Piada do Ano! Tenho mais “seriedade fiscal” do que “quem dá palpite”, diz Lula

Jornal da Record on X: "'Não sou marinheiro de primeira viagem', diz Lula  em entrevista exclusiva ao #JornalDaRecord https://t.co/YXcJM9vjjX" / X

Lula criou essa Piada do Ano em entrevista à Rede Record

Henrique Sales Barros
CNN São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que não é “marinheiro de primeira viagem” e que não é obrigado a cumprir a meta fiscal se houver “coisas mais importantes” para serem feitas.

“Seriedade fiscal eu tenho mais do quem dá palpite na questão fiscal no Brasil”, afirmou Lula em entrevista à Record, divulgada nesta terça-feira (16).

MAIS PROMESSA – O presidente, entretanto, frisou que a meta fiscal “não está rejeitada”. “Vamos fazer o que for necessário para cumprir o arcabouço fiscal”, emendou.

Setores do mercado financeiro levantam dúvidas se o governo cumprirá a meta de zerar o déficit primário – a diferença entre receitas e despesas – ao fim deste ano, em meio às incertezas sobre medidas que visam aumentar a arrecadação e que tramitam no Congresso Nacional.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem dito que Lula ordenará cortes de gastos primários se medidas do tipo forem necessárias para equilibrar as contas públicas.

NOVA PROPOSTA – Um relatório a ser apresentado na segunda-feira (22) pela pasta econômica deve apontar uma proposta de bloqueio ou contingenciamento de verbas, se for preciso.

À Record, Lula disse que precisa “estar convencido se há necessidade ou não de cortar” antes de ordenar qualquer corte e destacou ter uma “divergência histórica e de conceito” com o mercado financeiro. “Nem tudo que eles tratam como gasto, eu trato como gasto”, afirmou.

“Esse país é muito grande e poderoso. O que é pequeno é a cabeça de alguns dirigentes desse país e especuladores”, declarou. “O que é importante é que esse país esteja crescendo”, acrescentou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A seriedade fiscal de Lula é Piada do Ano. Todo mundo sabe que ele não entende nada de economia e está pouco ligando para o descontrole da dívida. Como ele mesmo determina, “o dinheiro a gente tira de onde está e coloca onde deveria estar”. Com essa nova regra criada por ele, certamente pensa (?) que pode ganhar o Nobel de Economia. (C.N.)

TCU dá 3 dias para governo, Âmbar e Aneel explicarem a venda das quatro usinas

Dito & Feito - Dívida da Amazonas Energia é de R$ 10 bilhões

Charge do Mário Adolfo (Dito & Feito)

Ludmylla Rocha
Portal Terra

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu três dias para que o Ministério de Minas e Energia, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) se manifestem a respeito do acordo feito junto à Âmbar Energia, do Grupo J&F, dos irmãos Batista, referente ao Procedimento de Contratação Simplificado (PCS) realizado em 2021. Na ocasião, o governo realizou um leilão emergencial e contratou uma série de usinas térmicas para reforçar o atendimento ao sistema elétrico do País, em meio à crise hídrica.

A Âmbar também poderá se pronunciar, mas sua manifestação é facultativa. A decisão é do ministro Benjamin Zymler, que relatou processo sobre o acordo da Corte de Contas, e responde à representação do subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU Lucas Furtado – que pediu, em caráter cautelar, a rescisão do acordo entre a empresa, o governo e a Aneel ao apontar que este “não seria a opção mais vantajosa”.

SEM CUMPRIR PRAZOS – Na época, parte das térmicas contratadas não cumpriu os prazos. Foi o caso da Âmbar, que venceu com quatro usinas e chegou a usar uma já existente para fornecer energia, possibilidade vetada pelo edital.

Embora técnicos do TCU tenham apresentado parecer contrário ao acordo, o processo relativo a ele foi arquivado sem análise do mérito em abril. Ainda assim, a Comissão de Solução Consensual do TCU, o MME, a Aneel e a empresa teriam firmado acordo nos mesmos termos e condições da minuta discutida no processo, cuja validade seria iniciada no próximo dia 22.

Na ocasião do arquivamento, a Frente Nacional dos Consumidores de Energia afirmou que a solução consensual não tinha nenhuma justificativa técnica ou legal e que o arquivamento levaria a uma economia de R$ 10 bilhões que seriam rateados nas tarifas de energia de todo o País nos próximos sete anos.

MEDIDA CAUTELAR – Nesta segunda-feira, 15, o ministro pediu a manifestação de governo e agência reguladora sobre: o risco moral diante do inadimplemento da Âmbar; o prognóstico relativo às consequências do risco judicial; a reciprocidade das condições do acordo; o prazo de vigência do novo acordo; e o abono das multas editalícias e contratuais aplicadas.

As respostas vão embasar uma “eventual concessão de medida cautelar” pela Corte de Contas.

O procurador Furtado também pediu que o TCU avaliasse se as disposições da Medida Provisória nº 1.232/2024, de socorro ao caixa da distribuidora Amazonas Energia, “estariam beneficiando indevidamente a empresa Âmbar”, ao que o ministro não atendeu.

DIZ O PROCURADOR – Em seu despacho, ele afirmou que a iniciativa não deveria ser conhecida diante da não comprovação “com as necessárias e devidas evidências” de que a empresa estaria sendo favorecida.

Como revelou o Estadão, executivos da Âmbar foram recebidos 17 vezes no Ministério de Minas e Energia fora da agenda oficial antes da edição da medida provisória que beneficiou um negócio da companhia na área de energia elétrica e repassou o custo para todos os consumidores brasileiros.

O ministério e a Âmbar afirmam que não trataram da medida provisória nas conversas, mas não informam o conteúdo dos encontros.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Todos os negócios em que os irmãos Wesley e Joesley entram imediatamente passam a exalar aquele cheiro putrefato, pestilento e nauseabundo que caracteriza os atos de corrupção. (C.N.)

Atentado a Trump suspende até a luta dos democratas para substituir Biden  

Trump — Foto: Mike Segar/Reuters

Trump mandou fazer um curativo espalhafatoso na orelha

Fernanda Perrin
Folha

O debate sobre a substituição de Biden, por enquanto, acabou. Nenhum outro democrata veio a público pedir sua saída da corrida desde sábado. A campanha do presidente, por sua vez, teve que pisar no freio por um tempo nos ataques ao adversário.

Trump está projetando uma imagem de moderação, ao reagir ao ataque apelando por união nacional. Ele afirmou que está reescrevendo o aguardado discurso que fará na quinta-feira, quando aceita oficialmente a nomeação do partido, para enfatizar essa mensagem de unidade, em vez de fazer ataques a Biden.

MAIS ACUSAÇÕES – Enquanto Trump fala em união, republicanos estão acusando democratas de serem uma ameaça à democracia. Uma virada de jogo contra uma das principais estratégias de ataque da campanha de Biden.

O arquivamento do processo no qual o republicano foi acusado de posse ilegal de documentos sigilosos por uma juíza indicada por Trump anula qualquer possibilidade de ele ir a julgamento antes da eleição, mesmo que a procuradoria vença o recurso que deve apresentar contra a decisão, e impulsiona mais críticas de politização da Justiça.

O ataque a Trump deve levar a um aumento da participação de eleitores simpáticos ao empresário, mas desengajados politicamente. As chances de o ex-presidente ser eleito subiram, opinam analistas. Em resumo, Trump foi vítima de uma tentativa de assassinato, e ainda assim está tendo uma semana melhor que Biden.

É PRECISO SABER? – Ainda não se sabe qual foi a motivação de Thomas Crooks para tentar matar o ex-presidente e o que levou à falha do Serviço Secreto no sábado em protegê-lo. Qualquer associação a democratas ou ao governo pode ter um impacto importante na corrida.

