Biden tem que dar uma resposta concreta sobre atentado contra Trump

Espaço aberto na política americana está sendo ocupado por Trump

Pedro do Coutto

Enquanto o ex-presidente Donald Trump aproveita o embalo decorrente do atentado sofrido no último fim de semana, o presidente Joe Biden está custando a anunciar qual o seu posicionamento em relação à questão. A Casa Branca precisa assumir uma postura sobre o episódio e não ficar parada, aguardando os acontecimentos, enquanto a opinião pública americana espera uma resposta.

Uma investigação será indispensável por parte do governo para preencher este espaço na política que vem sendo ocupado unicamente por Trump. A morte do atirador impede que se aprofundem as investigações, mas elas precisam ter um desenrolar sob a ótica governamental, pois há o precedente da invasão do Capitólio em 2021 que deixou evidente um plano para a violação do resultado das urnas de 2020.

FIRMEZA – O governo de Washington não pode ficar paralisado diante do fato e sim agir firmemente até para ir ao encontro da opinião pública americana que aguarda uma sinalização sobre o fato de forma concreta.

Trump não vacilou e aproveitou o episódio e o clima de perplexidade inevitável, anunciando a escolha do seu companheiro de chapa, o senador J.D Vance, de 39 anos de idade. Se Trump, apesar da tentativa de morte que sofreu, teve condições para dar sequência às suas articulações, mais motivos tem a Casa Branca para encontrar condições para colocar em prática uma resposta que o eleitorado americano deseja ouvir.

MOBILIZAÇÃO – Bidem tem que mobilizar a sua estrutura política e partidária, avançando no sentido das investigações. Caso não assuma o esforço para investigar todas as faces da questão, o fato manter-se-á como uma sombra de mais um atentado infame não apenas contra o candidato, mas contra toda democracia americana. Biden não pode se manter calado, pois a omissão só acrescentará pontos (e votos) em favor de Trump.

Biden deve incorporar em sua equipe de resposta declarações dos ex-presidentes Bill Clinton, Barack Obama e Jimmy Carter para dar peso à sua ação completa diante do trágico episódio. Além disso, demonstraria que Clinton, Obama e Carter  estão ao seu lado na luta contra atos que atingem a democracia.

Uma canção sobre o realejo que era capaz de despertar amor e tristeza

TV SAUDADES : Artistas encontrados 52 resultados para SADI CABRAl

Sadi Cabral, grande ator e compositor

Paulo Peres
Site Poemas & Canções

O ator e compositor alagoano Sadi Sousa Leite Cabral (1906-1986), em parceria com Custódio Mesquita, aborda alegria, partida, tristeza e saudade de alguém através das canções de um “Velho Realejo”. Essa valsa foi gravada por Carlos Galhardo, em 1952, pela RCA Vitor.

VELHO REALEJO
Custódio Mesquita e Sadi Cabral

Naquele bairro afastado
Onde em criança vivias
A remoer melodias
De uma ternura sem par

Passava todas as tardes
Um realejo risonho
Passava como num sonho
Um realejo a cantar

Depois tu partiste
Ficou triste a rua deserta
Na tarde fria e calma
Ouço ainda o realejo tocar

Ficou a saudade
Comigo a morar
Tu cantas alegre e o realejo
Parece que chora com pena de ti

Só a esquerda demente conseguiu ver “armação” neste atentado a Donald Trump

GrandeSantaRosaNotícias.com

Ricardo Berzoini, ex-presidente do PT, perdeu o juízo???

J.R. Guzzo
Gazeta do Povo

A esquerda moderna desenvolveu uma nova tara: sempre que alguém tenta assassinar, à faca ou a tiro, um líder de direita durante as campanhas eleitorais, sua reação automática é dizer que foi tudo armação da própria vítima. Nem se pergunte, na construção deste tipo de absurdo, porque alguém iria forjar um tiro na sua orelha e assumir o risco de ver a cabeça furada de um lado para o outro – além de provocar a morte de um apoiador e ferimentos graves em outros dois, como foi no atentado contra Donald Trump neste fim de semana.

Da mesma forma, é demente sair dizendo que o ex-presidente Jair Bolsonaro deu uma facada em si mesmo, que exigiu cirurgias extensas e o deixou, segundo todos os médicos que o atenderam, a um passo da morte. Não importa: como o agredido é de direita, é tudo invenção dele mesmo, pois no mundo mental da esquerda, gente de direita só agride; não pode, nunca, ser agredida.

TRÁFICO DE ÓDIO – No mundo desenvolvido está se tornando uma religião entre a esquerda, os “centristas” e as classes culturais, traficar o ódio como matéria prima da ação política

Esse tipo de reação à tentativa de assassinato de Donald Trump não veio apenas do esgoto da internet – esse mesmo que deixa tão horrorizados o ministro Alexandre de Moraes e seus colegas de STF quando o destinatário das mentiras é alguém da esquerda ou do “centro civilizado”. (Como, nesse caso, a vítima era um Godzilla da direita como Trump, nenhum deles deu um pio sobre a necessidade de “regulamentar” as redes sociais.)

Não é só do mundo digital, também, que vem a frustração irritada com a falha do assassino, que deveria matar e não conseguiu, e outras reações de ódio patológico contra a “extrema direita”.

DELÍRIO TOTAL – No caso de Trump, um ex-ministro e ex-presidente do PT afirmou com toda a clareza que foi ele que falsificou o atentado, da mesma forma como Bolsonaro teria forjado a facada que recebeu no estômago – a “fake ada”, como ele diz.

A principal estrela das milícias usadas pelo governo e pelo PT para espalhar mentiras, de volta à cena do crime depois de se entalar numa operação de “rachadinha” explícita, foi na mesma linha.

É verdade que o Itamaraty não declarou que “entende” os motivos do assassino, como entende o assassinato de civis palestinos pelo Hamas.

DISSE LULA – É verdade também que Lula reprovou o atentado contra Trump e disse que o crime era “inaceitável”. Mas é claro que ninguém no governo e no STF faz a menor restrição às barbaridades ditas por seus aliados – o que prova, mais uma vez, que o seu único compromisso é com a destruição dos adversários da “extrema direita”.

Obviamente, não é apenas no Brasil que se verifica essa espécie de transtorno de conduta. No mundo desenvolvido, particularmente, está se tornando uma religião, entre a esquerda, os “centristas” e as classes culturais, traficar o ódio como matéria prima da ação política.

Nada comprova isso de maneira tão evidente quanto a obsessão em pregar automaticamente, sem nenhuma reflexão séria, que Trump, Bolsonaro e todos os líderes de direita com capacidade de ganhar eleições, de Marine Le Pen a Giorgia Meloni, de Viktor Orban a Javier Milei, são monstros fanáticos nazifascistas que vão “destruir a democracia” e levar a humanidade de volta à Idade da Pedra.

CONVERSA FIADA – A possibilidade de qualquer líder de direita, por mais forte que seja e por mais votos que tenha, de criar uma ditadura ganhando eleições é de zero elevado à potência zero.

Trump não é fascista, nem nazista e não tem a mais remota intenção de implantar uma ditadura nos Estados Unidos – e materialmente nem poderia, no caso de querer.

A mesma observação se aplica integralmente a Bolsonaro. Insistir nessas acusações histéricas é, hoje, a mais venenosa manifestação de ódio na vida política mundial.

Confirmado! Gestão atual da Abin quis evitar investigação da “Abin Paralela”

Charge do Nando Motta (Brasil 247)

Carlos Newton

Divulgamos aqui na Tribuna da Internet, em primeira mão, a contrariedade do procurador-geral Paulo Gonet e do ministro-relator Alexandre de Moraes diante do posicionamento que a gestão atual da Agência Brasileira de Inteligência está tendo em relação à escandalosa denúncia da existência de uma “Abin Paralela”, criada pelo governo de Jair Bolsonaro para perseguir seus adversários políticos.

