Pedro do Coutto
Quanto mais se acentuam os debates e a busca pela verdade sobre a tentativa de golpe contra a democracia, mais claro se torna o comprometimento do bolsonarismo através da investida que tramou contra o resultado das urnas. Bela Megale focalizou o assunto ontem em sua coluna online no O Globo.
O ex-comandante do Exército Freire Gomes e o ex-comandante da Aeronáutica Carlos Baptista Júnior implicaram diretamente Jair Bolsonaro na trama golpista investigada pela Polícia Federal. Ambos concederam longos e detalhados depoimentos aos investigadores e ajudaram a preencher “lacunas importantes do caso”, segundo envolvidos nas apurações.
PARTICIPAÇÃO – Os dois ex-comandantes confirmaram participação na reunião na qual foi discutida uma minuta golpista. O encontro foi revelado pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, em seu acordo de delação premiada. O depoimento do general ocorreu na sexta-feira passada e ele respondeu todas as perguntas feitas pela PF.
Havia a dúvida, entre os investigadores, se o ex-comandante seria tratado como investigado ou testemunha. Essa decisão seria tomada de acordo com o grau de colaboração do depoimento. A avaliação foi a de que Freire Gomes adotou a postura de ajudar nas investigações e segue como testemunha. Esse é o mesmo status do brigadeiro Baptista Júnior, que também concedeu um longo depoimento à PF, há poucas semanas, na qual trouxe informações importantes aos policiais.
Verifica-se assim mais um desses eventos políticos inesperados, mas que mudam o curso da história, dos governos e dos países. Em 1955, por exemplo, o golpismo da época não esperava a atuação fortemente legalista do general Teixeira Lott. O golpismo foi derrotado e Juscelino Kubitschek assumiu o comando do país.
COLISÃO – Nos tempos de hoje, o papel de Freire Gomes marca uma coincidência democrática do destino, pois incorporou o pensamento e a posição do Alto Comando militar que não embarcou na caravana no rumo de uma versão inconstitucional que hoje se vê representava um ponto de colisão entre a vontade das urnas e a posição dos que desejavam negá-la, mas que não contavam com o compromisso democrático da grande maioria das Forças Armadas. Freire Gomes tornou-se um personagem chave para a história do Brasil.
Ele interpretou o sentimento da população ou da disposição das próprias Forças Armadas. Na medida em que o bolsonarismo o acusam até de traidor, esquecem que traição maior foi a invasão de Brasília com o propósito de explodir os alicerces da democracia. O episódio deve ser eternamente lembrado. O quadro verdadeiro a cada dia vai se dissipando com as sombras.
Assista e comente:
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A história repetida…
…na conotativa narrativa de farsantes.
Na moral..pura decadência jornalística…E assim caminha a humanidade.
E tem comentaristas ( Chamando o articulista de “Mestre”..isso…”Mestre” aquilo…Ha..Ha..Ha….O cara é uma figuraça…e leva o título de “Mestre “…Ha..Ha..Ha..Ha..
Senhor Renato , as autoridades Israelenses estão matando , a tudo e a todo as cegas , por não terem capacidade de destruírem e aniquilarem sua cria ” Hamas ” , mesmo dispondo de materiais bélicos ultramodernos e de ultima geração , isso mexeu com os brios das autoridades Israelenses por isso se sentem humilhadas e impotentes , pois com toda certeza depois desse ” holocausto e extermínio de Palestinos ” , surgirá um novo grupo de resistência e mais letal com capacidade de ferir de morte suas usinas nucleares , criado e alimento pelos próprios Israelenses , isso é líquido e certo .
Exatamente, mestre Pedro do Couto. A luz do sol vai paulatinamente clareando o que estava escondido, nas sombras da trama golpista,.
Está se formando uma narrativa, culpando Braga Neto na cabeça do golpe, isentando por óbvio, Jair Bolsonaro, sob a alegação falsa, de que ele não tinha capacidade para liderar o golpismo.
Importante salientar, o papel legalista e institucional do general Gomes Freire, comandante do Exército contrário só Golpe. O ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Carlos Batista, também não embarcou na canoa golpista.
Doze generais do Alto Comando, se alinharam ao comandante Gomes Freire, contrários ao Golpe. Quatro generais, concordaram.
Felizmente, Bolsonaro não teve maioria para empreender a tomada do Poder pelas Armas. O respeito ao resultado das Urnas, prevaleceu nas Forças Armadas.
Atribuíram uma frase ao general Freire Gomes: se o Golpe tivesse obtido sucesso teríamos 20::dias de euforia para 21 anos de sofrimento.
A direita diz que Gomes Freire, foi traidor e cagão. Eu diria que foi um cidadão fardado, que cumpriu o seu dever na defesa da pátria.
O que pensar de quem isenta GDias e sequer aventa sobre sua esdrúxula participação flagrada naquele destrambelhado “evento”?
O serviçal “Homem da Água”!
Mestre Pedro, o general Braga Neto extrapolou todos os limites da ética e do companheirismo na caserna e especialmente entre os oficiais generais.
Chamar o colega também general, Freire Gomes de cagão e traidor, ultrapassou a fronteira do absurdo.
Entretanto, mandar o oficial subalterno, major Ailton perseguir a família do general Freire Gomes, se configura um crime militar, que é atentar contra a família de um oficial superior. Por essa razão das razões, o depoimento de Gomes Freire foi arrasador.
Esse Inquérito, vem desgastando as Forças Armadas, pois demonstra um cipoal de mentiras de alguns CPFs. Na caserna, a mentira não é admitida. Por mais grave, que seja o erro, falar a verdade é um poderoso atenuante.
Então, se torna urgente, determinar as condutas ilícitas dos CPFs para preservar a imagem da Instituição, que até o presente momento, o povo brasileiro tem o maior apreço pelas Forças Armadas brasileiras. O Alto Comando da Força Terrestre, pensa o Brasil na linha da Unidade Nacional, Defesa das Fronteiras, Profissionalismo de seus membros e o dogma dos dogmas: respeito a Hierarquia e a Disciplina. Marinha e Aeronáutica tocam ao mesmo violino da Orquestra Brasileira.