É preciso saber como os eleitores independentes vão reagir ao ataque e ao rebranding moderado de Trump. Aguarde especialmente pesquisas de intenção de voto pós-convenção.

Outras dúvidas: como a campanha de Biden vai recalibrar sua estratégia pós-ataque? Os pedidos de união feitos tanto por Biden e Trump vão acalmar os ânimos, ou se teremos novos episódios de violência até a eleição e, especialmente, após ela, a depender da reação do lado derrotado? Os analistas estão pessimistas.

Gravação não prova que Bolsonaro, Heleno e Ramagem cometeram crimes

Bruno Salles Ribeiro, Autor em PRERRÔ

Salles diz que falta apresentar as provas dos crimes

Deu no Estadão

Reportagem de Pedro Augusto Figueiredo e Zeca Ferreira, no Estadão, destaca que especialistas ouvidos pelo Estadão avaliam que apenas a gravação não serve para provar que o então presidente Jair Bolsonaro, o delegado federal Alexandre Ramagem e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno cometeram crimes ao tentar anular a investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (PL) no inquérito que apurava a suposta prática de “rachadinha” em seu gabinete quando era deputado estadual no Rio de Janeiro.

A maior parte dos entrevistados pondera que é necessário que a investigação da Polícia Federal descubra o que ocorreu após a reunião, para que os supostos crimes sejam comprovados e os envolvidos, punidos.

IMPOSSIBILIDADE – O advogado criminalista Bruno Salles aponta que não é possível cravar que Bolsonaro cometeu crime apenas com base no áudio e que é necessário que a Polícia Federal aprofunde o desdobramento do que foi conversado na reunião.

“Eles tiram a conclusão que deveriam falar com o Tostes, da Receita Federal, e com o Canuto. Isso aconteceu? Foram falar com eles? Falaram em nome do presidente? Foi o presidente que falou ou algum enviado dele? Se isso realmente aconteceu, temos uma situação séria que pode configurar tráfico de influência e advocacia administrativa”, diz.

Welington Arruda, também advogado criminalista, adota postura semelhante ao considerar que não há irregularidades no mero diálogo em si pois, no “pior cenário”, os envolvidos estavam na fase de cogitação do crime, que não é passível de punição pela Justiça.

CONTRAINTELIGÊNCIA – “Me parece muito mais um ato de contrainteligência a fim de trazer fatos positivos ao grupo. Por si só, o diálogo não traz irregularidades, exceto se alguma conduta tenha sido perpetrada posterior ao diálogo”, disse ele.

A professora de direito e advogada criminalista Erika Chioca Furlan também avalia que, com base no áudio disponível, não é possível imputar crimes a Bolsonaro, Ramagem ou Heleno.

 “Seria necessário aprofundar as investigações para verificar se houve algum avanço, pois o que temos até agora é apenas cogitação, e cogitação no iter criminis (caminho do crime) não é punível”, explica a ex-delegada da Polícia Civil de São Paulo.

NÃO HÁ CRIMES – Erika observa que, ao ouvir o áudio, percebe-se que os participantes da reunião desejavam acessar documentos para facilitar a defesa de Flávio Bolsonaro. No entanto, para ela, não há evidências de que atos em favor do filho do ex-presidente tenham sido praticados. Com essa interpretação, Erika descarta a possibilidade de crimes como advocacia administrativa ou tráfico de influência.

Ela pondera, no entanto, que se algum funcionário foi cooptado para entregar provas em favor de Flávio Bolsonaro, essa prática poderia configurar corrupção passiva.

“Ao entregar a prova, o funcionário poderia incorrer em corrupção se recebesse algum tipo de vantagem, ainda que indireta, como uma promoção ou a manutenção do cargo”, explica. Além disso, ressalta que a prova entregue pelo funcionário se tornaria ilícita e não poderia ser utilizada no inquérito.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Excelente reportagem de Pedro Augusto Figueiredo e Zeca Ferreira. Os especialistas ouvidos mostram que o ministro-relator Moraes está forçando a barra, ao atribuir crimes a Bolsonaro, Heleno e Ramagem. Eles agiram sem ética, não há a menor dúvida, mas isso não significa que tenham cometido crimes. Como se vê, ao invés de buscar provas concretas e irrefutáveis, Moraes e a Polícia Federal continuam trabalhando na base da “presunção de culpa”, algo que não existe no Direito Universal, cuja doutrina é ao contrário, consagrando a “presunção de inocência”. Ou seja, todo réu é inocente, até prova em contrário. (C.N.)  

Flávio Dino ficou só 21 dias no Senado, mas ganhou o plano de saúde vitalício

Mídia ignora ameaças de morte para atacar Flávio Dino por uso de avião da  FAB - Blog do Garrone

Flávio Dino, um ex-comunista que exerce seus direitos

Lúcio Vaz
Gazeta do Povo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino exerceu o mandato de senador por apenas 21 dias. Passou a maior parte do mandato licenciado para exercer o cargo de ministro da Justiça de Lula. Mas ele entrou na relação dos ex-senadores beneficiados pelo generoso Plano de Saúde do Senado. Ao todo, 245 ex-senadores usufruem essa mordomia.

Há ainda 308 dependentes de senadores e ex-senadores. Entre os beneficiários, há até senador cassado pelo plenário da casa. As despesas do plano somaram R$ 31,7 milhões em 2022.

FAVORECIMENTO – A quem acha que 21 dias são muito pouco para assegurar um plano de saúde vitalício, o Senado Federal informa que o senador titular “tem direito ao benefício a partir da posse e mesmo após deixar o mandato”. O Ato da Comissão Diretora não estabelece um tempo mínimo necessário de permanência no cargo para a aquisição do benefício (veja abaixo manifestação do Senado).

Mais três ministros de Lula: Renan Filho (Transportes), Carlos Fávaro (Agricultura) e Camilo Santana (Educação), estão licenciados do cargo de senador, mas já estão na lista do plano de saúde.

São filiados ao plano o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante; dois ministros do TCU, Vital do Rêgo e Antônio Anastasia; o presidente da Apex, agência de comércio exterior, e ex-governador do Acre, Jorge Viana; o ex-presidente da Petrobras Jean Paul Prates; e o vereador de São Paulo Eduardo Suplicy – todos ex-senadores.

ATÉ DELCÍDIO – O ex-senador Delcídio Amaral (PT-MS) foi preso em flagrante em novembro de 2015 por tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Ele foi líder do governo Dilma Rousseff. Em maio de 2016, teve o mandato de senador cassado pelo plenário por 74 votos a favor e nenhum contrário.

Em julho de 2016, foi denunciado pelo Ministério Público Federal por obstrução à Justiça. Em julho de 2018, foi absolvido pela Justiça Federal. Hoje, é beneficiário do Plano de Saúde do Senado, ao lado da mulher, Maika.

Entre os benefícios dos senadores estão o atendimento médico no exterior e UTI aérea. Os hospitais são escolhidos pelos senadores e ex-senadores. Eles preferem o Sírio Libanês e o Albert Einstein

MAIS BENEFICIADOS – Políticos de destaque nas últimas décadas hoje usufruem os benefícios do plano do Senado. Estão na lista os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello – esse acompanhado da esposa, Caroline – e José Sarney.

Também os governadores Ronaldo Caiado (GO) e Gladson Cameli (Acre); e os ex-governadores Wellington Dias (PI), hoje ministro do Bolsa Família; Roberto Requião (PR); Pedro Simon (RS); Lúcio Alcântara (CE); Marconi Perillo (GO); Renato Casagrande (ES); Marcelo Miranda (MS); José Ignácio Ferreira (ES); José Roberto Arruda (DF); Rodrigo Rollemberg (DF); Édison Lobão (MA), Leonel Pavan (SC); Valdir Raupp (RO); Nabor Júnior (AC); e a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy.