Essa estranhíssima situação começou a se configurar quando a Corregedoria da Abin solicitou ao Supremo acesso às investigações sobre a agência, que fazem parte do famoso inquérito do fim do mundo, aquele criado em 2019, que já completou cinco anos e ninguém sabe quando vai acabar.

INTERFERÊNCIA – Assim, em função do noticiário caudaloso sobre (supostas) gravíssimas irregularidades na Abin, não causa surpresa o pedido da Corregedoria da própria agência. O que não se esperava foi a reação do procurador-geral Paulo Gonet, que propôs a Moraes que não fizesse o compartilhamento de informações, alegando que teria sido identificada “uma possibilidade de interferência”.

E o procurador foi além, ao informar que, em fases anteriores da investigação, apareceram indícios da “intenção de evitar a apuração aprofundada dos fatos”.

Essa denúncia de Gonet é gravíssima, pois ele simplesmente declara que a Abin atual (do governo Lula) tenta evitar a investigação da Abin anterior (do governo Bolsonaro)

AGIR DE OFÍCIO – Diante dessa constatação, o dever do procurador-geral da República era de propor ao Supremo a abertura de investigações específicas sobre a cumplicidade da atual gestão da Abin em relação à diretoria anterior. Mas ele não procedeu assim.

Ardilosamente, Gonet arranjou um jeito de “comunicar” ao ministro Moraes as irregularidades no comportamento da direção atual da Abin, e, ao mesmo tempo, propor que nada fosse investigado sobre a atual gestão, vejam a que ponto chegou a esculhambação institucional neste país.

Está claro que o procurador prevaricou ao encobrir a cumplicidade da direção atual da Abin em relação a supostas irregularidades da gestão anterior.

ERRO DE MORAES – Da mesma forma, o ministro Moraes também prevaricou, porque deixou de cumprir sua obrigação de mandar investigar a atual diretoria, conforme se deduz da comunicação oficial feita pelo procurador Gonet.

Entenda-se: nenhuma autoridade pode receber denúncia de ilegalidade cometida por agente público e simplesmente fingir que não soube de nada. Pelo contrário, a autoridade tem obrigação funcional de agir de ofício e tomar as providências cabíveis.

No entanto, Moraes preferiu se omitir e manter a carga sobre a gestão da Abin no governo Bolsonaro, tendo liberado nesta segunda-feira o sigilo da reunião do então presidente Jair Bolsonaro com o diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, com participação do ministro Augusto Heleno e das advogadas do senador Flávio Bolsonaro, que na reunião denunciaram supostas irregularidades da Receita na investigação das “rachadinhas”.

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P.S. 1
Bem, este é capítulo atual da novela da Abin. A grande dúvida é saber por que a gestão atual da Abin (do governo Lula) tentou fazer “interferência” e “evitar a apuração aprofundada dos fatos”, no dizer do procurador-geral Gonet. Saber o objetivo da atual direção da Abin é a chave de tudo, o elo perdido nesse intrigante aspecto do inquérito do fim do mundo.

P.S. 2É triste constatar essa parceria entre o procurador-geral da República e um dos ministros do Supremo. Uma das funções do procurador é justamente buscar e apontar erros dos ministros, para anular julgamentos e reverter decisões. Vamos voltar ao assunto, é claro, mas quem se interessa? (C.N.)

Gravação comprovou que não houve ilegalidade na Abin, diz Wajngarten

Fábio Wajngarten reforça área de comunicação do governo Bolsonaro - Diário do Poder

Wajngarten diz que o áudio mostra a isenção de Bolsonaro

Deu no Estadão

Após a divulgação do áudio sobre a reunião na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com as advogadas do senador Flávio Bolsonaro, que o defendiam no caso das rachadinhas, Fabio Wajngarten saiu em defesa do ex-presidente, dizendo que a conversa “só reforça o quanto ele ama o Brasil e o seu povo”.

Em postagem nas redes sociais, o assessor e advogado de Bolsonaro disse que, aos 47’05 da tal gravação, Bolsonaro diz: “E, deixar bem claro, a gente nunca sabe se alguém tá gravando alguma coisa. Que não estamos procurando o favorecimento de ninguém”.

RAMAGEM – Também em vídeo divulgado em suas redes sociais, o deputado Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin, disse que Bolsonaro sabia que estava sendo gravado e que havia o aval do então presidente.

“Essa gravação não foi clandestina”, disse Ramagem, assinalando que o áudio da conversa depois recuperada em seu celular foi descartado.

“O presidente sempre se manifestou que não queria jeitinho. Muito menos tráfico de influência”, acrescentou o ex-diretor-geral da Abin, asseverando que não houve nada de errado na agência e o processo contra Flávio Bolsonaro foi anulado no Superior Tribunal de Justiça.

BALA DE FESTIM – Também houve nas redes sociais uma manifestação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que ironizou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que pôs fim ao sigilo e liberou a gravação à imprensa, fazendo um escarcéu.

“Mais uma vez a bala de prata era de festim. Nunca existiu nada do que tentam insinuar. Os áudios são claros. Nossas demandas, inclusive a denúncia feita pelas advogadas contra o grupo que usava a Receita Federal contra a família Bolsonaro, foram apresentadas dentro dos canais legais. É só mais uma narrativa que cai por terra”, escreveu o parlamentar.

Pânico na GloboNews, com Trump escapando do atentado e subindo nas pesquisas

GloboNews completa 25 anos na liderança entre os canais de TV por  assinatura - Jornal O Globo

Atentado a Trump fez a GloboNews entrar em pânico

Vicente Limongi Neto 

Clima e ambiente de velório, na GloboNews. Os rapazolas e as moçoilas não escondem o desânimo. Alguns querem mudar de profissão. A brava e notável equipe perdeu a alegria. Nem parece aquela turminha expansiva e radiante, como em baile de formatura, que cobriu o recente julgamento de Trump, que condenou o ex-presidente em curiosas denúncias.

Ficaram muito empolgados, pensando (opa, foi mal) que Trump estava acabado. Gastaram todos os fogos de artifício. A certa altura ficaram tão avexados e perdidos que Natuza Nery entrou no ar para socorrer a moçada indócil. Com ar de pauteira-chefe. Foi feio. Parecia um bando de estagiários na primeira pauta.

DEBANDADA – A tiazona da GloboNews em Nova Iorque não tem mais como exigir prisão para Donald Trump. Sumiu. Foi tomar ar fresco não se sabe onde. 

O boquirroto analista Guga Chacra, esmerado em obviedades, jura que não corta nem ajeita mais a coleção de perucas, gosta de variar o penteado, porque não tem nada na cabeça.

No Brasil, o falante editor internacional não esconde a desolação. Nem o pranto cravado no coração. Não torce mais contra Trump, não induz colegas de bancada a fazerem o mesmo. Passou pano no sangue nos olhos. Agora toca pianinho, devagar, quietinho. Faz um esforço abissal para parecer isento.

ANALISTAS ARROGANTES – Não é só ele. Tem outros insolentes e arrogantes analistas (Deus perdoe a blasfêmia) que também colocaram a viola o saco.  Em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Patéticos e medonho que fuzilavam Trump, sem piedade.

Já na TV-Globo, por ora, a ordem é procurar disfarçar. Sem mostrar descontentamento. Tocar o barco sem alardes. 

Repetindo imagens antigas do fracassado atentado contra Trump, recordando episódios da vida política do ex-presidente. Ou seja, cobertura dócil. Em cima do muro. Como sabe fazer como ninguém.

VOLTA, NEYMAR! – Faz tempo que ele não joga, está se recuperando de forte lesão, mas Neymar faz falta. Joga muito. Permanece superior tecnicamente a Vini Jr e Rodrigo, maiores expressões da atual seleção. Precisa joga mais recuado, onde enxerga melhor o jogo e tem mais espaços para fazer lançamentos.

