Inábil, Barroso diz que os militares “fizeram papelão” no TSE em 2022

Luís Roberto Barroso, ministro do STF

Barroso fez uma acusação infantil às Forças Armadas

Deu no Poder 360

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, disse que as Forças Armadas foram politizadas por uma má liderança. Segundo ele, elas fizeram, antes das eleições de 2022, “um papelão” na Comissão de Transparência no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 

Barroso participou em evento promovido pela Faculdade de Direito da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), chamado “Brasil Pra Quem? A democracia inclusiva como norte do direito nacional”.

POLITIZAÇÃO – Em sua fala, disse que a “politização das Forças Armadas” talvez “tenha sido das coisas mais dramáticas para a democracia”. Sem citar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Barroso elencou os problemas enfrentados pelo Brasil nos últimos anos, até chegar na politização das Forças Armadas. 

“Nós tivemos, aqui, entre nós, o esvaziamento dos organismos da sociedade que participavam da organização de políticas públicas. O desmonte dos órgãos de proteção ambiental ou de proteção das comunidades indígenas. A não demarcação das terras indígenas, nem um milímetro. O negacionismo durante a pandemia – o Brasil tem menos de 2% da população mundial e teve quase 10% das mortes, por uma má gestão da pandemia”, citou o ministro, acrescentando:

“A paralisação do Fundo Amazônia e a paralisação do Fundo Clima, o dinheiro ficou parado na conta, um antiambientalismo que preferia a inércia a fazer alguma coisa. Nada do que eu estou falando é uma opinião minha. Tudo o que estou falando são fatos objetivos, que juízo não tem de ter opinião política”.

FRAUDES ELEITORAIS – “Houve falsas acusações de fraude no processo eleitoral. Eu mesmo era presidente do TSE. ‘Eu tenho prova de que tem fraude’, diziam. Beleza… Intimado para apresentar as provas, era mentira, tinha prova nenhuma”, afirmou Barroso.

A seu ver, a politização das Forças Armadas talvez tenha sido das coisas mais dramáticas para a democracia. “Porque, desde 1988, as Forças Armadas tiveram um comportamento exemplar no Brasil, de não ingerência, de não interferência, de cumprir as suas missões constitucionais, de ocupar espaços remotos da vida brasileira, inóspitos. Gente que leva uma vida dura. Eu tenho o maior respeito”, continuou. 

“Porém, [os militares] foram manipulados e arremessados na política por más lideranças”, arrematou.

PAPELÃO DO TSE – Fizeram um papelão no TSE. Convidados para ajudar na segurança e na transparência, foram induzidos por uma má liderança a ficarem levantando suspeitas falsas, quando a lealdade é um valor que se ensina nas Forças Armadas. Houve Deslealdade. Portanto, foram momentos muito difíceis que nós vivemos no Brasil”, completou. 

Essa não é a primeira vez que Barroso fala da atuação dos militares nas eleições de 2022. Em 21 de fevereiro, ele já havia dito que as Forças Armadas foram “manipuladas para levantar desconfianças e suspeitas infundadas” quanto ao processo eleitoral.

“Eu montei uma Comissão de Transparência porque nós não tínhamos nada a esconder e chamei diversos segmentos representativos da sociedade”, disse, assinalando que os militares convidados “se comportaram mal”, por terem “tentado levantar suspeitas”. O que, para o ministro, é prova “de que uma má liderança faz muito mal para uma instituição”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Barroso segue a linha do genial  Cazuza e mostra ser um tanto “exagerado”. O papel da Comissão da Transparência era justamente levantar dúvidas e suspeitas, para que o TSE então pudesse dirimi-las e afastá-las. Da forma como Barroso fala, ele convidou os militares apenas para manter as aparências. Sinceramente, sua denúncia é infantil e despropositada. Perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado. (C.N.)  

PF intima Mauro Cid para explicar as contradições dos depoimentos iniciais

Mauro Cid será ouvido novamente pela Polícia Federal em 11 de março - Notícias - R7 Brasília

Afirmações de Mauro Cid foram desmentidas por Freire Gomes

Igor Gadelha
Metrópoles

A Polícia Federal (PF) marcou mais um depoimento do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Ele será ouvido na próxima segunda-feira (11/3), no inquérito que investiga suposta tentativa de golpe de Estado pelo governo anterior.

O principal objetivo é confrontar Cid com as declarações dadas pelo general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e do brigadeiro Baptista, ex-comandante da Aeronáutica, que foram contrários ao golpe de estado. comandantes nos recentes depoimentos.

MINUTA DO GOLPE – O próprio Cid afirmou que Freire Gomes, último comandante do Exército do governo Bolsonaro, participou de reuniões para articular a “minuta do golpe”. O general, chamado como testemunha pela PF, teria confirmado pelo menos duas versões do documento.

O próprio Cid afirmou que Freire Gomes, último comandante do Exército do governo Bolsonaro, participou de reuniões para articular a “minuta do golpe”.

O general, chamado como testemunha pela PF, teria confirmado pelo menos duas versões do documento. E desmentiu várias afirmações do tenente-coronel.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Mauro Cid, um tenente-coronel milionário, sócio da progressista empresa Family Cid Trust, com valiosas propriedades na Califórnia e na Flórida, pensou (?) que ia fazer delação premiada e sair de fininho, inclusive ganhando promoção a coronel. Mas a vida não é bem assim e ele terá de mostrar que não andou mentindo, caso contrário perderá os direitos à delação e pode ser novamente engaiolado. (C.N.)

Câmara prepara blindagem total dos parlamentares contra ações policiais

Gilmar Fraga: blindagem parlamentar... | GZHBruno Boghossian (Folha)   *   Charge do Fraga (Zero Hora)

Não são muitos os admiradores de C arlos Jordy no alto clero da Câmara. O deputado é visto como um político barulhento e um agitador do golpe bolsonarista. Mas nenhuma restrição impediu que os chefes da Casa explorassem uma operação contra o parlamentar em benefício próprio.

A PEC da blindagem ganhou corpo depois que a PF vasculhou o gabinete de Jordy em busca de provas de seu envolvimento com atos golpistas. Líderes de vários partidos trabalham para votar uma proposta que, na prática, poderia deixar deputados e senadores fora do alcance de qualquer investigação.

SEM BASE – A operação contra o parlamentar foi baseada em migalhas. Jordy trocava mensagens com um sujeito que pretendia fechar estradas para causar o tumulto que seria a faísca do golpe. O deputado era chamado de “meu líder”. Se a investigação pareceu amadora, a reação dos políticos mostrou onde estão os profissionais.

