Se não se candidatar à Presidência, Lula logo verá que a velhice é boa

Lula será o líder mais velho do G20 após saída de Biden | Jornal de Brasília

A idade não perdoa e chegou a hora de Lula aproveitar

Vicente Limongi Netto

Cai fora, Lula. Já deu. Saia daí. Com grandeza. Nada de reeleição. Passe o bastão para homens públicos mais jovens e operosos.  Como Ratinho Júnior, Eduardo Leite, Ronaldo Caiado, Romeu Zema e Tarcísio de Freitas. Estão na fila. Têm todo o direito. Chegou a vez deles de suar a camisa pelo bem do Brasil e dos brasileiros.

Você já beira os 80 anos. O Brasil é imenso. Viagens longas e cansativas. A respiração fica difícil. O folego vai acabando. A paciência, também. Basta de perder o sono e se amolar com o Ibama, com ministros medíocres. Alguns deles nunca foram recebidos por você.

COISA BOA – Já imaginou, Lula, que coisa boa para a saúde será não ouvir mais juras hipócritas de Hugo Motta e Davi Alcolumbre?  Chega de berrar contra os juros altos do Banco Central. Nunca mais vai trocar farpas com Vladimir Putin, Donald Trump, Jair Bolsonaro ou s Maduro. Muito menos ficar avexado com os preços exorbitantes dos alimentos.

Já pensou, Lula, do que você vai ficar livre? A lista é extensa. Segure aí: Nunca mais vai ouvir lamúrias de prefeitos, senadores e deputados. Muitos deles dormem e acordam sonhando com polpudas emendas. A hora é essa.

Aproveite o dinheiro já poupado em sua longa carreira. Boa grana no bolso, troque paletó e gravata pela bermuda e chinelo de dedo.

HÁBITOS BONS – Bote uma mochila nas costas, um chapéu Panamá e vá flanar no mundão de Deus. Com a amorosa Janja a tiracolo. Faça as pazes, mate a saudade dos hábitos bons e antigos, como sentar no boteco da esquina, pedir uma pinga, cerveja e tira gostos. Curtir amigos corinthianos. Fazer churrasco. Tirar selfies.

Falar de tudo. Menos de política. Botar para fora palavrões presos na garganta. Tomar sorvete com os netos. Há quanto tempo você não passeia com eles?

O bom de tudo, Lula é que no dia seguinte você terá o direito de fazer tudo novamente que vem na telha.

BOA VELHICE – Belo artigo do ex-presidente e acadêmico, José Sarney (A velhice é boa”- Correio Braziliense – 14/02). Sarney destaca figuras com mais de 80 anos, felizes e altivos. A começar por ele. Diariamente Sarney saúda e cultiva a vida.  a relação de Sarney estão, entre outros, o Papa Francisco, jurista Ives Gandra Martins, ator Ari Fontoura e atrizes Laura Cardoso e Fernanda Montenegro. 

Peço vênia para acrescentar, ao singelo e amoroso texto de Sarney,  o nome do respeitado e íntegro, José Bernardo Cabral. Ex-ministro da Justiça, ex-senador, ex-relator-geral da Constituinte, que dia 27 de março completa 93 anos de idade. Lúcido, com saúde, trabalhando como consultor jurídico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.

Fim do sonho! 62% não querem que Lula se candidate à reeleição

Lula em 28 de novembro de 2024 — Foto: Reuters/Adriano Machado

De repente, o mundo parece desabar em torno de Lula

Roberto Peixoto
do g1

Pesquisa Ipec divulgada neste sábado (15) aponta que 62% dos brasileiros avaliam que o presidente Lula (PT) não deveria se candidatar à reeleição em 2026.

Outros 35% avaliam que ele deveria se candidatar e 3% não souberam ou preferiram não opinar.

VEJA OS NÚMEROS – Deveria se candidatar: 35% (eram 39% em setembro); Não deveria: 62% (eram 58%); Não sabe/Não respondeu: 3% (eram 3%);

O levantamento foi realizado entre os dias 6 e 10 de fevereiro em 131 municípios brasileiros. Foram entrevistadas 2 mil pessoas com 16 anos ou mais.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança da pesquisa é de 95%.

RAZÕES DA QUEDA – Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atribuíram nesta sexta-feira (dia 14) a queda na popularidade do governo ao que chamaram de “tempestade perfeita” envolvendo o aumento no preço dos alimentos, à crise recente do PIX e ao aumento do dólar. Mesmo assim, dizem acreditar que as próximas pesquisas deverão indicar melhora.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta mostrou que o número de eleitores que consideram o governo do presidente Lula “ótimo” ou “bom” caiu de 35% em dezembro para 24% e os que consideram “ruim” ou “péssimo” aumentou de 34% em dezembro para 41%.

Além disso, em janeiro, pesquisa Quaest divulgada em janeiro mostrou que a aprovação do governo Lula caiu de 52% em dezembro para 47%, enquanto a reprovação aumentou de 47% para 49%.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Os petistas culpam os ministros, pedem forte mudança no primeiro escalão e sugerem uma queda à esquerda. Não entendem que Lula está com a validade vencida. Se o governo se posicionar mais à esquerda, será o fim de Lula e do PT. O fim de uma era. (C.N.)

Trump não fez a América grande, mas encolheu o bolsopatriotismo

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Ao prejudicar o Brasil, Trump enfraquece o bolsonarismo

Josias de Souza
do UOL

Tarcísio de Freitas celebrou o retorno de Trump à Casa Branca, no mês passado, com um vídeo nas redes sociais. Nele, acomodou sobre as orelhas o boné vermelho do movimento Maga —”Make America Great Again”— e declarou: “Grande dia!”. Decorridas três semanas, o governador de São Paulo talvez não se aventure a repetir a cena.

O surto tarifário de Trump não prejudicou apenas o aço do Brasil. A vassalagem de Bolsonaro e seus devotos ao “mito” americano, também feita de aço, virou ponta de estoque no mercado político.

TUDO AO CONTRÁRIO – Trump ainda não fez a América grande de novo. Mas já apequenou o bolsopatriotismo. A vinculação incondicional a Trump tornou-se um esporte antipatriótico de alto risco para a direita brasileira.

Numa de suas primeiras declarações depois da posse, Trump disse que os Estados Unidos não precisam do Brasil e da América Latina. “Eles precisam de nós”, desdenhou.

Carbono de Trump no Brasil, Bolsonaro fez da submissão um objetivo de vida. “Acredito que o Trump gostaria que eu fosse elegível”, declarou. “Tenho certeza de que ele gostaria que eu viesse candidato” em 2026.

NÃO TEM TEMPO -Não é que Trump ignore Bolsonaro. A questão é que, preocupado em presidir o mundo, ele não tem tempo para pensar no capitão. Se pensasse, talvez o ignorasse. Ao passar um ferrolho no mercado americano, prejudicando os negócios do Brasil, Trump deixa o bolsonarismo sem chão.

Mais um pouco e a direita nacional, avessa à China, desconfiará que se assustou com a assombração errada.