Continuará muito marcado, levando porretadas sem trégua. Terá, de uma vez por todas, de se acostumar. Levantar, respirar e jogar bola. O que sabe fazer bem. Por mim, nosso meio de campo seria André, Neymar e Lucas Paquetá. 

Ocorre que estou chovendo no molhado, porque a seleção do treineiro Dorival Jr. (como bem definiu o cerebral e eterno Gerson) vai continuar a mesma. Ou seja, uma seleção ruim, indolente, limitada e medíocre. Dorival não vai ganhar nenhum título com ela. Ficando o Brasil cada dia mais longe do hexa. Triste constatação.

Receita comprovou a improcedência das denúncias de advogadas de Flavio Bolsonaro

ANFIP 72 anos: Isac Moreno Falcão Santos - Presidente do Sindifisco Nacional

Auditores confirmam que a denúncia chegou a ser apurada

Deu na CNN

O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindfisco), Isac Moreno Falcão Santos, disse à CNN na tarde desta terça-feira (16) que a Receita Federal constatou oficialmente que as denúncias feitas pelas advogadas do senador Flavio Bolsonaro na reunião com o então presidente Jair Bolsonaro, tornada pública ontem, eram improcedentes.

“A Receita solicitou formalmente ao Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) que fizesse um levantamento e uma apuração para verificar se houve acessos irregulares nos dados do senador e o que se verificou foi de que não houve”, afirmou o presidente do Sindifisco.

REUNIÃO NO PLANALTO – O Sindifisco, a Receita e o Serpro são citados na reunião do Planalto, cujo áudio foi tornado público nesta segunda-feira (15). As advogadas mencionaram que o acesso aos dados de Flávio foi irregular e que isso se comprovaria a partir de uma pesquisa na Receita e no Serpro.

Participaram do encontro Jair Bolsonaro, o então diretor da Abin, Alexandre Ramagem, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e as advogadas de Flavio, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach.

O presidente do Sindifisco relata ainda à CNN que a tese que as advogadas tentaram levar para o presidente Jair Bolsonaro teve como origem uma apuração da corregedoria da Receita contra servidores do órgão suspeitos de corrupção e que acabaram demitidos posteriormente em razão de uma variação patrimonial injustificada.

ANULAR PROCESSO – “Esses servidores queriam anular o processo que os demitiu e entraram na Justiça contra os corregedores para tentar anular o processo contra eles. A tese era de que a Receita acessou os dados deles de maneira irregular e essa tese foi abraçada pelas advogadas do senador para o caso envolvendo ele, com a mesma premissa: de que houve um acesso irregular que deveria levar a anulação do processo”, relata Isac Moreno.

O presidente do Sindifisco, porém, diz que a Receita fez uma apuração junto ao Serpro e constatou que em nenhum dos dois casos (servidores e senador) o acesso foi irregular.

Moreno conta ainda que os funcionários investigados que acabaram demitidos depois por corrupção entraram com uma representação junto ao Sindfisco contra os corregedores que os investigaram, mas que o sindicato arquivou a apuração pois não constatou nenhuma irregularidade.

DIZ O SINDICATO – “A gente é colocado de forma injusta nessa reunião porque parece que o sindicato atuou contra a corregedoria e não foi isso. Esses auditores fizeram uma representação ao sindicato na época pedindo a expulsão dos corregedores que apuraram a variação patrimonial deles. O sindicato recebeu essa denúncia e após uma apuração ela foi rejeitada porque se verificou que não procedia a acusação dos investigados contra os corregedores”, disse.

Procuradas sobre as declarações do presidente do Sindfisco, as advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach não se manifestaram.

Na segunda-feira, dia 15, a advogada Juliana Bierrenbach disse à CNN que o motivo da reunião com o então presidente Jair Bolsonaro foi para que ela levasse a denúncia de que havia uma organização criminosa dentro da Receita Federal levantando dados sigilosos de contribuintes.

SENHA DE ACESSO – “O que eu relatei foi a existência de uma organização criminosa no âmbito da Receita. Eles atuam da seguinte forma. Existe uma portaria que é de 2012 que determina que alguns funcionários da Corregedoria da Receita federal e da área de investigação podem utilizar uma senha de acesso que torna o acesso dos funcionários indetectável”, disse Bierrenbach.

Em nota, disse Luciana Pires: “Em relação à reunião que tive com o ex-Presidente da República, esclareço que estava na condição de advogada do seu filho, Senador da República. Toda a minha atuação no episódio se deu de forma técnica e nos estritos limites do campo jurídico. Protocolamos a petição mencionada nos diálogos formalmente, nos órgãos competentes, com vista a obter informações acerca do acesso ilícito aos dados pessoais do Senador Flávio Bolsonaro e, diante do seu indeferimento, impetramos um habeas data, que era o remédio processual adequado àquela ocasião, o qual hoje se encontra sob recurso. Foi, portanto, uma reunião de cunho profissional na qual agi de acordo com as normas que regem a minha profissão.”

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Informação importante para Bolsonaro. Mostra que o então presidente não tomou nenhuma decisão ilegal. Apenas pediu que  fosse investigada a denúncia das advogadas que defendiam o filho dele. Isso significa que Bolsonaro não exerceu pressão política. É bom para ele, porque desmente os federais e o ministro Moraes, que estão forçando a barra, de forma grotesca, para ver se conseguem prender Bolsonaro. (C.N.) 

Piada do Ano! Tenho mais “seriedade fiscal” do que “quem dá palpite”, diz Lula

Jornal da Record on X: "'Não sou marinheiro de primeira viagem', diz Lula  em entrevista exclusiva ao #JornalDaRecord https://t.co/YXcJM9vjjX" / X

Lula criou essa Piada do Ano em entrevista à Rede Record

Henrique Sales Barros
CNN São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que não é “marinheiro de primeira viagem” e que não é obrigado a cumprir a meta fiscal se houver “coisas mais importantes” para serem feitas.

“Seriedade fiscal eu tenho mais do quem dá palpite na questão fiscal no Brasil”, afirmou Lula em entrevista à Record, divulgada nesta terça-feira (16).

MAIS PROMESSA – O presidente, entretanto, frisou que a meta fiscal “não está rejeitada”. “Vamos fazer o que for necessário para cumprir o arcabouço fiscal”, emendou.

Setores do mercado financeiro levantam dúvidas se o governo cumprirá a meta de zerar o déficit primário – a diferença entre receitas e despesas – ao fim deste ano, em meio às incertezas sobre medidas que visam aumentar a arrecadação e que tramitam no Congresso Nacional.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem dito que Lula ordenará cortes de gastos primários se medidas do tipo forem necessárias para equilibrar as contas públicas.

NOVA PROPOSTA – Um relatório a ser apresentado na segunda-feira (22) pela pasta econômica deve apontar uma proposta de bloqueio ou contingenciamento de verbas, se for preciso.

À Record, Lula disse que precisa “estar convencido se há necessidade ou não de cortar” antes de ordenar qualquer corte e destacou ter uma “divergência histórica e de conceito” com o mercado financeiro. “Nem tudo que eles tratam como gasto, eu trato como gasto”, afirmou.

“Esse país é muito grande e poderoso. O que é pequeno é a cabeça de alguns dirigentes desse país e especuladores”, declarou. “O que é importante é que esse país esteja crescendo”, acrescentou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A seriedade fiscal de Lula é Piada do Ano. Todo mundo sabe que ele não entende nada de economia e está pouco ligando para o descontrole da dívida. Como ele mesmo determina, “o dinheiro a gente tira de onde está e coloca onde deveria estar”. Com essa nova regra criada por ele, certamente pensa (?) que pode ganhar o Nobel de Economia. (C.N.)