O texto em discussão na Câmara proíbe operações de busca contra parlamentares nas dependências do Congresso. A medida protegeria a honra de políticos que não devem nada. Os demais teriam um santuário para esconder o que quisessem.

O projeto ainda determina que apurações contra deputados e senadores só podem ser abertas com autorização do Congresso. Considerando o espírito de corpo da turma, o problema estaria cortado pela raiz.

SEM FORO ESPECIAL – Também está na proposta o fim do foro especial —que tiraria os processos do STF e os mandaria para tribunais dos estados, onde os políticos costumam ter grande influência. Para completar, deputados e senadores teriam acesso a trechos sigilosos de investigações em andamento.

A Constituição de 1824 dava uma condição “inviolável e sagrada” ao imperador, que não estaria “sujeito a responsabilidade alguma”.

Duzentos anos depois, em meio a uma discussão séria sobre invasão de competências pelo STF, os deputados e senadores já podem escolher um título de nobreza.

Tudo pelo poder! Lula critica o fim da reeleição: “5 anos de governo é pouco”

Os bastidores do happy hour de Lula com Pacheco e líderes do Senado | O TEMPO

Lula recebeu os senadores para tomar umas e outras

Thaísa Oliveira
Folha

O presidente Lula (PT) afirmou a senadores da base aliada na noite desta terça-feira (5) que é contra o fim da reeleição e que um único mandato de cinco anos, como preveem propostas em tramitação no Congresso, é pouco tempo para governar.

Segundo o relato de pessoas presentes, o presidente ponderou que o prazo é pequeno, por exemplo, para que um político consiga cumprir seu plano de governo ou entregar grandes obras.

É PRIORIDADE – O fim da reeleição para presidente, governadores e prefeitos é uma das prioridades do Senado neste ano e conta com o apoio de figuras importantes da Casa, como o próprio líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA). De qualquer forma, as propostas não atingiriam Lula, que poderia disputar a reeleição em 2026.

Lula reuniu aliados da base para um happy hour no Palácio da Alvorada nesta terça — repetindo o que foi feito com deputados federais e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), duas semanas atrás.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), aproveitou o encontro para afirmar que há temas em que ele e o presidente vão convergir e outros nos quais irão divergir.

JUSTIFICATIVA – Embora Pacheco não tenha citado o discurso em que cobrou uma retratação pública de Lula pela comparação da ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza com o Holocausto nazista, a fala foi vista pelos presentes como uma espécie de justificativa do presidente do Senado ao petista.

Pessoas que participaram do encontro afirmam que Lula agradeceu aos senadores pela aprovação de pautas importantes para o governo no ano passado e disse estar otimista e confiante com o futuro do país.

Apesar do clima de descontração, senadores cobraram maior diálogo com o Palácio do Planalto, especialmente com o presidente. Houve ainda críticas à comunicação do governo.

PRECISA MELHORAR – De acordo com presentes, o senador Marcelo Castro (MDB-PI) elogiou o desempenho da economia, mas disse que, do ponto de vista político, o governo precisa melhorar as redes sociais e que a esquerda tem perdido o domínio da narrativa na internet.

Já o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), candidato à presidência da Casa na disputa do ano que vem, ressaltou que este foi o primeiro encontro de Lula com senadores no Palácio da Alvorada.

A observação sobre as dificuldades de comunicação com o Palácio do Planalto foi reforçada pelo líder do PSD, Otto Alencar (BA). A reclamação, disse ele no encontro, é partilhada por muitos parlamentares da bancada do partido no Senado.

SEM DIÁLOGO – Na mesma linha, o senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou que a maioria dos ministros tem ido bem, mas, sem citar nomes, ponderou que alguns demonstram dificuldades no diálogo com o Congresso.

O encontro contou com a participação dos ministros petistas Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Comunicação). Coube a Jaques Wagner fazer o discurso de agradecimento aos colegas.

Assim como disse a Lira e aos líderes da Câmara há duas semanas, Lula afirmou que pretende fazer encontros informais como o desta terça mais vezes e que está à disposição dos parlamentares.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Lula é carismático e comunicativo. Sabe como fazer amigos. Se deixarem Lula falar, ele convence qualquer um. No entanto, os parlamentares já conhecem as manhas do petista e pagam para ver, como se diz no pôquer. (C.N.)

Governo e Congresso se perderam ao reagir à politização dos quartéis

Altamiro Borges: Capitão humilha generais. Santos Cruz reage! - PCdoB

Charge do Céllus (Arquivo Google)

José Casado
Veja

O governo Lula e o Congresso perderam o rumo na resposta à politização dos quartéis, que recentemenderivou na conspiração de um grupo oficiais e na insurreição de civis numa tentativa frustrada de golpe de estado.

A reação institucional ficou restrita à ideia de emendar a Constituição para desestimular a participação de militares da ativa em eleições, como garantia adicional à “neutralidade política das Forças Armadas”.

Os militares em serviço ativo, estável, se candidatos a cargo eletivo, seriam transferidos para a reserva no registro da candidatura. Quem tivesse tempo de serviço suficiente (35 anos) poderia pedir aposentadoria remunerada. Os demais iriam para a reserva sem remuneração das Forças Armadas.

EM COAUTORIA- A ideia foi inspirada pelos atuais comandantes militares, formatada no Ministério da Defesa, avalizada por Lula e apresentada em agosto passado pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), em coautoria com 28 dos 81 senadores (34,5% do plenário).

Desde então, avançou no rito interno até a terceira das cinco sessões obrigatórias de discussão antes da votação em primeiro turno.

Foi interrompida três semanas atrás numa manobra da ala bolsonarista, que propôs uma inusual ampliação da discussão com inúmeros convidados externos. Audiências públicas são rotineiras no Congresso, mas costumam anteceder os debates em plenário que, nesse caso, já estavam em andamento.

MOURÃO ADIA – O governo aceitou a proposta do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice presidente de Jair Bolsonaro. A consequência prática é o adiamento por tempo indeterminado de qualquer decisão do Senado sobre essa proposta de emenda constitucional.

Mourão também está empenhado em assegurar aval no Senado a uma espécie de anistia prévia a Bolsonaro e aos militares e civis envolvidos na trama golpista do final de 2022, que acabou frustrada por escassez de apoio nos comandos das Forças Armadas.

A iniciativa é insólita, porque, entre outras coisas, pressupõe perdão a quem ainda está sob investigação policial — caso de Bolsonaro e de oficiais militares acusados de conspiração. Além disso, juízes do STF têm reiterado a impossibilidade constitucional de anistia para crimes contra o regime democrático.

