Viagem a Nova York mostra que Lula já não consegue encantar as plateias

O presidente Lula e o presidente Biden em pronunciamento conjunto após bilateral durante a Assembleia Geral da ONU

Lula quer dar pitaco em tudo e acaba falando bobagens

Deu em O Globo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o possível na semana passada para se projetar como liderança global em Nova York. Discursou na abertura da Assembleia Geral da ONU, participou de reunião do G20, disparou críticas contra seus desafetos Benjamin Netanyahu e Volodymyr Zelensky, manteve encontros bilaterais com Pedro Sánchez, Cyril Ramaphosa e Gustavo Petro, defendeu reformas na governança global e foi conversar até com representantes de agências de risco, na tentativa de melhorar a nota do Brasil.

Não dá para negar seus esforços. Mas Lula está longe de alcançar os resultados que gostaria. A verdade é que, em seu terceiro mandato, ele é conhecido no exterior, mas não é mais o líder popular que já foi um dia.

PESQUISA REVELA – Um termômetro disso é uma pesquisa recente do Pew Research Center, com dados recolhidos entre janeiro e abril em cinco países da América Latina: Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru. Os resultados mostram que é baixa a confiança latino-americana em Lula fazer o que é certo em termos de política externa. Nem no próprio continente ele consegue atrair a simpatia da maioria.

Os que mais confiam em Lula são os argentinos (das respostas, 40% foram positivas e 49% negativas). Os mais críticos são os chilenos (62% de respostas negativas), seguidos de mexicanos (60%), peruanos (55%) e colombianos (53%).

As respostas são coerentes com a inclinação recente à direita na América do Sul, marcada pela ascensão do argentino Javier Milei à Casa Rosada. Em relação ao Brasil, em contraste, a percepção é positiva. Os argentinos têm a visão mais favorável do país (59% de respostas positivas), seguidos de peruanos (58%) e colombianos (55%) A pesquisa também foi feita nos Estados Unidos. Os americanos são mais reticentes com relação ao Brasil que os latino-americanos: 47% têm imagem favorável e 46% desfavorável.

MENOS PRESTÍGIO – Sobre as pretensões de liderança global brasileira, os americanos são céticos: a maioria dos entrevistados (64%) acha que a influência do país no mundo se manteve a mesma nos últimos anos, e 16% acham que ela enfraqueceu. O Brasil está mais fraco no cenário internacional para 33% dos chilenos, 20% dos argentinos, 25% dos colombianos e 23% dos peruanos.

É provável que haja nas respostas um reflexo dos quatro anos do governo Jair Bolsonaro, cuja política externa transformou o Brasil em “pária internacional”. Mas são evidentes também os efeitos das trapalhadas diplomáticas de Lula na reação às guerras na Ucrânia e no Oriente Médio. O sonho de ser um líder global, mais uma vez manifestado na ONU, leva Lula a se lançar em missões impossíveis diante da projeção do Brasil no mundo, com evidentes limitações na sua influência externa.

Tampouco na América Latina Lula tem obtido resultados dignos de nota. Sua deferência inexplicável à ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela fez fracassar a tentativa de mediar uma saída para a crise desencadeada pela fraude nas eleições de julho. Até a Argentina de Milei, importante parceiro comercial do Brasil e segunda economia do Mercosul, ele tem procurado manter à distância, apesar da integração entre as duas economias. A passagem de Lula por Nova York deixou evidente aquilo que a pesquisa já mostrava: passou o tempo em que Barack Obama chamava Lula de “o cara” e ele despertava a simpatia de todos como liderança global.

11 thoughts on “Viagem a Nova York mostra que Lula já não consegue encantar as plateias

  1. Bolsonaro, o Pária.
    Ele era assim por ter acesso à Trump e Netanyahu e não beijar o anel do Papa. O jornalista dividiu o mundo em castas e não vai ganhar o Pulitzer em virtude da afirmação,
    “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma.”
    A previsibilidade da esquerda:
    A Coreia do Norte continua descartando lixo através de balões que o despejam em cima da Coreia do Sul.
    Essa é versão coreana do ‘Jogar um rato podre na sopa dos outros’.
    A politica está me servindo como diversão, gosto de ver as diatribes vernaculares da apostasia dos comunas tentando esconder o que são. Aquele tal de Boulos é o Papa dos apostatas (sic), Datena fazendo cara importante, Tábata parecendo Penélope Charmosa da Corrida Maluca e o prefeito com cara de assustado e querendo fugir daquela ópera bufa.

