Desastre no RS reflete impactos da crise climática e a necessidade de prevenção

Estado enfrenta pior catástrofe natural de sua história

Pedro do Coutto

As recentes chuvas no Rio Grande do Sul marcaram tristemente o cenário brasileiro nos últimos dias. Os temporais causaram estragos em cerca de um a cada três municípios gaúchos, fizeram um rio atingir a maior cheia de sua história, romperam parcialmente uma barragem e deixaram dezenas de mortos e desaparecidos, além de centenas de pessoas ilhadas e milhares de desabrigados.

A questão é que, a exemplo de outros estados, o Rio Grande do Sul assiste novamente esse mesmo tipo de tragédia, uma  vez que no ano passado, mais de 80 pessoas morreram na região, vítimas de três enchentes e eventos menores. Esse tipo de calamidade pública representa um grave exemplo em nosso país, já que se questiona se ações preventivas não poderiam ter sido tomadas ao menos para amenizar os efeitos devastadores observados neste momento.

SOLUÇÕES – Os governos em suas diversas esferas buscam soluções imediatas para tentar conter estragos ainda maiores, mas as ações são de tentativa de contenção emergencial. Mas é preciso observar que medidas devem ser tomadas para evitar novamente esse quadro que se repete agora nos municípios atingidos.

As fortes e constantes chuvas que caem sobre o Rio Grande do Sul resultaram no que vem sendo considerado o maior desastre climático do estado. Segundo explicou o meteorologista da Climatempo, Fábio Luengo, ao portal G1, o Sul do país tem condições que favorecem tempestades nessa época do ano, porém a crise climática agrava essa situação.

“O oceano mais quente, como estamos vendo agora, faz com que seja gerada mais energia para a formação das chuvas. Com isso, elas chegam nesses níveis, que nunca vimos antes. A mudança no padrão do clima interfere na atmosfera e muda o ciclo dos fenômenos que aconteciam, deixando-os mais intensos”, destacou.

EFEITOS CLIMÁTICOS – Nos últimos dois anos, a situação do Rio Grande do Sul tem piorado, o que demanda ações governamentais que preparem o estado e que mitiguem os efeitos de eventos climáticos como esses, reduzindo os danos à população, ao meio ambiente e à infraestrutura.

Apesar da recorrência de graves eventos decorrentes da crise climática no Brasil, durante a gestão de Jair Bolsonaro, o problema foi ignorado, seja no que diz respeito às ações ambientais para combater o desmatamento, seja nos investimentos para preparar o país e evitar tragédias. O descaso com a questão pode ser medido pelo corte de 95% que o então presidente fez no orçamento deixado para 2023 para redução de desastres ambientais.

O momento agora é de tentar conter prejuízos à vida humana ainda maiores, mas é preciso imediatamente estabelecer-se políticas públicas, não só no Rio Grande do Sul, mas em todo o país para que novas tragédias não acrescentem números fatídicos nas estatísticas em casos semelhantes.

10 thoughts on “Desastre no RS reflete impactos da crise climática e a necessidade de prevenção

  1. Como prevenir, o que já está programado?
    Aceitem, que dói menos!
    “Dendos”, em:
    “O Jogo “INWO — Illuminati New World Order”, a Nova Ordem Mundial dos Illuminati — Parte 5: Desastres Naturais Planejados.”
    “Os desastres naturais têm o potencial de redefinir um hábitat e forçar uma grande área territorial a retornar à vida selvagem! Se a tecnologia atual permite o controle dos desastres naturais, então terremotos, chuvas torrenciais, furações e vulcões poderão ser usados para reduzir drasticamente a população mundial em 66% e, ao mesmo tempo, obter o “retorno à vida selvagem”, conforme previsto nos Mapas da Biodiversidade, da ONU.” https://www.espada.eti.br/n1859.asp
    PS. Solução, se houver: Descubram e impeçam os “causa-dores!

      • Pelo que se vê, as “prevenções” são para impedir, que alguém possa interromper o agendado curso das vindouras desgraças pois “capacitaram” moral, mental e neurológicamente seus prepostos, “para tanto alçados”!
        Aguardemos, consequentes “refregas”!

  2. A má “cultura política” brasileira não vê vantagem em fazer obras subterrâneas, pois os “operadores de emendas” gostam de mostrar o que é visível, daí esses desastres que acontecem, ano sim e outro também; e a tendência é piorar dada a inércia, hipocrisia e patrimonialismo observados nos três níveis de governos.

  3. Antes existia no Brasil , um sistema de prevenção de calamidade naturais , com presença da extinta ” Companhia Brasileira de Dragagem – CBD ” , que rodava o país desobstruindo e desassoreando ” rios e canais ” , mas tal serviço de prevenção foi extinto na era FHC , sendo que o então governador do RJ Marcelo Alencar , extinguiu e destruiu a CBD , deixando seus maquinários jogados e abandonados , e demitindo seus funcionários.

  4. Desde a revolução industrial o ser humano, tornou-se um fator importante que influencia no clima. Porém, todos acham que esse fenômenos extremos são um fenômeno atual. Se vermos na história que esse fenômeno está presente em todas épocas. Bem antes da revolução industrial isso também acontecia

  5. Senhor Jorge Conrado Conforte , por se negligenciar ( demonizar as campanhas de vacinações públicas ) a saúde preventiva , várias doenças como a ” coqueluche ” que eram dadas como ” extintas ou controladas ” a mais de 50 anos , voltaram a darem as caras , assim como esta acontecendo com as enchentes catastróficas em várias parte do país , que em sua grande parte poderiam ser evitadas .

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