TCU dá 3 dias para governo, Âmbar e Aneel explicarem a venda das quatro usinas

Dito & Feito - Dívida da Amazonas Energia é de R$ 10 bilhões

Charge do Mário Adolfo (Dito & Feito)

Ludmylla Rocha
Portal Terra

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu três dias para que o Ministério de Minas e Energia, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) se manifestem a respeito do acordo feito junto à Âmbar Energia, do Grupo J&F, dos irmãos Batista, referente ao Procedimento de Contratação Simplificado (PCS) realizado em 2021. Na ocasião, o governo realizou um leilão emergencial e contratou uma série de usinas térmicas para reforçar o atendimento ao sistema elétrico do País, em meio à crise hídrica.

A Âmbar também poderá se pronunciar, mas sua manifestação é facultativa. A decisão é do ministro Benjamin Zymler, que relatou processo sobre o acordo da Corte de Contas, e responde à representação do subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU Lucas Furtado – que pediu, em caráter cautelar, a rescisão do acordo entre a empresa, o governo e a Aneel ao apontar que este “não seria a opção mais vantajosa”.

SEM CUMPRIR PRAZOS – Na época, parte das térmicas contratadas não cumpriu os prazos. Foi o caso da Âmbar, que venceu com quatro usinas e chegou a usar uma já existente para fornecer energia, possibilidade vetada pelo edital.

Embora técnicos do TCU tenham apresentado parecer contrário ao acordo, o processo relativo a ele foi arquivado sem análise do mérito em abril. Ainda assim, a Comissão de Solução Consensual do TCU, o MME, a Aneel e a empresa teriam firmado acordo nos mesmos termos e condições da minuta discutida no processo, cuja validade seria iniciada no próximo dia 22.

Na ocasião do arquivamento, a Frente Nacional dos Consumidores de Energia afirmou que a solução consensual não tinha nenhuma justificativa técnica ou legal e que o arquivamento levaria a uma economia de R$ 10 bilhões que seriam rateados nas tarifas de energia de todo o País nos próximos sete anos.

MEDIDA CAUTELAR – Nesta segunda-feira, 15, o ministro pediu a manifestação de governo e agência reguladora sobre: o risco moral diante do inadimplemento da Âmbar; o prognóstico relativo às consequências do risco judicial; a reciprocidade das condições do acordo; o prazo de vigência do novo acordo; e o abono das multas editalícias e contratuais aplicadas.

As respostas vão embasar uma “eventual concessão de medida cautelar” pela Corte de Contas.

O procurador Furtado também pediu que o TCU avaliasse se as disposições da Medida Provisória nº 1.232/2024, de socorro ao caixa da distribuidora Amazonas Energia, “estariam beneficiando indevidamente a empresa Âmbar”, ao que o ministro não atendeu.

DIZ O PROCURADOR – Em seu despacho, ele afirmou que a iniciativa não deveria ser conhecida diante da não comprovação “com as necessárias e devidas evidências” de que a empresa estaria sendo favorecida.

Como revelou o Estadão, executivos da Âmbar foram recebidos 17 vezes no Ministério de Minas e Energia fora da agenda oficial antes da edição da medida provisória que beneficiou um negócio da companhia na área de energia elétrica e repassou o custo para todos os consumidores brasileiros.

O ministério e a Âmbar afirmam que não trataram da medida provisória nas conversas, mas não informam o conteúdo dos encontros.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Todos os negócios em que os irmãos Wesley e Joesley entram imediatamente passam a exalar aquele cheiro putrefato, pestilento e nauseabundo que caracteriza os atos de corrupção. (C.N.)

Atentado a Trump suspende até a luta dos democratas para substituir Biden  

Trump — Foto: Mike Segar/Reuters

Trump mandou fazer um curativo espalhafatoso na orelha

Fernanda Perrin
Folha

O debate sobre a substituição de Biden, por enquanto, acabou. Nenhum outro democrata veio a público pedir sua saída da corrida desde sábado. A campanha do presidente, por sua vez, teve que pisar no freio por um tempo nos ataques ao adversário.

Trump está projetando uma imagem de moderação, ao reagir ao ataque apelando por união nacional. Ele afirmou que está reescrevendo o aguardado discurso que fará na quinta-feira, quando aceita oficialmente a nomeação do partido, para enfatizar essa mensagem de unidade, em vez de fazer ataques a Biden.

MAIS ACUSAÇÕES – Enquanto Trump fala em união, republicanos estão acusando democratas de serem uma ameaça à democracia. Uma virada de jogo contra uma das principais estratégias de ataque da campanha de Biden.

O arquivamento do processo no qual o republicano foi acusado de posse ilegal de documentos sigilosos por uma juíza indicada por Trump anula qualquer possibilidade de ele ir a julgamento antes da eleição, mesmo que a procuradoria vença o recurso que deve apresentar contra a decisão, e impulsiona mais críticas de politização da Justiça.

O ataque a Trump deve levar a um aumento da participação de eleitores simpáticos ao empresário, mas desengajados politicamente. As chances de o ex-presidente ser eleito subiram, opinam analistas. Em resumo, Trump foi vítima de uma tentativa de assassinato, e ainda assim está tendo uma semana melhor que Biden.

É PRECISO SABER? – Ainda não se sabe qual foi a motivação de Thomas Crooks para tentar matar o ex-presidente e o que levou à falha do Serviço Secreto no sábado em protegê-lo. Qualquer associação a democratas ou ao governo pode ter um impacto importante na corrida.

É preciso saber como os eleitores independentes vão reagir ao ataque e ao rebranding moderado de Trump. Aguarde especialmente pesquisas de intenção de voto pós-convenção.

Outras dúvidas: como a campanha de Biden vai recalibrar sua estratégia pós-ataque? Os pedidos de união feitos tanto por Biden e Trump vão acalmar os ânimos, ou se teremos novos episódios de violência até a eleição e, especialmente, após ela, a depender da reação do lado derrotado? Os analistas estão pessimistas.

Gravação não prova que Bolsonaro, Heleno e Ramagem cometeram crimes

Bruno Salles Ribeiro, Autor em PRERRÔ

Salles diz que falta apresentar as provas dos crimes

Deu no Estadão

Reportagem de Pedro Augusto Figueiredo e Zeca Ferreira, no Estadão, destaca que especialistas ouvidos pelo Estadão avaliam que apenas a gravação não serve para provar que o então presidente Jair Bolsonaro, o delegado federal Alexandre Ramagem e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno cometeram crimes ao tentar anular a investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (PL) no inquérito que apurava a suposta prática de “rachadinha” em seu gabinete quando era deputado estadual no Rio de Janeiro.

A maior parte dos entrevistados pondera que é necessário que a investigação da Polícia Federal descubra o que ocorreu após a reunião, para que os supostos crimes sejam comprovados e os envolvidos, punidos.

IMPOSSIBILIDADE – O advogado criminalista Bruno Salles aponta que não é possível cravar que Bolsonaro cometeu crime apenas com base no áudio e que é necessário que a Polícia Federal aprofunde o desdobramento do que foi conversado na reunião.

“Eles tiram a conclusão que deveriam falar com o Tostes, da Receita Federal, e com o Canuto. Isso aconteceu? Foram falar com eles? Falaram em nome do presidente? Foi o presidente que falou ou algum enviado dele? Se isso realmente aconteceu, temos uma situação séria que pode configurar tráfico de influência e advocacia administrativa”, diz.

Welington Arruda, também advogado criminalista, adota postura semelhante ao considerar que não há irregularidades no mero diálogo em si pois, no “pior cenário”, os envolvidos estavam na fase de cogitação do crime, que não é passível de punição pela Justiça.

