Piada do Ano! Lula garante que não houve nada de errado na eleição de Maduro

Após derrotas, Lula chama reunião da articulação política

Quem não gostou, que entre na Justiça, afirmou Lula

Caio Spechoto e Sofia Aguiar
(Broadcast)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não tem nada de grave ou anormal com as eleições na Venezuela e condicionou a entrega das atas ao reconhecimento do resultado que deu vitória ao ditador Nicolás Maduro sob suspeitas de fraude eleitoral. Ele falou pela primeira vez sobre a crise em Caracas nesta terça-feira, 30, em entrevista à TV Centro América.

“Como vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre oposição e situação, a oposição entra com recurso e vai esperar na Justiça andar o processo. E aí vai ter uma decisão, que a gente tem que acatar. Estou convencido de que é um processo normal, tranquilo”, disse o presidente.

CRÍTICA À IMPRENSA – Lula não leva em consideração que a ditadura chavista controla os órgãos eleitorais do país e também a Justiça e a Suprema Corte, com juízes apontados pelo regime e com decisões que nunca contrariam o chavismo.

“Não tem nada de grave, nada assustador. Eu vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a terceira guerra mundial. Não tem nada de anormal. Teve uma eleição. Teve uma pessoa que disse que teve 51%. Teve uma pessoa que diz que teve quarenta e pouco por cento. Um concorda, outro não. Entra na Justiça, a Justiça faz”, disse.

“O que precisa é que as pessoas que não concordam tenham o direito de se expressar, tenham o direito de provar que não concordam. E o governo tenha direito de provar que está certo”, afirmou Lula em meio à crise na Venezuela, que teve o segundo dia de protestos contra o resultado das eleições, com 11 mortos e mais de 700 presos.

OBRIGAÇÃO DE RECONHECER – O presidente disse ainda que todos têm a obrigação de reconhecer o resultado das eleições quando as atas forem apresentadas. Ele criticou o que chamou de ingerência externa em outros países e os bloqueios econômicos.

“Acho que a Venezuela tem o direito de construir seu modelo de crescimento, de desenvolvimento, sem que haja bloqueio. O bloqueio que mata Cuba há 70 anos, bloqueio que penaliza o Irã, bloqueio que penaliza a Venezuela. Para com isso. Cada um constrói seu processo democrático, cada um tem seu processo eleitoral”, afirmou o presidente da República.

Lula também falou sobre a nota em que seu partido, o PT, reconhece Maduro como vitorioso na eleição venezuelana. “A nota do Partido dos Trabalhadores reconhece o povo venezuelano, é um elogio ao povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houve. E ao mesmo tempo reconhece que o colégio eleitoral, o tribunal eleitoral já reconheceu o Maduro como vitorioso. Mas a oposição ainda não. Então tem um processo”, afirmou o chefe do governo brasileiro.

COM BIDEN – A crise na Venezuela também foi tema de uma conversa por telefone entre os presidentes Lula e Joe Biden, dos Estados Unidos. Segundo apurou a Coluna do Estadão, a ligação foi um pedido da Casa Branca, que tem o Brasil como seu principal interlocutor na América do Sul.

O governo americano tem expressado preocupação com a crise que se seguiu às eleições na Venezuela e condenou a repressão aos protestos da oposição nesta terça-feira. “Qualquer repressão política ou violência contra manifestantes ou opositores é obviamente inaceitável”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre. “Os Estados Unidos apoiam as aspirações democráticas do povo venezuelano e o seu direito de expressar livremente suas opiniões”, acrescentou.

Os protestos foram convocados pela oposição, que afirma ter provas da fraude eleitoral enquanto o Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo chavismo, atribui a demora na divulgação das atas a um suposto ataque hacker.

DIVULGAÇÃO DAS ATAS – Assim como Lula, o assessor especial do Planalto para assuntos internacionais, Celso Amorim, também cobrou a Venezuela pela divulgação das atas, os documentos que são extraídos das urnas e comprovariam o resultado das eleições. Enviado a Caracas para ser os “olhos de Lula” nas eleições da Venezuela, o ex-chanceler se reuniu ontem com o candidato da oposição Edmundo González e com Nicolás Maduro.

Na conversa que durou cerca de uma hora, o ditador prometeu que as atas seriam divulgadas nos próximos dias. Ele repetiu a tese de ataque hacker e disse que estaria sendo vítima de um golpe patrocinado pelos Estados Unidos.

Do outro lado, a líder opositora María Corina Machado afirma que seus fiscais tiveram acesso a cópias de 73% das atas, que projetavam a vitória do seu candidato Edmundo González Urritia. A suspeita de fraude foi reforçada nesta terça-feira pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que denunciou uma “manipulação aberrante” nas eleições venezuelanas.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Sem perceber, Lula entrou na contramão e acaba de jogar no lixo o tão sonhado Prêmio Nobel da Paz. E o pior é que a Academia ainda não criou o Nobel da Ignorância, que Lula agora levaria fácil, fácil. (C.N.)

7 thoughts on “Piada do Ano! Lula garante que não houve nada de errado na eleição de Maduro

  1. Assim como também ele não esteve envolvido em nenhum processo de corrupção, a eleição do Maduro foi limpa e realizada cumprindo todos os quesitos democráticos. Todos os outros países que estão criticando essa eleição estão agindo de modo golpista. Será que enviará o Alckimin como seu representante na festa da posse

  2. A lider da oposição de extrema-direita (Maria Corina afirma ter 72,3 % dos boletins de urna (atas).
    Basta apresentar tais provas então. Lula não está errado em ser cauteloso até que as provas sejam apresentadas.

    E quase cuspi na tela de rir quando li “Os Estados Unidos apoiam as aspirações democráticas do povo venezuelano”.

    • Correto, caro Rafael. Maria Corina só fala em provas, de possuir tais atas, mas não as mostra.

      Tomar qualquer posição nessas condições é no mínimo precipitado.

  3. Assim é se assim lhe parece, $talinacio quando diz que ‘está convencido’ de alguma coisa é encaixando uma narrativa.
    Essa vestal barbuda se receber uma rato podre na sua sopa, declara publicamente que está convencido que ganhou uma perdiz assada.

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