Bernardo Mello Franco
O Globo
O governo mal havia começado quando o ministro das Comunicações foi acusado de usar dinheiro público com fins privados. Questionado, Lula impôs uma condição para não demitir o auxiliar: “Se ele for inocente, ficará no governo. Se for culpado, sairá do governo”.
Os meses correram, as suspeitas se avolumaram, e a Polícia Federal concluiu que Juscelino Filho manteve “relações criminosas” com um empreiteiro. O presidente não tocou mais no assunto, e o ministro segue no cargo como se nada tivesse acontecido.
EM CAUSA PRÓPRIA – No primeiro capítulo do escândalo, Juscelino foi acusado de direcionar emendas parlamentares para beneficiar sua própria fazenda. A verba bancou a recuperação e o asfaltamento da estrada que liga a propriedade a Vitorino Freire. A prefeita da cidade, que tocou a obra suspeita, vem a ser irmã do ministro. Uma coincidência típica da velha política maranhense.
A imprensa encontrou outras curiosidades na ficha de Juscelino Filho. Ele ocultou da Justiça Eleitoral um patrimônio de ao menos R$ 2,2 milhões, investido em cavalos de raça. Amante dos animais, usou jatinho da FAB para assistir a um leilão de equinos no interior de São Paulo.
Quando Lula garantiu a sobrevida do ministro, que é filiado ao União Brasil, as suspeitas ocupavam a gaveta do patrimonialismo. Agora foram promovidas à prateleira da corrupção.
VERDADEIRO DONO – A PF sustenta que Juscelino é o verdadeiro dono da Arco Construções, que recebeu R$ 2,5 milhões para recuperar a estrada que vai até a fazenda. Outros R$ 7,5 milhões foram destinados à Construservice, que teria um amigo do ministro como sócio oculto. Em mensagens de celular, os dois tratam de cifras com intimidade. “Resta cristalina a relação criminosa”, afirma a Polícia Federal.
A defesa diz que as suspeitas são “ilações absurdas”. Acrescenta que querem “criminalizar” as emendas parlamentares. Conclui que “não há absolutamente nada que desabone” a inocência de Juscelino. Nessa linha, só falta exigir que a PF peça desculpas por investigá-lo.
Em setembro, o Supremo afastou a prefeita do cargo. A fazenda, os cavalos e a estrada continuam no mesmo lugar. O ministro também, protegido pela vista grossa do chefe. Com asfalto e cavalos, ninguém interrompe o galope do ministro.
O ladrão cachaceiro tá mais preocupado em dormir com sua marmita de presidiário na sua cama com lençóis de algodão egípcio de R$90 mil. E quem paga? Adivinhem…
O dito é da base que elegeu o bozo.
Agora virou corrupto?
Graças à Deus, esse mi-mi-mi não ganha nenhum voto da maioria.
Sem juiz e promotor ladrões, vão ser surrados no resto da vida.
Josimar Maranhaozinho foi reeleito mesmo tendo sido preso em flagrante pela PF recebendo propina. Povo “ingênuo” esse do Maranhão, viu?
Do Brasil em geral. Tiririca eleito por SP e a filha do Cunha pelo RJ. “Geral” aqui em Pindorama não sabe votar.
Se for culpado, demito”, prometeu Lula, mas não valeu…
O crime só é anulado para um dos lados?!!!
O corruptinho vai questinonar: Só eu???!!!
O Barba sempre vai achar que é a raposa e o Brasil é seu galinheiro.