Vice-presidente, nas últimas horas do governo anterior, Mourão convocou cadeia de rádio e televisão para responsabilizar publicamente Bolsonaro, que fugira para os Estados Unidos.

CLIMA DE CAOS – Evitou nomeá-lo, e candidatou-se à liderança do bolsonarismo: “Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país, deixaram que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social. E de forma irresponsável deixasse que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta. Para alguns, por inação, e para outros por fomentar um pretenso golpe.”

Oito dias depois, houve a insurreição em Brasília, com invasão do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto.

É notável que, passados 14 meses, governo e Congresso tenham perdido a bússola na reação institucional à politização dos quartéis.

Começaram limitando a iniciativa à imposição de novos obstáculos à participação de militares da ativa em eleições. Evitaram abordar a revisão de currículos das academias das Forças Armadas, a proibição do uso de patentes por candidatos e a ação de serviços militares de espionagem dentro do país. E acabaram fazendo acordo com a ala bolsonarista, investigada por tentativa frustrada de golpe de estado. Foi uma escolha política. Outra é o adiamento de decisão legislativa por tempo indefinido.

Bolsonaro pede acesso a depoimentos de Freire Gomes e de Baptista Júnior

General Marco Antônio Freire Gomes (à esq.) e brigadeiro Carlos Baptista Júnior

Freire Gomes e Bapista Júnior depuseram como testemunhas

Deu no g1

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acesso aos depoimentos dos ex-comandantes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, prestados à Polícia Federal na investigação se o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros de sua equipe e militares simpatizantes se articularam para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A defesa de Bolsonaro enviou o pedido nesta terça-feira (5), requerendo uma “atualização dos autos” com “termos de declarações relativos às últimas oitivas realizadas”, incluindo os depoimentos dos dois ex-comandantes.

FALAR A VERDADE – Freire Gomes prestou depoimento de mais de 7 horas na Polícia Federal (PF) na sexta-feira (1º). Ele foi ouvido na condição de testemunha. Nessa condição, ele é obrigado a falar a verdade.

Segundo o blog da Andréia Sadi, Freire Gomes, na condição de testemunha, colaborou – e muito – com as investigações. A preocupação de golpistas é com o que pode existir de detalhamento de Freire Gomes a respeito de discussões sobre minuta do golpe, o papel do Ministério da Justiça e negativas de forma categórica de que houvesse qualquer indício de fraude em urnas.

“Em relação ao general Freire Gomes e ao brigadeiro Baptista Junior, os elementos colhidos, até o presente momento, indicam que teriam resistido às investidas do grupo golpista. No entanto, considerando a posição de agentes garantidores, é necessário avançar na investigação para apurar uma possível conduta comissiva por omissão pelo fato de terem tomado ciência dos atos que estavam sendo praticados para subverter o regime democrático e mesmo assim, na condição de comandantes do Exército e da Aeronáutica, quedaram-se inertes”, diz documento obtido pelo blog.

QUEM JÁ DEPÔS – O depoimento faz parte da operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF em 8 de fevereiro. Na semana passada negaram-se a prestar depoimento o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro e candidato a vice-presidente em 2022, Walter Souza Braga Netto; o ex-comandante da Marinha Almir Garnier. Mas o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o assessor Tercio Arnaud Thomaz.

O ex-comandante da Aeronáutica Carlos Almeida Baptista Júnior foi ouvido também como testemunha no dia 16 de fevereiro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Nada de novo, nenhum vazamento. A imprensa roda em círculos, igual a cachorro mordendo a própria cauda. (C.N.)

Suprema Corte decide que Trump pode disputar eleições dos EUA

Juízes, de maioria conservadora, autorizaram pré-candidatura

Pedro do Coutto

A decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos determinando a inclusão da candidatura de Donald Trump nas prévias do Colorado, sem dúvida alguma, fortalece o candidato que, apesar dos processos aos quais responde e dos fatos negativos que o envolve, está avançando junto ao eleitorado norte-americano dentro do lance que escolheu, buscando um movimento de opinião pública capaz de bloquear as várias ações que o ameaçam na justiça.

É o único caminho à sua disposição, uma vez que a Constituição dos Estados Unidos não prevê explicitamente a inelegibilidade de quem chegou ao ponto desfechar um golpe de Estado, único na história de seu país, contra as urnas de 2020. A invasão do Congresso tem uma enorme importância, mas em relação a qual tanta deseja passar por cima.

FORÇA – A inclusão do nome de Trump nas prévias do Colorado  decidida pela Suprema Corte não tem nada a ver com o conteúdo dos múltiplos processos aos quais responde pelos mais diversos fatos. Entretanto, entre os republicanos a sua força é inquestionável e com ela o ex-presidente pretende novamente chegar às urnas cujo resultado tentou subverter.

Um outro fato que surgiu e do qual pretende tirar proveito é a questão política da idade dos que disputam a Casa Branca. Esse fator acentuado por falhas na memória do presidente Joe Biden parece ajudá-lo, embora a diferença de idade não seja grande. Porém, o marco de 80 anos é uma questão a ser considerada.

O êxito de Trump nas prévias o ajuda muito, mas dá margem a contradições na medida em que chama atenção para falhas de comunicação que acometeram o atual presidente. Mas é preciso considerar o posicionamento contrário caracterizado nas prévias dos republicanos que poderão ou nao representar dissidências na hora do voto nas urnas. Um fato o ajuda e está na falta de um ânimo maior das bases democratas em caminhar com a candidatura de Joe Biden. Surgiram até dúvidas se o atual partido que comanda o poder poderia escolher um candidato mais jovem.

Walter Franco e as velas abertas, sempre em busca de novos horizontes

Walter Franco – Wikipédia, a enciclopédia livre

Walter Franco morreu aos 74 anos

Paulo Peres
Poemas & Canções

O cantor e compositor paulista Walter Rosciano Franco (1945-2019), na letra de “Vela Aberta”, mostra que na praia o desejo por horizontes novos é constante e as velas abertas sempre despertam anseios de navegar. Nestes momentos percebemos que todos os povos possuem muito em comum e podem ser irmanados.  A música foi gravada por Walter Franco no LP Vela Aberta, em 1980, pela Epic/CBS.

