Desnivel do estuário da Lagoa dos Patos é muito pequeno
Roberto Nascimento
Os prejuízos das famílias, que perderam suas casas, e das empresas, com instalações devastadas, além dos prédios públicos inundados, pontes destruídas, aeroportos alagados, formando um dantesco cenário de destruição.
O que aconteceu no Rio Grande do Sul foi uma manifestação da natureza. Uma sucessão de fenômenos naturais, que ocorreram naquela região. Impossível de serem contidos pela mão inteligente do homem.
NINGUÉM SABERÁ – Por que no Sul e não em outro lugar? Ninguém saberá. Como não sabemos a razão da devastação de Petrópolis, Teresópolis, Friburgo, que foram também devastados, até com maior número de vítimas. Na última calamidade em Petrópolis, por exemplo, morreram 240 pessoas.
Não gosto de falar em clima de guerra, porque esse desastre é também culpa dos homens, porque a tragédia teve um componente de controle hidrológico da Lagoa dos Patos, que tem 265 km de extensão, mais da metade do trajeto Rio São Paulo.
Todos os rios da região desembocam no Lago Guaíba e depois vão para a Lagoa dos Patos, cuja vazão, a caminho do mar, é sempre muito lenta, devido ao desnível ser pequeno.
PEQUENA VAZÃO – O final da Lagoa tem uma passagem estreita. Quando a maré está alta, as águas têm dificuldades para desembocar no oceano, e desta vez houve problemas nas engrenagens usadas para aumentar a vazão no Lago Guaíba e na Lagoa dos Patos.
As obras iniciais de engenharia deveriam focar nessa dificuldade. É o primeiro passo para impedir que a tragédia se repita. Se a Lagoa dos Patos vazar mais rapidamente, com a abertura de novos escoadouros e ampliação dos já existentes, o Lago Guaíba não transbordará tão facilmente, reduzindo o refluxo das águas e os trágicos efeitos em Porto Alegre e nos municípios a montante, rio acima.
MAIS DIQUES – Outra obra necessária, seria aumentar o número de diques, construídos na altura de cinco metros, principalmente em torno de Porto Alegre e São Leopoldo. Todos os diques da região foram ultrapassados por causa do volume gigantesco das águas.
Há possibilidade também de fazer diques subterrâneos, como o governo Leonel Brizola fez na Baixada Fluminense e o governo Marcello Alencar construiu no Rio Carioca, bairro de Laranjeiras.
No Sul, o prejuízo está sendo grande, mas a população gaúcha é forte e em pouco tempo há de recuperar tudo, para voltar ao estágio de potência agrícola e industrial do Brasil. Algumas cidades, porém, devem ser reconstruídas em locais mais altos, assim como todas as sedes, celeiros e silos das propriedades rurais que sofreram inundação.
Aterros, ocupaçóes de mangues para criação de loteamentos e cidades., alsrgamentos de praias e assoreamentos de rios, tem nessas horas, suas sintomáticas e desalmadas importâncias, para quem criminosa e escrituralmente, para tanto gulosamente alçado, REINA, DIVIDINDO A TERRA POR PREÇOS!
PS. Sutis e melosas(fingidas) BESTAS!
Bem, não é só a área metropolitana de Porto Alegre que pode sofrer essas inundações. As regiões do norte do estado e outras regiões também são sujeitas a esses fenômenos.
Lembremos que o sistema todo, como citou num comentário o editor do blog, CN, se comportam como vasos comunicantes e com chuvas normais, os rios que ligam tais vasos comportam bem a vazão de água. Porém, com o excesso de chuvas os rios transbordam e desta vez, o volume das chuvas foi imenso e por todo o RS.
Para se ter uma ideia, somente um sistema robusto que proteja Porto Alegre de enchentes como a atual, exigiria um investimento mínimo de 6 bilhões. E claro, a manutenção desse sistema envolveria gastos permanentes.
A solução é muito complexa e que envolve valores astronômicos.
….envolveriam..
A Holanda, sabe tudo!
Uma recomendação que seria muito custosa atualmente. Será viável? Para grandes cidades não creio.
https://www.ufrgs.br/igeo/2323/geografia-uma-possibilidade-de-saida-para-a-crise-que-enfrentamos/
Construir e manter um sistema de bombeamento teria um custo astronômico e alargar o canal existente e ou construir outros canais poderia levar a um desastre ambiental já que a agua e espécies marinhas poderiam invadir o lago desestabilizando o eco sistema lagunar. Portanto, aumentar a vazão do Lago Guaíba e da Lagoa dos Patos é missão quase impossível.
Construir canais para o oceano com estravasores, a agua só sai quando o rio ou a lagoa atinge a cota de inundação, isso evita que a água do oceano entre na lagoa dos patos,
O custo de reconstruir várias vezes, perdas materiasi e humans é o maior custo.
Como o lago Guaíba é o grande coletor das águas de todos os rios de nosso estado, na minha ótica, não adianta tomar medidas pontuais que serão apenas paliativos que em nada resolverão fenômenos climáticos como o que está havendo.
Somente aumentando a vazão desse lago é que o problema será resolvido.O custo poderá ser altíssimo inicialmente, mas com certeza, muito menor do que estamos gastando e o que se gastará posteriormente. Está na hora que quebrarmos certos paradigmas, senão sempre vamos estar enxugando gelo.