CONTRAINTELIGÊNCIA – “Me parece muito mais um ato de contrainteligência a fim de trazer fatos positivos ao grupo. Por si só, o diálogo não traz irregularidades, exceto se alguma conduta tenha sido perpetrada posterior ao diálogo”, disse ele.

A professora de direito e advogada criminalista Erika Chioca Furlan também avalia que, com base no áudio disponível, não é possível imputar crimes a Bolsonaro, Ramagem ou Heleno.

 “Seria necessário aprofundar as investigações para verificar se houve algum avanço, pois o que temos até agora é apenas cogitação, e cogitação no iter criminis (caminho do crime) não é punível”, explica a ex-delegada da Polícia Civil de São Paulo.

NÃO HÁ CRIMES – Erika observa que, ao ouvir o áudio, percebe-se que os participantes da reunião desejavam acessar documentos para facilitar a defesa de Flávio Bolsonaro. No entanto, para ela, não há evidências de que atos em favor do filho do ex-presidente tenham sido praticados. Com essa interpretação, Erika descarta a possibilidade de crimes como advocacia administrativa ou tráfico de influência.

Ela pondera, no entanto, que se algum funcionário foi cooptado para entregar provas em favor de Flávio Bolsonaro, essa prática poderia configurar corrupção passiva.

“Ao entregar a prova, o funcionário poderia incorrer em corrupção se recebesse algum tipo de vantagem, ainda que indireta, como uma promoção ou a manutenção do cargo”, explica. Além disso, ressalta que a prova entregue pelo funcionário se tornaria ilícita e não poderia ser utilizada no inquérito.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Excelente reportagem de Pedro Augusto Figueiredo e Zeca Ferreira. Os especialistas ouvidos mostram que o ministro-relator Moraes está forçando a barra, ao atribuir crimes a Bolsonaro, Heleno e Ramagem. Eles agiram sem ética, não há a menor dúvida, mas isso não significa que tenham cometido crimes. Como se vê, ao invés de buscar provas concretas e irrefutáveis, Moraes e a Polícia Federal continuam trabalhando na base da “presunção de culpa”, algo que não existe no Direito Universal, cuja doutrina é ao contrário, consagrando a “presunção de inocência”. Ou seja, todo réu é inocente, até prova em contrário. (C.N.)  

Flávio Dino ficou só 21 dias no Senado, mas ganhou o plano de saúde vitalício

Mídia ignora ameaças de morte para atacar Flávio Dino por uso de avião da  FAB - Blog do Garrone

Flávio Dino, um ex-comunista que exerce seus direitos

Lúcio Vaz
Gazeta do Povo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino exerceu o mandato de senador por apenas 21 dias. Passou a maior parte do mandato licenciado para exercer o cargo de ministro da Justiça de Lula. Mas ele entrou na relação dos ex-senadores beneficiados pelo generoso Plano de Saúde do Senado. Ao todo, 245 ex-senadores usufruem essa mordomia.

Há ainda 308 dependentes de senadores e ex-senadores. Entre os beneficiários, há até senador cassado pelo plenário da casa. As despesas do plano somaram R$ 31,7 milhões em 2022.

FAVORECIMENTO – A quem acha que 21 dias são muito pouco para assegurar um plano de saúde vitalício, o Senado Federal informa que o senador titular “tem direito ao benefício a partir da posse e mesmo após deixar o mandato”. O Ato da Comissão Diretora não estabelece um tempo mínimo necessário de permanência no cargo para a aquisição do benefício (veja abaixo manifestação do Senado).

Mais três ministros de Lula: Renan Filho (Transportes), Carlos Fávaro (Agricultura) e Camilo Santana (Educação), estão licenciados do cargo de senador, mas já estão na lista do plano de saúde.

São filiados ao plano o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante; dois ministros do TCU, Vital do Rêgo e Antônio Anastasia; o presidente da Apex, agência de comércio exterior, e ex-governador do Acre, Jorge Viana; o ex-presidente da Petrobras Jean Paul Prates; e o vereador de São Paulo Eduardo Suplicy – todos ex-senadores.

ATÉ DELCÍDIO – O ex-senador Delcídio Amaral (PT-MS) foi preso em flagrante em novembro de 2015 por tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Ele foi líder do governo Dilma Rousseff. Em maio de 2016, teve o mandato de senador cassado pelo plenário por 74 votos a favor e nenhum contrário.

Em julho de 2016, foi denunciado pelo Ministério Público Federal por obstrução à Justiça. Em julho de 2018, foi absolvido pela Justiça Federal. Hoje, é beneficiário do Plano de Saúde do Senado, ao lado da mulher, Maika.

Entre os benefícios dos senadores estão o atendimento médico no exterior e UTI aérea. Os hospitais são escolhidos pelos senadores e ex-senadores. Eles preferem o Sírio Libanês e o Albert Einstein

MAIS BENEFICIADOS – Políticos de destaque nas últimas décadas hoje usufruem os benefícios do plano do Senado. Estão na lista os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello – esse acompanhado da esposa, Caroline – e José Sarney.

Também os governadores Ronaldo Caiado (GO) e Gladson Cameli (Acre); e os ex-governadores Wellington Dias (PI), hoje ministro do Bolsa Família; Roberto Requião (PR); Pedro Simon (RS); Lúcio Alcântara (CE); Marconi Perillo (GO); Renato Casagrande (ES); Marcelo Miranda (MS); José Ignácio Ferreira (ES); José Roberto Arruda (DF); Rodrigo Rollemberg (DF); Édison Lobão (MA), Leonel Pavan (SC); Valdir Raupp (RO); Nabor Júnior (AC); e a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy.

A família Vital do Rego está bem representada na lista de filiados ao plano de saúde. Além do ministro do TCU Vital do Rego Filho, estão na relação a ex-senadora e mãe do ministro, Nilda Gondin; o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rego; e Vilauba Vital do Rego, esposa do ministro do TCU Vital do Rego.

PAGAMENTO ÍNFIMO – Entre os benefícios dos senadores estão o atendimento médico no exterior e UTI aérea. Os hospitais são escolhidos pelos senadores e ex-senadores. Eles preferem o Sírio Libanês e o Albert Einstein. O atendimento é feito por instituições credenciadas ou por profissionais liberais e instituições de livre escolha, mediante pagamento direto e posterior ressarcimento de despesas. Esses ressarcimentos representam cerca de 40% das despesas totais do plano custeado pelo Senado

As contribuições são ínfimas quando comparadas aos planos de saúde do cidadão comum. As mensalidades mais “caras” são para titulares (senadores e ex-senadores) e cônjuges a partir de 60 anos, no valor de R$ 673. Titulares e cônjuges na faixa de 40 anos pagam R$ 442.

As contribuições de pais, mães, padrastos e madrastas dos titulares chegam a R$ 985. Filhos menores pagam R$ 261; estudantes de curso superior ou ensino médio, R$ 371. Filhos entre 21 e 33 anos “não estudantes” contribuem com até R$ 399. Essas despesas são custeadas exclusivamente por meio de suas contribuições.

ALTAMENTE DEFICITÁRIO – As contribuições dos senadores e ex-senadores, é claro, não cobrem todas as despesas do plano de saúde. Reportagem do blog publicada em novembro de 2022 mostrou que o plano é altamente deficitário. Nos sete anos anteriores, o plano havia recebido R$ 21 milhões em contribuições de seus beneficiários.

O valor representava apenas 17% de todas as despesas do plano, que somaram R$ 123 milhões no período de 2015 a 2021. A diferença foi paga pelos cofres públicos, ou seja, pelo contribuinte. Todos os valores da reportagem foram atualizados pela inflação do período.