Fascínio pela morte decorre de um mal-estar civilizatório insuperável

O Otimista - Cientistas prometem 'ressuscitar' ave extinta e liberá-la na  natureza

Cientistas sonham em ressuscitar o dodô, que está extinto

Muniz Sodré
Folha

A maior preocupação da plutocracia que acaba de chegar ao poder com Trump é hoje a imortalidade. Jeff Bezos, da Amazon, pesquisa o elixir da juventude, enquanto Sergey Brin e Larry Page, donos da Google, concentram-se numa startup (“Calico”) cujo objetivo é “matar a morte”.

Mas há colaterais de menor porte: movidos por achados arqueológicos, cientistas vêm se declarando prontos para ressuscitar animais extintos, do mamute ao pássaro dodô. O DNA das fezes e do vômito de dinossauros é o caminho técnico.

EXEMPLO MORTO – O dodô existia até o século 17 nas ilhas Maurício, no Índico, desaparecendo 100 anos após a chegada dos humanos. Anacronismo vivo, semelhante a um pombo de um metro de altura, tinha asas, mas não voava, não tinha medo de humanos, nem sequer de marinheiros esfomeados.

Foi caçado até o último exemplar, mas ficou como símbolo da indiferença suicida. Ressuscitar o extinto é só uma variável dos projetos de extinção da morte.

O documentário “Eternal you” mostra a IA simulando conversas de vivos com mortos. Mas o passado projeta-se também para iluminar aspectos obscuros de identidades culturais presentes. É que, em matéria de evolução, não existe escala única como padrão hierárquico para os diversos modos de existência.

MUTAÇÃO HUMANA – Técnicas e objetos sempre foram vetores de energia em culturas tradicionais, como entre os europeus, com o diferencial do grau de desenvolvimento das forças produtivas. O que era sagrado e festivo perdeu a vez para o mercantilismo.

É preciso, assim, distinguir formas holísticas de vida nas sociedades tradicionais das formas mortas que rondam a atualidade. Hoje se assiste a uma mutação radical na espécie humana, em que são convergentes criação orgânica e criação artificial: tecnologia não é mais um outro do humano, é também o seu constituinte. São metamorfoses que ainda não se medem cientificamente, mas podem ser sentidas no cotidiano.

Ou assustadoras sob formas caóticas. Uma delas é a obsessão com identidades mortas, tematizadas no imaginário como mortos-vivos, infecciosos e mortíferos.

MEDO DA MORTE – São fantasias do medo radical, que é o medo da morte. E a solução fantasiosa para a ameaça é sempre o emprego de armas, cada vez mais criativas e poderosas. Coisa natural para os americanos, cuja cidadania está ancorada no passado miliciano da independência e da guerra civil.

Arma virou agora fonte de identidade. No Natal, pais deram pistolas verdadeiras de presente a crianças de seis anos.

Esse fascínio atemorizado pela morte decorre de uma alergia à vida, por um mal-estar civilizatório insuperável, já que a prosperidade predatória é outra face da morte do planeta.

DIREITO À FELICIDADE – A Constituição americana consagra o direito individual de busca da felicidade, mas o país é sem alegria real, pois alegria ensina que felicidade é comunhão de vida.

Importam apenas negócios e, agora, esperança de futuro em Marte com o homem imortal, o cyborg, pesquisado por Elon Musk. Vale perguntar o que nós mortais temos a ver com isso. Nada, responderia o bom senso.

Mas a ultradireita sempre encontrará nas redes o vômito de algum dinossauro político para o DNA da mistificação. Por isso é bom ter em mente que, no regime “imperial libertário” tramado pelos plutocratas, democracia é o pássaro dodô da vez.

“Nova Riviera” significará eternizar a guerra de israelenses e palestinos

Trump International Beach Resort

Eis o projeto do Trump International Beach Resort na Flórida

Janio de Freitas
Poder360

O Donald Trump que projeta criar na Faixa de Gaza a “nova Riviera”, em alusão aos balneários franceses para os ricaços do mundo, não é o atual presidente americano. É o Trump empresário, dono de hotéis de luxo e resorts para golfistas, um ricaço feito no setor imobiliário.

Inexiste outra motivação possível –fosse estratégica, econômica, geológica ou de pacificação– para Trump projetar “o controle” dos Estados Unidos sobre a Faixa de Gaza e expulsar 2,4 milhões de palestinos da sua terra.

DEPORTAÇÃO – Depositados “no Egito e na Jordânia”, que se recusam a aceitá-los, esses milhões de palestinos continuariam como vizinhos hostis e hostilizados de Israel.
O projeto Gaza-Riviera não se encaixa, também, na interpretação da experiência diplomática, de que Trump se excede para obter acordos com as concessões do seu interesse.

É o que está esboçado com o México, onde a presidente Claudia Scheinbaum dispôs-se a ativar o protelado plano de vigilância de fronteira.

ELES NADA TÊM – Com os palestinos, não pode ser o caso. A eles só resta a vida para conceder, e os genocidas não precisam de concessões. A exploração imobiliária da Faixa de Gaza invalida a ideia de dois Estados, palestino e israelense, como aprovado pela ONU. Mas não só.

Retira uma área importante do plano do Grande Israel, ambicionado pela direita e uma das causas do massacre de habitantes e da estrutura da Palestina.

 Se Trump promete uma dádiva econômica para os israelenses em geral, aos fundamentalistas religiosos contraria em um dos objetivos primordiais.

E OS EUROPEUS – A divergência com os fundamentalistas talvez mais importante, para o esquema de Trump, do que a reação dos europeus, na velha imagem, de rabo entre as pernas.

Há todo um sistema jurídico e institucional, acima das ações externas de cada país ou governo, que Trump e seus projetos internacionais violam. São mínimos, no entanto, os riscos de que os Estados Unidos tenham algum aborrecimento nesse âmbito.

Ainda assim, e com diferentes pretextos, instâncias importantes do sistema internacional já perderam, ou a perda é iminente, a contribuição financeira ou a presença dos norte-americanos.

DIREITOS HUMANOS – Ao menos um dos casos dá, porém, oportunidade para se dizer que Trump agiu bem. Aplausos para a retirada norte-americana do Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH).

Seu governo não respeita direitos humanos, nem direito algum de segundos e terceiros.

A presença dos Estados Unidos no CDH, só desmoralizaria o órgão que batalha pela ampliação de direitos no mundo, não de hotéis e resorts.

Bolsonaro e Kassab ensaiam ‘namoro político’, sem compromisso

Partido de Kassab apoiará Lula e Tarcísio; sobrevivente, | Política

Esquema de Kassab é apoiar sempre quem está no poder

Bianca Gomes
Estadão

Desafetos políticos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do PSD, Gilberto Kassab, ensaiam uma aproximação movida por interesses mútuos. O ex-presidente quer o apoio do dirigente do PSD para aprovar a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro, enquanto Kassab busca o aval de Bolsonaro para ser vice de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa pelo governo de São Paulo em 2026.

Na semana passada, enquanto aguardavam para ir ao enterro da bispa Keila Ferreira, Bolsonaro e Kassab tiveram uma conversa informal, que não foi previamente agendada.

