Cresce movimento no Congresso em defesa da adoção do regime semipresidencialista

Ilustração do Maure (Correio Braziliense)Denise Rothenburg
Correio Braziliense

Enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o seu grupo avançam sobre o governo Lula, ditando inclusive a velocidade das votações e boa parte dos programas governamentais via emendas ao Orçamento da União, há um movimento no Congresso em defesa do semipresidencialismo “de direito”. O “de fato” já estamos vivendo, conforme avaliação dos aliados de Lira e preocupação dos mais afeitos a Lula.

É um jogo que começou ainda no governo da presidente Dilma Rousseff e que tem crescido em número adeptos.

BARROSO E GILMAR – Há duas semanas, por exemplo, durante uma exposição na Câmara, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu o semipresidencialismo.

O decano do STF, Gilmar Mendes, defende há tempos. Quem acompanha de perto a mobilização, diz que, se Gilmar e Barroso estão do mesmo lado do campo, é sinal que a discussão está amadurecendo.

Falta Lira dizer se irá pautar o semipresidencialismo, que precisaria de emenda constitucional para tornar de direito o que, na visão de muitos, ocorre de fato.

SEM PRESSA – Ficamos assim: até aqui, Lira não tem feito movimentos ostensivos para colocar o semipresidencialismo em pauta para ser adotado num futuro próximo. Nos bastidores, onde Lira é tratado como primeiro-ministro, há quem diga que, se o governo Lula perder apoio popular, o Brasil fará essa discussão.

No momento, o petista tenta retomar o presidencialismo de coalizão, no qual o Poder Executivo concede poderes, mas mantém o comando geral da situação e da pauta do país. No semipresidencialismo, a gestão é compartilhada.

E é exatamente o que Lira deseja, sem precisar aprovar uma emenda. Se for na prática, como vem sendo instalado de forma lenta e gradual, será de bom tamanho para o presidente da Câmara.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A jornalista Denise Rothenburg tem razão. Se já está funcionando na prática, nem precisa aprovar a emenda para adoção do semipresidencialismo, que é uma espécie de parlamentarismo mal costurado, digamos assim. (C.N.)

12 thoughts on “Cresce movimento no Congresso em defesa da adoção do regime semipresidencialista

  1. CARO CARLOS NEWTON, um dos componentes da bomba-relógio brasuca é que quem pode não está fazendo mais filhos e quem não pode nem se auto-sustentar continua reproduzindo mais do que coelhos, porque votos de miseráveis, dependentes de favores e do erário, é o que interessa para o sistema dominado por populistas e, sobretudo, pelo capital velhaco, o resto não tem pressa. POR QUE DEMOCRACIA DIRETA JÁ, com meritocracia ? Elementar Caro Watson, quem tem poder, capacidade e até o dever para advogar em causa própria, não precisa outorgar procuração a ninguém para advogar em seu nome e em seu lugar a sua própria causa, muito menos pode ser obrigado a eleger, via de regra, representantes absurdamente sem qualificação adequada, despreparados, infiéis, perdulários, pródigos, psicopatas, loucos por dinheiro, poder, vantagens e privilégios, sem limite$, que não projetam nada sem projetar antes apenas os próprios interesses, que, além de tudo isso, lhe custa os olhos da cara e que, nessas condições, à evidência, o conduz, inapelavelmente, à bancarrota total, a si, a sua família, o seu patrimônio, público e privado, e o seu futuro, salvo possíveis exceções. Ora essa, se Democracia é de fato e de direito o poder e o governo do povo para o povo, como de fato tem que ser, em sendo a Constituição o conjunto da população juridicamente organizado em Estado Democrático de Direito e Deveres, sob pena de caracterizar-se como farsa imposta pelo capital velhaco, na qual, por medida de coerência, não faz sentido lógico limitar o poder do povo, o dono da vara, a apenas escolher representantes impostos por donos de partidos, ou por ditadores, arvorados em donos do monopólio eleitoral e da escolha política, e, por conseguinte, pagar-lhes subsídios colossais, sem o poder de demiti-los sumariamente uma vez revelados despreparados, incapazes, ruins de serviço, infiéis, cleptomaníacos e afin$, e, por conseguinte, ocupar, diretamente, o lugar dos escolhidos via votos impostos pelos donos de partidos, sob pena de caracterização de ditadura partidária posicionada acima do poder do povo que, em tese, é o patrão, no caso, sem poder demitir o seu empregado imposto pelos donos de partidos, por mais bandido que seja o indivíduo arvorado em representante do povo. http://www.tribunadainternet.com.br/2023/11/06/polarizacao-e-retrocesso-ameacador-que-deve-ser-combatido-tenazmente/?fbclid=IwAR2k019OybzTxKhc19sqsHa9gU1cPvWr73dI7ezwrmw_54rwif8_-Turcuw

  2. Dá Série.; Eu avisei….

    No Congresso não tem nenhum movimento para investigar e punir o que o Quadrilhão do Principe da Sociologia fez com as entregas das Empresas de Energia…..

    Moradores de SP sem luz há 72 horas perdem remédios e alimentos

    Moradores desabafam contra a Enel, Prefeitura de São Paulo e Governo do Estado

    Dá-lhe Corrupto..!!!

    Dá-lhe Fidel…!!!

  3. Há que ter uma EMENDA sim! Que também acabe com os absurdos privilégios nos três poderes, salariais ou não, que acabam fazendo com que os chamados chamados ” barnabés” e os militares de baixa batente tenham irrisórios reajustes salariais!

  4. Pacheco esboçou terçar armas em favor do fim da reeleição; deverá continuar na trilha, pois é inacreditável que ainda hoje esquerda e direita continuem a inviabilizar uma vida política digna num país tão necessitado de direção sem desvios…

  5. Aguardando o fim da Maldição da Reeleição, comprada com meu dinheiro pela Rainda da Corrupção…

    Vamos lá , Pachecão, extermina com essa desgraça…..!!!

  6. Sr. CN por favor, mude esse sistema de comentários, é horrível principalmente para quem dedos gordos e usa o celular…

    Como meu comentário saiu no lugar errado, vou colocá-lo de novo:

    Não tem nada de semipresidencialismo de fato sendo implantado, quanta besteira.

    O congresso nacional continua não tendo nenhuma responsabilidade sobre o sucesso ou fracasso do governo, não arca com consequência alguma.

    Isso aí não é semipresidencialismo ou parlamentarismo, é um presidencialismo fracassado e só.

    Aliás o presidencialismo, sistema adorado pelos estatistas latinos fracassou em todos os lugares onde foi implantado depois dos EUA, mas insistem em manter essa estrovenga sem sentido.

    O Congresso Nacional tem que assumir a responsabilidade pelo fracasso ou sucesso do governo e só o parlamentarismo garante isso. Ou um semipresidencialismo de verdade, não essa farsa aí.

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