Em 2019 e 2020, as despesas chegaram a R$ 17 milhões e R$ 18 milhões respectivamente. Em 2021, bateu nos R$ 35 milhões. O Senado afirmou que esse aumento de despesas é um “fenômeno multifatorial”, tendo sido evidenciado em todo o mercado de saúde suplementar, com agravamento a partir do ano de 2021. A pandemia da Covid-19 também teria provocado a elevação anormal de despesas.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Enviada por Mário Assis Causanilhas, uma reportagem sensacional, que diz tudo e mostra a cara do Brasil, como pedia Cazuza. O texto revela a insensibilidade dos homens públicos. Se pudessem, eles sugariam o sangue dos brasileiros até a última gota. (C.N.)

Ainda é uma incógnita se atentado facilitará de vitória de Trump

Ainda é cedo para afirmar repercussão do atentado na Pensilvânia

Pedro do Coutto

À primeira vista, o atentado contra Donald Trump poderá fortalecê-lo na sucessão presidencial. Porém, há desdobramentos que estão sendo investigados pelo FBI e que poderão não apagar, mas descaracterizar a importância do que aconteceu na Pensilvânia e o que acontecerá nas urnas de novembro. “Estamos investigando o caso como uma tentativa de assassinato, mas também como um possível ato de terrorismo doméstico”, declarou Robert Wells, diretor assistente da divisão de contraterrorismo do FBI à imprensa norte-americana.

De acordo com as autoridades dos EUA, o autor do ataque contra Trump, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, agiu sozinho e, até agora, os investigadores não encontraram “nenhuma ideologia relacionada” com a tentativa de assassinato.”Neste momento, as informações que temos indicam que o atirador agiu sozinho”, afirmou Kevin Rojek, agente do FBI na Pensilvânia. .

DE RASPÃO – Trump deixou o comício sangrando e foi encaminhado ao hospital. Um disparo atingiu de raspão a orelha do ex-presidente. O republicano teve a segurança reforçada. Os disparos também provocaram a morte de um homem que acompanhava o comício, Corey Comperatore, de 50 anos. Além disso, outros dois espectadores, também do sexo masculino, foram socorridos em estado grave e encaminhados ao hospital.

A polícia recuperou um fuzil AR-15 semiautomático no local do atentado, segundo a Associated Press, consequência da política de liberação para a compra de armas nos Estados Unidos, políticas defendidas pelo candidato republicano. As autoridades afirmaram que o suspeito comprou a arma legalmente. A investigação tentará identificar se outras pessoas estão envolvidas no crime. É preciso não esquecer que a invasão do Capitólio comandada pelo próprio Donald Trump representou o primeiro atentado contra o resultado das eleições americanas que resultou em nove mortos nos conflitos que se desenrolaram.

REFERÊNCIA – O autor do atentado foi morto e assim se perde uma referência sobre o que poderia surgir, revelando aspectos de bastidores, mas que desapareceram efetivamente. Por um triz, a bala não atingiu Trump como o atirador pretendia, mas ficaram no ar as explicações que seriam indispensáveis.

Conforme disse, Donald Trump tentou impedir com a invasão do Capitólio que a democracia fosse exercida na eleição em que perdeu. Agora, ele foi vítima da mesma violência a qual incitou anteriormente. Pode ser que consiga reverter a sua posição, mas ainda é cedo para fazer essa afirmação. O que é concreto hoje pode se dissolver amanhã.

Sob o aspecto da democracia atacada no sábado nos Estados Unidos, o presidente Lula da Silva repudiou o que classificou como um atentado contra o ex-presidente Donald Trump. Na rede social X, Lula considerou o ato como “inaceitável”. Por meio de nota do Itamaraty, o governo brasileiro se manifestou veementemente contra o atentado. Segundo o comunicado, o Brasil reafirma ser inaceitável qualquer forma de violência política em sociedades democráticas e que acompanha com atenção o pleno esclarecimento dos fatos.

Lumiar, um paraíso no alto da Serra, que encantou até o Clube da Esquina

sol de primavera - beto guedes | Letras de musicas, Canção, Sol de primaveraPaulo Peres
Site Poemas & Canções

O jornalista, produtor musical e compositor Ronaldo Bastos Ribeiro, nascido em Niterói (RJ) e membro do Clube da Esquina, na letra de “Lumiar”, fala de um vilarejo bucólico, repleto de vida, diversão na região serrana do Rio, um ótimo lugar para quem deseja somente descansar. A música foi gravada por Beto Guedes, em 1977, no LP A Página do Relâmpago Elétrico, pela EMI-Odeon.

LUMIAR
Beto Guedes e Ronaldo Bastos

Anda, vem jantar, vem comer,
vem beber, farrear
até chegar Lumiar
e depois deitar no sereno
só pra poder dormir e sonhar
pra passar a noite
caçando sapo, contando caso
de como deve ser Lumiar

Acordar, Lumiar, sem chorar,
sem falar, sem querer
acordar em Lumiar
levantar e fazer café
só pra sair caçar e pescar
e passar o dia
moendo cana, caçando lua
clarear de vez Lumiar

Amor, Lumiar, pra viver,
pra gostar, pra chover
pra tratar de vadiar
descansar os olhos,
olhar e ver e respirar
só pra não ver o tempo passar
pra passar o tempo
Até chover, até lembrar
de como deve ser Lumiar

Anda, vem jantar, vem dormir,
vem sonhar, pra viver
até chegar em Lumiar
Estender o sol na varanda…
até queimar
só pra não ter mais nada a perder
pra perder o medo,
mudar de céu, mudar de ar
Clarear de vez Lumiar

Aliados de Lula receiam o fortalecimento da direita, devido ao atentado a Trump

Bolsonaro e o caso dos presentes: investigação serena ou perseguição política?

Bolsonaro diz que irá à posse de Trump, mas não tem passaporte

Matheus Teixeira e Thaísa Oliveira
Folha

Aliados do presidente Lula (PT) temem que o atentado a Donald Trump, no sábado (13), reforce o discurso de que há perseguição contra a direita no mundo e fortaleça o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atacado com uma facada na campanha presidencial de 2018.

Governistas também avaliam que o caso tende a aumentar a pressão contra o democrata Joe Biden e aproximar o candidato republicano da vitória nas eleições dos Estados Unidos.

LULA QUER BIDEN – Lula já declarou abertamente que torce pela vitória de Biden, tendo dito em junho que, se o adversário vencer, “a gente não tem noção do que ele vai fazer”.

A comparação entre os ataques a Trump e a Bolsonaro foi feita pelo ex-presidente brasileiro e replicada nas redes sociais por diferentes aliados —como o filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi uma das que postaram fotos do marido atingido pela facada em 2018 e do americano com sangue no rosto.

“Atentados são contra as pessoas de bem e conservadores”, afirmou Bolsonaro neste domingo (14), ignorando outros episódios de violência política, como os tiros que atingiram dois ônibus da caranava de Lula, em 2018.

DISSE BOLSONARO – No sábado, logo após o crime, o ex-mandatário brasileiro chamou Trump de “maior líder mundial” e escreveu: “Nos veremos na posse”. Ele, porém, está com o passaporte apreendido por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal).

O atentado contra o americano, uma espécie de ídolo político dele, ocorre em momento em que Bolsonaro sofre reveses no Judiciário —foi indiciado no inquérito que trata de joias recebidas pelo governo brasileiro e viu aliados serem alvo de operação da PF na última semana sobre espionagem clandestina na Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Apesar do paralelo feito por bolsonaristas com o ataque de 2018, um aliado de Lula lembra que Bolsonaro foi hospitalizado após a facada e faltou aos debates presidenciais —diferentemente de Trump, que já recebeu alta.

IMPACTO DO ATENTADO – Para os lulistas, ainda é difícil medir o impacto do episódio na campanha americana, e eles destacam que a esquerda e o centro conseguiram se unir e derrotar a ultradireita nas eleições legislativas da França, ao contrário do que previam os analistas.

No Brasil, políticos de diferentes colorações partidárias descartam, porém, que o atentado contra Trump possa influenciar diretamente as eleições municipais, em outubro.