APOIO À ANISTIA – Nela, o ex-presidente pediu apoio do PSD para aprovar a anistia no Congresso, e Kassab sinalizou disposição para ajudar. Segundo fontes de ambos os lados ouvidas pelo Estadão, o diálogo ficou restrito a esse tema.

Kassab vem se movimentando para viabilizar um encontro formal com o ex-presidente. A conversa teria o intuito de “aparar arestas” com Bolsonaro. O governador Tarcísio de Freitas é quem está fazendo o meio de campo para que a reunião entre os dois aconteça.

Aliados do governador de São Paulo consideram que o momento é oportuno para essa aproximação e um entendimento entre o dirigente e o ex-presidente ajudará a reduzir a pressão sobre Tarcísio, de quem Kassab é secretário de Governo e Relações Institucionais — uma das pastas mais influentes da administração paulista.

VICE DE TARCÍSIO – Como mostrou o Estadão, Kassab articula para ser vice de Tarcísio em 2026, mas o próprio governador já admitiu a aliados que a tarefa não será fácil em função do veto do ex-presidente ao nome do cacique.

Nos últimos anos, Kassab passou a ocupar, ao lado do PT, o topo da lista de desafetos do bolsonarismo, posição que ele próprio lamenta nos bastidores.

O mal-estar entre os dois começou ainda no governo Bolsonaro, quando integrantes do PSD ganharam protagonismo na CPI da Covid, um dos episódios mais desgastantes da gestão do então presidente.

RELAÇÃO AZEDA – Depois disso, outros fatores contribuíram para azedar ainda mais a relação, como o fato de o PSD ter assumido três ministérios no governo Lula ao mesmo tempo em que Kassab se tornou homem-forte de Tarcísio em São Paulo. Mas o que pesa mesmo, contam correligionários de Bolsonaro, é a postura do presidente do PSD, que não faz acenos ao grupo.

A relação conturbada entre Bolsonaro e Kassab tem respingado em Tarcísio, que já ouviu do ex-presidente e padrinho político reclamações sobre a permanência do dirigente em um posto-chave do governo paulista.

A secretaria de Kassab é responsável pela articulação com a Assembleia Legislativa, partidos políticos e prefeituras. É por lá que passam, por exemplo, os convênios com os municípios paulistas.

KASSAB CRITICADO – Bolsonaristas e até líderes de partidos aliados de Tarcísio acusam Kassab de usar a máquina do governo para ampliar sua influência em São Paulo, filiando prefeitos sem consultar as demais siglas da base.

Bolsonaro usou, no ano passado, sua lista de transmissão no WhatsApp algumas vezes para fazer críticas ao dirigente partidário. Em uma dessas mensagens, disse que, por comandar três ministérios, o PSD endossa políticas do PT como “ideologia de gênero, maconha, aborto e censura”.

Em outra, acusou o “senhor Kassab” de orientar parlamentares do seu partido a apoiar a “incriminação de inocentes” pelos atos de 8 de janeiro.

BRECHA PARA TRÉGUA – Aliados contam que Bolsonaro suavizou o tom em relação a Kassab nos últimos meses, e a mudança passou a ser vista como uma brecha para uma trégua. Parte do entorno de Tarcísio avalia que uma reaproximação não apenas reduziria a pressão sobre o governador em São Paulo, como poderia se tornar um trunfo para 2026, já que o PSD é alvo de cobiça de Lula.

Kassab já confidenciou a aliados que aposta em um movimento do pêndulo político para a direita em 2026. Por isso, quer aproximar o partido desse lado do espectro.

Aliados de Bolsonaro esperam que Kassab sinalize apoio ao grupo, seja defendendo a anistia dos envolvidos no 8 de janeiro ou as mudanças na Lei da Ficha Limpa.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Kassab sempre dá uma no cravo e outra na ferradura. Quando Lula começou a perder popularidade, no mês passado ele também fez críticas ao governo federal. Ele gosta de ficar em cima do muro nas eleições, para levar vantagem com o vencedor.  Se for candidato a vice-governador, isso significa que Tarcísio já está reeleito por antecipação. (C.N.)

Um lembrete de Flora Figueiredo: “Não deixes portas entreabertas”

Mais Uma Vez O Tempo Me assusta | Poema de Flora Figueiredo com narração de  Mundo Dos PoemasPaulo Peres
Poemas & Canções 

A tradutora, cronista e poeta paulista Flora Figueiredo, em breves e precisos versos,  faz um belo “Lembrete”, para nunca deixarmos portas entreabertas em nossas vidas.

LEMBRETE
Flora Figueiredo

Não deixes portas entreabertas
Escancare-as.
Ou bata-as de vez.
Pelos vãos, brechas e fendas.
Passam apenas semiventos.
Meias verdades
E muita insensatez.

Depois de ofensiva de Trump, Brasil reforça moeda local no Brics

Era só o que faltava! Elon Musk defende o impeachment de Lula

Aliado chave de Trump, Elon Musk mostrou peso político em rejeição de projeto de financiamento na Câmara

Musk devia ficar calado, sem dar pitacos sobre o Brasil

Deu em O Globo

O homem mais rico do mundo e atual chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos compartilhou na plataforma X, uma de suas empresas, uma publicação que convoca opositores para manifestações de rua pelo impeachment do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

Um dos principais aliados de Donald Trump no retorno à Casa Branca, o magnata retuitou, em seu perfil pessoal, uma postagem com fotos dos protestos pela queda de Dilma Rousseff em 2016.

VISUALIZAÇÕES – O post do bilionário somava mais de 16,7 milhões de visualizações na manhã deste sábado. “Wow”, escreveu ele, ao compartilhar a publicação.

A postagem original, do autor identificado como Mario Nawfal, também foi compartilhada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, num momento em que a oposição tenta mobilizar parte do público e inflar a participação do que projeta ser uma “onda nacional de protestos”.

O senador Flávio Bolsonaro reproduziu em seu perfil o compartilhamento de Musk e escreveu que “o resgate do Brasil já começou”. O deputado federal Eduardo Bolsonaro também replicou a reação do bilionário em suas redes sociais.

PROTESTOS DOMINGO – A publicação à qual reagiu Musk diz que as manifestações contra Lula vão ocorrer em 120 cidades do país  em 16 de março. O autor original do post aponta que “o movimento está ganhando atração pelo Brasil graças aos crescentes sinais de oposição ao governo [Lula]”.

Postagens como a de Mario Nawfal passaram a circular mais ativamente no X desde a divulgação dos resultados da mais recente pesquisa Datafolha, que expressou um tombo na popularidade de Lula.

A atual gestão atingiu o menor índice de avaliação positiva de todos os mandatos do petista na série histórica do levantamento, num movimento puxado por segmentos que formam a base de sustentação do presidente.

EDUARDO NOS EUA – O posicionamento de Elon Musk ocorre dias após Eduardo Bolsonaro aterrissar em Washington para se reunir com congressistas aliados de Trump, em busca de informações que corroborem a narrativa bolsonarista de que os EUA agiram em favor de Lula em 2022.