A família Vital do Rego está bem representada na lista de filiados ao plano de saúde. Além do ministro do TCU Vital do Rego Filho, estão na relação a ex-senadora e mãe do ministro, Nilda Gondin; o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rego; e Vilauba Vital do Rego, esposa do ministro do TCU Vital do Rego.

PAGAMENTO ÍNFIMO – Entre os benefícios dos senadores estão o atendimento médico no exterior e UTI aérea. Os hospitais são escolhidos pelos senadores e ex-senadores. Eles preferem o Sírio Libanês e o Albert Einstein. O atendimento é feito por instituições credenciadas ou por profissionais liberais e instituições de livre escolha, mediante pagamento direto e posterior ressarcimento de despesas. Esses ressarcimentos representam cerca de 40% das despesas totais do plano custeado pelo Senado

As contribuições são ínfimas quando comparadas aos planos de saúde do cidadão comum. As mensalidades mais “caras” são para titulares (senadores e ex-senadores) e cônjuges a partir de 60 anos, no valor de R$ 673. Titulares e cônjuges na faixa de 40 anos pagam R$ 442.

As contribuições de pais, mães, padrastos e madrastas dos titulares chegam a R$ 985. Filhos menores pagam R$ 261; estudantes de curso superior ou ensino médio, R$ 371. Filhos entre 21 e 33 anos “não estudantes” contribuem com até R$ 399. Essas despesas são custeadas exclusivamente por meio de suas contribuições.

ALTAMENTE DEFICITÁRIO – As contribuições dos senadores e ex-senadores, é claro, não cobrem todas as despesas do plano de saúde. Reportagem do blog publicada em novembro de 2022 mostrou que o plano é altamente deficitário. Nos sete anos anteriores, o plano havia recebido R$ 21 milhões em contribuições de seus beneficiários.

O valor representava apenas 17% de todas as despesas do plano, que somaram R$ 123 milhões no período de 2015 a 2021. A diferença foi paga pelos cofres públicos, ou seja, pelo contribuinte. Todos os valores da reportagem foram atualizados pela inflação do período.

Em 2019 e 2020, as despesas chegaram a R$ 17 milhões e R$ 18 milhões respectivamente. Em 2021, bateu nos R$ 35 milhões. O Senado afirmou que esse aumento de despesas é um “fenômeno multifatorial”, tendo sido evidenciado em todo o mercado de saúde suplementar, com agravamento a partir do ano de 2021. A pandemia da Covid-19 também teria provocado a elevação anormal de despesas.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Enviada por Mário Assis Causanilhas, uma reportagem sensacional, que diz tudo e mostra a cara do Brasil, como pedia Cazuza. O texto revela a insensibilidade dos homens públicos. Se pudessem, eles sugariam o sangue dos brasileiros até a última gota. (C.N.)

Ainda é uma incógnita se atentado facilitará de vitória de Trump

Ainda é cedo para afirmar repercussão do atentado na Pensilvânia

Pedro do Coutto

À primeira vista, o atentado contra Donald Trump poderá fortalecê-lo na sucessão presidencial. Porém, há desdobramentos que estão sendo investigados pelo FBI e que poderão não apagar, mas descaracterizar a importância do que aconteceu na Pensilvânia e o que acontecerá nas urnas de novembro. “Estamos investigando o caso como uma tentativa de assassinato, mas também como um possível ato de terrorismo doméstico”, declarou Robert Wells, diretor assistente da divisão de contraterrorismo do FBI à imprensa norte-americana.

De acordo com as autoridades dos EUA, o autor do ataque contra Trump, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, agiu sozinho e, até agora, os investigadores não encontraram “nenhuma ideologia relacionada” com a tentativa de assassinato.”Neste momento, as informações que temos indicam que o atirador agiu sozinho”, afirmou Kevin Rojek, agente do FBI na Pensilvânia. .

DE RASPÃO – Trump deixou o comício sangrando e foi encaminhado ao hospital. Um disparo atingiu de raspão a orelha do ex-presidente. O republicano teve a segurança reforçada. Os disparos também provocaram a morte de um homem que acompanhava o comício, Corey Comperatore, de 50 anos. Além disso, outros dois espectadores, também do sexo masculino, foram socorridos em estado grave e encaminhados ao hospital.

A polícia recuperou um fuzil AR-15 semiautomático no local do atentado, segundo a Associated Press, consequência da política de liberação para a compra de armas nos Estados Unidos, políticas defendidas pelo candidato republicano. As autoridades afirmaram que o suspeito comprou a arma legalmente. A investigação tentará identificar se outras pessoas estão envolvidas no crime. É preciso não esquecer que a invasão do Capitólio comandada pelo próprio Donald Trump representou o primeiro atentado contra o resultado das eleições americanas que resultou em nove mortos nos conflitos que se desenrolaram.

REFERÊNCIA – O autor do atentado foi morto e assim se perde uma referência sobre o que poderia surgir, revelando aspectos de bastidores, mas que desapareceram efetivamente. Por um triz, a bala não atingiu Trump como o atirador pretendia, mas ficaram no ar as explicações que seriam indispensáveis.

Conforme disse, Donald Trump tentou impedir com a invasão do Capitólio que a democracia fosse exercida na eleição em que perdeu. Agora, ele foi vítima da mesma violência a qual incitou anteriormente. Pode ser que consiga reverter a sua posição, mas ainda é cedo para fazer essa afirmação. O que é concreto hoje pode se dissolver amanhã.

Sob o aspecto da democracia atacada no sábado nos Estados Unidos, o presidente Lula da Silva repudiou o que classificou como um atentado contra o ex-presidente Donald Trump. Na rede social X, Lula considerou o ato como “inaceitável”. Por meio de nota do Itamaraty, o governo brasileiro se manifestou veementemente contra o atentado. Segundo o comunicado, o Brasil reafirma ser inaceitável qualquer forma de violência política em sociedades democráticas e que acompanha com atenção o pleno esclarecimento dos fatos.

Lumiar, um paraíso no alto da Serra, que encantou até o Clube da Esquina

sol de primavera - beto guedes | Letras de musicas, Canção, Sol de primaveraPaulo Peres
Site Poemas & Canções

O jornalista, produtor musical e compositor Ronaldo Bastos Ribeiro, nascido em Niterói (RJ) e membro do Clube da Esquina, na letra de “Lumiar”, fala de um vilarejo bucólico, repleto de vida, diversão na região serrana do Rio, um ótimo lugar para quem deseja somente descansar. A música foi gravada por Beto Guedes, em 1977, no LP A Página do Relâmpago Elétrico, pela EMI-Odeon.

LUMIAR
Beto Guedes e Ronaldo Bastos

Anda, vem jantar, vem comer,
vem beber, farrear
até chegar Lumiar
e depois deitar no sereno
só pra poder dormir e sonhar
pra passar a noite
caçando sapo, contando caso
de como deve ser Lumiar

Acordar, Lumiar, sem chorar,
sem falar, sem querer
acordar em Lumiar
levantar e fazer café
só pra sair caçar e pescar
e passar o dia
moendo cana, caçando lua
clarear de vez Lumiar

Amor, Lumiar, pra viver,
pra gostar, pra chover
pra tratar de vadiar
descansar os olhos,
olhar e ver e respirar
só pra não ver o tempo passar
pra passar o tempo
Até chover, até lembrar
de como deve ser Lumiar

Anda, vem jantar, vem dormir,
vem sonhar, pra viver
até chegar em Lumiar
Estender o sol na varanda…
até queimar
só pra não ter mais nada a perder
pra perder o medo,
mudar de céu, mudar de ar
Clarear de vez Lumiar

Aliados de Lula receiam o fortalecimento da direita, devido ao atentado a Trump

Bolsonaro e o caso dos presentes: investigação serena ou perseguição política?

