Mayara da Paz e Lucas Mendes
CNN Brasil
Diante da decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, que rejeitou um recurso apresentando pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro Walter Braga Netto (PL) contra a condenação por abuso de poder durante as comemorações do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022, os advogados da chapa derrotada em 2020 vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal.
Com essa decisão, o ministro Alexandre de Moraes mantém a inelegibilidade dos dois por oito anos.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – O questionamento da defesa de Bolsonaro e Braga Netto ocorreu por meio do chamado “recurso extraordinário”, que serve como uma “contestação prévia”, necessária para entrar com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o mesmo tema.
Na decisão, Alexandre de Moraes afirma que o pedido foi negado por questões processuais.
“A controvérsia foi decidida com base nas peculiaridades do caso concreto, de modo que alterar a conclusão do acórdão recorrido pressupõe revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, providência que se revela incompatível com o Recurso Extraordinário”, escreveu.
RECURSO AO SUPREMO – Mesmo com a negativa do ministro, Bolsonaro e Braga Netto resolveram recorrer ao Supremo que é a última instância do Judiciário.
Em outubro do ano passado, o TSE tornou, por 5 votos a 2, Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto inelegíveis. O entendimento da Corte foi que os dois cometeram abuso de poder político ao usar as comemorações oficiais do 7 de Setembro de 2022 para fins eleitorais.
Na época, o tribunal também referendou a aplicação de uma multa no valor de R$ 425,6 mil a Bolsonaro e de R$ 212,8 mil a Braga Netto, pela prática de conduta vedada a agente público.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Segundo o jornalista Mário Sabino, do portal Metrópoles, Lula estaria torcendo para Bolsonaro ser absolvido, porque considera ser mais fácil derrota-lo do que vencer o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na sucessão de 2026. A premissa pode até ser verdadeira, mas o Supremo não aceitará o recurso do ex-presidente por um simples motivo – incompatibilidade de gênios, embora hoje em dia não exista mais genialidade em nenhum dos Poderes da República. (C.N.)