A viagem de Eduardo também faz parte de uma estratégia para criar um clima favorável para pautar a anistia aos golpistas do 8 de janeiro no Congresso, projeto que em última instância pode favorecer Jair Bolsonaro e reabilitá-lo eleitoralmente para 2026.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Como dizia o Barão de Itararé, era só o que faltava. O empresário e assessor de Trump tem mais o que fazer do que ficar se metendo na política brasileira. Sua inconveniência é diretamente proporcional à sua fortuna. (C.N.)

Lula tem validade perdida e o PT chega envelhecido aos 45 anos

Tribuna da Internet | Afinal, Lula parece ter notado que a utopia do  petismo subiu no telhado

Charge do Nani (nanihumor.com)

César Felício
Valor Econômico

A média de idade dos deputados federais no Brasil em 2022, data da eleição, era 49 anos. É consideravelmente maior que a do atual presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), 35 anos hoje, 33 quando saiu das urnas. Mas é bem menor que a média de idade dos deputados do PT, quase chegando aos 56 anos.

A bancada federal petista é aproximadamente uma geração mais velha do que o parlamentar paraibano.

TEMPOS ATRÁS – O ano padrão de nascimento dos seus integrantes oscila entre 1966 e 1967, época em que estavam sendo constituídos a Arena e o MDB, partidos do regime militar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda nem fazia parte da direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo .

 Em sua maioria, os deputados petistas eram adolescentes em 10 de fevereiro de 1980, quando, em uma reunião no Colégio Sion, em São Paulo, foi fundado o PT, há exatos 45 anos.

O PT já foi retrato da renovação política no Brasil em suas primeiras décadas, mas desde a ascensão de Lula à presidência, em 2002, passa por um acentuado envelhecimento de suas lideranças, o que sinaliza para problemas de renovação.

MÉDIA DE IDADE – Naquela eleição de 2002, a média de idade dos deputados federais eleitos pelo PT era de 47 anos. A cada eleição essa idade média deu um salto, até chegar a 57 anos em 2018, recuando um ano agora.

Não há informações completa no site da Câmara sobre a data de nascimento dos parlamentares antes de 2002, mas a média etária da diminuta bancada de oito petistas eleita em 1982 era de 38 anos.

Esse PT de cabeça branca enfrenta o dilema de entrar na disputa nacional em 2026 sem nenhuma alternativa minimamente competitiva para substituir Lula, caso o presidente não queira concorrer pela oitava vez em uma eleição presidencial.

MESMO INELEGÍVEL – Em 2018 Lula se candidatou, mesmo inelegível, e foi substituído três semanas antes da disputa pelo atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A reeleição de Lula em 2026 está longe de ser um cenário improvável, a julgar pelas últimas pesquisas. Mas falta ao PT opções para o longo prazo. Há quem especule com a presença de João Campos (PSB) prefeito do Recife, na sucessão presidencial de 2030, ou do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) em 2034. Essa é uma futurologia muito difícil de ser feita em relação ao PT. Não se veem peças de reposição.

O partido que celebra seu aniversário no fim do mês em um evento no Rio de Janeiro cresceu lentamente, teve seu auge entre 2002 e 2012. Há 23 anos foi a legenda mais votada para a Câmara, com um desempenho bastante semelhante ao do PL nas últimas eleições. E em 2012 conquistou seu número máximo de prefeitos.

DESCENDO A LADEIRA – A descida ao vale sombrio se deu entre 2016 e 2020, na esteira da Lava-Jato e do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, que deixaram duas cicatrizes inapágaveis na sigla: corrupção e má gestão na economia.

O partido se reergueu em 2022 quando a maior parte do eleitorado brasileiro preferiu se voltar em direção ao passado do que encarar um futuro com a extrema-direita no comando.

A “União e Reconstrução” do governo Lula era e é o que pode ser apresentado, face à dificuldade do PT de pautar a agenda nacional. Essa é uma dificuldade que se torna naturalmente maior quando se é o partido de um presidente que governa em minoria no Congresso.

TOCANDO O BARCO – Lula depende da antiga base governista de Bolsonaro para ir tocando o barco. Sem entrar no mérito das propostas, as formulações recentes que chamaram a atenção da opinião pública vindas da esquerda partiram do pequeno Psol.

Qual foi a bandeira do PT nos últimos dois anos para tentar ampliar o eleitorado? E aliás qual é exatamente a estratégia? Romper a polarização, fazendo acenos ao Centro? Encarar a polarização como inevitável e apostar no antagonismo com a Direita? Não está claro.

O PT nasceu em 1980 da força do sindicalismo, do catolicismo rural e da intelectualidade que chegou a pegar em armas contra o regime militar.

VEIOS SECARAM – Há um relativo consenso, muitas vezes verbalizado por Lula, de que estes três veios não correm mais nos dias de hoje. De que corrente nacional poderá vir o novo petista? – eis outra pergunta em aberto.

A angústia petista torna-se mais expressiva porque a encruzilhada da esquerda não é um fenômeno puramente brasileiro, como procuram provar cotidianamente Elon Musk e Donald Trump. O avanço da direita deve dar um novo salto ainda este mês, com as eleições na Alemanha. O Canadá deve dar a sua guinada no fim do ano. A Argentina vai consolidar sua conversão em outubro.

Os tempos não são de festa para o PT.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGAnálise interessante, enviada por Mário Assis Causanilhas. Mostra que a esquerda está em crise. É pena que a ascensão da extrema-direita está sendo feita de uma forma retrógrada, porque tenta eliminar as salvaguardas democráticas adotadas logo após a Segunda Guerra Mundial. Assim, não se pode dizer que não há nada de novo no front ocidental. (C.N.)

Se dependesse só da anistia, Bolsonaro já poderia confirmar sua candidatura

Tribuna da Internet | Nação em que a prioridade é combater anistia está em falência moral

Charge do Seri (Arquivo Google)

Carlos Newton

O Brasil é um país surpreendente e surrealista em matéria de política. Quando tudo indicava que o ministro Alexandre de Moraes conseguiria condenar Bolsonaro e até prendê-lo no processo a ser aberto pelo chamado inquérito do fim do mundo, aquele que não acaba nunca, o vento virou e agora está inflando as velas da anistia, como uma forte reação às exageradas e ilegais condenações dos vândalos do 8 de Janeiro.

Por tê-los transformado em falsos terroristas e lhes atribuído penas que muitos homicidas nem sonham em pegar aqui no Brasil, Moraes despertou a ira do Congresso, que agora realmente caminha para aprovação do projeto da nova lei da anistia, com apoio irrestrito do presidente da Câmara, Hugo Motta, e de importantes lideranças.

CONVERSA FIADA – Ao contrário do que a imprensa tem propositadamente noticiado, os articuladores da anistia não precisam conseguir 257 votos para aprovar a proposição. Isso é “conversa de cerca Lourenço”, como se dizia antigamente.

Esses 257 votos, que representam a maioria absoluta (metade dos votos, mais um) somente são exigidos quando se trata de lei complementar.