Bolsonaro diz que irá à posse de Trump, mas não tem passaporte

Matheus Teixeira e Thaísa Oliveira
Folha

Aliados do presidente Lula (PT) temem que o atentado a Donald Trump, no sábado (13), reforce o discurso de que há perseguição contra a direita no mundo e fortaleça o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atacado com uma facada na campanha presidencial de 2018.

Governistas também avaliam que o caso tende a aumentar a pressão contra o democrata Joe Biden e aproximar o candidato republicano da vitória nas eleições dos Estados Unidos.

LULA QUER BIDEN – Lula já declarou abertamente que torce pela vitória de Biden, tendo dito em junho que, se o adversário vencer, “a gente não tem noção do que ele vai fazer”.

A comparação entre os ataques a Trump e a Bolsonaro foi feita pelo ex-presidente brasileiro e replicada nas redes sociais por diferentes aliados —como o filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi uma das que postaram fotos do marido atingido pela facada em 2018 e do americano com sangue no rosto.

“Atentados são contra as pessoas de bem e conservadores”, afirmou Bolsonaro neste domingo (14), ignorando outros episódios de violência política, como os tiros que atingiram dois ônibus da caranava de Lula, em 2018.

DISSE BOLSONARO – No sábado, logo após o crime, o ex-mandatário brasileiro chamou Trump de “maior líder mundial” e escreveu: “Nos veremos na posse”. Ele, porém, está com o passaporte apreendido por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal).

O atentado contra o americano, uma espécie de ídolo político dele, ocorre em momento em que Bolsonaro sofre reveses no Judiciário —foi indiciado no inquérito que trata de joias recebidas pelo governo brasileiro e viu aliados serem alvo de operação da PF na última semana sobre espionagem clandestina na Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Apesar do paralelo feito por bolsonaristas com o ataque de 2018, um aliado de Lula lembra que Bolsonaro foi hospitalizado após a facada e faltou aos debates presidenciais —diferentemente de Trump, que já recebeu alta.

IMPACTO DO ATENTADO – Para os lulistas, ainda é difícil medir o impacto do episódio na campanha americana, e eles destacam que a esquerda e o centro conseguiram se unir e derrotar a ultradireita nas eleições legislativas da França, ao contrário do que previam os analistas.

No Brasil, políticos de diferentes colorações partidárias descartam, porém, que o atentado contra Trump possa influenciar diretamente as eleições municipais, em outubro.

O verdadeiro impacto será sobre a sucessão de Lula, em 2026.

Na investigação da Abin, Gonet está prevaricando e levou Moraes a prevaricar também

Divulgação/TSE

Gonet sentiu as irregularidades na Abin e preferiu se omitir

Carlos Newton

Pela primeira vez, desde 2019, quando se iniciaram as investigações das milícias digitais, no famoso inquérito do fim do muno, aquele que não termina nunca, o relator Alexandre de Moraes teve um lampejo de dúvida e recusou-se a compartilhar com a Corregedoria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) as provas da Operação First Mile, que investiga a criação da chamada “Abin Paralela” durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

É estranho, porque Moraes nunca tem dúvida. Portanto, quando isso acontece, convém raciocinar a respeito. O fato concreto é que o procurador-geral Paulo Gonet propôs ao ministro do STF  que não fizesse o compartilhamento de informações com a Corregedoria da Abin, porque teria sido identificada “uma possibilidade de interferência”.

Gonet ainda reforçou, dizendo que, em fases anteriores da investigação, apareceram indícios da “intenção de evitar a apuração aprofundada dos fatos”.

DENÚNCIA GRAVÍSSIMA – Em tradução simultânea, Gonet fez uma denúncia gravíssima, capaz de abalar qualquer administração pública. Ora, “Intenção de evitar a apuração aprofundada dos fatos” é crime em qualquer país do mundo.

Diante dessa constatação, o procurador-geral da República deveria ter mandado investigar a Abin de cabo a rabo, revirando tudo para encontrar a verdade. Mas preferiu se fechar em copas, como se diz no carteado.

E por que não pediu a investigação sobre a Abin de agora (Lula), que estaria compactuando com a Abin de outrora (Bolsonaro)? Estaria Gonet a prevaricar? A quem estaria tentando proteger? E como a Agência Brasileira de Inteligência, nossa versão da CIA americana, poderia pretender interferir numa investigação oficial conduzida pelo Supremo Tribunal Federal?

E MORAES – Sobram dúvidas também sobre Moraes. O relator também estaria a prevaricar? Ao ser informado de que a Abin lulista queria proteger a Abin bolsonarista, porque não agiu com o rigor que caracteriza praticamente dez em cada dez decisões que toma?

E o mais inquietante foi a desculpa de Gonet, prontamente aceita por Moraes: “A aparente resistência identificada no interior da Agência Brasileira de Inteligência e a ausência de urgência do pretendido compartilhamento, que pode ocorrer após o encerramento das investigações, recomendam o indeferimento do pedido formulado”, argumentou o conciliador procurador-geral da República, e o ministro Moraes prontamente engoliu a pílula.

Em sua decisão, o relator do inquérito do fim do mundo afirmou que a apuração da resistência da Abin de Lula, segundo o parecer de Gonet, “não é adequada para o presente momento investigatório”. Por que nâo?

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P.S. 1
Essa história está muito esquisita. Se a Abin de Lula quer blindar a Abin de Bolsonaro, há algo de podre no governo, fedendo a quilômetros de distância e empesteando o Planalto Central.

P.S. 2O assunto é intrigante e inquietante. Prevaricar significa crime cometido por funcionário público, quando, indevidamente, este retarda ou deixa de praticar ato de ofício, ou pratica-o contra disposição legal expressa, visando satisfazer interesse pessoal. Vamos voltar ao assunto, é claro, com novas informações de cocheira, como se diz no hipódromo. Podemos adiantar que a Abin, Moraes e Gonet vão ficar muito mal na foto (C.N.)

Senador indaga por que a Caixa puniu gerentes que vetaram negociata

Eduardo Girão é titular da CPI das Apostas Esportivas

Girão quer investigar as operações lesivas da Caixa

Malu Gaspar
O Globo

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) apresentou nesta sexta-feira (12) um requerimento para que a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado cobre esclarecimentos da Caixa e da Caixa Asset sobre a destituição de dois gerentes que se opuseram à compra de um lote de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master, consideradas arriscadas demais para os padrões do banco.

Girão quer que sejam convidados para uma audiência pública o presidente da Caixa Econômica Federal, Antônio Vieira Fernandes, e o CEO da Caixa Asset, Pablo Sarmento.

Conforme revelou a coluna, em um parecer sigiloso de 19 páginas, a área de renda fixa da Caixa Asset, o braço de gestão de ativos do banco estatal, desaconselhou enfaticamente a operação, considerada “atípica” e “arriscada”, não só em razão do valor, considerado alto demais, como por causa do rating do banco.

ALTO RISCO – O Master é um banco formado a partir do antigo Banco Máxima que tem entre os principais acionistas os empresários Daniel Vorcaro, Maurício Quadrado e Augusto Ferreira Lima. Ele assumiu a atual razão social em 2021.

O documento da Caixa Asset classifica o modelo de negócios do Master como de “de difícil compreensão” e aponta para um “alto risco de solvência”. O parecer deveria ter sido discutido no comitê de investimento da Caixa Asset no último dia 4.

