Empresa Sete Brasil, criada por Lula, pode dar prejuízo de R$ 30 bilhões à Petrobras

A Petrobras (PETR4) virou o Papai Noel dos dividendos? Governo Lula manda  recado duro para a estatal - Seu Dinheiro

Lula criou a Sete Brasil para favorecer os empreiteiros

Julio Wiziack
Folha

Um impasse no conselho de administração da Petrobras deve fazer com que a estatal perca um acordo para pagar R$ 912 milhões e, em troca, seja acionada na Justiça por dívidas de, ao menos, R$ 30 bilhões.

Este é o valor da dívida resultante do projeto fracassado da Sete Brasil, empresa de sondas da petroleira que está em recuperação judicial.

IMPASSE NO CONSELHO – Pactuada há cerca de dois anos, a proposta de acordo teve aval dos principais credores, da área técnica da Petrobras e da Sete. Porém, encontra resistência entre os conselheiros independentes da petroleira. Os representantes do governo são favoráveis.

No entanto, o estatuto da Petrobras determina que, para a aprovação, é necessário aprovação de dois terços do conselho. Ou seja: nada acontece sem o voto dos independentes.

O juiz responsável pela recuperação já se manifestou sobre a demora nessa decisão e ameaça decretar a falência da Sete. Se isso se confirmar, advogados de credores afirmam reservadamente que a Petrobras passaria a ser alvo de ações indenizatórias por ter sido a “avalista” do projeto Sete Brasil.

VALOR ASTRONÔMICO – Os credores (bancos, fundamentalmente) pedirão a execução do crédito original com juros e correção. A causa seria de ao menos R$ 30 bilhões. Os bancos colocaram, à época, cerca de R$ 8 bilhões.

As instituições concordaram em injetar dinheiro na empresa sob a promessa de que a estatal seria acionista e contratante das sondas a serem construídas pelos diversos estaleiros.

Os empréstimos eram uma espécie de ponte até que a Sete tomasse crédito de longo prazo junto ao BNDES. Criada em 2010, no fim do segundo mandato de Lula, a Sete iria contratar, inicialmente, a construção e operação de 28 sondas para exploração de petróleo para a Petrobras.

INVESTIDORES – Entre seus sócios tinha a própria Petrobras e o fundo de investimentos FIP Sondas, que reunia investidores como os bancos BTG Pactual e Santander, o fundo FI-FGTS e fundos de pensão da Petrobras, Caixa, Banco do Brasil e Vale.

A derrocada começou no início da operação Lava Jato, no fim de 2015. As primeiras denúncias de corrupção nos contratos levaram o BNDES a vetar o empréstimo.

Ao mesmo tempo, houve uma mudança radical no cenário internacional. As sondas da Sete foram contratadas quando o petróleo estava cotado a US$ 110 o barril. Quando pediu recuperação judicial, em 2016, o barril estava em US$ 30.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O problema foi criado lá atrás, no governo Lula. Entre as empresas beneficiadas, que entraram no ramo de estaleiros, estão aquelas de sempre, que levaram Lula à cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro, como Odebrecht, OAS, UTC, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa, empreiteiras que tiveram executivos presos na Lava-Jato. Parece coincidência, mas não é. Trata-se de formação de quadrilha, mesmo, um escândalo pior do que a Petrobras. E ainda existe quem defenda Lula e o considere um grande estadista, mas minha ironia não chega a tanto… (C.N.)

7 thoughts on “Empresa Sete Brasil, criada por Lula, pode dar prejuízo de R$ 30 bilhões à Petrobras

  1. Os gestores mancomunados devem ser punidos, as empreiteiras porém devem ser preservadas.
    Esse discurso odiento como se as empresas que fossem corruptas não tem paralelo no resto do mundo, a maioria dos funcionários são pessoas sérias. Esse discurso lavajatista só trouxe desindustrialização, quebra da cadeia produtiva, desemprego e uberização dos nossos engenheiros ou brain drain.

  2. A Sete Brasil foi uma boa ideia para gerar empregos aqui no Brasil. A queda do valor do petróleo entre 2014 e 2016 fez um grande estrago à empresa.

    A lava jato, a grande redução da exigência do conteúdo local foram um golpe fulminante para inviabilizar a Sete Brasil.

    Por que os conselheiros independentes do CA da Petrobras são contra o acordo que poderia ressuscitar a indústria naval no Brasil? Eu, como um adepto do desenvolvimento nacional, fico pensando nos “patriotas” de hoje.

  3. Senhor José Vidal , a corrupção corre solto tanto nas empresas privadas, tal como nas empresas públicas , só que nas Cias. privadas os empresários Brasileiros & Estrangeiros pagam a imprensa para não divulgarem e informarem o público , por medo de assustarem e perderem seus acionistas , por isso preferem fazer acordos com seus algozes á denuncia-los a polícia , tal como aconteceu numa Cia. multinacional de medicamentos alemã , instalada em Belford Roxo – RJ , onde vários diretores da Cia. deram um golpe financeiro e causaram um prejuízo enorme , impunemente e tiveram apenas seus retratos virados para parede , já nas Cias. públicas a imprensa cai de pau , condenando a vítima e não seus algozes e dirigentes envolvidos.

  4. Cadê o passa pano oficial da Tribuna, o professor da Míriam Leitão? Quero vê-lo dizer que essa dívida bilionária é muito bom para o Brasil… kkkkkkkkkkk

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