A anistia é um projeto de lei simples, que precisa ter quórum de 257 presentes, mas é considerado aprovado com maioria simples, que no caso será de 129 votos dos 257 deputados em plenário ou que marcaram presença.

CONSEGUIR QUÓRUM – É claro que o ideal mesmo seria conseguir a maioria absoluta de 257 votos a favor, porém fica muito mais difícil.

Na prática, o maior trabalho das lideranças que defendem a anistia será convencer deputados a comparecerem apenas para dar quórum, mesmo votando contra ou se abstendo.

Assim, em tradução simultânea, se os líderes colocarem 257 deputados em plenário, estará feita a coisa.

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P.S. 1
– A atuação do presidente Hugo Motta pode ser fundamental para aprovação da anistia, porque é ele quem controla o quorum.

P.S. 2 – Para beneficiar Jair Bolsonaro, será necessário incluir na anistia os condenados por participação da trama do golpe e na campanha contra a urna eletrônica. Mas esta é a parte mais fácil. (C.N.)

Lula reconhece que não gosta de trabalhar no Planalto e prefere viajar

LULA DIZ QUE NENHUM PAÍS GOSTAVA DE RECEBER A VISITA DE BOLSONARO - YouTube

Lula não percebe que é pago pelo povo para trabalhar…

Mariana Brasil
Folha

O presidente Lula (PT) falou nesta sexta-feira (14) que prefere a rotina de viagens do que ficar no gabinete em Brasília. “Quando eu viajo é como se eu fosse pro céu. Porque ficar no gabinete é muito desagradável, é só pedido, reclamação”, disse em entrevista à Rádio Clube Pará.

“Quando a gente viaja, encontra com o povo, com os prefeitos, governadores, com os amigos é uma festa extraordinária. Então eu estou aqui em Belém mais feliz da vida.”

FEZ ELOGIOS – Em suas falas, o petista elogiou os ministros paraenses Jader Filho (Cidades) e Celso Sabino (Turismo), além do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).

“Duas pessoas que tenho profundo respeito e têm uma capacidade de trabalho extraordinário. Tenho uma relação com o Helder mais histórica, e tá fazendo um governo excepcional. Então quero manter essa relação entre nós, essa parceria. Não tenho inimigos, pode ser que alguém não goste de mim, não tem problema porque não tô propondo casamento para ninguém”, disse.

No momento, Lula cumpre viagem oficial na região Norte. Na quinta (13), ele desembarcou em Macapá (AP), onde também participou de entrevistas e eventos. Mais tarde, no mesmo dia, seguiu para Belém.

RESTRIÇÕES MÉDICAS – As viagens do presidente chegaram a sofrer restrições médicas depois do acidente que sofreu na cabeça em outubro do ano passado.

Após um período em observação e agenda mais restrita, Lula foi liberado para retomar viagens de avião nacionais e internacionais.

Na entrevista, o petista também votou a comentar a exploração da Foz do Amazonas e as tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Em tradução simultânea, Lula está confessando que não gosta de trabalhar. Mas adora viajar, conhecer pessoas e se divertir. Mesmo assim, quer se candidatar a mais quatro anos de sacrifício. Como diz a comediante Gorete Milagres, “Ah, coitado!”. (C.N.)

Brasil está à deriva e Lula tornou-se um alienado em seu castelo ilusório

A estrutura milionária residencial de Lula e Janja inclui 74 funcionários

Charge do Schmock (schmock_art)

Luiz Felipe Pondé
Folha

A mídia profissional tem um grande desafio em 2025. O recente discurso do Zuckerberg sobre o recuo no controle dos conteúdos nas suas marcas disparou a histeria de grande parte dos profissionais do ramo quando alguém discorda do entediante mantra “regular as redes ou o fim da democracia”.

Enquanto a imprensa não abandonar a peste que tomou conta de si nos últimos tempos, sua credibilidade só despencará mais. Não adianta os jornalistas darem uma de virgem no bordel tentando passar a imagem de que são imparciais e não ideologicamente enviesados.

VIÉS DE ESQUERDA – No momento, esse viés é descaradamente a esquerda, e compromete o trabalho do dia a dia, os colegas de redação, a entrega dos conteúdos. Esse mal também acomete aqueles que militam a direita, apesar de esses serem tão poucos, que quase caracterizam uma minoria reprimida.

As redes estão a ponto de destruir a credibilidade da mídia profissional, mas a imensa maioria dos profissionais continua pregando para conversos e achando que ainda enganam alguém fora da bolha. Esse viés destrói a qualidade da informação e produz “desinformação de qualidade”.

Os professores nas universidades são responsáveis por essa catástrofe, com suas obsessões e pregações ridículas em sala de aula.

PERDA DA SOBERANIA – Outro imenso desafio é a perda gradual e, talvez, definitiva, da soberania nacional para o crime organizado. O crime está infiltrado em todos os poderes da república e no mercado. Tem seus representantes na sociedade civil e entre os diversos profissionais que trabalham para as organizações criminosas.

As ridículas falas dos caciques do Judiciário sobre a ameaça de perda da soberania nacional para Musk, Zuckerberg e as plataformas não passam de fumaça e bravatas para encobrir a verdadeira perda da soberania nacional que acontece sob as barbas desses caciques.

Estão prontos a tirar as redes do ar no Brasil e nos reduzir ao Sudão, agora com um globo de ouro. Enfrentar os militares é fácil, quero ver enfrentar o poder Judiciário e suas benesses. Uma verdadeira nobreza togada.

AMAZÔNIA JÁ ERA – A Amazônia, afora as bravatas dos que ganham dinheiro e fama “defendendo a Amazônia e seus povos originários”, já era. Não há qualquer soberania nacional sobre a Amazônia. Tudo uma farsa, inclusive o showzinho que o Lula deu no início do seu terceiro governo “salvando” os ianomâmis que deixou a esquerdinha verde em êxtase.

Há um mercado imenso de gente e instituições que vivem graças a miséria da Amazônia. Os miseráveis sempre foram expostos a violência explícita ou foram transformados em commodity política para quem diz defendê-los. Não vejo salvação para a Amazônia.

Outro bem ruim é a desgraça econômica e fiscal que o governo atual montou em Brasília. A mentalidade econômica dos petistas é equivalente a condição de analfabetismo histórico.

LULA ALIENADO – O país está a deriva e Lula tornou-se um alienado em seu castelo no qual deve vagar durante a noite sem saber onde está, castelo este em que apenas a primeira-dama dá as ordens para garantir seu status social de nova rica, recentemente adquirido, assim como tecendo a trama para que ela chegue à candidata do PT nalgum momento o mais breve possível.

O casal real é a imagem brega do país e sua bancarrota. Gastam o dinheiro dos impostos duramente pagos pelos infelizes cidadãos brasileiros com um sorriso cínico na face.

Se o PT levar a eleição em 2026, a fuga de muita gente será inevitável —a começar pelos judeus que percebem, a cada dia, o fedor do antissemitismo exalando da máquina pública do Estado brasileiro. Uma nova vitória do PT em 2026 destruirá o país, como o PT está destruindo o belíssimo estado da Bahia.