Mas, segundo a equipe da coluna apurou, o impasse criado pela postura dos técnicos fez com que o assunto fosse retirado da pauta. E quatro dias depois, os gerentes Daniel Cunha Gracio, de renda fixa, que assina o parecer, e Maurício Vendruscolo, de renda variável, que também avalizou os documentos, perderam seus cargos.

TRANSPARÊNCIA – “Diante dos fatos expostos, é essencial que esta Comissão esclareça os motivos para a destituição dos gerentes, os riscos associados à operação com o Banco Master, as medidas de governança e os procedimentos internos adotados pela Caixa Econômica Federal para garantir a transparência e a segurança das operações financeiras, bem como os impactos dessa operação na percepção do mercado financeiro e a confiança dos investidores na instituição”, escreveu Girão, ao apresentar o requerimento.

Para o senador, a destituição dos gerentes Daniel Cunha Gracio e Maurício Vendruscolo, quatro dias após a emissão do parecer técnico contrário à operação, “levanta sérias dúvidas sobre a integridade das práticas de governança da Caixa Econômica Federal”, o que pode “comprometer a confiança do mercado financeiro na instituição”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Como se sabe, o presidente Lula entregou a Caixa Econômica ao deputado Arthur Lira, presidente da Câmara. Ou seja, misturou o PP com o PT, e o resultado não poderia ser nada diferente. Tutti buona gente, como dizem os mafiosos. (C.N.)

Gravação da Abin mostrará que não houve ilegalidades, afirma Bolsonaro

Acabou a mamata! Bolsonaro gasta R$ 5,8 milhões em cartão corporativo só  este ano | Revista Fórum

Bolsonaro garante que a gravação não tem nada demais

Igor Gadelha
Metrópoles

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi informado por auxiliares, no final da tarde de segunda-feira (15/7), sobre a divulgação do teor do áudio de uma reunião de 2020 na Agência Brasileira de Inteligência, que teria sido supostamente gravado clandestinamente pelo então diretor-geral da Abin, delegado Alexandre Ramagem, que hoje é deputado federal.

No encontro, Bolsonaro discutiu com o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), então chefe da Abin, com o ex-ministro Augusto Heleno e com duas advogadas, o caso da “rachadinhas” de seu filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

SUPOSTO PLANO – A reunião teria sido gravada por Ramagem e tratou de um suposto plano contra auditores responsáveis por elaborar o documento da Receita Federal que embasou a investigação das “rachadinhas”.

O áudio do encontro foi descoberto pela Polícia Federal durante a investigação da “Abin paralela”, que apura suposto esquema de espionagem ilegal de adversários do clã Bolsonaro no governo do ex-presidente.

Segundo apurou a coluna, Bolsonaro estava deixando a sede do PL, em Brasília, quando soube do levantamento do sigilo da gravação pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Em uma primeira análise, o ex-presidente avaliou que a divulgação do inteiro teor da reunião não seria ruim para ele por conter falas em que ressalta que não estaria buscando o favorecimento de ninguém com a reunião.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Ainda nesta segunda-feira, o deputado Alexandre Ramagem reafirmou que a gravação não comprova nenhuma ilegalidade, assinalando que o então presidente Bolsonaro sabia que a reunião estava sendo gravada, como era rotina na Abin. Assim, aumenta cada vez mais o suspense da novela da Abin Paralela. No próximo capítulo, o ministro Moraes deveria revelar porque se recusou a enviar cópia das investigações à Corregedoria da Abin. A justificativa foi de que – “no momento” – não seria conveniente, e não convenceu ninguém. E assim a novela parece que vai virar Piada do Ano. Comprem pipocas. (C.N.)

Jovens bem formados e sem emprego estarão fortalecendo a direita radical?

Esquerdas sobem na opinião pública; e a direita recua - por Pedro do Coutto - Tribuna da Imprensa Livre

Charge do Duke (O Tempo)

Hélio Schwartsman
Folha

Mesmo que o presidente Emmanuel Macron consiga evitar que o Rassemblement National (RN) saia com um primeiro-ministro das eleições legislativas que começam no próximo domingo (30), é líquido e certo que esse grupo da ultradireita avançará várias casas. E, a crer nas pesquisas, os jovens são em grande medida responsáveis pelo crescimento do partido comandado por Marine Le Pen.

Boa parte da imprensa se pergunta como jovens, cujos avós deflagraram a revolução sexual e cujos pais asseguravam boas votações a partidos de esquerda, puderam ir tão para a direita. Sabe-se que a orientação política tem forte componente hereditário.

QUEBRA-CABEÇAS – Para tornar o quebra-cabeças ainda mais intrigante, um elemento recorrente nos fenômenos de radicalização política, a deterioração das condições econômicas, não está no momento muito presente.

Ao contrário, os ventos são favoráveis: a pandemia passou, a inflação vai sendo controlada e o desemprego, problema crônico na França, anda bem-comportado.

Uma hipótese que merece consideração é a levantada por Peter Turchin no livro “End Times”, que já comentei aqui. Para Turchin, um dos fatores que explicam períodos de turbulência é a superprodução de elites. Quando tudo vai bem, as pessoas se preparam para um futuro melhor. Estudam mais na esperança de encontrar empregos que paguem bem e tragam satisfação pessoal.

VOTOS RADICAIS – Só que, quando tudo vai realmente bem, temos a superprodução de elites: muito mais gente se preparando para assumir bons postos do que vagas disponíveis. Em algum momento, esses jovens percebem que o futuro pode não ser tão bom, o que se traduz em votos radicais, às vezes até antissistema.

Para Turchin, a superprodução de elites é um fenômeno cíclico que se repete a cada 100 ou 200 anos.

Se é mesmo isso que está por trás da ascensão da ultradireita nos países ricos, então lidamos com um problema muito mais estrutural e difícil de resolver do que se imaginava.

Trump escolhe ex-inimigo J.D. Vance como candidato a vice em sua chapa 

J.D. Vance será vice na chapa de Donald Trump à Casa Branca

JDVance esculhambava Trump, que se tornou seu “ídolo”

Deu no Estadão

O ex-presidente Donald Trump confirmou o nome de JD Vance, senador por Ohio como candidato a vice-presidente nas eleições, em novembro. O anúncio marca o primeiro dia da Convenção Nacional Republicana, em Milwaukee, Wisconsin, que formalizou o nome de Trump para disputar a Casa Branca.

“Após longa deliberação e reflexão, e considerando os enormes talentos de muitas outras pessoas, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador J.D. Vance, do grande Estado de Ohio”, escreveu Donald Trump na sua rede, a Truth Social, destacando o currículo do companheiro de chapa.

ATUAÇÃO – “Durante a campanha, se concentrará fortemente nas pessoas pelas quais lutou de forma tão brilhante, os trabalhadores e fazendeiros americanos da Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Ohio, Minnesota e muito além…”, conclui o anúncio.

A Convenção Nacional do Partido Republicano começa nesta segunda-feira, 15, dois dias após o atentado contra Donald Trump, que teve o seu comício em Butler, Pensilvânia, interrompido por um ataque a tiros. O líder republicano foi atingido de raspão na orelha.

Um apoiador que participava da atividade de campanha morreu e outros dois ficaram feridos. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto por contra-atiradores do Serviço Secreto. O FBI acredita que ele agiu sozinho.

EX-CRÍTICO DE TRUMP – O senador J.D. Vance, de Ohio, o recém-anunciado companheiro de chapa do ex-presidente Donald J. Trump, passou por uma rápida jornada nos últimos oito anos, de autor best-seller e crítico declarado de Trump a um de seus mais ferrenhos defensores.

