Relação com Lira não está zerada e a trégua vale até Lula fazer a sua parte

Lula e Arthur Lira se reúnem para tratar da relação entre poderes | Agência  Brasil

Arthur Lira mostrou a Lula quem é que manda na Câmara

Dora Kramer
Folha

“Não subestimem esta Mesa Diretora”, foi o aviso contundente que o presidente da Câmara deu ao governo na reabertura dos trabalhos da Casa, em 5/2. O restante do discurso listou fatos já conhecidos sobre as insatisfações do Parlamento: pagamento de emendas, acordos desfeitos, nomeações emperradas e vetos não digeridos.

Rosário desfiado e repetido quatro dias depois em conversa, em tom mais institucional e menos agressivo, entre Luiz Inácio da Silva (PT) e Arthur Lira (PL) no Palácio da Alvorada. Dali o deputado saiu dizendo que a hostilidade havia sido contornada.

UM ZERO A MAIS – Situação “zerada” segundo ele. Na verdade, um zero a zero mais ou menos, pois a paz duradoura depende de o Planalto cumprir acordos firmados e não insistir em anular decisões do Legislativo. Portanto, não houve um cessar-fogo definitivo. Foi, antes, uma trégua.

Lula segue desconfiado, e Lira continua com o pé atrás diante das versões disseminadas por personagens palacianos de que neste último ano de mandato o presidente da Câmara teria entrado no modo pato manco, seria um comandante com poder desidratado. Detectada a ofensiva para mostrá-lo como fraco, o deputado decidiu exibir-se forte.

Marcou ausências significativas no início do ano e, quando voltou, Arthur Lira foi com tudo para cima de um presidente que na visão dele atuava para desgastá-lo.

É LÍDER, DE FATO – A chama de Lira não está apagada. Tem apoio para eleger um sucessor que siga a mesma toada. Ademais, comanda uma pauta econômica que interessa ao Planalto e da qual não depende a Câmara para investir na formação de uma base capaz de na próxima legislatura impor novas derrotas ao Executivo.

Um jeito de o governo desequilibrar a balança seria vencer a batalha da comunicação mostrando como algumas exigências do Congresso prejudicam a população.

Mas fica difícil agora, porque no começo Lula entregou dedos e anéis, iludido de que teria a força ante um apetite que se mostrou insaciável.

2 thoughts on “Relação com Lira não está zerada e a trégua vale até Lula fazer a sua parte

  1. Caros leitores(as):
    Com base nos dados abaixo , os lideres Europeus não seguem religiosamente a cartilha dos USA , para asfixiar a economia Russa , pois não são suicidas .
    A Grécia, a quarta maior compradora do GNL russo, foi a líder absoluta no crescimento das importações do hidrocarboneto, que aumentaram 4,1 vezes, para 750 milhões de metros cúbicos.
    Por Redação, com Sputnik – de Moscou
    A Espanha, Bélgica, França, Grécia, Países Baixos e Portugal foram os maiores compradores de gás natural liquefeito da Rússia em 2023, sendo os primeiros dois responsáveis por quase três quartos do total. Os principais compradores europeus de gás natural liquefeito (GNL) russo em 2023 foram a Espanha e a Bélgica, sendo responsáveis por quase três quartos de todos os suprimentos para a UE, revela uma análise das estatísticas europeias da agência russa de notícias Sputnik.
    Sem o gasoduto, que passa pela Alemanha, o gás é embarcado e vendido nos portos europeus
    Sem o gasoduto, que passa pela Alemanha, o gás é embarcado e vendido nos portos europeus
    Assim, a Espanha assumiu a compra de mais de 40% de todo o GNL fornecido pela Rússia – 5,24 bilhões de metros cúbicos, 5% a mais do que no ano anterior.
    A Bélgica, por sua vez, foi responsável por 30%, e suas compras aumentaram 1,7 vez, chegando a 3,82 bilhões de metros cúbicos.
    Os Países Baixos ficaram em terceiro lugar, embora o volume anual tenha caído 1,9 vez, para 2,1 bilhões de metros cúbicos.
    GNL russo
    A Grécia, a quarta maior compradora do GNL russo, foi a líder absoluta no crescimento das importações do hidrocarboneto, que aumentaram 4,1 vezes, para 750 milhões de metros cúbicos.
    Portugal, que aumentou suas compras em 1,4 vez, para 390 milhões de metros cúbicos, ficou em quinto lugar.
    Finlândia, Itália, Suécia, Estônia e Lituânia também adquiriram pequenas quantidades de gás, em um total de cerca de 380 milhões de metros cúbicos.
    No total, em 2023, a UE aumentou suas compras de GNL russo em cerca de 3%, para 12,7 bilhões de metros cúbicos.
    Franceses
    O fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia para a França também aumentou 41% nos nove primeiros meses de 2023 (janeiro-setembro), segundo o diretor do primeiro departamento europeu do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Artyom Studennikov.
    — No final de 2022, a Rússia passou a ser o segundo maior fornecedor de gás natural para a França, depois dos Estados Unidos, devido à importação de GNL russo. Entre janeiro e setembro de 2023, as compras francesas do gás russo excederam o mesmo período de 2022 em 41% — calcula.
    A autoridade russa acrescentou que o principal ponto de recepção das remessas russos de gás liquefeito foi o terminal de Montoir-de-Bretagne, que recebeu 1,68 bilhão de metros cúbicos em 2022, e 0,89 bilhão de metros cúbicos de GNL no primeiro semestre de 2023.
    Cotação
    Anteriormente, o diário londrino The Telegraph, citando dados do Eurostat, informou que os países da UE compraram mais de metade das exportações de GNL da Rússia em 2023, sendo a Espanha e a França seus maiores compradores depois da China.
    A Espanha comprou GNL russo no valor de € 1,8 bilhão (cerca de R$ 9,6 bilhões) nos primeiros nove meses de 2023, de acordo com estatísticas da UE. A França ficou em segundo lugar na UE neste indicador, comprando GNL russo por € 1,5 bilhão (cerca de R$ 8 bilhões). A Bélgica, a seguir, gastou € 1,36 bilhão (cerca de R$ 7,3 bilhões) para os mesmos fins.
    O mercado europeu tem sido historicamente o principal para os produtores de gás russos; em anos recentes, o fornecimento de gás aos países europeus atingiu 150 bilhões de metros cúbicos ou mais.

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