POLÍTICOS CORRUPTOS – Outro desafio, ligado diretamente ao anterior, é: qual a opção a miséria petista? A classe política é delinquente na sua quase totalidade. A corrupção do Estado nos seus múltiplos poderes e instituições chegaram a níveis nunca d’antes nesse país. Essa corrupção está intimamente associada ao crime organizado citado acima. Noutras palavras, a corrupção no país hoje faz parte do grande mercado internacional do crime.

A educação é um clássico. Sem qualquer saída. Repetirá ao infinito a destruição das gerações mais jovens do país, sem pena, sem remorso, enquanto se dedica a plumas e paetês como feminismo e teoria de gênero, sem enfrentar sua própria miséria. A saúde será sempre um luxo dos ricos.

Parece um beco sem saída. Enquanto não colocarmos um limite nos abusos do Judiciário, do Legislativo e suas emendas PIX, das obras de péssima qualidade, encarecidas pela corrupção dos atores envolvidos, não há futuro próximo. E o resto é blábláblá.

Medidas ditatoriais de Trump e Musk abalam os pilares da ordem mundial

Elon Musk, o filho X Musk e Donald Trump no Salão Oval

Musk, com o filho, deu entrevista no gabinete de Trump

Maria Hermínia Tavares
Folha

Analistas da política norte-americana se esforçam para distinguir, na enxurrada de decretos executivos expelidos pelo presidente Donald Trump, o que é para valer e o que é apenas para obter —pela intimidação— acordos mais vantajosos.

Seja qual for a intenção, o desastre é monumental e fere não apenas os habitantes do país, cuja grandeza passada o novo ocupante da Casa Branca prometeu ressuscitar — seja lá o que ele quis dizer.

No plano externo, palavras e atos do presidente atingem igualmente pilares da chamada ordem internacional baseada em regras —ou ordem liberal.

ORDEM MUNDIAL – Obra lapidada do Ocidente democrático, depois da Segunda Guerra Mundial, seu objetivo era reduzir o risco de novos conflitos generalizados e estabelecer limites à pura política de poder e ao exercício da força bruta nas relações entre países. Além de buscar soluções negociadas para problemas que ignoram fronteiras ­—como a crise ambiental ou as pandemias.

Seu instrumento foram os numerosos organismos e arranjos multilaterais que se multiplicaram em torno das Nações Unidas e de entidades como o FMI e o Banco Mundial.

Eis por que as primeiras decisões de política externa de Trump foram a retirada dos EUA do Acordo de Paris e da Organização Mundial da Saúde. O primeiro, a duras penas, visa construir um caminho comum para lidar com as mudanças climáticas. O segundo, integrado ao sistema da ONU, sempre ficou aquém dos desafios criados pelas epidemias globais e pela abissal desigualdade de recursos entre nações, malgrado sua gritante importância.

OUTRAS RETIRADAS – Logo a seguir vieram as decisões de retirar a América do Conselho de Direitos Humanos da ONU; do Tribunal Penal Internacional; e do Conselho Interamericano de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos).

Sem dúvida, a parte mais vulnerável do sistema internacional baseado em regras, pelas dificuldades de fazer cada país cumprir suas decisões, esses organismos expressam também suas aspirações mais elevadas de um mundo respeitoso da dignidade das pessoas e da sua proteção contra toda forma de violência.

O abandono dessas organizações multilaterais soma-se aos golpes ao livre comércio, às ameaças de anexação de territórios, como a Groenlândia, ou de ocupação, como no monstruoso projeto para Gaza.

POLÍTICA ARCAICA – Em conjunto, anunciam uma concepção que faz lembrar a política de áreas de influência e de equilíbrio de poder características das grandes potências europeias no século 19, às quais os estudiosos atribuem a instabilidade internacional que teria desembocado na Grande Guerra de 1914.

É obvio que, hoje, o mundo é outro e a existência mesma de entidades multilaterais é disso uma prova —e, felizmente, um obstáculo ao agressivo nacionalismo de Trump, que, de resto, também enfrentará resistências internas. Mas não há dúvida de que suas políticas de caos e destruição aumentam a crise pré-existente das regras do jogo internacional e o risco de catástrofes globais.

“O velho mundo está morrendo e o novo mundo luta para nascer: agora é o tempo dos monstros.” A frase é do notável pensador italiano Antonio Gramsci, falecido em 1937 depois de oito anos nos cárceres fascistas. Nunca pareceu tão atual.

Datafolha diz que aprovação de Lula (24%) é a pior de todos os tempos

Lula será o mais velho a deixar Presidência; veja ranking - 31/12/2024 -  Poder - Folha

Será que Lula vai culpar de novo a área da comunicação?

Igor Gielow
Folha

A aprovação do presidente Lula (PT) desabou em dois meses de 35% para 24%, chegando a um patamar inédito para o petista em suas três passagens pelo Palácio do Planalto. A reprovação também é recorde, passando de 34% a 41%.

Acham o governo regular 32%, ante 29% em dezembro passado, quando o Datafolha havia feito sua mais recente pesquisa sobre o tema. Neste levantamento, foram ouvidos 2.007 eleitores em 113 cidades, na segunda (10) e na terça-feira (11), com margem de erro geral de dois pontos para mais ou menos.

CRISES SUCESSIVAS – O tombo demonstra o impacto de crises sucessivas pelas quais passa o governo, sendo a mais vistosa delas a do Pix. Ela ocorreu em janeiro, com a divulgação de que o governo iria começar a fiscalizar transações superiores a R$ 5.000 pela modalidade instantânea de transferência bancária.

Ato contínuo, houve uma cobrança da oposição, sugerindo controle indevido, e uma enxurrada de fake news dizendo que haveria uma taxação do Pix. O governo ficou atônito, e restou à Fazenda do ministro Fernando Haddad (PT) revogar a medida.

Lula preferiu atribuir o fiasco à sua comunicação e trocou a chefia do setor, promovendo o marqueteiro baiano Sidônio Palmeira para a vaga do petista Paulo Pimenta. Os problemas, contudo, continuaram.

E A INFLAÇÃO? – A inflação de alimentos é um foco constante de preocupação, e o presidente não contribuiu com frases como aquela na qual sugeriu que as pessoas parassem de comprar comida cara. Se na teoria parece lógico, soou como um lavar de mãos, devidamente aproveitado pela mais ágil oposição.

Resultado: Lula colheu a pior avaliação de sua vida como presidente. Antes, havia atingido 28% de ótimo e bom em outubro e dezembro de 2005, no auge da crise do mensalão, em seu primeiro mandato (2003-06). Já o maior índice de ruim e péssimo fora registrado em dezembro passado (34%).

Seu terceiro mandato, iniciado em 2023, vinha sendo marcado por uma certa estabilidade na avaliação. Na média entre nove levantamentos do Datafolha, sua aprovação era de 36% e a reprovação, de 31%. Os números atuais falam por si.

NEM BOLSONARO… – Seu antagonista principal na polarização brasileira, o antecessor Jair Bolsonaro (PL), tinha uma reprovação semelhante a essa altura de seu mandato, marcando 40% de ruim/péssimo. Sua aprovação, contudo, era algo melhor: 31%.