O verdadeiro impacto será sobre a sucessão de Lula, em 2026.

Na investigação da Abin, Gonet está prevaricando e levou Moraes a prevaricar também

Divulgação/TSE

Gonet sentiu as irregularidades na Abin e preferiu se omitir

Carlos Newton

Pela primeira vez, desde 2019, quando se iniciaram as investigações das milícias digitais, no famoso inquérito do fim do muno, aquele que não termina nunca, o relator Alexandre de Moraes teve um lampejo de dúvida e recusou-se a compartilhar com a Corregedoria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) as provas da Operação First Mile, que investiga a criação da chamada “Abin Paralela” durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

É estranho, porque Moraes nunca tem dúvida. Portanto, quando isso acontece, convém raciocinar a respeito. O fato concreto é que o procurador-geral Paulo Gonet propôs ao ministro do STF  que não fizesse o compartilhamento de informações com a Corregedoria da Abin, porque teria sido identificada “uma possibilidade de interferência”.

Gonet ainda reforçou, dizendo que, em fases anteriores da investigação, apareceram indícios da “intenção de evitar a apuração aprofundada dos fatos”.

DENÚNCIA GRAVÍSSIMA – Em tradução simultânea, Gonet fez uma denúncia gravíssima, capaz de abalar qualquer administração pública. Ora, “Intenção de evitar a apuração aprofundada dos fatos” é crime em qualquer país do mundo.

Diante dessa constatação, o procurador-geral da República deveria ter mandado investigar a Abin de cabo a rabo, revirando tudo para encontrar a verdade. Mas preferiu se fechar em copas, como se diz no carteado.

E por que não pediu a investigação sobre a Abin de agora (Lula), que estaria compactuando com a Abin de outrora (Bolsonaro)? Estaria Gonet a prevaricar? A quem estaria tentando proteger? E como a Agência Brasileira de Inteligência, nossa versão da CIA americana, poderia pretender interferir numa investigação oficial conduzida pelo Supremo Tribunal Federal?

E MORAES – Sobram dúvidas também sobre Moraes. O relator também estaria a prevaricar? Ao ser informado de que a Abin lulista queria proteger a Abin bolsonarista, porque não agiu com o rigor que caracteriza praticamente dez em cada dez decisões que toma?

E o mais inquietante foi a desculpa de Gonet, prontamente aceita por Moraes: “A aparente resistência identificada no interior da Agência Brasileira de Inteligência e a ausência de urgência do pretendido compartilhamento, que pode ocorrer após o encerramento das investigações, recomendam o indeferimento do pedido formulado”, argumentou o conciliador procurador-geral da República, e o ministro Moraes prontamente engoliu a pílula.

Em sua decisão, o relator do inquérito do fim do mundo afirmou que a apuração da resistência da Abin de Lula, segundo o parecer de Gonet, “não é adequada para o presente momento investigatório”. Por que nâo?

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P.S. 1
Essa história está muito esquisita. Se a Abin de Lula quer blindar a Abin de Bolsonaro, há algo de podre no governo, fedendo a quilômetros de distância e empesteando o Planalto Central.

P.S. 2O assunto é intrigante e inquietante. Prevaricar significa crime cometido por funcionário público, quando, indevidamente, este retarda ou deixa de praticar ato de ofício, ou pratica-o contra disposição legal expressa, visando satisfazer interesse pessoal. Vamos voltar ao assunto, é claro, com novas informações de cocheira, como se diz no hipódromo. Podemos adiantar que a Abin, Moraes e Gonet vão ficar muito mal na foto (C.N.)

Senador indaga por que a Caixa puniu gerentes que vetaram negociata

Eduardo Girão é titular da CPI das Apostas Esportivas

Girão quer investigar as operações lesivas da Caixa

Malu Gaspar
O Globo

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) apresentou nesta sexta-feira (12) um requerimento para que a Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado cobre esclarecimentos da Caixa e da Caixa Asset sobre a destituição de dois gerentes que se opuseram à compra de um lote de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master, consideradas arriscadas demais para os padrões do banco.

Girão quer que sejam convidados para uma audiência pública o presidente da Caixa Econômica Federal, Antônio Vieira Fernandes, e o CEO da Caixa Asset, Pablo Sarmento.

Conforme revelou a coluna, em um parecer sigiloso de 19 páginas, a área de renda fixa da Caixa Asset, o braço de gestão de ativos do banco estatal, desaconselhou enfaticamente a operação, considerada “atípica” e “arriscada”, não só em razão do valor, considerado alto demais, como por causa do rating do banco.

ALTO RISCO – O Master é um banco formado a partir do antigo Banco Máxima que tem entre os principais acionistas os empresários Daniel Vorcaro, Maurício Quadrado e Augusto Ferreira Lima. Ele assumiu a atual razão social em 2021.

O documento da Caixa Asset classifica o modelo de negócios do Master como de “de difícil compreensão” e aponta para um “alto risco de solvência”. O parecer deveria ter sido discutido no comitê de investimento da Caixa Asset no último dia 4.

Mas, segundo a equipe da coluna apurou, o impasse criado pela postura dos técnicos fez com que o assunto fosse retirado da pauta. E quatro dias depois, os gerentes Daniel Cunha Gracio, de renda fixa, que assina o parecer, e Maurício Vendruscolo, de renda variável, que também avalizou os documentos, perderam seus cargos.

TRANSPARÊNCIA – “Diante dos fatos expostos, é essencial que esta Comissão esclareça os motivos para a destituição dos gerentes, os riscos associados à operação com o Banco Master, as medidas de governança e os procedimentos internos adotados pela Caixa Econômica Federal para garantir a transparência e a segurança das operações financeiras, bem como os impactos dessa operação na percepção do mercado financeiro e a confiança dos investidores na instituição”, escreveu Girão, ao apresentar o requerimento.

Para o senador, a destituição dos gerentes Daniel Cunha Gracio e Maurício Vendruscolo, quatro dias após a emissão do parecer técnico contrário à operação, “levanta sérias dúvidas sobre a integridade das práticas de governança da Caixa Econômica Federal”, o que pode “comprometer a confiança do mercado financeiro na instituição”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Como se sabe, o presidente Lula entregou a Caixa Econômica ao deputado Arthur Lira, presidente da Câmara. Ou seja, misturou o PP com o PT, e o resultado não poderia ser nada diferente. Tutti buona gente, como dizem os mafiosos. (C.N.)

Gravação da Abin mostrará que não houve ilegalidades, afirma Bolsonaro

Acabou a mamata! Bolsonaro gasta R$ 5,8 milhões em cartão corporativo só  este ano | Revista Fórum

Bolsonaro garante que a gravação não tem nada demais

Igor Gadelha
Metrópoles

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi informado por auxiliares, no final da tarde de segunda-feira (15/7), sobre a divulgação do teor do áudio de uma reunião de 2020 na Agência Brasileira de Inteligência, que teria sido supostamente gravado clandestinamente pelo então diretor-geral da Abin, delegado Alexandre Ramagem, que hoje é deputado federal.

No encontro, Bolsonaro discutiu com o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), então chefe da Abin, com o ex-ministro Augusto Heleno e com duas advogadas, o caso da “rachadinhas” de seu filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

SUPOSTO PLANO – A reunião teria sido gravada por Ramagem e tratou de um suposto plano contra auditores responsáveis por elaborar o documento da Receita Federal que embasou a investigação das “rachadinhas”.

O áudio do encontro foi descoberto pela Polícia Federal durante a investigação da “Abin paralela”, que apura suposto esquema de espionagem ilegal de adversários do clã Bolsonaro no governo do ex-presidente.