VELA ABERTA
Walter Franco

Lá vai uma vela aberta
Se afastando pelo mar
Branca visão que desperta
Anseios de navegar

Meus olhos seguem a vela
Pela vastidão do mar
Ainda se torna mais bela
Na expressão do teu olhar
Expressão vaga e perdida
Que eu nem sei como explicar
Nela vejo refletida
Toda beleza do mar

Quero os horizontes novos
Que ele vai me ofertar
Sou irmão dos outros povos
Que estão para além do mar

Aborrecido com a Vale, Lula espalha fake news sobre  o desempenho dela

Lula recebe reitores e diz que universidades e institutos | Política

Lula pensa (?) que pode comandar as empresas privadas

Carlos Alberto Sardenberg
O Globo

Já aconteceu uma vez. Lula conseguiu derrubar um presidente da Vale, Roger Agnelli, porque ele cometera a ousadia de encomendar navios de grande porte na China. Isso foi em 2011, quando Dilma já estava no Planalto, mas Lula cultivava uma longa bronca com o executivo. Este tocava a Vale — imaginem! — como se fosse uma empresa privada.

Como hoje, Lula queria uma companhia que se alinhasse com os planos do governo. Que comprasse insumos no mercado nacional, mesmo que fossem piores e mais caros, e que partisse para a produção de aço, o que desviaria recursos e energia do negócio principal, a mineração.

COMPRA DE NAVIOS – Tem mais: o governo petista estava empenhado em mais uma tentativa de construir navios no Brasil e contava com a Vale como compradora fiel. E Agnelli adquiriu não um, mas três enormes navios em estaleiros chineses, de capacidade internacionalmente reconhecida.

Se tivesse esperado pela indústria brasileira, a Vale estaria até hoje — desculpem — a ver navios. Na ocasião, Lula e Dilma apelaram para o então presidente do Bradesco, Lázaro Brandão, que indicara Agnelli. E assim caiu o executivo que, em dez anos, transformara a Vale numa multinacional, a segunda mineradora global, multiplicando o lucro por dez.

A Vale estava privatizada desde 1997, mas, como se viu, ainda estava à mercê de ações oportunistas do governo de plantão. Por isso, em 2021, depois de um longo processo, os acionistas transformaram a Vale numa corporation — uma sociedade anônima genuína, sem blocos de controle.

É TUDO ESTATAL – Para Lula, não mudou nada. Ele continua achando que a empresa precisa “estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro”. Não apenas a Vale, mas todas as empresas brasileiras, disse o presidente.

Trata-se de uma barbaridade. As empresas se relacionam com o Estado, não com os governos. O Estado regula a atividade econômica como um todo, não esta ou aquela empresa. Concede licenças, fiscaliza, cobra impostos e royalties.

Governos têm planos partidários, que mudam a cada eleição. Lula queria que a Vale fabricasse aço. Imaginem que a empresa topasse a determinação e investisse pesado nesse negócio. Aí troca o governo, e este decide que o investimento prioritário não é fabricar aço, mas produzir baterias de carros. A empresa teria de se desfazer das usinas e começar tudo de novo.

PAPEL DO GOVERNO – Dirão: então para que serve ser governo, se não manda nada? Manda, sim. O governo pode estimular um setor, concedendo subsídios para a indústria automobilística, mas não pode dizer às montadoras que carros devem produzir. Mais: nem pode obrigar as empresas a tomar os subsídios. Lembram a velha história? Você pode levar o cavalo até a beira do lago, mas não consegue obrigá-lo a beber água.

As ações da Vale estão em queda desde o início do ano. As últimas declarações de Lula prejudicam não apenas a Vale — levando dúvidas sobre sua gestão —, mas geram desconfiança geral. A economia brasileira foi bem no ano passado, mas não nos investimentos.

Se o PIB cresceu 2,9%, o investimento caiu expressivos 3% em relação a 2022, que já não tinha sido um bom ano. O consumo é PIB de hoje. O investimento é de hoje e amanhã.

CONTAS EXAURIDAS – Como o governo está com as contas exauridas, o país necessita de investimento privado. Para isso, o governo deve oferecer um bom ambiente de negócios, de modo que as empresas se sintam confortáveis para aplicar aqui.

Lula passa o recado contrário. A maioria dos acionistas da Vale está no exterior. E todos têm perspectiva desfavorável quando o presidente intervém numa companhia privada e anuncia que todas as empresas aqui instaladas têm de rezar pela sua cartilha.

Sem contar que, com sua habitual desinformação, Lula passou uma série de fake news sobre a Vale. Disse, só em exemplo, que a empresa mais vende ativos do que produz minério. Errado: em 2023, a Vale produziu 321 milhões de toneladas de minério de ferro, quase 10% acima de ano anterior. Vendeu ativo, mas comprou outros. Mas quem se importa com fatos?

Sem vazamentos, a imprensa fica reprisando as notícias sobre o golpe

Cúpula do Exército defende general Freire Gomes e se irrita com vazamentos | Blogs CNN | CNN Brasil

Como ainda não houve vazamentos, a imprensa inventa…

Carlos Newton

Em ambiente de altíssima expectativa, aguarda-se o vazamento de afirmações feitas pelo general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, em seu depoimento à Polícia Federal.

Até agora, não vazou absolutamente nada. No desespero, os jornais ficam criando factoides óbvios, tipo Freire Gomes desmentiu declaração do ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.

O mais recente falso vazamento diz que Freire Nunes revelou a existência de duas versões da minuta, quando todos já estão cansados de saber que existiam pelo menos três, pois a primeira foi encontrada na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, a segunda na sala de Bolsonaro na sede do PL. e ainda há a terceira versão, entregue pelo assessor Filipe Martins, e que Bolsonaro teria resumido a texto da justificativa do decreto, segundo Mauro Cid, em sua delação premiada.

BUSCAR OS FATOS – Bem, não adianta ficar tentando tirar leite de bode, como se diz no Nordeste. É preciso buscar os fatos. Como ainda não houve o menor vazamento, não há fatos, apenas especulações, que vêm sendo feito feitas até por jornalistas famosos, que nem precisam aparecer, digamos assim, mas gostam de se mostrar.

As grandes dúvidas são as seguintes: 1) O general Freire Gomes, como comandante do Exército, chegou a apoiar de alguma forma o golpe? 2) Quem realmente liderava a conspiração: Bolsonaro ou Braga Netto?  3) Na reta final, Bolsonaro percebeu que ia ser descartado e foi para os Estados Unidos. ou viajou com medo de ser preso?

O povo quer saber, mas enquanto não houver vazamentos, nada feito…

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P.S. – E a Piada do Ano é dizer que a cúpula militar está muito irritada com os vazamentos dos depoimentos à Polícia Federal, porque isso limita a capacidade de respostas das Forças Armadas, já que o processo corre em sigilo. Ora, as Forças Armadas não têm de responder nem se defender de nada. A investigação é sobre pessoas físicas, sejam fardadas, à paisana ou de pijama. (C.N.)