A pesquisa mostra a erosão da popularidade de Lula inclusive em grupos usualmente próximos do petista, o que deve tornar as luzes amarelas acesas no Planalto em vermelhas. São estratos com grande importância eleitoral pelo tamanho.

Na parcela dos que ganham até dois salários mínimos, por exemplo, a aprovação caiu de 44% para 29%. Eles representam 51% da amostra populacional do Datafolha, e a margem de erro no grupo é de três pontos percentuais apenas.

OUTROS RESULTADOS – Nos 33% dos ouvidos que só têm ensino fundamental, o tombo foi também de 15 pontos: de 53% para 38%. Aqui, a margem de erro é de quatro pontos.

Mesmo na fortaleza Nordeste, reduto eleitoral por excelência do petismo apesar do avanço do bolsonarismo, houve grande prejuízo, com o ótimo/bom deslizando de 49% para 33%, numa região que concentra 26% do eleitorado, com margem de erro também de quatro pontos.

Entre eleitores de Lula no segundo turno contra Bolsonaro em 2022, o recuo foi de 20 pontos, chegando a 46%. Aqui, a desaprovação quase dobrou (7% para 13%), mas a desconfiança fez a opinião migrar mais para o regular, que foi de 27% para 40%. A margem de erro é de quatro pontos.

EM DECADÊNCIA -Colocando os números de aprovação na forma de saldo, Lula só se sai no azul entre os menos escolarizados, com uma margem positiva de dez pontos, e numericamente entre os nordestinos, com magros três pontos.

Já os piores grupos, em termos de saldo, são as três faixas de renda acima dos 2 mínimos: de 2 até 5 e de 5 até 10 salários (33 pontos negativos em ambos) e acima de 10 (45 negativos), ressalvando que aí as margens de erro são respectivamente de 4, 8 e 12 pontos, para mais ou menos.

A pesquisa não fez especulações eleitorais, mas servirá de combustível para o debate surdo que ocorre nas hostes governistas acerca das chances de Lula em 2026.

LONGO PRAZO – Outros levantamentos publicados recentemente apontam que ele segue favorito, mas ainda é cedo e não se sabe o impacto de longo prazo de uma exposição à chuva da desaprovação.

O próprio presidente tem tentado sugerir cautela, dizendo que será candidato no ano que vem “se estiver legal de saúde”. Ele já escolheu uma linha argumentativa, repetida por seus ministros, para explicar a crise em que seu governo se encontra.

“Esse é o meu ano. Eu quero desmascarar essa quantidade de mentira que tem nas fake news, no celular, todo mundo mentindo para todo mundo”, disse em viagem à região Norte na semana passada, restando sabe se isso será suficiente para inverter a curva ora desfavorável de sua aprovação.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Com prazo de validade vencido, Lula tenta reviver o passado em forma de farsa. Não tem simancol, vive uma realidade paralela. O vexame que deu com a mulher sem dentes foi grotesco. Ele demonstra que não tem a menor condição de exercer a Presidência, mas continua sonhando com a reeleição, porque sonhar ainda não foi proibido pelo amigo Xandão. (C.N.)

Ninguém se envergonha de o Brasil ser um dos países mais corruptos

Corrupção - Disciplina - Lingua Portuguesa

Charge do Cícero (Correio Braziliense)

Mario Sabino
Metrópoles

O brasileiro não está preocupado com a vergonha de o Brasil ser apontado como um dos países mais corruptos pelo mundo pela Transparência Internacional, em fato medido, comprovado. Em 2012, estávamos no 69º lugar, entre 180 países. Hoje, estamos na 107ª posição.

Não era honroso, mas não era desastroso. Agora, estamos no nosso devido lugar: o do desastre permanente. Objetivos alcançados, missão cumprida.

CORRUPÇÃO ACEITA – Prisões da Polícia Federal por corrupção despencam quase 80% em 6 anos. Brasileiro gosta de ladrão. Vota em ladrão, tem simpatia por ladrão, solta ladrão. Admira ladrão, homenageia ladrão. As exceções confirmam a regra. O destino.

Estou falando de política, não do ladrão cotidiano, do assaltante, do falso entregador que mata por celular, do chefão da facção criminosa.

Estranhamente, porém, o brasileiro não estabelece relação entre uma coisa e outra. Entre o ladrão da política e o ladrão que inferniza o nosso dia a dia. É como se o segundo não fosse a consequência lógica do primeiro, não fosse o seu espelho.

IGUAIS A ELES – Já presenciei olhinhos que pareciam honestos se revirarem de prazer quase carnal diante de notórios finórios. Quanto não dariam para ser como eles?

Certa vez, em uma roda em São Paulo, ouvi um sujeito dizer para o gáudio dos presentes: “Não preciso mais fazer política, já ganhei dinheiro suficiente”.

Juro. Eu não sabia quem era o gajo, fui informado sob demanda, no privado, de que se tratava de um ex-suplente de senador de um estado do Centro-Oeste, como você não conhece, rapaz? Mas a casa do ex-suplente — espetacular, você precisa ver — era na capital paulista. É.

CULPA DA LAVA JATO – O destino do brasileiro teve um interregno durante a Lava Jato. Aquela operação que cometeu “erros”, como repetem os meus colegas de profissão no aposto obrigatório ao lamentar as condenações revogadas, o produto de roubo devolvido. Lamento profissional, bem entendido, e que até culpa os “erros” da Lava Jato por tudo ter voltado a ser como sempre foi ou até pior.

Vamos deixar de conversa mole e adentrar a conversa dura: o grande “erro” da operação foi ter investigado, processado e prendido ladrão graúdo, de empresário a político, aproximando-se perigosamente das togas.

A Justiça brasileira tratou de consertar esse erro, de nos tirar do desvio e de impedir que ele se repita. Era perigo da extrema direita, ameaça para a democracia, já passou. É o nosso destino: a cobiça. É a história, é a sociologia, é a formação, é o caráter nacional.

CARÁTER NACIONAL – Em Paulo Prado, “Retrato do Brasil”, está lá: “Corsários, flibusteiros, caçulas das antigas famílias nobres, jogadores arruinados, padres revoltados ou remissos, vagabundos dos portos do Mediterrâneo, anarquistas e insubmissos às peias sociais – toda a escuma turva das velhas civilizações, foi deles o Novo Mundo”.

O que resta? Paulo Mendes Campos, o Paulinho amigo, lá de 1961, em crônica: “Resta por fim como espantalho gritantemente brasileiro, vergonhosamente brasileiro, o pobre, nosso compatriota de pé no chão, destroçado pelos parasitas, cegado pelo tracoma, morando em casebres de barro, palafitas, mocambos, favelas, cobertos de feridas, analfabeto, mal alimentado, vestido de farrapos, pobre criatura humana, pobre bicho humano, pobre coisa humana, pobre brasileiro humano”.

Mas vamos deixar de sentimentalismos. Se pudesse, o nosso compatriota de pé no chão roubaria também.