Antes de entrar na política, Vance, de 39 anos, era conhecido como o autor de “Hillbilly Elegy”, um best-seller de memórias que relata sua criação em uma família pobre e também serviu como uma espécie de exame sociológico dos americanos brancos da classe trabalhadora. O livro foi publicado pouco antes da eleição de Donald Trump em 2016, e muitos leitores o buscaram após sua vitória como uma espécie de guia para entender o apoio a Trump entre as comunidades brancas da classe trabalhadora.

O próprio Vance denunciou veementemente Trump durante sua campanha de 2016. Mas o abraçou em 2022, vencendo uma disputada republicana para o Senado com o apoio de Trump e se tornando uma voz pró-Trump no Congresso.

CRIADO PELOS AVÓS – Ele nasceu em Middletown, Ohio, e passou parte de sua infância em Jackson, Kentucky, sendo criado por seus avós maternos enquanto sua mãe lutava contra o vício em drogas, antes de retornar a Middletown. Após o ensino médio, ele se alistou nos fuzileiros navais e foi enviado ao Iraque, trabalhando em relações públicas. Posteriormente, frequentou a Universidade Estadual de Ohio e a Faculdade de Direito de Yale.

Carreira em finanças: Vance trabalhou para o capitalista de risco conservador Peter Thiel antes de fundar sua própria firma de capital de risco. Thiel doou milhões de dólares para a campanha de Vance ao Senado em 2022.

ANTES E DEPOIS – Durante a campanha de 2016, Vance criticou fortemente Trump, descrevendo-o como “heroína cultural” e como um demagogo que estava “levando a classe trabalhadora branca a um lugar muito sombrio”. Ele se descreveu como “um cara do ‘Never Trump’”. Em um post no Twitter que ele já deletou, e chamou Trump de “repreensível” porque ele “faz as pessoas de quem eu me importo terem medo. Imigrantes, muçulmanos, etc.”

Depois de decidir concorrer ao Senado em 2022, ele se recaracterizou como um apoiador inabalável de Trump. Vance pediu desculpas por denunciar Trump, adotou suas posições rígidas sobre imigração e outras questões, e ganhou o endosso de Trump.

Ele disse que o mandato de Trump na Casa Branca provou que sua oposição estava errada. Vance não se comprometeu a aceitar os resultados da eleição deste ano. “Se tivermos uma eleição livre e justa, aceitarei os resultados”, disse ele à CNN em maio. É uma ressalva que muitos republicanos têm usado, deixando a porta aberta para a noção de fraude e ajudando a semear dúvidas antecipadamente.

 Em fevereiro, ele disse à ABC News que, se tivesse sido vice-presidente em 6 de janeiro de 2021, ele não teria certificado a eleição de Binden como Mike Pence fez, mas teria “dito aos estados, como Pensilvânia, Geórgia e tantos outros, que precisávamos ter múltiplas listas de eleitores, e acho que o Congresso dos EUA deveria ter discutido isso a partir daí.”

Piada do Ano! Moraes está suspeitando que a Abin petista apoia a Abin Paralela

Movimento Liberdade volta às ruas por impeachment de Moraes | Brasil |  Pleno.News

Moraes está se defrontando com uma nova realidade

Deu na Carta Capital

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, seguiu uma recomendação da Procuradoria-Geral da República e rejeitou um pedido da Polícia Federal para compartilhar com a Corregedoria da Abin as provas da Operação First Mile, que investiga um suposto esquema de monitoramento ilegal na agência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Em sua decisão, Moraes afirmou que a medida “não é adequada para o presente momento investigatório”. O parecer da PGR, porém, fornece mais razões para negativa.

BOICOTE – Segundo uma manifestação assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, identificou-se uma possibilidade de interferência. Ele reforçou que, em fases anteriores da investigação, apareceram indícios da “intenção de evitar a apuração aprofundada dos fatos”.

“A aparente resistência identificada no interior da Agência Brasileira de Inteligência e a ausência de urgência do pretendido compartilhamento, que pode ocorrer após o encerramento das investigações, recomendam o indeferimento do pedido formulado”, anotou a Procuradoria.

A desconfiança de investigadores com parte da atual gestão da agência não é um fato recente. Em janeiro, o presidente Lula (PT) exonerou Alessandro Moretti, então número 2 na hierarquia da Abin.

RELATÓRIO – A situação do delegado se deteriorou quando veio a público um relatório da PF que serviu de base para uma etapa da operação contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), diretor da agência entre 2019 e 2022.

A PF suspeita que a atual gestão da agência teria agido para interferir em investigações sobre a espionagem de autoridades durante o governo de Bolsonaro.

Em uma reunião com investigados, segundo a polícia, Alessandro Moretti teria afirmado que a apuração tinha “fundo político e iria passar”.

ANTES DO CARGO – No mais recente relatório, a Polícia Federal menciona que o atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, ainda não estava no cargo quando participou da reunião – em março de 2023 – em que Moretti citou o “fundo político”.

“Não se identificou, por oportuno, normativo que autorizasse cidadãos alheios aos quadros da ABIN – Agência Brasileira de Inteligência – receberem, dentre outras, informações sigilosas relacionadas as diligências em andamento”, completou a Polícia Federal.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Por que Moraes não autorizou o compartilhamento de provas da ‘Abin Paralela’ com a Corregedoria da própria Abin? A explicação está na própria reportagem da Carta Capital, enviada à Tribuna por José Guilherme Schossland. O fato concreto é que Moraes se enrolou todo e já não confia em ninguém. O assunto é importante e divertido. Vamos voltar a ele. (C.N.)

No mundo inteiro, a política democrática mostra estar em forte decadência

Gilmar Fraga / Agencia RBS

Charge do Gilmar Fraga (Gaúcha/Zero Hora)

Roberto Nascimento

O mundo está sem alternativas, com líderes fracos e sem estatura para os desafios da modernidade. Estados Unidos, China, União Europeia e Rússia lutam pelos espaços na economia global e na ampliação de suas esferas de influência.

A guerra da Ucrânia está inserida nesse contexto de poder. Já a  China deseja invadir Taiwan, a ilha nacionalista, que se tornou independente de Pequim em 1959, ano da Revolução Socialista liderada por Mao Tse Tung.

Ao mesmo tempo, os Estados Unidos tentam manter a supremacia econômica e política no Oriente Médio, porém encontram forte resistência do Irá, seu antigo aliado dos tempos do Xá Reza Pahlevi, e da Síria, apoiada pela Rússia.

ELEIÇÃO DECISIVA – É nesse quadro que os norte-americanos caminham para uma eleição decisiva. O atual presidente Joe Biden, com todos os problemas atribuídos a ele, tais como esquecimento de nomes e lentidão nas respostas dos debates, tem muito mais conhecimento de política internacional e de política interna do que o adversário Donald Trump.

O candidato republicano já mostrou seu caráter ditatorial, quando desacreditou o processo político e tentou desferir um golpe de estado, na transição do governo, há quase quatro anos, mandando invadir o Capitólio.

Será que os americanos vão dar uma segunda chance a Trump, para ele completar o que não conseguiu no primeiro mandato? Lembrem-se que ele atenta contra a democracia, quer reduzir a assistência à saúde, demonstra ódio visceral aos imigrantes, trata com desleixo a política externa, quer liberação total de armas e munições, nas mãos de quem quiser comprar, e atua pelo enfraquecimento da OTAN.

IMPACTO ELEITORAL – Vamos ver quantos pontos o atentado soma para Trump nas próximas pesquisas. Aliás, os assassinatos de presidentes e políticos nos EUA são uma marca histórica do país, um dos mais violentos do mundo, nesse aspecto.

