Sem alternativa, Israel vai aceitar a paz que americanos e sauditas oferecem?

Parem o genocídio em Gaza! - O Trabalho

Há feridas que jamais cicatrizam e podem impedir a paz

Carlos Newton

A Guerra na Faixa de Gaza chegou a seu ponto de não-retorno, como dizem os norte-americanos. Israel destruiu quase toda a faixa de Gaza e conseguiu conter o Hamas em Rafah, na fronteira com o Egito, uma cidadezinha com apenas 21 mil habitantes, onde se diz que estão os últimos quatro batalhões do Hamas e, talvez, seu líder Yehia Sinwar. A área abriga mais de 20 mil residentes permanentes e agora também mais de 1 milhão de palestinos refugiados.

Para liquidar com o Hamas, Israel terá de trucidar milhares e milhares de palestinos. Talvez o número de vítimas – incluindo crianças, mulheres e idosos – possa passar de 100 mil, não se pode prever com exatidão.

SIM OU NÃO – Se atacar Rafah, Israel vai causar uma comoção tão forte no mundo árabe que haverá um brutal fortalecimento de grupos terroristas como Hamas, Irmandade Muçulmana, Estado Islâmico e Al Qaeda. E daqui em diante, o Estado Judeu sabe que jamais terá um só dia de paz.

No início da guerra, havia consenso, porque mesmo os pacifistas israelenses e líderes árabes moderados apoiavam a dizimação do Hamas, uma das ramificações da Irmandade Muçulmana que ameaça todos os monarcas árabes.

Aos poucos, esse consenso se diluiu, porque o que ocorreu foi uma desumana mortandade de civis, incluindo crianças, mulheres e idosos, um verdadeiro genocídio, a palavra é esta. A estratégia falhara, o Hamas resistiu e a matança prosseguiu.

NENHUMA VOZ CONTRA – Como destacou no New York Times o editorialista Thomas L. Friedman, considerado o mais importante jornalista do mundo, o mais perturbador e deprimente é que não haja nenhum líder israelense importante hoje na coalizão governante, na oposição ou no meio militar que defenda o plano de paz anunciado pelos governos dos EUA e da Arábia Saudita.

Friedman diz que Israel não tem opção e precisa aceitar o plano de paz, com criação do Estado Islâmico e a proteção oferecida pelos Estados Unidos e Arábia Saudita para neutralizar ameaças do Irã.

Ou Israel se torna um parceiro do Oriente Médio ou se transforma num pária global, sem a solidariedade integral que os Estados Unidos e os países ocidentais sempre ofereceram ao Estado Judeu. Eis a questão.

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P.S. –
Ao que parece, os pacifistas israelenses já perderam a esperança. Acham que o genocídio em Gaza foi grave demais, nunca será esquecido e daqui em diante Israel passará a viver em permanente estado de guerra, pois a proposta dos EUA e da Arábia Saudita é muito bonita na prática, mas dificilmente impedirá novos atentados dos grupos terroristas islâmicos que agem no mundo inteiro, matando em nome de Deus. (C.N.)

5 thoughts on “Sem alternativa, Israel vai aceitar a paz que americanos e sauditas oferecem?

  1. Recebi de um amigo.

    Carlos Galani Dos Santos

    COMO COMEÇAR UM DISCURSO COM INTELIGÊNCIA
    Um exemplo de oratória e habilidade política, ocorrido há algum tempo na ONU, fez sorrir toda a comunidade mundial ali presente.
    Falava o representante de Israel na ONU:
    – “Antes de começar o meu discurso, quero contar-lhes algo inédito sobre Moisés.
    … (todos ficaram muito curiosos)
    …Quando Moisés golpeou a rocha com seu cajado e dela saiu água, pensou imediatamente”:
    “Que boa oportunidade para tomar um banho!”.
    Tirou a roupa, deixou-a junto da pedra e entrou n´água. Quando acabou de banhar-se e quis vestir-se, sua roupa tinha sumido!
    Os palestinos haviam-na roubado!!!”
    Um representante da Palestina de pronto levantou-se furioso e bradou:
    – “Que mentira boba e descabida! …Nem havia palestinos naquela época!!!”
    O representante de Israel então sorriu e afirmou:
    – “Muito bem… Então, agora que ficou bem claro quem chegou primeiro a este território e quem foram os invasores, posso enfim começar o meu discurso…”
    Se um discurso semelhante fosse aplicado ao Brasil, seria mais ou menos assim:
    Em 1.979, os Governos Militares, depois de salvar o Brasil do comunismo, e prepará-lo para um futuro brilhante, com uma grande infraestrutura governamental, resolveram iniciar a abertura política e se retirar totalmente da área política, preparando inclusive uma Lei da Anistia, para perdoar até mesmo aos traidores da Pátria, entre eles muitos assassinos, sequestradores e assaltantes.
    Mas o PT roubou toda a minuta desses documentos!!!
    Aí, com certeza, uma voz de uma petista, raivosa, diria: MAS EM 1.979 O PT NEM EXISTIA!!!!
    Então podemos afirmar com absoluta certeza de que o PT nada fez para a Democratização e Abertura Política do País, nem para seu desenvolvimento, muito pelo contrário:
    CONDENOU-O AO ATRASO, À IGNORÂNCIA E À DESONESTIDADE ENTRE SEUS PARES !
    Lembre-se sempre:
    “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
    Esta é uma comunicação oficial do Instituto Endireita Brasil.
    Reenvie esta mensagem para todos que você considera INTELIGENTES de sua lista, mas só para os INTELIGENTES.
    Foi por isso que lhe enviei.
    O Brasil agradece.