Os 12 trabalhos do autocrata Trump em busca da erosão democrática

Estados entram na Justiça contra ordem de Trump sobre cidadania de filhos  de imigrantes ilegais: 'Ele não é rei', diz procurador | Mundo | G1

Trump está seguindo o manual para destruir a democracia

Conrado Hübner Mendes
Folha

Não há receita rígida para desmontar a democracia. A ordem de fatores e a dose variam. Mas o roteiro contemporâneo combina 12 tarefas. Invariavelmente. Um programa de transferência de tecnologia da autocratização. Aqui um resumo temático.

  1. O autocrata e o Povo. Induza confusão entre vitória eleitoral e mandato ilimitado. A identificação existencial entre povo genuíno e líder eleito apaga a distinção entre maiorias e minorias. Estas, ou se aliam, ou são excluídas. Não há diversidade: “povo” de um lado contra os moralmente depravados de outro.
  2. O autocrata e a Verdade. Estigmatize e inviabilize instituições de produção de informação, ciência e imaginação crítica. Ataque universidades, vigie salas de aula, intimide cientistas, professores, jornalistas. Invoque intenções maliciosas no que fazem.
  3. O autocrata e Deus. Explore o poder religioso. O líder não é só encarnação messiânica do povo, mas se relaciona com a vontade de Deus. De um Deus.
  4. O autocrata e o Tempo. Administre a velocidade. Saiba os benefícios da tempestade (“shock and awe”) e o momento de desacelerar. Alterne avalanche e calmaria para desnortear. Invente um passado e dali tire seu plano de futuro.
  5. O autocrata e a Lei. Da lei se imponha como último intérprete. A linguagem jurídica oferece potente ferramenta de autolegitimação. Formal e informalmente, inunde cortes e as desafie a controlar seus atos (“shock and law”). Ignore ou desobedeça a ordens judiciais. Desgaste capital político de cortes e, na hora certa, capture juízes e juristas.
  6. O autocrata e a Palavra. Bagunce a semântica, descole as palavras de seus conceitos enraizados. Torne as ideias de liberdade, democracia e direitos o seu contrário. Esvazie a possibilidade da comunicação a partir de conceitos compartilhados.
  7. O autocrata e a Força. Demonstre ser um sujeito de força e explore a exibição de força. Militares, policiais e milícias sectárias são extensão de suas mãos. Infalíveis no combate a inimigos, não devem satisfação à lei, apenas à sua pessoa.
  8. O autocrata e a Burocracia. Combata expertise e autonomia, rejeite atos de governo baseados em razão e evidência. Estigmatize burocratas profissionais e os substitua por lealistas e apologistas.
  9. O autocrata e a Política. Quase todas as dimensões da vida devem se politizar. Combata instituição imparcial. Todo indivíduo e instituição deve assumir lado, critério primário de autoidentificação pública e privada.
  10. O autocrata e o Poder Econômico. Não deixe de trazer a oligarquia para o governo.
  11. O autocrata e o Estrangeiro. Em nome da soberania, rejeite governança supranacional dos direitos humanos, da segurança internacional, sanitária e climática. E se credencie no consórcio global contra a democracia.
  12. O autocrata e inimigos imaginários. Fabrique pânico moral permanente e legitime violência contra os grupos mais vulneráveis. Associe imigrantes, transgêneros, negros, indígenas, militantes sociais ao crime.

Na mitologia grega, o rei Euristeu impôs 12 missões a Hércules. Tarefas como matar o leão de Nemeia e roubar o cinturão de Hipólita. Parecia impossível aos cientistas políticos da época. Hércules foi lá e fez.

Trump e Bolsonaro se familiarizaram com a cartilha no primeiro mandato. Trump veio mais afiado e bem assessorado para efetivá-la no segundo.

Um dia para se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração

Image tagged with mário quintana, frase, amizade – @frasespoesiaseafins on TumblrCarlos Newton

Hoje é o Dia Internacional da Amizade. Para comemorar esta data muito especial, selecionamos um texto do escritor e poeta português Fernando Pessoa, um poema do compositor e poeta carioca Paulo Peres e uma frase do poeta gaúcho Mário Quintana, mas sempre lembrando também a maravilhosa mensagem de Milton Nascimento e Fernando Brant, em “Canção da América”, porque amigo é coisa para se guardar debaixo de sete chaves, do lado esquerdo do peito, dentro do coração…

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DOIS AMIGOS ZANGADOS
Fernando Pessoa

Encontrei hoje em ruas, separadamente, dois amigos meus que se haviam zangado. Cada um me contou a narrativa de por que se haviam zangado. Cada um me disse a verdade. Cada um me contou as suas razões.

Ambos tinham razão. Ambos tinham toda a razão. Não era que um via uma coisa e outro outra, ou um via um lado das coisas e outro um lado diferente. Não: cada um via as coisas exatamente como se haviam passado, cada um as via com um critério idêntico ao do outro.

Mas cada um via uma coisa diferente, e cada um portanto, tinha razão.

Fiquei confuso desta dupla existência da verdade.

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UM POEMA DE PAULO PERES PARA O DIA DE HOJE

DIA DO AMIGO
Paulo Peres
 

Não existe palavra
Que possa definir
O real significado,
A bênção Divina
E a felicidade infinita
De tê-lo como amigo.

Linguajar destemperado de Lula atrapalha a marquetagem de Sidônio

Lula: Nenhum de vocês conhece inflação como eu | CNN 360º

Lula afirma que a inflação está razoavelmente controlada

Josias de Souza
do UOL

A gestão de Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação da Presidência fará aniversário de um mês nesta sexta-feira. Nesse período, o marqueteiro devolveu Lula à boca do palco. Fez o chefe circular. O resultado das primeiras incursões foi espantoso.

Em quatro semanas, Lula culpou consumidores pela carestia —”Se está caro, não compra”—, atribuiu a alta do dólar e dos juros a Roberto Campos Neto —”Ele deixou uma arapuca”— e algemou Fernando Haddad —”Se depender de mim não tem outra medida fiscal”.

E TAMBÉM… – Como se fosse pouco, atropelou Marina Silva. Chamou de “lenga-lenga” a análise técnica do Ibama sobre a prospecção de petróleo na Foz do Amazonas -“Está parecendo que é um órgão contra o governo”— e deu de ombros para a emergência climática -“Eu quero que seja explorado”. Beleza. Mas precisava da grosseria?

O jacaré abre a boca para Lula nas pesquisas. A linha da reprovação do governo sobe. A da aprovação desce. Vai ficando claro que não há uma crise de comunicação, há escassez de material a ser comunicado.

Vivo, Cazuza diria que Lula 3 virou um museu de grandes novidades.

NOVA CAMPANHA – Vem aí a primeira campanha publicitária com a grife de Sidônio Palmeira. Terá viés nacionalista, informa a Folha.

O pano de fundo será a celebração dos dois anos de governo. Sidônio confunde campanha institucional com campanha eleitoral.

De resto, a língua de Lula desafia a marquetagem. Dedica-se a um tipo inusitado de magia. A cada aparição, tira um gambá novo da cartola.

Lula critica Ibama pela demora em autorizar pesquisas na Margem Equatorial