Pedro do Coutto
O Senado aprovou na noite de quarta-feira, o projeto de reforma tributária proposto pelo governo Lula com pequenas alterações em relação ao texto que veio da Câmara Federal. A Câmara, assim, deve concluir a apreciação para que a emenda constitucional seja promulgada pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco.
Miriam Leitão, O Globo desta quinta-feira, focaliza objetivamente o tema e repetiu a sua análise numa entrevista à GloboNews na manhã de ontem. Ela destaca que a simplificação de impostos é inegável, pois o atual sistema regulatório, disse, é um cipoal que enlouquece os contribuintes. São cinco impostos sobre o consumo, 27 legislações estaduais diferentes, e assim, as empresas se deparam com um sistema complicado e injusto.
DISPOSITIVOS – Miriam Leitão acentua que a matéria foi aprovada com alguns dispositivos que incorporam defeitos antigos. Mas, como tudo é relativo, o avanço a ser implantado no país será muito grande. Da mesma forma que não existem candidatos ideais, como definiu o professor Alceu Amoroso Lima, não existem leis ideais. As leis, de fato, são uma conciliação entre os contrários.
A conciliação estabelecida no Senado vai proporcionar um avanço generalizado nas relações monetárias, inclusive tornando mais difícil os lances de sonegação. A jornalista identifica no episódio uma vitória do governo Lula da Silva. Não quer dizer que não haja problemas. Haverá sempre, sobretudo na área financeira onde às vezes pequenas modificações acarretam grandes diferenças no pagamento de tributos.
Mas, faz parte do jogo. E a eliminação de milhares de pontos obscuros e sua substituição por poucos impostos, reunindo os federais, estaduais e municipais, representa algo modernizador e provavelmente capaz de funcionar para o aumento das receitas públicas sem que impostos sejam majorados. Na Folha de S. Paulo, a reportagem é de Idiana Tomazelli e Thaísa Oliveira. No Estado de S. Paulo, de Adriana Fernandes, Bianca Lima e Ana Carolina Papp. No O Globo, escreveram Dimitrius Dantas e Vitória Abel.
MAIS PROBLEMAS – Novamente, o deputado Juscelino Filho, ministro das Comunicações, é alvo de investigação pela Polícia Federal que aponta elo entre o parlamentar e o empreiteiro Eduardo DP que opera no norte do país. A matéria está publicada com grande destaque no O Globo e na Folha de S. Paulo.
No O Globo, sem assinatura. Na Folha de S. Paulo, um aspecto inusitado; na mesma edição de ontem, o tema é focalizado em duas reportagens também de amplo destaque. Uma, de Fábio Serapião e Mateus Vargas. Outra, de Matheus Teixeira, Vitória Azevedo e Julia Chaib. São matérias sobre o mesmo personagem.
EMPATE – Reportagem de Júlia Barbon, Folha de S. Paulo de ontem, focaliza resultados das últimas pesquisas sobre as eleições para a Presidência da Argentina, apontando, praticamente, um empate entre Sergio Massa e Javier Miley. Pelas sondagens, Miley encontra-se um décimo na frente, com 42,9% das intenções de voto contra 42,8% de Massa.
Entretanto, vale acentuar, estreitou-se a diferença. Miley chegou a ficar quatro pontos na frente e por essas pesquisas, na medida em que se aproxima o dia do pleito, Massa avançou.
LIGAÇÕES TERRORISTAS – A Polícia Federal prendeu dois brasileiros suspeitos de ligação com o Hezbollah que estariam planejando atentado terrorista contra setores da comunidade judaica. Fabio Serapião e Daniela Arcanjo, Folha de S. Paulo, publicaram reportagem com base em dados que circulavam através da Interpol.
Locais que estariam em conexão foram alvos de buscas e apreensões em Minas Gerais, São Paulo e Brasília. Os acusados estariam em conexão também com o Hamas.
Sim um grande avanço na renda e patrimonio de assalariados e empreendedores!
Um guloso avanço!
Kkk…
A reforma tributária ainda não foi aprovada. Sofreu vários remendos, mas já é um avanço. Ao longo dos anos deverá ser melhorada.