Segundo apurou a coluna, Bolsonaro estava deixando a sede do PL, em Brasília, quando soube do levantamento do sigilo da gravação pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Em uma primeira análise, o ex-presidente avaliou que a divulgação do inteiro teor da reunião não seria ruim para ele por conter falas em que ressalta que não estaria buscando o favorecimento de ninguém com a reunião.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Ainda nesta segunda-feira, o deputado Alexandre Ramagem reafirmou que a gravação não comprova nenhuma ilegalidade, assinalando que o então presidente Bolsonaro sabia que a reunião estava sendo gravada, como era rotina na Abin. Assim, aumenta cada vez mais o suspense da novela da Abin Paralela. No próximo capítulo, o ministro Moraes deveria revelar porque se recusou a enviar cópia das investigações à Corregedoria da Abin. A justificativa foi de que – “no momento” – não seria conveniente, e não convenceu ninguém. E assim a novela parece que vai virar Piada do Ano. Comprem pipocas. (C.N.)

Jovens bem formados e sem emprego estarão fortalecendo a direita radical?

Esquerdas sobem na opinião pública; e a direita recua - por Pedro do Coutto - Tribuna da Imprensa Livre

Charge do Duke (O Tempo)

Hélio Schwartsman
Folha

Mesmo que o presidente Emmanuel Macron consiga evitar que o Rassemblement National (RN) saia com um primeiro-ministro das eleições legislativas que começam no próximo domingo (30), é líquido e certo que esse grupo da ultradireita avançará várias casas. E, a crer nas pesquisas, os jovens são em grande medida responsáveis pelo crescimento do partido comandado por Marine Le Pen.

Boa parte da imprensa se pergunta como jovens, cujos avós deflagraram a revolução sexual e cujos pais asseguravam boas votações a partidos de esquerda, puderam ir tão para a direita. Sabe-se que a orientação política tem forte componente hereditário.

QUEBRA-CABEÇAS – Para tornar o quebra-cabeças ainda mais intrigante, um elemento recorrente nos fenômenos de radicalização política, a deterioração das condições econômicas, não está no momento muito presente.

Ao contrário, os ventos são favoráveis: a pandemia passou, a inflação vai sendo controlada e o desemprego, problema crônico na França, anda bem-comportado.

Uma hipótese que merece consideração é a levantada por Peter Turchin no livro “End Times”, que já comentei aqui. Para Turchin, um dos fatores que explicam períodos de turbulência é a superprodução de elites. Quando tudo vai bem, as pessoas se preparam para um futuro melhor. Estudam mais na esperança de encontrar empregos que paguem bem e tragam satisfação pessoal.

VOTOS RADICAIS – Só que, quando tudo vai realmente bem, temos a superprodução de elites: muito mais gente se preparando para assumir bons postos do que vagas disponíveis. Em algum momento, esses jovens percebem que o futuro pode não ser tão bom, o que se traduz em votos radicais, às vezes até antissistema.

Para Turchin, a superprodução de elites é um fenômeno cíclico que se repete a cada 100 ou 200 anos.

Se é mesmo isso que está por trás da ascensão da ultradireita nos países ricos, então lidamos com um problema muito mais estrutural e difícil de resolver do que se imaginava.

Trump escolhe ex-inimigo J.D. Vance como candidato a vice em sua chapa 

J.D. Vance será vice na chapa de Donald Trump à Casa Branca

JDVance esculhambava Trump, que se tornou seu “ídolo”

Deu no Estadão

O ex-presidente Donald Trump confirmou o nome de JD Vance, senador por Ohio como candidato a vice-presidente nas eleições, em novembro. O anúncio marca o primeiro dia da Convenção Nacional Republicana, em Milwaukee, Wisconsin, que formalizou o nome de Trump para disputar a Casa Branca.

“Após longa deliberação e reflexão, e considerando os enormes talentos de muitas outras pessoas, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador J.D. Vance, do grande Estado de Ohio”, escreveu Donald Trump na sua rede, a Truth Social, destacando o currículo do companheiro de chapa.

ATUAÇÃO – “Durante a campanha, se concentrará fortemente nas pessoas pelas quais lutou de forma tão brilhante, os trabalhadores e fazendeiros americanos da Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Ohio, Minnesota e muito além…”, conclui o anúncio.

A Convenção Nacional do Partido Republicano começa nesta segunda-feira, 15, dois dias após o atentado contra Donald Trump, que teve o seu comício em Butler, Pensilvânia, interrompido por um ataque a tiros. O líder republicano foi atingido de raspão na orelha.

Um apoiador que participava da atividade de campanha morreu e outros dois ficaram feridos. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto por contra-atiradores do Serviço Secreto. O FBI acredita que ele agiu sozinho.

EX-CRÍTICO DE TRUMP – O senador J.D. Vance, de Ohio, o recém-anunciado companheiro de chapa do ex-presidente Donald J. Trump, passou por uma rápida jornada nos últimos oito anos, de autor best-seller e crítico declarado de Trump a um de seus mais ferrenhos defensores.

Antes de entrar na política, Vance, de 39 anos, era conhecido como o autor de “Hillbilly Elegy”, um best-seller de memórias que relata sua criação em uma família pobre e também serviu como uma espécie de exame sociológico dos americanos brancos da classe trabalhadora. O livro foi publicado pouco antes da eleição de Donald Trump em 2016, e muitos leitores o buscaram após sua vitória como uma espécie de guia para entender o apoio a Trump entre as comunidades brancas da classe trabalhadora.

O próprio Vance denunciou veementemente Trump durante sua campanha de 2016. Mas o abraçou em 2022, vencendo uma disputada republicana para o Senado com o apoio de Trump e se tornando uma voz pró-Trump no Congresso.

CRIADO PELOS AVÓS – Ele nasceu em Middletown, Ohio, e passou parte de sua infância em Jackson, Kentucky, sendo criado por seus avós maternos enquanto sua mãe lutava contra o vício em drogas, antes de retornar a Middletown. Após o ensino médio, ele se alistou nos fuzileiros navais e foi enviado ao Iraque, trabalhando em relações públicas. Posteriormente, frequentou a Universidade Estadual de Ohio e a Faculdade de Direito de Yale.

Carreira em finanças: Vance trabalhou para o capitalista de risco conservador Peter Thiel antes de fundar sua própria firma de capital de risco. Thiel doou milhões de dólares para a campanha de Vance ao Senado em 2022.

ANTES E DEPOIS – Durante a campanha de 2016, Vance criticou fortemente Trump, descrevendo-o como “heroína cultural” e como um demagogo que estava “levando a classe trabalhadora branca a um lugar muito sombrio”. Ele se descreveu como “um cara do ‘Never Trump’”. Em um post no Twitter que ele já deletou, e chamou Trump de “repreensível” porque ele “faz as pessoas de quem eu me importo terem medo. Imigrantes, muçulmanos, etc.”

Depois de decidir concorrer ao Senado em 2022, ele se recaracterizou como um apoiador inabalável de Trump. Vance pediu desculpas por denunciar Trump, adotou suas posições rígidas sobre imigração e outras questões, e ganhou o endosso de Trump.

Ele disse que o mandato de Trump na Casa Branca provou que sua oposição estava errada. Vance não se comprometeu a aceitar os resultados da eleição deste ano. “Se tivermos uma eleição livre e justa, aceitarei os resultados”, disse ele à CNN em maio. É uma ressalva que muitos republicanos têm usado, deixando a porta aberta para a noção de fraude e ajudando a semear dúvidas antecipadamente.

 Em fevereiro, ele disse à ABC News que, se tivesse sido vice-presidente em 6 de janeiro de 2021, ele não teria certificado a eleição de Binden como Mike Pence fez, mas teria “dito aos estados, como Pensilvânia, Geórgia e tantos outros, que precisávamos ter múltiplas listas de eleitores, e acho que o Congresso dos EUA deveria ter discutido isso a partir daí.”