No meio da confusão, Ronaldo Caiado prepara sua candidatura à Presidência

Ato de Bolsonaro em São Paulo reuniu 185 mil pessoas, calcula grupo de pesquisa da USP – CartaExpressa – CartaCapital

Caiado sonha em ser apoiado por Bolsonaro em 2016

Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense

A tentativa de golpe de 8 de janeiro levou o ex-presidente Bolsonaro e seus aliados para o canto do ringue, em função das investigações que estão sendo realizadas pela Polícia Federal (PF), no âmbito do inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O vice-presidente Geraldo Alckmin, em entrevista à jornalista Miriam leitão, na GloboNews, resumiu a narrativa do governo: “Eu tenho a convicção de que o presidente Lula salvou a democracia, quando eles tentaram dar um golpe de Estado. Quem defende a Constituição, defende eleição, defende o povo, é democrata. O inverso disso é golpista. Se perdendo a eleição eles tentaram um golpe, imagina se tivessem ganhado. E isso é a pior coisa também para a economia. As ditaduras suprimem a liberdade em nome do pão, não dão o pão nem devolvem a liberdade que tomaram”.

CENTRO-ESQUERDA – O ex-governador paulista, que deixou o PSDB para ser o vice de Lula pela legenda do PSB, ao lado de Simone Tebet, é um representante dos setores de centro-esquerda que apoiaram Lula já no primeiro turno.

Como ministro do Desenvolvimento, é o principal porta-voz da política industrial do governo, que provoca muita polêmica. Entretanto, que ninguém se iluda, é um aliado de Fernando Haddad, como Simone Tebet:

“Na política, você conquista. A questão econômica é central. O risco Brasil era 254, baixou para 130. A inflação estava em 6%, e baixou para 4,5%, dentro do teto da meta. A Bolsa subiu. O dólar baixou de R$ 5,40 para R$ 4,90. O desemprego caiu. É uma combinação de três coisas: eficiência econômica, rede de proteção social e liberdade individual”, avalia.

ACOMODAÇÃO – Fernando Haddad, Geraldo Alckmin, Simone Tebet, Marina Silva, todos foram candidatos a presidente da República e estão bem acomodados no governo.

Isso fecha a porta para o surgimento imediato da terceira via defendida pelo ex-governador de Minas e deputado federal Aécio Neves, um ator decisivo nos bastidores do PSDB.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, é o candidato natural dos tucanos, mas não quer pôr o seu bloco na rua e ficar no sereno. Precisa cuidar do seu próprio quintal do ponto de vista administrativo e eleger o maior número possível de prefeitos e vereadores nas eleições municipais deste ano.

CAIADO SE LANÇA – Entretanto, há um movimento de placas tectônicas na oposição, apesar da demonstração de força de Bolsonaro no domingo passado, com o ato realizado na Avenida Paulista.

Nesta quinta-feira, houve uma troca de guarda no União Brasil, patrocinada pelos velhos caciques do antigo DEM, que destituíram o deputado Luciano Bivar (União-PE).

 Com apoio do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, o advogado  E ex-deputado Antônio Rueda, vice-presidente, assumiu o comando da legenda. Por trás da manobra, está a candidatura à Presidência do governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGCaiado sonha (?) em ser apoiado por Bolsonaro em 2026. Bem, sonhar ainda não é proibido nem paga imposto. Mas Bolsonaro dificilmente deixará de apoiar Tarcísio de Freitas. (C.N.)

Depoimento de Freire Gomes e diário de Heleno reforçam a trama golpista

Depoimento de Freire Gomes e diário de Heleno reforçam trama golpista | Metrópoles

Fotos reproduzidas da Metrópoles

Mariana Andrade
Metrópoles

Nos últimos dias, dois fatos reforçaram a convicção da Polícia Federal (PF) sobre a “trama golpista” durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), promovida pelo próprio ex-presidente, seus ministros e integrantes das Forças Armadas.

São elas: a confirmação do ex-comandante do Exército e general da reserva Marco Antônio Freire Gomes sobre as reuniões sobre a chamada “minuta do golpe”; e a descoberta de uma agenda pessoal do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, com instruções para impedir a atuação da PF em certas ocasiões.

MINUTA EM DEBATE – De acordo com a CNN, Freire Gomes teria dito à PF que presenciou encontros sobre a formulação do documento golpista para cancelar as eleições de 2022, que elegeram Lula da Silva (PT).

As informações sobre as reuniões continuam sob sigilo, mas a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, já havia adiantado a participação do então comandante do Exército em conversas para articular a minuta do golpe e Freire Gomes teria até recusado a tese golpista.

O general depôs por mais de sete horas, começando por volta das 15h da última sexta-feira (1°/3) e terminando às 22h. Essa foi a oitiva mais longa desde o início da Operação Tempus Veritatis.

VAZAMENTOS SELETIVOS – As informações veiculadas pela imprensa causaram reação do núcleo bolsonarista, em especial de Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro, que criticou o que chamou de “vazamentos seletivos” e reclamou da falta de acesso da defesa aos autos.

Já a revista Veja revelou nesse sábado que investigadores da Polícia Federal encontraram uma agenda do ex-ministro do GSI Augusto Heleno, com diversas anotações que poderiam privar o trabalho da PF e até levar à prisão de delegados.

Nas anotações, Heleno sugere unir o Ministério da Justiça, a Advocacia-geral da União (AGU) e Presidência da República para combater supostas “ordens judiciais exorbitantes”, impedindo, assim, que a Polícia Federal cumprisse determinadas decisões da Justiça, segundo a Veja.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Desta vez, está difícil vazar informações sobre o depoimento do general Freire Gomes, que era comandante do Exército na época das eleições de 2022 e evitou o golpe militar. Assim, as matérias se tornam repetitivas, sem nada de novo. (C.N.)

Ao se entregar nas mãos do salvador, o Brasil se tornou o país da enganação

Não Existe Salvador da Pátria by Detonautas Roque Clube on TIDAL

Reprodução de disco dos Detonautas

Luís Ernesto Lacombe
Gazeta do Povo

Tadinhos de nós, tão bobinhos, tão ingênuos, tão perdidos, tão desprotegidos… Até que um salvador se apresenta. Só ele mesmo para nos livrar de tantas mentiras, de tanto ódio, da desunião, do desentendimento, das maiores agruras desta vida. Só ele mesmo para nos dizer no que devemos acreditar, em quem podemos confiar. Nele, apenas nele, na sua aliança, apenas no que ele nos indica como correto, como a mais pura verdade.