John Kenedy, presidente democrata, foi assassinado no exercício do Poder. Logo depois, seu irmão, promotor de justiça, foi assassinado quando saía de um restaurante.

Depois disso, outro presidente dos EUA, Ronald Reagan, levou um tiro na barriga no exercício do mandato.

POR POUCO – Trump foi salvo, escapou por pouco, ao levantar o braço para apontar algum local, no momento do disparo, que pegou a orelha dele de raspão. Se não houvesse a movimentação, atingiria a nuca de Trump.

Importante salientar que o autor do atentado não era nenhum comunista. Trata-se de um jovem de 20 anos, filiado ao Partido Republicano, do próprio Trump.

Essa confusão é resultado da política liberal armamentista dos EUA. Lá, qualquer cidadão pode comprar armas, em qualquer loja da esquina. Aqui no Brasil, também iniciaram esse processo de armas para todo mundo. Armas supostamente legais vão parar na mão do crime organizado. As forças policiais, estaduais e federais perderam o controle da política armamentista.

MATANÇA – De norte a Sul, há mortes diariamente, nos confrontos entre quadrilhas pelo domínio do território, enquanto trabalhadores, crianças, mulheres e idosos são atingidos por balas perdidas, inclusive nas suas residências e as crianças nas escolas.

O tempo passa, realizam-se as eleições, há alternância de poder, mas não acontece nada. As quadrilhas e os milicianos continuam dando as cartas nas favelas e nos bairros pobres, onde assumem os serviços de fornecimento de água, energia, TV a cabo e venda de gás de cozinha. Até quando?

 

The New York Times adverte que Trump não será derrotado pela violência

New York Times” dedica toda a primeira página às 100 mil vítimas da covid-19 | Covid-19 | PÚBLICO

NWT pede que Trump seja derrotado pelo voto dos EUA

Deu no NYT

O Conselho Editorial do The New York Times, formado por um grupo de jornalistas de opinião que é separado da redação, publicou artigo lamentando o atentado a Donald Trump, nos seguintes termos:

Os americanos receberam um lembrete preocupante no sábado sobre a ameaça que a violência política representa para nossa democracia.

Há muito que ainda não sabemos sobre o atirador e o tiroteio, que está sendo investigado como uma tentativa de assassinato. Mas uma coisa está clara: qualquer tentativa de resolver uma eleição por meio da violência é abominável. A violência é antitética à democracia. Cédulas, não balas, devem ser sempre o meio pelo qual os americanos trabalham suas diferenças.

SEM RADICALISMO – Agora cabe aos líderes políticos de ambos os partidos, e aos americanos individual e coletivamente, resistir a um deslize para mais violência e ao tipo de linguagem extremista que a alimenta. O ataque de sábado não deve ser tomado como uma provocação ou uma justificativa.

Os americanos também devem ter clareza sobre o desafio que esta nação está enfrentando. Os eventos de sábado não podem ser descartados como uma aberração. A violência está infectando e influenciando a vida política americana.

Atos de violência há muito tempo obscurecem a democracia americana, mas ultimamente eles têm se tornado maiores e mais sombrios. A polarização cultural e política, a ubiquidade das armas e o poder radicalizador da internet têm sido fatores contribuintes, como este conselho expôs em sua série editorial The Danger Within em 2022. Esta eleição presidencial de alto risco está forçando ainda mais o comprometimento da nação com a resolução pacífica de diferenças políticas.

PROCESSO DEMOCRÁTICO – A democracia exige que os partidários aceitem que o processo é mais importante do que os resultados.

Mesmo antes dos eventos de sábado, havia sinais preocupantes de que muitos americanos estão falhando nesse teste essencial.

Em uma pesquisa realizada no mês passado pelo Chicago Project on Security and Threats, 10% dos entrevistados concordaram que o uso da força foi justificado para impedir que o Sr. Trump se tornasse presidente, e 7% disseram que o uso da força foi justificado para devolver o Sr. Trump à presidência.

SEM VIOLÊNCIA – A agenda política do Sr. Trump não pode e não deve ser combatida pela violência. Ela não pode e não deve ser perseguida pela violência.

O ataque no sábado foi uma tragédia. O desafio que agora os americanos enfrentam é evitar que este momento se torne o começo de uma tragédia maior.

Esta eleição deve ser resolvida pelos votos que os americanos darão.

Donald Trump é incapaz de liderar', diz editorial do New York Times

Jornal diz que Trump é despreparado

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TRUMP É “PERIGOSO” E SERIA “UMA ESCOLHA ATERRORIZANTE”

Por g1

Na eleição presidencial americano, um dos detalhes mais importantes é o firme posicionamento político do mais importante jornal norte-americano, The New York Times, que se posiciona frontalmente contra o candidato republicano Donald Trump. No início do mês, o jornal publicou dois artigos de opinião defendendo que Joe Biden, o candidato democrata, deveria desistir de concorrer às eleições presidenciais, devido a seus problemas devido à idade avançada – 81 anos.

Depois desses dois editoriais pedindo que o presidente Biden desista de concorrer às eleições, o New York Times publicou nesta quinta-feira (dia 11) um novo artigo se manifestando também contra a candidatura do ex-presidente Donald Trump.

SEM MEIAS PALAVRAS – No texto, o jornal diz que Trump seria uma “escolha aterrorizante” para governar neste momento do país. Afirma que o ex-presidente republicano tem repúdio a leis e é perigoso “nas palavras e nas ações”.

Trump é o candidato do Partido Republicano que deve enfrentar o democrata Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro deste ano.

“É uma escolha aterrorizante para este momento. A era pós-Covid com a inflação insistente, juros altos, divisão social e estagnação política deixaram muitos eleitores frustrados e desapontados”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
-Editoriais são textos em que órgãos de imprensa expressam opinião sobre determinado tema. “The New York Times” publicou dois editoriais pedindo que Biden desista de concorrer e um editorial contra a vitória de Trump. O jornalão acha que os democratas têm chances, mas precisam se livrar de Biden. E Trump torce para que Biden continue. Eis a questão. (C.N.)

MP pede apuração da operação ‘arriscada’ de R$ 500 milhões barrada na Caixa

O procurador do Ministério Público no TCU Lucas Rocha Furtado

O procurador do TCU denuncia os indícios de ilegalidades

Rafael Moraes Moura, Johanns Eller e Malu Gaspar
O Globo

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, entrou nesta segunda-feira (15) com uma representação no TCU para que a Caixa seja obrigada a esclarecer a compra de um lote de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master, consideradas arriscadas demais para os padrões do banco.

Furtado quer uma apuração das possíveis irregularidades na realização do investimento, considerando os riscos envolvidos na aquisição.

PARECER SIGILOSO – Conforme revelou o blog, em um parecer sigiloso de 19 páginas, a área de renda fixa da Caixa Asset, o braço de gestão de ativos do banco estatal, desaconselhou enfaticamente a operação, considerada “atípica” e “arriscada”, não só em razão do valor, considerado alto demais, como por causa do rating do banco.

Dois gerentes que se opuseram à compra do lote de R$ 500 milhões em letras financeiras acabaram destituídos do cargo pela cúpula da Caixa Econômica Federal, na última segunda-feira (8).

“Vejo com grande preocupação os indícios de irregularidades aqui trazidos. Considerando que prejuízos à CEF reverteriam ao erário federal, tendo em vista sua natureza sabidamente pública, entendo que operações da Caixa Asset, subsidiária integral da Caixa, merecem atuação diligente por parte desta Corte de Contas”, sustenta o subprocurador.

