Groenlândia, Panamá e México reagem às graves ameaças  de Trump

PRIMEIRAS MEDIDAS DE TRUMP - Jônatas Charges - Política Dinâmica

Charge do Jônatas (Política Dinâmica)

Gabriel Barnabé
Folha

O novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou seu segundo mandato na segunda-feira (20) reiterando mensagens já conhecidas a outros países. Representantes de Panamá, México e Groenlândia responderam nesta terça-feira (21) aos anseios do republicano.

O Panamá, citado durante discurso de posse, é alvo da desejada retomada do canal de ligação entre o Atlântico e o Pacífico. Trump ainda mirou o vizinho imediatamente ao sul. México e seu Golfo foram mencionados em dois objetivos: o de restringir a entrada de migrantes e a desejada mudança de nomenclatura oficial de Golfo do México para Golfo da América.

UMA NECESSIDADE – Não citada no discurso, mas presente em respostas ao longo do primeiro dia de governo, a Groenlândia continua sendo, segundo Trump, uma necessidade americana “por motivos de segurança internacional”.

No caso de um dos principais canais de comércio marítimo do mundo, o governo panamenho negou veementemente as acusações trumpistas de que “a China está operando o Canal do Panamá”.

O presidente do país, José Raúl Mulino, voltou a rejeitar nesta terça a possível retomada do canal pelos EUA. “O diálogo é sempre a maneira de esclarecer os pontos mencionados sem prejudicar nosso direito, nossa soberania e a propriedade do nosso canal”, disse ele.

ATENDER AOS MIGRANTES – Um pouco mais ao norte do mapa, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse que alguns dos anúncios iniciais de Trump se assemelham a ações que ele implementou em seu mandato anterior.

Em relação à ordem executiva assinada pelo republicano que declara a imigração ilegal na fronteira como uma situação de emergência nacional, Sheinbaum afirmou que “o povo do México pode ter certeza” de que seu governo sempre defenderá a soberania e a independência. Ainda afirmou que a gestão atenderá às possíveis necessidades dos migrantes de forma humanitária.

A líder mexicana não falou sobre as possíveis tarifas que Trump ameaça impor sobre as transações comerciais entre os países. Acima de tudo, Sheinbaum disse que “é sempre importante ter a cabeça fria”.

GROENLÂNDIA – Fosse a fala literal, a preocupação seria menor na Groenlândia. Até o meio de seu primeiro dia como presidente, Trump não havia sequer citado o vizinho.

No Salão Oval, mais tarde, voltou a reforçar seu desejo em tomar o território. “Tenho certeza de que a Dinamarca está de acordo: está custando muito dinheiro mantê-la”, afirmou o presidente americano.

Em resposta nesta terça, o primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, repetiu sua posição ao afirmar: “Nós somos groenlandeses. Não queremos ser americanos. Também não queremos ser dinamarqueses. O futuro da Groenlândia será decidido pela Groenlândia”.

INDEPENDÊNCIA – O posicionamento é bem próximo do defendido pelo governo dinamarquês, que já declarou apoiar a independência da Groenlândia no momento em que seu povo assim decidir.

Ainda nesta terça, o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, também ressaltou que nenhum país deveria ser capaz de simplesmente se apropriar de outro.

“Não é possível que certos países, se forem grandes o suficiente e não importa como se chamem, possam simplesmente tomar o que quiserem”, afirmou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Por enquanto, as pretensões megalomaníacas de Trump ainda estão sendo encaradas apenas como excentricidades, porém em poucos dias todos perceberão que se trata de insanidades, porque Trump está doente e precisa de tratamento especializado. (C.N.)

7 thoughts on “Groenlândia, Panamá e México reagem às graves ameaças  de Trump

  1. JD Vance na fila. Pois, caso Trump acredite mesmo em tudo que ele próprio diz e implemente as mudanças ‘esdrúxulas’ e ‘extemporâneas’ que anuncia, será um forte candidato a ‘impeachment’, por conta do que poderá advir.

  2. “LULA NÃO É RELEVANTE NAS NEGOCIAÇÕES ENTRE UCRÂNIA E RÚSSIA”, DIZ ZELENKY.

    GloboNews, 22/01/25 18:25

    Temos comentado aqui reiteradamente a irrelevância internacional de Lula, que já teria chegado até no Mercosul.

    Mas, desta feita, é Zelensky quem está dizendo.

    Irrelevância que, como brasileiros, nos resta lamentar, obviamente.

  3. Eu chego à conclusão de que a humanidade está doente de estupidez e cegueira, quando não enxerga a falência e alto risco de catástrofe mundial do sistema presidencialista, que coloca nas mãos de qualquer psicopata carismático que aparece, poderosos meios de decisão, doutrinação e destruição.
    A existência como a conhecemos, fica ameaçada por uma noite mal dormida por um energúmeno desses no poder.

    • Uma nova era está chegando nos Estados Unidos. Trump assinou uma ordem executiva que autoriza a deportação de estudantes que apoiam o Hamas e estão no país com vistos de estudo.
      A medida estabelece que os vistos estudantis só poderão ser concedidos a indivíduos que não sejam hostis aos Estados Unidos, seus cidadãos, princípios, instituições e cultura, além de não apoiarem organizações terroristas.

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