Estávamos tão abandonados, expostos a nazistas, fascistas, negacionistas, genocidas, aos piores criminosos. Já não víamos saída, já não víamos nada, só escuridão. E veio, enfim, a luz. Nosso salvador nos pegou pela mão. De que nos serve opinião que não seja a dele? De que nos vale viver sem sua proteção, sem um tutor tão bem-intencionado, tão compreensivo, conhecedor de todas as coisas? Nada. Sem ele, não há nada, só sofrimento, só desgraça.

AGRADECIMENTOS – Não cabem em palavras os agradecimentos que lhe devemos. Ele nos salvou da ditadura, do autoritarismo, da injustiça. Ele nos consertou, e, conduzido por ele, ninguém mais falhará, ninguém ficará perdido, ninguém terá a mínima chance de errar, de cometer nem mesmo um deslize, um pequeno equívoco. Só ele nos entregará o mundo perfeito.

Qualquer problema eventual, e ele tem os corretivos, o poder de persuasão, de convencimento. Criticá-lo é imperdoável. Qualquer crítica a ele é uma agressão, uma insanidade. Ele só persegue quem merece ser perseguido, ele só humilha quem merece ser humilhado. Ele só destrói quem merece ser destruído. Quando manda prender e manda soltar, ele está sempre certo. Ele tem sempre razão.

Não há pena imposta por ele que não deva ser cumprida, para o estabelecimento de tudo, tudo de bom. Ele é a palavra, ele é a verdade, a justiça. Nada do que faz é questionável. Seus atos são sempre necessários, na medida certa, não têm malícia. Um eventual exagero sempre envolve dons divinos. Ele é sempre sincero, não consegue ser de outro jeito.

ÓDIO SANTIFICADO – Só ele sabe o que é liberdade, principalmente isso. Sua tirania não é tirania, pois é do bem. A censura que impõe é cuidado de pai, de mãe… Tudo o que ele faz é para nos oferecer um país irretocável.

Seu ódio foi santificado e promove milagres. Seu extremismo é redentor, tem a ver com harmonia e felicidade extremas. Seu poder é pacificador. Faça-se a sua vontade. Devemos a ele gratidão eterna.

Somos abraçados por ele, o salvador, e nossa voz será sua voz. Nossos pensamentos serão seus pensamentos. Seremos um reflexo dele, de suas virtudes infinitas. Para o nosso bem, suas ideias nos dominarão eternamente.

DIVINO MARAVILHOSO – Tudo será maravilhoso. Suas leis serão para sempre nossas leis. O que vale e o que não vale ele nos indicará, na sua bondade infinita. Nosso horizonte é ele. Nosso destino é ele, ele, ele.

A maioria dos brasileiros sabe de quem estou falando e entende que esse texto nada mais é do que uma peça de ficção. Nessas paragens terrenas, o “salvador” é canastrão, apelativo, ridículo. Não é soberano, é selvagem, bárbaro. A ele devemos o contrário de respeito, devoção e gratidão.

Do que precisamos realmente? Da união dos bons de verdade, de sua força despertada e empreendida, ou os que estão em menor número permitirão este alçapão aberto em que desaba o país inteiro.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Enviado por Mário Assis Causanilhas, este exercício da ironia nos mostra o erro que cometemos ao acreditar naqueles que se apresentam como salvadores da pátria. (C.N.)

Depoimentos de ex-comandantes teriam implicado Bolsonaro no plano golpista

Tribuna da Internet | O golpe do falante capitão Bolsonaro foi abafado pelo silêncio de generais calados

Charge do Miguel Paiva (Arquivo Google)

Bela Megale
O Globo

O ex-comandante do Exército Freire Gomes e o ex-comandante da Aeronáutica Carlos Baptista Júnior teriam implicado diretamente Jair Bolsonaro na trama golpista investigada pela Polícia Federal. Ambos concederam longos e detalhados depoimentos aos investigadores e ajudaram a preencher “lacunas importantes do caso”, segundo envolvidos nas apurações.

Os dois ex-comandantes confirmaram participação na reunião na qual foi discutida uma minuta golpista. O encontro foi revelado pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, em seu acordo de delação premiada. A informação de que Freire Gomes confirmou reuniões sobre um documento com teor golpista foi revelada pela “CNN Brasil” e confirmada pela coluna.

HAVIA A DÚVIDA – O depoimento do general ocorreu na sexta-feira passada e ele respondeu todas as perguntas feitas pela PF. Havia a dúvida, entre os investigadores, se o ex-comandante seria tratado como investigado ou testemunha. Essa decisão seria tomada de acordo com o grau de colaboração do depoimento.

A avaliação foi a de que Freire Gomes adotou a postura de ajudar as investigações e segue como testemunha. Esse é o mesmo status do brigadeiro Baptista Júnior, que também concedeu um longo depoimento à PF, há poucas semanas, na qual trouxe informações importantes aos policiais.

O ex-comandante de Marinha Almir Garnier, apontado como o único dos três que teria aceitado aderir ao golpe, segundo a delação de Mauro Cid, ficou em silêncio na PF. Ele faz parte do rol de investigados.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Nada de novo no front. O vazamento foi mínimo. Para sair alguma novidade, é preciso aumentar o vazamento sobre os envolvidos e testemunhas que já depuseram. (C.N.)

Bukele massacra a esquerda e elege 43 dos 44 prefeitos salvadorenhos

O presidente Nayib Bukele vota nas eleições municipais

Deu  na Folha

O presidente reeleito de El Salvador, Nayib Bukele, conquistou uma nova vitória esmagadora nas eleições municipais do país no último domingo (dia 3) e elegeu aliados em 43 dos 44 municípios. Em resposta, o principal partido de esquerda do país, a Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), anunciou nesta segunda-feira (dia 4) uma “reorganização total” —a sigla não elegeu nenhum prefeito.

Bukele também controla o Congresso do país da América Central, com 54 das 60 cadeiras, e venceu as eleições de 4 de fevereiro com mais de 80% dos votos. O candidato da FMLN, Manuel Flores, obteve apenas 6,5%, e a sigla ficou de fora do parlamento.

ESQUERDA ARRASADA – “Depois destes resultados deve haver um novo começo, uma reorganização total de nosso projeto político, olhando para o futuro”, declarou o secretário-geral da FMNL, Óscar Ortiz, em coletiva de imprensa. A renovação passará por “estabelecer novas formas de trabalho, de organização e de como vincular” com os distintos setores, disse.

Em junho de 2023, o Congresso reduziu os municípios de 262 para 44, uma reforma que beneficiou o partido de Bukele, o Novas Ideias. A sigla vai governar a maioria das 14 capitais departamentais, incluindo a capital San Salvador, onde o prefeito Mario Durán foi reeleito.