  2. Senhor Carlos Newton , esquecestes de mencionar e dar nome aos bois ,os países responsáveis pela criação e exportação do ” Terrorismo de Estado ” , recrutando , treinando , armando diferentes povos , em função de suas desavenças regionais , religiosas , étnicas para disseminar o terrorismo de estado nos quatro cantos do mundo , como foi o caso da criação por do grupo Hamas , á serviço de Israel .

  3. Por que somos forçados a escolher um lado de duas posições erradas?
    Naftali Bennett estava avançando em uma proposta de paz junto com o Fatah (que é tão ou mais corruptos que os nossos políticos aqui no Brasil) e Benjamin Netanyahu passou a ajudar o Hamas para ser uma força contra o Fatah. Na época a ideia era dividir para conquistar, porém essa ideia saiu do controle e hoje temos esse conflito. Hamas fez um ataque que teve grande repercussão, Naftali Bennett foi deposto e assumiu em seu lugar Netanyahu.

    Não existe lado certo nessa história, como não existe lado certo na guerra da Ucrânia, como não existe lado certo em vários conflitos. Quem determina o certo e o errado é quem vence o conflito, a história é reescrita várias vezes. Os EUA deram carta branca para Israel invadir Rafah e não retalhar o ataque bem sucedido do Irã. O ataque do Irã teve um impacto tão forte que obrigou Netanyahu demitir seu ministro da defesa Yoav Gallant. O General Aharan Haliva (que era chefe do serviço de inteligência de Israel) pediu demissão. A ineficiência do sistema de defesa Patriot obrigou Israel a aposentar essa estrutura. Uma chuva de drones serviu como iscas com drones que não passam de 200km por hora, já os mísseis balísticos fizeram ataque certeiro na base aérea de Nevatim, que fica no sul de Israel. Mostrou a cúpula do governo de Israel duas coisas. O Irã não usou o que tem de melhor e pode atingir qualquer alvo em Israel. A situação é passou a ser tão crítica que Israel tem consciência que não possui meios para proteger Dimona (sua usina nuclear). Irã já mostrou que vai usar essa arma nuclear se a coisa subir de escala.

    O mundo mudou, Israel é um país ridiculamente pequeno com poucos habitantes e o Irã é a maior força militar naquela região. Não existe defesa para um ataque em larga escala com mísseis hipersônicos e num conflito com mísseis, Israel leva a pior.

    Como eu disse antes, não existe santo nesse conflito, todos estão errados. Jogos de interesse de países como os EUA que forçaram a criação do estado de Israel para ter um EUA naquela região rica em petróleo agora precisa ser reavaliada. Israel corre um sério risco de ser uma região de conflitos e sucessiva a ataques de mísseis balísticos que estão cada vez mais eficientes e mais baratos. A guerra agora atinge o coração de Israel, o porto de Eilat está vazio, o conflito consome mais de 20% do pib do país e não existe contingente humana para suportar uma guerra com o Hamas e Hezbollah que estão fazendo estrago no norte de Israel.

    Só existe uma saída para esse conflito que não envolve o uso da força militar. Precisa negociar a paz com diplomacia, criação de um ou dois estados da Palestina. Israel tem o apoio de seus aliados (Egito, Jordânia, Arábia Saudita), mas isso pode mudar. Irã está crescendo e pode derrubar o regime da Jordânia. A China conseguiu criar uma trégua e aliança comercial entre Irã e Arábia Saudita e o Egito possui grandes preocupação com o avanço da Rússia na África junto com a China. Os europeus e americanos estão sendo expulsos do continente africano.

    Infelizmente Netanyahu precisa do conflito para se manter no poder, seu maior receio e de ser preso caso saia do cargo. Possui vários crimes de corrupção e crimes de guerra nas costas junto com várias outras pessoas de Israel. O Hamas é um grupo terrorista, existe amplos vídeos mostrando forças do Hamas se apossando de ajuda humanitária e abrindo fogo contra grupo de palestinos que não apoiam a sua causa.

    Quanto esses grupos continuarem visando dinheiro e poder, o conflito só irá se agravar. Os EUA não podem oferecer a mesma proteção de antes pois o mundo mundo. A Marinha américa está perdendo seu posto de mais forte para a Marinha Chinesa. Graças a Ronald Reagan, os estaleiros americanos faliram e hoje apesar da lei americana proibir, os navios militares dos EUA serão construídos na Coréia do Sul. Em 6 anos a frota naval da China será 50% maior que a americana. Muitos acham que a força da marinha é seus porta-aviões. Isso é coisa do passado, porta-aviões hoje são alvos fáceis para mísseis balísticos. Hum ataque massivo de mísseis afunda qualquer porta-aviões do mundo e no papel temos poucas centenas de milhões de dólares afundando um porta-aviões de dezenas de bilhões de dólares.

    Só a paz pode mudar o conflito da região, vai tirar a bandeira de libertador do povo da Palestina que o Irã possui e vai começar a desarticular os proxies que o Irã usa. Israel também precisa acabar com apoio de seus proxies como o ISIS (Estado Islâmico) que é financiado pelos EUA, Europa e Israel.

  4. Lembremos que o grupo ” Hamas ” fora criado , financiado e armado por Israel e os países comparsas envolvidos , para desestabilizar e cindir a ” Autoridade Palestina ” do Ministro Mahmoud Abbas , sucessor do então lider da OLP Yasser Arafat e minar e destruir o acordo de Oslo , culminando nesse atentado consentido por Israel e suas respectivas autoridades ” governamentais e segurança ” , 07/10/2023 .

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