Lula sepulta possibilidade de o Brasil se tornar uma liderança internacional

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Lula já foi declarado persona non grata pelos israelenses

Sandra Cohen
g1 Brasília

O presidente Luiz Inácio da Silva enterrou o lugar do Brasil no papel de mediador do conflito no Oriente Médio, que busca com tanta insistência, ao comparar a guerra de Israel contra o Hamas em Gaza com o Holocausto. No Memorial do Holocausto, em Israel, diante de repórteres e ao lado do embaixador brasileiro, Frederico Meyer, o chanceler Israel Katz repreendeu o presidente brasileiro, assegurando que ele não é bem-vindo a Jerusalém.

“Não esqueceremos nem perdoaremos. É um ataque antissemita grave. Em meu nome e em nome dos cidadãos, diga ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que se retrate”, disse Katz.

AULA DE HISTÓRIA – A escolha do Memorial Yad Vashem pareceu emblemática para dar uma aula de história ao presidente brasileiro sobre antissemitismo, porque a condenação do Brasil ao uso desproporcional da força por Israel contra a população de Gaza perde a legitimidade na comparação de Netanyahu com as ações de Hitler durante a Segunda Guerra.

As palavras de Lula ressoam a distorção histórica e tiveram um efeito desastroso para a diplomacia brasileira, mas é pouco provável que o presidente Lula não tenha medido o seu efeito.

Ministro israelense diz que palavras de Lula ‘são uma vergonha e uma desgraça’

HAMAS FESTEJA – Estas declarações não ajudam na solução do conflito e só ecoaram positivamente apenas junto ao Hamas. No Telegram, o grupo terrorista classificou as palavras de Lula como uma descrição precisa “do crime sionista, com apoio do governo norte-americano”.

Em dezembro, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, foi pelo mesmo caminho. Disse que Benjamin Netanyahu não era diferente de Hitler e comparou os ataques de Israel a Gaza ao tratamento dispensado ao povo judeu pelos nazistas.

“Eles costumavam falar mal de Hitler. Que diferença você tem de Hitler? Eles vão nos fazer sentir falta de Hitler. O que esse Netanyahu está fazendo é menos do que o que Hitler fez? Não é”, afirmou Erdogan, que, no mês anterior já havia classificado a operação de Israel em Gaza como genocídio.

O presidente Lula durante declaração à imprensa em Adis Abeba, na Etiópia — Foto: Reprodução/Canal Gov

OUTRO GENOCIDA – O premiê israelense protestou, lembrando que o presidente turco era a última pessoa que poderia dar uma lição de moralidade a Israel: “Erdogan comete genocídio contra os curdos e detém um recorde mundial de prisão de jornalistas que se opõem ao seu governo.”

A troca de insultos entre Erdogan e Netanyahu afastou os dois países. O Brasil, contudo, não tem, para Israel, o mesmo peso da Turquia. Apesar do esfriamento, Tel Aviv e Ancara ainda mantêm relações, calcadas numa ampla cooperação bilateral em setores de energia, comércio, turismo e segurança.

Mas Erdogan, assim como Lula, foi banido por Israel da posição de interlocutor.

10 thoughts on “Lula sepulta possibilidade de o Brasil se tornar uma liderança internacional

  1. Enterra possibilidades para quem, cara pálida, se for na cabeça de minhoca dessa crentalhada ignorante que aprendeu história e geopolítica nos cultos de pastores pilantras aí sim.

  2. O primeiro ministro de Israel é um psicopata. Hitler também era.

    Cada qual com suas ideias para praticar o horror. E temos vários exemplos na história. Stalin, Mao, até vários governos dos EUA quando liquidaram os índios e lançaram as bombas atômicas. Outro exemplo foi a inquisição espanhola e tantos outros. Todos com pretextos para cometer assassinatos.

  3. Qual a diferença entre seis milhões de vidas e setenta mil???!!!!
    Se entre os setenta mil estiverem meus amigos e parentes não tem diferença nenhuma.
    Moral da estória: ” Sob o ponto de vista da humanidade, o que Israel está praticando é ignóbil para não ser dramático”.

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