A Constituição salvadorenha proíbe a reeleição, mas Bukele realizou uma manobra no Tribunal Constitucional, destituindo juízes e nomeando outros, e conseguiu permissão para concorrer novamente.

CONTRA O CRIME – O presidente conta com altas taxas de aprovação por conta da sua cruzada contra o crime organizado, criticada por organizações internacionais, que acusam o governo de prender inocentes e violar direitos humanos.

Bukele disse no domingo que “o povo é sábio” e que alguns dos novos prefeitos pertencem a partidos que sempre apoiaram “todas as mudanças” que o país necessitava, mesmo antes da sua primeira vitória nas eleições presidenciais em 2019.

Com 90% das cadeiras no Congresso conquistadas, Bukele tem votos suficientes para aprovar facilmente qualquer projeto de lei, definir juízes do Supremo Tribunal e o procurador-geral e manter o estado de exceção com o qual combate as gangues há dois anos.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O pessoal da Frente Farabundo Marti está furibundo e meditabundo, sem saber o que fazer, porque o partido de esquerda parece moribundo. Vejam a força da luta contra o crime, que transforma o presidente de El Salvador num herói. Aqui no Brasil é o contrário. O presidente é um ex-presidiário, o crime domina tudo e os presídios de segurança máxima têm eficiência mínima. Na verdade, ninguém liga para o combate ao crime aqui nesse país de governantes vagabundos, desculpem a abundância de rimas. (C.N.)

Dois conselheiros da Vale, apelidados de “centrão”, estão dando apoio a Lula

Lula lembra cinco anos de Brumadinho e cobra mais responsabilidade da Vale  - Brasil 247

Lula continua insistindo em controlar a Vale (Brasil 247)

Robson Bonin
Veja

A cúpula da Vale está mergulhada em intrigas. Conselheiros cooptados por Lula agora são chamados, nas reuniões internas, de “centrão” da empresa. É que dois figurões da empresa decidiram acompanhar o governo em diferentes movimentos na companhia. Lula, como se sabe, vem intimidando a Vale abertamente com suas falas, o que tem provocado prejuízos para a empresa privada.

Recentemente, pós Lula fracassar ao tentar empregar Guido Mantega na empresa, o governo aplicou uma multa contra a Vale, despertando rumores de uso da máquina para perseguição política.

Como se pudesse interferir numa empresa privada, Lula disse o seguinte outro dia: “A Vale não pode pensar que ela é dona do Brasil, não pode pensar que ela pode mais do que o Brasil. Então o que nós queremos é o seguinte: empresas brasileiras precisam estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro. É isso que nós queremos”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Já comentamos aqui que Lula da Silva não parece bem. Dá declarações sem sentido, cria problemas para o próprio governo. Há tanto tempo na política, agora exercendo a Presidência pela terceira vez, é inacreditável que Lula ainda não perceba que existe diferença entre empresa estatal e privada. Há algo estranho nesse proceder do presidente, que provoca insegurança no mercado. (C.N.)

Para formar livre opinião, é indispensável confrontar as ideias contrárias

Memorial da Democracia - Nova lei criminaliza a livre expressão

Charge do Fortuna (Arquivo Pasquim)

Duarte Bertolini

Existem pontos pacíficos no Brasil. Aqui, se criticarmos qualquer coisa, no presente, no passado ou no receio do futuro, em relação ao mito Jair Bolsonaro, somos obviamente tachados de comunistas, petistas e defensores do ladrão nove dedos.

Da mesma forma, se criticarmos Lula, seus sequazes ou o comportamento quadrilheiro do PT, lembrando seu passado de “malfeitos”, seu presente de nulidades e desastres, e temendo pelo futuro, somos obviamente chamados de fascistas, bozistas, amantes da ditadura e lambebotas de militares golpistas

SEM ALINHAMENTO – Portanto, quando recebemos críticas dos dois lados, é porque… não estamos alinhados automaticamente a qualquer das correntes de fanatismo e obediência cega a comandos polarizantes, mesmo que a realidade lhes mostre que o posicionamento livre, sem amarras de qualquer espécie, é sempre o mais acertado.

Então, aqui na Tribuna da Internet, podemos estar num caminho difícil e pedregoso, mas certamente não estamos nos rebanhos de zumbis que acreditam estar salvando o mundo e o Brasil com seus disparates.

O caminho é difícil, as pedradas e os vitupérios são muitos e constantes, principalmente para os jornalistas independentes, que se expõem com frequência ao tentar mostrar um caminho de isenção e equilíbrio.

FORMAR OPINIÃO – Felizes daqueles que mantêm a mente aberta, não se deixam iludir por ideologias, facções e partidarismos, mantendo sua independência e que podem desfrutar da Tribuna da Internet para tomar conhecimento das ideias adversas, que possibilitem formar opinião com total liberdade.

É claro que se torna necessário suportar robôs, fanáticos e simpatizantes de tempo integral, que defendem seus pontos de vista como se fossem autômatos.

Assim, vamos em frente. Como diz o velho ditado árabe, citado por Ibrahim Sued, os cães ladram, enquanto passa a caravana que conduz a democracia, o equilíbrio e a ética, sob o signo da liberdade.

Bolsonaristas querem culpar Freire Gomes pelos acampamentos nos quartéis

General Freire Gomes confirma ordem de Bolsonaro para sustentar acampamentos golpistas

Jair Bolsonaro não conseguiu convencer Freire Gomes

Andréia Sadi
g1 Política

Militares suspeitos de participação na tentativa de golpe de Estado e aliados políticos de Bolsonaro passaram o final de semana organizando uma estratégia para ‘’fritar’’ Freire Gomes após o ex-comandante do Exército passar cerca de 7 horas depondo à Polícia Federal sobre o roteiro do golpe em curso durante o governo Bolsonaro.

Freire Gomes, na condição de testemunha, colaborou – e muito – com as investigações. A preocupação de golpistas é com o que pode haver de detalhamento de Freire Gomes a respeito de discussões sobre minuta do golpe e sobre o papel do Ministério da Justiça, além de negativas de forma categórica de que houvesse qualquer indício de fraude em urnas.

QUEIMAR GOMES – Para investigadores ouvidos pelo blog, Freire Gomes é um personagem que teria evitado o golpe – por isso, para bolsonaristas e militares – e a informação de que ele decidiu falar como testemunha fez com que militares repassassem, no fim de semana, mensagens e vídeos uns aos outros chamando Freire Gomes de ‘’traidor’’ e traçando estratégia para “queimar” Gomes.

