Sitiado entre o tráfico e as milícias, o Rio de Janeiro amarga com o descaso governamental

Charge do Cazo (Arquivo do Google)

Marcelo Copelli

Os noticiários diários retratam uma situação que parece se eternizar na Cidade do Rio de Janeiro. O perigo da violência que assola as ruas, praças e residências tornou-se quase habitual e a população, rendida, não sabe mais de onde virão as soluções concretas.

Moradores de comunidades são reféns ou do tráfico ou do poder das milícias que, de forma covarde, exploram desde o fornecimento do gás, luz, internet e canais de tv, até a venda de galões de água e a cobrança semanal de propinas de estabelecimentos comerciais nas regiões.

SEM GARANTIA – Fora das comunidades, a situação não é diferente. O cidadão não tem nenhuma garantia de que voltará em segurança para a sua família. Os arrastões não tem hora ou lugar, assim como os sequestros, as saidinhas de banco e os assaltos à luz do dia. Os jornais impressos e as emissoras  ocupam boa parte de seus conteúdos noticiando as barbáries cotidianas e as falsas promessas que atravessam as gestões governamentais.

As vidas muitas vezes perdidas transformam-se em números para a sociedade, mas não para os que tiveram os seus entes queridos entre as vítimas fatais pela ausência de segurança. Entra e sai ano, o que permanece apenas são os discursos de que o poder público fará algo. Mas o que a realidade demonstra é exatamente o contrário.

Basta ver que, nas próprias Casas Legislativas, são constantes as denúncias de envolvimento de deputados e vereadores com o crime organizado. Amparados pela imunidade parlamentar, com muita dificuldade sofrem algum tipo de punição mais severa.

MANCHA – E as denúncias quase sempre são embasadas em investigações com fortes indícios de que aquele representante eleito trabalha e favorece a continuidade das ilegalidades que mancham de forma vergonhosa a cidade. E, nesse emaranhado, outras tantas figuras públicas contribuem para que o crime se estruture de forma ampla e quase que irreversível.

Na política do enxuga gelo, as nossas autoridades empurram os fatos para o passado, pensando na próxima justificativa para os novos acontecimentos, e na expectativa de que alguma cortina de fumaça torne os dias mais nublados e que o cidadão apenas esqueça o que aconteceu ontem, torcendo apenas para chegar ao fim de mais uma dia. 

22 thoughts on “Sitiado entre o tráfico e as milícias, o Rio de Janeiro amarga com o descaso governamental

  1. Não é só o Rio de Janeiro

    É o Brasil inteiro

    Cada Estado da Federação está sob controle de uma facção.

    Politicagem e bandidagem se misturam.

    Desagrade o Comando Vermelho e verá o terror no Ceará.

    Incomode o Sindicato do Crime e o Rio Grande do Norte ficará refém.

    Desrespeite o PCC para ver São Paulo amedrontada.

    O mesmo no Amazonas, Pará, cercando o DF e espalhado pelo Sul.

    O Brasil está nas mãos dos bandidos.

    Mas há uma diferença.

    O Rio de Janeiro é fatiado

    Não tem um só grupo hegemônico no poder

    E, por isso, os conflitos bélicos por territórios são tão frequentes.

    Não saia do Galeão para percorrer o Estado sem ser em um carro blindado.

    • Desrespeite o PCC para ver São Paulo amedrontada.

      Sr. Pedro

      Nem precisa desrespeitar .

      A população paulista já está amedrontada com o carnificina diária da violência….

      Ninguém aguenta mais

      Por isso que muitos já estão indo embora levando as famílias….

      Grande Abraço..

      AGM

  2. Queria que o governo atual com 11 meses de gestão resolvesse os problemas da violência urbana do narcotráfico e das milícias que vem crescendo a décadas e tornou-se vultuosos nos últimos 4 anos, principalmente as milícias, e são elas que cobram taxa de segurança mensal, venda de gás etc etc.?
    O Ministério da Justiça e Segurança está agindo bem dentro do possível, com apreensão de milhares de armas, de dinheiro e propriedades das facções, além de combater lavagem de dinheiro. a meu ver, é o caminho certo tomado pelo governo federal no combate à facções.
    É preciso entender que os governadores e prefeitos têm responsabilidade e precisam também combater a criminalidade.

    • O combate à criminalidade nos estados e municípios é atribuição dos governadores e prefeitos.

      O governo federal ajuda os estados e municípios na elaboração e execução de políticas públicas na área de segurança.

      A PF está bastante atuante no combate de contrabando de armas.

  3. Por falar no Estado dos Cieps do Brizolixoquistão…mais corrupção….(até rimou)..

    Será que o irmão do (des)governador estudou nos Cieps do Brizolixo com o método paulolixofreiriano.??

    PF mira irmão de Cláudio Castro por fraudes em programas sociais

    Investigação apura casos de corrupção e lavagem de dinheiro nos programas Novo Olhar e Rio Cidadão; Castro não é alvo das investigações

    https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/2023-12-20/policia-federal-operacao-irmao-claudio-castro.html

    Dá-lhe Corruptos., acaba com tudo..!!!

  4. Todo miliciano é criminoso.
    Todo miliciano TRAFICA. E não é de hoje.

    O MILICIANISMO, made carioquês, a pretexto de combater o narcotráfico clássico, tornou-se braço e posteriormente rival de quem diziam combater.

    Será que experiências similares desde a ditadura milico-servil não serviram de exemplo?

    O MILICIANISMO CARIOCA já fez até presidente da república!

    Arre, égua!

  5. Acho que os Milicianos estão com ciúmes do tráfico em especial o PCC e do CV que já conseguiram seus próprios representantes no STF. A Milicia também tem direito ao seus, uai. Quem é que usa bonezinho do “CPX”, mesmo?

  6. Sr. Newton

    O video da ação dos filhotes do Lulatrocida dá a verdadeira realidade da violência no Pais..

    Mas como disse o Latrocida “Estou feliz por mandar um Comunopata de Três Dígitos para o Supremo .””…

    Enquanto isso, o povo vai tombando todos os dias nesse mar de sangue..

    Auditor do estado é assassinado a tiros na Zona Norte do Rio

    Guilherme Brederode Rodrigues, de 36 anos, foi rendido quando estava na Rua Gonzaga Bastos, em Vila Isabel

Deixe um comentário para Jose Vidal Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *