Millôr transmitia informações através de uma visão inteligente
Pedro do Coutto
Millôr Fernandes, jornalista, autor teatral, tradutor de peças, humorista e cartunista, foi um homem múltiplo que esta semana completaria 100 anos. Foi um personagem de Alexandre Dumas, um Dartagnan dos Três Mosqueteiros, sempre disposto a enfrentar o peso e a influência do poder sobre os episódios da vida que se desenrolam todos os dias.
A sua página no antigo O Cruzeiro, revista de maior projeção na época, tinha o título de Pif-Paf e fez história no jornalismo brasileiro. Teve uma presença firme na cultura nacional e a luta pela liberdade de existir para ele foi tão essencial quanto o ar que respirava.
CAMINHADAS – Fui seu amigo e companhia certa nos finais de semana nas caminhadas pela Vieira Souto, da esquina da Aníbal de Mendonça ao Arpoador, ida e volta. Vínhamos com ele, Gravatar, Carlos Nasser e eu, aos domingos, com uma parada em seu apartamento com vista para o mar, quando oferecia um café da manhã fraterno e sempre agradável.
Era um polemista em muitos casos, mas sempre transmitindo uma informação nova, uma visão inteligente, um ângulo inusitado e uma forma de discutir e desvendar o pensamento. Foi uma grande figura e merecedor do artigo que ontem Ruy Castro escreveu na Folha de S. Paulo e também no Caderno Especial Folha Ilustrada que a FSP lançou sobre ele, dando-lhe o destaque merecido após a sua trajetória iluminada.
MARCA – Deixou a sua marca no tempo e se tornou um produtor de cultura imediata através de visões urgentes na trajetória que passa com a rapidez que identificamos após atravessarmos várias décadas de atividades. Millôr Fernandes fazia rir com a mesma facilidade com a qual traduzia peças de Shakespeare, e com o mesmo vigor com o qual combateu a opressão, a ditadura militar e a censura.
A sua obra está exposta, penso, na internet. Vale a pena ingressar em seu universo de esplêndidas surpresas e de traduções simples, de emaranhados difíceis em meio às sombras. Ele as atravessava com a luz da sua inteligência e com a sua arte múltipla que projetou para sempre caminhos descobertos pela força e pela sinalização de suas palavras.
DIGITAIS – Em reportagem publicada neste domingo na Folha de S. Paulo, Fábio Serapião afirma que nas transações com as joias recebidas de presente que deveriam ser entregues ao patrimônio da União, as digitais do ex-presidente Jair Bolsonaro aparecem no avião que as transportou para os Estados Unidos, na aeronave que trouxe o relógio de volta, e em outros estojos que não se sabe ao certo qual destino tomaram.
A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal a quebra do sigilo bancário de Bolsonaro. Não deve haver problema, pois ele próprio comunicou no sábado abrir mão deste sigilo. Mas a questão se complica porque no momento em que ele abre mão do sigilo, sinaliza estar disposto a negar sua participação, transferindo-a para o tenente-coronel Mauro Cid, para o general Mauro Cesar Cid, pai do ex-ajudante de ordens, e para o advogado Frederico Wassef. Bolsonaro ameaça recorrer ao silêncio. O general Mauro Cesar Cid e seu filho assumirão toda culpa ?
Fala TUDO Bolsonaro e arrebenta esses “irmanados e fraternos” LAÇOS, cujos fins é galgar alturas, usando cabeças como
“de-graus”!
“Do Brasil, as Cartas na Mesa!”
Millôr Fernandes, um gênio, um frasista sensacional. Começou na revista O Cruzeiro, de Assis Chateaubriand.
Era um tradutor fantástico, um cérebro de múltiplas competências. Leitura obrigatória nas páginas da Revista Veja.
A primeira peça esrita por Millôr, “É”, assisti no Teatro Maison de France, na Av. Antônio Carlos, Centro do Rio.
Um elenco estrelar: Fernanda Montenegro, Fernando Torres e Zezé Mota.
É diria Millôr Fernandes diante da série de escândalos de corrupção generalizada, golpismo e o avanço monstruoso da Extrema Direita no mundo.
É mesmo, muito dificil, esses tempos difíceis e medievais.
TORNEIOS DE FUTEBOL, POLUIÇÃO PLANETÁRIA E IMBECILIDADE HUMANA. Quem realmente está acreditando que as mudanças climáticas atuais são causadas pelo Homem? A grande mídia global descerebrada, drogada, prostituída, ganha rios de dinheiro com os grandes torneios regionais, nacionais e internacionais de futebol que polui terras, ares, águas e mares, transportando diariamente os times em centenas de milhares de coletivos terrestres, barcos, aviões, etc. A Ciência e suas tecnologias, engenharias, etc., já possibilitam há muitas décadas a substituição do petróleo por vários combustíveis corretamente ambientais. Por que os leviatãs do petróleo continuam a poluir a natureza? Por que não estamos reciclando tudo há várias décadas? A Ciência já ensinou como e por que se deve fazer! O Brasil de Lula Lá não tem moral para falar das Revolução Industriais e tecnológicas, já que nosso país está usando todas as tecnologias tão logo foram criadas! Automóvel (1891!); quem inventou o avião, Lula? Quem inventou o avião, Lula? Qualquer analfabeto bem-falante deve saber disso! O agronegócio mecanizado não polui? Não envenena o solo e devasta florestas?
