Cid revelou que Bolsonaro fez reunião com cúpula militar para avaliar minuta do golpe

Comandante militar do Exército no Nordeste visita o Piauí - YouTube

Golpe teria sido evitado pelo general Marco Antonio Gomes

Bela Megale
O Globo

O ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu, no ano passado, com a cúpula das Forças Armadas e ministros de seu governo para discutir detalhes de uma minuta que abriria possibilidade para uma intervenção militar. Se tivesse sido colocado em prática, o plano de golpe impediria a troca de governo no Brasil.

A informação chegou à atual chefia das Forças Armadas, como um dos fatos narrados em delação premiada pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

O relato caiu como uma bomba entre os militares. Segundo informações apuradas pela coluna, Cid relatou que ele próprio foi um dos participantes de uma reunião onde uma minuta de golpe foi debatida entre os presentes.

MARINHA APOIOU – O dado que mais criou tensão na cúpula das Forças é o de que Cid revelou que o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a um chamamento do então presidente. Já o comando do Exército afirmou, naquela ocasião, que não embarcaria no plano golpista.

A delação premiada de Mauro Cid é considerada um ponto de partida das investigações. A Polícia Federal tem tratado o tema com cautela e sigilo. Para os fatos serem validados e as pessoas citadas pelo tenente-coronel serem eventualmente responsabilizadas, é preciso que haja provas que corroborem as informações repassadas pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

É grande a preocupação entre os militares sobre os efeitos que o relato de Mauro Cid pode ter, principalmente por envolver membros da cúpula das Forças e ministros que, apesar de estarem na reserva, foram generais de alta patente.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A informação da jornalista Bela Megale é da maior importância, mas tem uma lacuna, pois não indica qual dos comandantes do Exército impediu o golpe. Pela época em que teria ocorrido essa reunião, o mais provável é que tenha sido o general Marco Antônio Freire Gomes, que comandou o Exército no ano eleitoral a partir de 31 de março de 2022. Muito discreto no cargo, o general Marco Antonio Gomes é um ilustre desconhecido, cuja atuação pode ter sido fundamental para manter a democracia, muito mais importantes do que essas propagadas decisões interpretativas do Supremo. Se realmente Mauro Cid fez essa delação, quem fica muito mal é o delegado federal Anderson Torres, que à época era ministro da Justiça e na reunião deve ter apresentado e defendido a tal minuta do golpe. Ou não. Está tudo a confirmar. (C.N.)  

15 thoughts on “Cid revelou que Bolsonaro fez reunião com cúpula militar para avaliar minuta do golpe

  1. Em suma: Uma multilateral “querência” que ficou sob a “batuta” do corruptos mais “apto” para implantar futuras e despatriadas desgraças, rumo a formação da Nação 6 da exigente NOM.
    Uma luta do “São Jorge”, SÓZINHO, contra o corruptor e dominante mundial, o chino Dragáo, que pôs de quatro, mundos e fundos!

  2. Sr. Newton

    E agora,?

    A Polícia Baiana é a que mais mata bandidos narcopetralhas no Páis.

    Guerra de facções e letalidade policial: escalada de violência na Bahia pressiona PT

    Nos últimos meses, a Bahia vive um acirramento da violência com o conflito de facções criminosas pelo controle de territórios do tráfico de drogas ilegais. Por outro lado, a polícia baiana se tornou a mais violenta do país no ano passado

    https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/guerra-de-faccoes-e-letalidade-policial-escalada-de-violencia-na-bahia-pressiona-pt,d9c8df6bd95fb31b4bd09fd4b3cb452erpukp1xd.html?utm_source=clipboard

  3. O que Mirian Leitão, Bela Megale, Cantanhede, Merval, Pedro do Couto e Camaroti escrevem no Globo, Folha e Estadão não levo fé em nada, eles não noticiam, dão sua opiniões ideológicas dos fatos;
    Queria ver um desses bacanas escrever sobre a invasão do MST em 2006 na Câmara dos Deputados e o saldo deixado.

  4. O demo não sai mais de hospital.
    Vai ter que morar lá.

    Ele é o grande mentor.
    Eu já não tinha nenhuma dúvida disso.
    Agora, tenho certeza.

    O Cid botou pra Fu!

    Só idiotas e golpistas pra acreditar que o bolsoditador não tinha nada com Isso.

    Será preso é ficará inelegível enquanto este lixo respirar na face da terra.

    É um verdadeiro verme desprezível!
    Jogou todos os que o acompanharam na sarjeta, na mesma vala.

    Não implodiu o Guandu, mas implodiu as FFAA.
    É realmente algo inimaginável o que aconteceu.

    A prisão é certa!
    Não tem mais escapatória, as delações irónicamente amarraram o demônio com a quatro linhas.

    Hoje é um grande dia pra mim.
    Eu quero este marginal na cadeia o mais rápido possível.

    A sua circulação por Brasília e o país, é nociva, é tóxica, dá mau cheiro no ambiente.

    Acabaram as passadas de pano de que o golpista não tinha nada com isso.

    ACABOU!

    Só vão restar do lado dele os golpistas passadores de pano que obviamente queriam a volta da ditadura a qualquer preço.

    JAIR BOLSONARO NÃO VALE MAIS NADA!

    ACABOU SEU “CAPITAL” POLÍTICO!

    É bom o Waldemar abrir o olho, senão o demônio arrasta todos pro inferno.

    Já já, começa o discurso do Waldeco pra se descolar do ditador.

    Eu sabia, o que era dele estava guardado!
    A conta chegou!

    José Luis

  5. Num dos livros da trilogia de Ken Follet, O Século. (Livros muito bons, embora com muitas páginas), num determinado trecho há um diálogo bastante interessante.

    Acho que muitos se identificam com o personagem Erik aqui neste blog..

    .
    “Wally, no colo de Werner, faria 4 anos em algumas semanas e tentava acompanhar a canção adivinhando com inteligência as palavras e a melodia. O menino tinha os olhos orientais do pai estuprador. Carla havia decidido que sua vingança seria criar o filho para que tratasse as mulheres com carinho e respeito. Erik cantava com sinceridade a letra da música. Apoiava o regime soviético da mesma forma que apoiara de forma cega os nazistas. De início, isso havia provocado em Carla incompreensão e fúria, mas ela agora via uma lógica triste no fervor do irmão. Erik era uma daquelas pessoas inadequadas cujo medo da vida era tão grande que preferiam viver sob uma autoridade dura, ter um governo que lhes dissesse o que fazer e o que pensar e que não permitisse nenhuma dissidência. Eram tolas e perigosas, mas havia muita gente assim.”

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