    • Vou destroncar a queixada de tanto rir se o segundo turno der Boulos, o Apóstata versus Durango Kid o Cadeirudo.
      Os petralhas tendo que engolir Boulos vais ser homérico.
      No lugar de pão com mortadela vão ter que comer bolos.

      • Significado de Apóstata
        substantivo masculino e feminino
        Pessoa que renuncia ou renega uma crença ou religião da qual fazia parte, geralmente, refere-se à fé cristã: o apóstata foi expulso do templo.
        Quem desrespeita os votos, deixando a vida religiosa, sem a aprovação de seus superiores.
        [Figurado] Quem abandona os princípios dos quais era defensor; desertor.
        adjetivo
        Que praticou ou cometeu apostasia; que renunciou ou abandonou uma crença ou religião: sacerdote apóstata.
        Etimologia (origem da palavra apóstata). Do latim apostasía.as; pelo grego apostasia; pelo latim apostasia.

        Sinônimos de Apóstata
        Apóstata é sinônimo de: renegado, desertor, arrenegado, perjuro

  2. A verdade é que há uma desconfiança natural com quem já esteve preso.
    Seja um pé de chinelo ou um figurão, o cárcere marca o indivíduo, que mesmo sendo descondenado depois, o povo segue o bordão do falecido Paulo Silvino, “ai tem”.
    Também tem o “fadiga do material” que tira muito da sua consistência e o deixa mais vulnerável.
    Em suma, a bananeira só da cacho uma vez.

  3. Só acredita nesse cara uma turma de jornalistas e artísticas que mamam nas telas do governo e uma parcela da população que é alienada

  4. Se for para bater na mesma tecla “mais do mesmo” prefiro não cansar minha caixinha de neuróniose republicar:

    REFLEXÕES I
    As eleições de 2022 nos livraram de um presidente esquizofrênico, fascista, desequilibrado, mentalmente limitado, racista, misógino, agressivo, grosseiro, sociopata, com sonhos de glória e um passado de mau militar, escuro parlamentar e corrupto chinfrim.

    A sorte e a conjunção favorável dos astros, nos livraram de um golpe de estado minuciosamente urdido nos ressortes da Flórida, mas nada nos livrou da maldição do populismo e do carma do “nós contra eles” da polarização, oriunda anos atrás de tucanos e petistas ou direita X esquerda.

    Já nas primeiras manifestações após a vitória, viu-se que a mesma foi uma surpresa para Lula que nunca sonhou ganhar, apenas torcer pela derrota do Jair, o que acabou acontecendo quando ele perdeu para ele mesmo num claro atestado de burrice e incompetência.

    Diante dessa circunstância, o que se viu foi uma total falta de plano de governo e de percepção da realidade sociopolítica atual do país, pelo que fez uso do que dispunha no momento, a experiência do passado, os cúmplices e companheiros dos escândalos e processos do passado e as qualidades do passado ainda mais refinadas, o egocentrismo, a astúcia, a desfaçatez, a lábia e o autoritarismo radical que mantem uma ditadura de fato sobre seu partido há 43 anos.

    A esperança de que ele aproveitasse oportunidade que a Providência lhe oferecia para reabilitar-se perante a Nação e o Mundo e promover a reconciliação nacional desvaneceu-se logo, quando ele explicitou seu desejo de vingança, fracassando na sua viagem de promoção pessoal aos EEUU, por causa de sua ficha corrida no Dpto. De Estado, virou-se para China e Rússia, mais afins com sua ideologia e temperamento autoritário, celebrando acordos de troca de commodities por prestígio pessoal e apoio militar se necessário.

    Quem conhece Lula sabe de sua teimosia e vaidade, e da sua certeza de que é um predestinado acima do bem, do mal e da Lei, não tenho dúvida que se não for contido levará o Brasil à uma catástrofe geopolítica e econômica inimaginável.

    Um Velho na Janela
    Enviado por Um Velho na Janela em 15/04/2023
    Reeditado em 04/07/2023
    Código do texto: T7764473
    Classificação de conteúdo: seguro

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