobre a exploração na foz do Rio Amazonas. Entre os países amazônicos, a Colômbia é o que mais se destaca na preservação da floresta.
    No evento, Lula ainda afirmou que a “cooperação na Amazônia é urgente”, para impulsionar a cooperação entre os países da região e falou ainda que não vê a região como um “santuário” para o mundo.
    “Eu não trabalho com a ideia de ver a Amazônia ser um santuário da humanidade. Eu quero que a Amazônia seja um lugar em que o mundo tire proveito para poder experimentar a riqueza da nossa biodiversidade, para sabermos o que podemos fazer a partir dessa riqueza da biodiversidade”, afirmou.
    Como de costume, o que já vem se tornando figurinha repetida nos discursos do petista, ele voltou a atacar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sem citar diretamente o nome ou apresentar provas ao afirmar que “seu antecessor abriu as portas para os ilícitos ambientais e o crime organizado”.
    Ainda sobre o evento, de acordo com o governo, os países do bloco assinarão uma declaração fixando compromissos para preservação da Floresta Amazônica.

    Matéria extraída do Claudio Humberto.

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