Senhores Roberto Nascimento , José Vidal lembrem-se que no Brasil , sempre existem as mágicas soluções para se revolverem os problemas causais de uma tragédia , mas tão logo esfrie o clamor e a comoção popular , voltam-se ao esquecimento e fica o ” dito pelo não dito ” , e as vítimas que se danem , infelizmente essa é a nossa ” cruel e dolorosa ” realidade .
Uma possivel soluçao seria construir estações de bombeamento para o oceano, uma estação de bombas pode bombear 20, 100 vezes mais que a vazão atual natural e nao é uma obra complexa.
Não? Dutos imensos, bombas de alta capacidade, etc…
Aumentar a vazão desse sistema vai exigir obras e recursos muito grande. Com as nossas construtoras isso é impossível. Veja o petrolão.
Acho que deveriam fazer uma obra pra deixar a saída da lagoa dos patos muito maior pra aumentar a vazão. Ninguém pensou nisso?
Você ainda tá nessa de Petróleo.
Acorda
Esse desastre incomensurável vai apenas depender do Tempo.
Mas não é esse Tempo que faz chover ou fazer sol…
Estou falando do Tempo, aquele Tempo da borracha…
Todos falamos que só o tempo nos faz esquecer as coisas, porque ele é uma verdadeira borracha e amortece ou apaga quase tudo da mente humana.
O Governo atual e todos os anteriores, são os culpados.
MUITO CULPADOS!
É CRIMINOSO O DESCASO DE TODAS AS AUTORIDADES COM A INÉRCIA EM PREVENIR ESSES DESASTRES NATURAIS LARGAMENTE AVISADOS PELOS ÓRGÃOS COMPETENTES, COM ANTECEDÊNCIA DE ANOS.
FOI ASSIM EM BRUMADINHO, MARIANA, PETRÓPOLIS E TANTAS OUTRAS QUE NÃO ME LEMBRO NESTE MOMENTO.
Ninguém é responsável por nada!
Ninguém é punido!
Nada acontece com os políticos, nem com os diretores das empresas, ninguém indeniza nada!
Processos correm lentamente e famílias foram dizimadas.
No final das contas toda essa gente inescrupulosa, saem de fininho pela justiça lenta e leniente e o único punido é o povo
O negócio é arrecadar e roubar. Nada mais do que isso.
As populações de todos os Estados brasileiros, estão abandonados a sua própria sorte.
Pergunto: Pra que serve ser a OITAVA economia do mundo?
Os brasileiros não são cuidados pela estatística mundial, os brasileiros não moram nas estatísticas e nem comem números.
Vivemos num país patético, de governantes cruéis e desumanos.
Só só pensam nos seus projetos políticos pessoais, desde o vereador até o presidente da República só pensam em se perpetuar no poder. Isso já é um fato inquestionável.
Roubar, roubar e roubar! Essa é a palavra de ordem.
Viver das benesses que o povo proporciona com impostos altíssimos, que nos proíbem até às vezes de poder ter um alimento melhor na mesa.
Volto ao Tempo, é o que os escrotos querem, que passe o tempo e que o Rio Grande do Sul, seja esquecido no Tempo, esse Tempo, que funciona como uma verdadeira borracha.
Tudo isto, vai cair no esquecimento em alguns meses…
Podem escrever o que estou afirmando porque das outras vezes, foi assim e agora, não será diferente.
O Tempo está sendo cruel no Rio Grande do Sul e o outro Tempo, um bálsamo para os deletérios políticos.
Tudo cairá na conta do esquecimento e vamos continuar sendo tratados como um sub-povo.
Somos a carniça dos abutres que nos devoram sem dó nem piedade.
O que nos salvará?
Talvez uma guerra civil é a única opção que vejo pra nós.
O problema é que morrerá o povo inocente e o político que despontar, será a mesma coisa ou talvez pior, porque o problema está naquele povo que chega ao poder.
Parace até um disco arranhado, e é.
José Luis
José Luiz, por favor! Que discurso tosco, precisamos de políticas sérias e de uma população que cobre diariamente.
Faz sim diferença ser a oitava economia, abre portas para investimento, etc.
Saia deste mundinho pequeno e ajude o seu estado ser maior
Nos anos 80 ouvi um especialista falando que construir nas encostas e desmatar vai ser o grande problema de catástrofes climáticas no futuro. Era só mais um “profeta do apocalipse? Agora vi outro especialista falando que muitos falam nas redes sociais que é só abrir a lagoa dos patos para maior vazão das aguas. E ele enumera várias consequências ambientais, climáticas e econômicas para o Rio Grande do Sul. Temos cientistas ótimos mas o que falta mesmo são políticas sérias e a gente cobrar diariamente mesmo!
fundamentado e esclarecedor artigo, caro roberto. você também é engenheiro?
Mais uma vez a tragédia ambiental se repete no qual destacamos a ineficiência do poder público em não priorizar investimentos para manutenção do eco sistema e aí tudo se repete, esperamos que desta vez a lição seja entendida e nada disso vire discursos de palanques eleitorais , e que as gerações futuras não passem por isso.
São 10.000 km² de superfície da Lagoa dos Patos e uma variação de 10 cm por dia representa um saldo de fluxo de 10.000 m³/s, você só vai conseguir com uma abertura rasa de alguns km de lagura, com certeza não é uma solução viável.