ACESSO AO PARECER – “No caso ora em análise, entendo necessário que o TCU tenha acesso ao mencionado parecer da área técnica da CEF quanto à aquisição do investimento no Banco Master, para que sejam avaliados os critérios utilizados e os possíveis desdobramentos dessa possível aquisição.”

Nos bastidores da Caixa, a destituição dos gerentes foi interpretada como uma tentativa de retaliação e de eliminar as resistências internas ao negócio, já que o comitê de investimentos, a quem cabe dar aval a esse tipo de operação, deverá ser recomposto com os novos gerentes dessas áreas.

Na representação enviada ao TCU, o subprocurador Lucas Rocha Furtado pede que o tribunal peça à Caixa a cópia dos “processos administrativos, pareceres e quaisquer outras análises” de técnicos da Caixa Econômica Federal e da Caixa Asset quanto à realização de investimento pela Caixa Asset no Banco Master.

SENADOR REAGE – A revelação da operação milionária repercutiu não apenas no TCU, mas também no Congresso Nacional.

Após o parecer sigiloso vir à tona, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) apresentou nesta sexta-feira (12) um requerimento para que a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal cobre esclarecimentos da Caixa e da Caixa Asset sobre a destituição dos dois gerentes.

Para o senador, a destituição dos gerentes Daniel Cunha Gracio e Maurício Vendruscolo, quatro dias após a emissão do parecer técnico contrário à operação, “levanta sérias dúvidas sobre a integridade das práticas de governança da Caixa Econômica Federal”, o que pode “comprometer a confiança do mercado financeiro na instituição”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Como dizia Tom Jobim, é a lama, é a lama, é lama. Ao que parece, o maestro estava certo e a gente nunca vai conseguir sair dessa lama. (C.N.)

Assessores e amigos de Jair Bolsonaro forneceram à PF as provas contra ele

As provas contra Bolsonaro são consistentes? - YouTube

Com amigos desse tipo, Bolsonaro nem precisa de inimigos

Matheus Leitão
Veja

Os amigos de Bolsonaro cooperam com as investigações. Isso se pode dizer. O ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, gravou o seu próprio chefe, Jair Bolsonaro, numa reunião muito comprometedora. Depois, cuidadosamente, guardou a gravação até ela ser descoberta pela Polícia Federal.

O tenente coronel Mauro Cid filmou uma reunião de julho de 2022 em que o ex-presidente discutiu as alternativas (golpistas) a fazer, caso o então candidato e hoje presidente Lula ganhasse as eleições. O ajudante de ordens manteve o vídeo em seu próprio computador até entregar para a PF.

BATENDO FOTO – Seu pai general Lourena Cid fotografou a si mesmo no reflexo do vidro junto com a joia que estava sendo surrupiada do patrimônio público para ser vendida no exterior até a Polícia Federal descobri-la.

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres escondeu no cantinho mais precioso da casa, junto com fotos da família, a minuta de um golpe de Estado até a apreensão pela PF.

Então, sob certo ponto de vista, pode-se dizer, leitores desta coluna, que Jair Bolsonaro escolheu bem ajudantes e amigos. Eles estavam dispostos a fazer tudo pelo chefe, inclusive cometer crimes, mas guardaram zelosamente as provas disso.

GRAVAÇÃO IMPERDÍVEL – A descoberta de que Alexandre Ramagem gravou a reunião em que Bolsonaro, o general Heleno, ele próprio, e possivelmente a defesa do senador Flávio Bolsonaro, combinavam de esconder os indícios contra o senador fazendo devassa na vida de auditores da Receita Federal ajuda bastante a investigação sobre a espionagem da Abin paralela.

Ao mesmo tempo instalou-se um clima de barata voa na campanha de Ramagem à prefeitura do Rio. Bolsonaro estaria furioso e se sentindo traído pelo Policial Federal em quem depositava muita confiança.

Já não se sabe se ele será mantida, dado que tudo depende da vontade de Bolsonaro e ex-presidente estaria bem irritado e se sentindo traído.

PROVAS IMPORTANTES – São preciosas todas as provas dos amigos do ex-presidente: a minuta do golpe de Anderson, o vídeo do computador de Mauro Cid, a foto do general Lourena Cid e, por fim, a gravação dessa reunião por Ramagem.

Há mais nos guardados dos amigos do ex-presidente. Mas essas quatro provas já mostram que, involuntariamente, o entorno de Bolsonaro ajuda a Justiça.

O que o ex-presidente deve estar se perguntando é por que eles guardaram provas tão contundentes. Uma hipótese de resposta é que eles, como o próprio Bolsonaro, acreditavam na impunidade.

Atentado contra Trump: a violência enraizada na política americana

Após ser atingido de raspão, Trump é amparado por agentes

Pedro do Coutto

Um atentado contra Donald Trump em comício realizado na Pensilvânia acrescenta um novo rumo à campanha eleitoral nos Estados Unidos. Imagens de um vídeo mostram que Trump caiu no chão do palanque onde estava, ficou assustado e, ao levantar, havia sangue no rosto e sua orelha direita sangrava.

Foi atingido de raspão perto do rosto. Rapidamente, foi cercado por agentes secretos do FBI, que o retiraram do local. Antes de descer do palanque, o ex-presidente levanta o punho direito em sinal de vitória e é aplaudido pelos presentes. Poucas horas depois do atentado, Trump se manifestou na sua rede Truth Social. Ele agradeceu ao Serviço Secreto e às autoridades pela “rápida resposta ao tiroteio”.

“ALGO ERRADO” – “Quero estender minhas condolências à família da pessoa morta no comício, e também à de outra que ficou gravemente ferida. É incrível que tal ato ocorra em nosso país”, escreveu. “Eu fui atingido por uma bala que atravessou a parte de cima da minha orelha direita. Soube imediatamente que algo estava errado ao ouvir o barulho de zumbido, tiros e sentir a bala passando pela pele. Muito sangramento ocorreu, e percebi o que tinha acontecido. Deus abençoe a América!”, acrescentou.

Nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou o atentado. “O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável”, reagiu Lula.

REPERCUSSÃO – O impacto de tudo que ocorreu, certamente será enorme, porém ainda é cedo para dizer que Biden perderá as eleições em virtude do ocorrido na noite de sábado. A disputa será muito apertada, no fim das contas. É claro que Trump ganha muita simpatia, agora, por todo o mundo. Isso deve reforçar o trabalho dentro da base do Partido Republicano. Mas não creio que isso afetará as pessoas que estão de fora da base eleitoral. Faltam menos de quatro meses para o fim da campanha eleitoral e, durante esse período, muitas coisas podem acontecer.
 
Incrível como a violência está enraizada na política americana, basta ver os atentados registrados na história do país.  Movidos pelo ódio e pela paixão, os atiradores não têm limites. De qualquer forma, o atentado foi um ato indescritível não só contra o candidato, mas contra todos os que esperam desfechos democráticos nas lutas políticas que travam.

Um poema de amor (direto, doce e sensual), bem no estilo de Alice Ruiz

entre tantos loucos e livres existe... Alice Ruiz - PensadorPaulo Peres
Site Poemas & Canções
 

A publicitária, tradutora, compositora e poeta  curitibana Alice Ruiz Scherone, no poema Ninguém Me Canta como Você”, revela o fascínio e o modo sedutor que seu amado exerce sobre ela.

NINGUÉM ME CANTA COMO VOCÊ
Alice Ruiz

ninguém me canta
como você
ninguém me encanta
como você
nem me vê
do jeito
que só você
de que adianta
ter olhos
e não saber ver
ter voz
mas não não ter o que dizer
digam o que disserem
façam o que quiserem
ninguém diz
ninguém vê
ninguém faz
como você
ninguém me canta
ninguém me encanta
como você