Cala a tua boca, Lula, você quer mais dinheiro do Primeiro Mundo – inventor de todas as maravilhas tecnológicas, de todas as revoluções civilizatórias artificiais, para o bem-estar da humanidade – para entregar mais dinheiro para os Centrões da corrupção e para todos os demais tipos de abominações políticas, administrativas e mafiosas? O que seria de você sem as Revoluções Tecnológicas, Lula? Você estaria viajando pelo mundo com muito maior facilidade, comodidade e deleite do um trabalhador assalariado pega o coletivo superlotado para o trabalho, Lula Lá! Você não teria nem mesmo ter conseguido pegar o pau-de-arara como sua família de miseráveis, Lula! Cria juízo nessa tua cabeça e para de falar besteira! A Europa já está vivendo um inferno por ter devastado suas florestas! Todavia a Europa fez planejamento familiar, Lula! Quem poluiu o planeta com pobres e miseráveis foi o Terceiro Mundo, Lula! Você quer que aconteça o mesmo com o Brasil? O controlo da devastação das florestas brasileiras, Lula, serve, acima de tudo, para não destruir o clima brasileiro, tão precioso para o devastador agronegócio, financiado pelo povo com meio trilhão de reais! E pelos 30 milhões de famintos brasileiros que, mal ou bem, se viram para não morrer de fome, comprando a cesta básica mais cara do mundo, devido aos impostos governamentais vampirescos, maiormente para esses milhões que recebem as esmolas do Governo!
Quer dizer que o Pedro do Coutto conviveu com o grande libertário Millôr Fernandes?
Imagino o que diria o Millôr ao militante Pedro do Coutto, se soubesse que o seu amigo abraçou-se a facínoras que violam a Constituição para censurar e perseguir jornalistas e mandar para a cadeia velhotes, mulheres grávidas e até crianças por “atos terroristas”.
A lembrança do Millôr bastaria para classificar a matéria como excelente, mas o militante Pedro do Coutto resolveu pagar pedágio para os seus amigos da imprensa prostituída e enfiou um balaio de mexericos sobre o Bolsonaro no meio do texto. Cagou e sujou a homenagem.
Pedro do Coutto não somente era amigo de Millôr, mas também de Helio Fernandes e muitos outros mitos, especialmente Nelson Rodrigues, que assistia com ele aos jogos do Fluminense no Maracanã.
Abs.
CN
Caramba, não sabia. Doravante, comentarei com mais cuidado.
Gratíssimo pela informação.
Aqui também, pelo cabimento:
“Los grandes líderes se manifiestan por conocer a un pueblo con el que se identifican mediante sus raíces no mediante palabras y actos huecos que únicamente los benefician a ellos.”
PS. Comentário, extraido de: https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=pfbid02fh2qzYKTB6ySgUiYZ8kgxvxyDKeL3DspRVEqrhkfLYzaXZBxJqcMw1sWdki4fWTYl&id=100044456473237&post_id=100044456473237_pfbid02fh2qzYKTB6ySgUiYZ8kgxvxyDKeL3DspRVEqrhkfLYzaXZBxJqcMw1sWdki4fWTYl&mibextid=Nif5oz
O dia certo é 16 de agosto, quarta feira. Uma curiosidade é que ele foi registrado em 27 de maio de 1924.
Salve, salve Pedro do Coutto!… que mesmo quando tenho discordâncias pontuais, não tenho como negar a classe com que pontua suas visões de mundo.
(Quanto aos teleguiados broxanaristas, assumidos ou enrustidos… quando ensaiam pensar – os dois neurônios funcionais soltam fumaça e gases tóxicos. )
Até hoje, sigo o mestre Pedro do Coutto. Um gênio.
Vive para contar e nos ensinar, com suas teses de mestrado todos os dias.
Deveria ser, leitura obrigatória dos jornalistas. Conhece tudo, nos mínimos detalhes.
Pedro não tem preconceitos a esquerda, no centro e na direita. Teve e tem amigos da direita e da esquerda,vsem nenhum problema, porque respeita opiniões contrárias a dele e por isso aprende muito mais. Por exemplo, Nelson Rodrigues era da Direita, mas, qual o problema nisso? A arte de Nelson era o que importava, os seus artigos diários no O Globo, os filmes e a torcida pelo fluminense. Si sim, meu ponto de discordância, pois sou torcedor do Botafogo.
Enfim, nunca discordei de Pedro do Coutto. Seria um sacrilégio discordar do mestre Pedro.
Se fizesse essa loucura, tenho certeza, que seria enviado para o último girão do inferno de Dante.
Quando leio a TI, sempre procuro os artigos do senhor P. Coutto.
Mas, discordo dele quando quer imputar somente à Rússia a responsabilidade pela guerra Rússia x Ucrânia.
O jornalista Roberto Godoy, em artigo no jornal Estadão de hoje, segunda feira, uma frase de Sêneca, senador romano:
” Cui prodest scelus is fecit”
O culpado é quase sempre aquele que tira proveito do crime ou do delito.
A quem interessava, o dinheiro da venda das jóias?
A citação de Roberto Godoy, no final do seu artigo, é emblemática. Todo investigador, inicia o processo de solução de crimes, com a máxima: ” a quem interessa o crime?
Somado ao brocado de Godoy, a jornalista Giuliana Morroni, cada vez mais assertiva, sinalizando que a saída da Globo está fazendo muito bem a analista, escreveu:
” O discurso de combate a corrupção só vale para os adversários. Aos inimigos , toda minha indignação.
Aos amigos, meu mais “profundo e respeitoso ” silêncio.
Enquanto isso, o brilho das jóias vendidas vai ofuscando a outrora campanha massiva das redes sociais para promover o radicalismo.