Num desses vídeos recebidos pelo blog que circula há dias entre militares, antes até do depoimento de Gomes à PF, aliados de Bolsonaro afirmam que ‘’general que traiu Bolsonaro pode se complicar’’ e que ele ‘’enrolou’’ e “enganou’ Bolsonaro com discussões sobre artigos da Constituição. E que ele não ia interferir – mas tinha que ‘’parecer’’ que ia.

Bolsonaristas irritados, agora, se esforçam para atribuir a Freire Gomes omissão por não ter esvaziado os acampamentos golpistas. Essa é a principal estratégia dos golpistas irritado com Gomes para ‘’fritá-lo’’.

ESCLARECEDOR – Para a Polícia Federal, o depoimento dele foi bastante esclarecedor, inclusive em relação a superiores dele, e ao papel do Ministério da Justiça à época.

A PF espera fechar o enredo da investigação do roteiro do golpe com as informações obtidas no depoimento de Freire Gomes- e cruzando com Mauro Cid.

Cid será chamado a depor novamente para confirmar as informações levantadas pela PF sobre as minutas do golpe encontradas na investigação. Se mentir ou omitir, pode perder benefícios de sua delação premiada.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG Nada de novo no front ocidental. Tudo isso já era sabido. Os jornalistas continuam esperando os vazamentos, porque os depoimentos estão sob sigilo. (C.N.)

Freire Gomes tornou-se um personagem chave para a história do Brasil

Ex-comandantes contam à PF como seria o golpe contra a democracia

Pedro do Coutto

Quanto mais se acentuam os debates e a busca pela verdade sobre a tentativa de golpe contra a democracia, mais claro se torna o comprometimento do bolsonarismo através da investida que tramou contra o resultado das urnas. Bela Megale focalizou o assunto ontem em sua coluna online no O Globo.

O ex-comandante do Exército Freire Gomes e o ex-comandante da Aeronáutica Carlos Baptista Júnior implicaram diretamente Jair Bolsonaro na trama golpista investigada pela Polícia Federal. Ambos concederam longos e detalhados depoimentos aos investigadores e ajudaram a preencher “lacunas importantes do caso”, segundo envolvidos nas apurações.

PARTICIPAÇÃO – Os dois ex-comandantes confirmaram participação na reunião na qual foi discutida uma minuta golpista. O encontro foi revelado pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, em seu acordo de delação premiada. O depoimento do general ocorreu na sexta-feira passada e ele respondeu todas as perguntas feitas pela PF.

Havia a dúvida, entre os investigadores, se o ex-comandante seria tratado como investigado ou testemunha. Essa decisão seria tomada de acordo com o grau de colaboração do depoimento. A avaliação foi a de que Freire Gomes adotou a postura de ajudar nas investigações e segue como testemunha. Esse é o mesmo status do brigadeiro Baptista Júnior, que também concedeu um longo depoimento à PF, há poucas semanas, na qual trouxe informações importantes aos policiais.

Verifica-se assim mais um desses eventos políticos inesperados, mas que mudam o curso da história, dos governos e dos países. Em 1955, por exemplo, o golpismo da época não esperava a atuação fortemente legalista do general Teixeira Lott. O golpismo foi derrotado e Juscelino Kubitschek assumiu o comando do país.

COLISÃO – Nos tempos de hoje, o papel de Freire Gomes marca uma coincidência democrática do destino, pois incorporou o pensamento e a posição do Alto Comando militar que não embarcou na caravana no rumo de uma versão inconstitucional que hoje se vê representava um ponto de colisão entre a vontade das urnas e a posição dos que desejavam negá-la, mas que não contavam com o compromisso democrático da grande maioria das Forças Armadas.  Freire Gomes tornou-se um personagem chave para a história do Brasil.

Ele interpretou o sentimento da população ou da disposição das próprias Forças Armadas. Na medida em que o bolsonarismo o acusam até de traidor, esquecem que traição maior foi a invasão de Brasília com o propósito de explodir os alicerces da democracia. O episódio deve ser eternamente lembrado. O quadro verdadeiro a cada dia vai se dissipando com as sombras.  

Ciro Gomes denuncia novo escândalo sobre precatórios de R$ 93 bilhões

Ciro Gomes - Notícias e tudo sobre | CNN Brasil

Ciro Gomes não mencionou os bancos favorecidos

Deu na Gazeta Brasil

Durante entrevista à CNN Brasil no último sábado (02), o ex-governador do Ceará e ex-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) denunciou um suposto esquema envolvendo o governo Lula, precatórios e bancos. De acordo com ele, o escândalo seria de proporções maiores que o mensalão e o petrolão.

Ciro Gomes afirmou à emissora que o governo Lula vendeu R$ 93 bilhões de precatórios para dois bancos do país. Segundo ele, a compra foi feita com um deságio de até 50%.

“Eles [o governo] venderam os precatórios para bancos, para poucos bancos, dois bancos, que compraram esses precatórios com deságio de até 50%”, afirmou Ciro Gomes.

“Isso é uma falcatrua maior que a do mensalão e do petrolão juntos”, disse o ex-ministro de Lula durante a entrevista.

INVESTIGAÇÃO – Após a fala de Ciro Gomes, o deputado federal Nikolas Ferreira anunciou que acionará o Ministério Público (MP) para que a acusação feita por Ciro Gomes seja investigada. Ele também defendeu a criação de uma CPI para investigar o caso.

“Ciro Gomes denunciou hoje à CNN um possível escândalo do governo Lula envolvendo precatórios e bancos. Segundo ele, este escândalo seria de proporções maiores que o Mensalão e Petrolão. Diante disso, protocolarei ao MP uma representação para que as acusações sejam investigadas. Ao mesmo tempo, solicitarei informações à Ministra do Planejamento, Simone Tebet, questionando o processo de quitação integral destes precatórios. Caso a resposta não seja esclarecedora, cabe ao Parlamento avaliar por meio de uma CPI a validade destas transações”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG –
A matéria foi enviada por Duarte Bertolini. Pode ser mais uma denúncia que Ciro Gomes não conseguirá provar. O governo não tem como vender precatório. Pelo contrário, ele (a União) é devedor do precatório e responsável pelo pagamento. Quem pode vender o precatório é seu titular, ou seja, o credor da União, que pode ser pessoa física ou jurídica. A venda de precatório é legal e usual. Tinha diminuído muito, porque o governo, até Bolsonaro, vinha pagando em dia essas dívidas. Por isso, mesmo se fosse verdade. Ciro Gomes jamais conseguiria provar a acusação, a não ser que seja precatório a ser recebido por estatal. (C.N.)